sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Turcos querem fazer negócios no Estado

Extraído do site da Revista Inforochas

Em uma área de 280 metros quadrados, empresários da Turquia confirmaram presença na Vitória Stone Fair 2011, considerada uma das maiores feiras do setor de rochas ornamentais do mundo, que será realizada de 15 a 18 de fevereiro, no município de Serra.

A comitiva virá apresentar os mármores que são produzidos na Turquia e buscar negócios com grandes empresas brasileiras e do exterior.

Pela primeira vez participando em um estande coletivo na feira capixaba, os turcos são conhecidos pela larga experiência com mármores e estão de olho no mercado brasileiro.

A Turquia está situada no cinturão dos Alpes, onde é registrada uma das maiores ocorrências de mármore do mundo, com uma reserva medida de 13,9 bilhões de toneladas, o que representa 33% das reservas mundiais.

O país conta com mais de 1.000 jazidas, sendo que aproximadamente 50% da sua produção consiste em mármore, 45% em travertino e 5% de outros tipos de rochas.

A Turquia exporta atualmente 67% de produtos acabados, 22% de blocos brutos e 11% de semiacabados.

Conforme explicou Cecília Milanez, diretora da Milanez & Milaneze, os empresários turcos estarão situados na Vitória Stone Fair 2011 em uma área coletiva.

“Eles estão de olho no mercado brasileiro. As importações brasileiras de mármores cresceram 45% de janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2009”, disse.

REFERÊNCIA

O Espírito Santo é referência mundial em mármore e granito. Líder na produção nacional, abriga mais de 90% dos investimentos do parque industrial do setor de rochas, possuindo um parque amplamente desenvolvido, investimentos em pesquisas geológicas e tecnologias.

Atualmente, 50% do que é produzido no Brasil sai do Espírito Santo, que responde ainda por 65% das exportações brasileiras. Hoje, são encontradas no País mais de 1.200 variedades de rochas ornamentais e o setor gera mais de 100 mil empregos diretos.

Comercialização de áreas supera expectativas

Faltando pouco mais de dois meses para a realização da 31ª edição da Vitória Stone Fair, considerada uma das principais feiras do setor de rochas ornamentais do mundo, os espaços da área expositiva já estão todos comercializados, refletindo o aquecimento do mercado brasileiro.

Um show de diversidade cultural e de pedras ornamentais promete apresentar as tendências para os próximos anos do segmento que mais cresce no mundo.

Promovida pelo Sindirochas e pelo Cetemag, a Vitória Stone Fair é realizada pela Milanez & Milaneze e promete superar os números da edição de 2010, tanto no que diz respeito aos expositores quanto aos visitantes estrangeiros e do Brasil.

O evento acontece entre os dias 15 e 18 de fevereiro de 2011, no Parque de Exposições de Carapina, na Serra.

Cecília Milanez, diretora da Milanez & Milaneze, ressaltou que a promoção internacional feita da feira capixaba conseguiu atrair atenção de grandes empresas de países como Portugal, Espanha, República Dominicana, Turquia, e outras.

O principal trabalho foi desenvolvido durante a Marmomacc 2010, principal evento de rochas ornamentais de Verona, na Itália, que este ano aconteceu de 29 de setembro a 2 de outubro.

Para se ter uma ideia, com a intensificação internacional da Vitória Stone Fair, nos últimos anos, registrou-se um acréscimo anual de cerca de 15% de visitantes internacionais e 35% de expositores de outros países, tendo atingido na última edição do evento a participação de 2.850 visitantes internacionais de 52 países diferentes, dos cinco continentes.

EXPOSITORES

Com 100% dos espaços comercializados, cerca de 400 expositores em uma área de 32 mil metros quadrados e mais de 1.200 tipos de pedras diferentes, além de máquinas, insumos e equipamentos, irão atrair cerca de 20 mil visitantes de 65 países, de estados brasileiros e do Espírito Santo.

A feira exibirá a rica diversidade de granitos clássicos e exóticos brasileiros e estrangeiros, mármores, ardósias e quartzitos.

A Feira Internacional do Mármore e Granito teve sua primeira edição em Cachoeiro de Itapemirim, em 1989.

A partir de 2003, o evento também vem sendo realizado anualmente em Vitória, passando a atrair um maior número de visitantes e expositores nacionais e internacionais.

Números da feira
100% dos espaços comercializados
cerca de 400 expositores
32 mil metros quadrados de área
1.200 tipos de pedras diferentes
20 mil visitantes
65 países

domingo, 12 de dezembro de 2010

RETROSPECTIVA 2010 - Ano de retomada e muitas mudanças

Extraído do site da Revista Inforochas

Confira um balanço das iniciativas e conquistas do setor de rochas em 2010

Ano de intensas transformações, 2010 pode ser considerado um novo marco para o setor de rochas do Espírito Santo. Mudanças na forma de transporte, reformas nos setores trabalhistas e legislação mineral, ampliação das fronteiras de mercado são apenas alguns exemplos disso.
Outro fato que não pode ser esquecido é que após mais de dois anos de queda nos índices de exportação, os primeiros meses de 2010 já sinalizavam a volta ao ritmo normal das operações comerciais do setor, com a recuperação das vendas entre os seus principais mercados.
Confira, nas páginas a seguir, um pouco mais sobre esses e muitos outros assuntos que foram destaque no setor na retrospectiva 2010 da Revista Inforochas.
Marmoraria Escola em Cachoeiro
A Vitória Stone Fair 2010 também foi palco do lançamento do projeto Marmoraria Escola, realizado pelo Senai em parceria com o Sindirochas e Cetemag e que visa à formação de acabadores de rochas ornamentais em curso específico. A ideia nasceu depois de uma viagem que as entidades fizeram a Verona, na Itália, onde conheceram projeto semelhante.
A capacitação, denominada Curso de Designer e Acabador de Mármore e Granito, teve início no mês de abril, na unidade do Senai de Cachoeiro, contando com aulas também na sede do Cetemag. Entre as disciplinas eleitas estão Tecnologia de Produção de Manufaturados; História da Arte; Desenho Técnico de Projetos; Italiano, Autocad e Coreldraw.
Novo FAP entra em vigor
O ano de 2010 começou com a mudança na forma de cálculo do Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que começou a ser feito a partir do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) atribuído às empresas.
De acordo com esse novo sistema, cada setor de atividade econômica receberá uma classificação de risco, que equivalerá a 1%, 2% ou 3% de contribuição sobre a folha salarial, incentivando ainda mais os cuidados com a saúde dos empregados e a segurança no trabalho.
Mudanças no transporte
O ano de 2010 também foi marcado pela mobilização de entidades e empresas do setor pela regulamentação do transporte de rochas ornamentais.
Neste período, foram várias as reuniões realizadas pela Comissão Especial do Transporte de Rochas do Contran para discutir qual a melhor forma de amarração e fixação de blocos e chapas de mármore e granito, entre outras decisões.
A Resolução 354 impõe o prazo até 31 de dezembro deste ano para adaptações dos veículos que fazem o transporte de chapas. Vale destacar que o artigo 9º desta resolução é imperativo quanto à fixação dos cavaletes em viga I, presa ao chassi, para o transporte vertical. Para o transporte de chapas na horizontal, será por meio de catracas fixadas às travessas de ferro presas à longarina e ao chassi do veículo.
“O Sindirochas participou da construção dessas normas desde 2007, com o objetivo de preservar os interesses do minerador e do transportador, e de atuar para que o transporte seja socialmente responsável”, destaca o superintendente da entidade, Romildo Tavares.
Reação do mercado global marca Vitória Stone Fair
Lançamentos, tendências de mercado e design é a prova de que o Espírito Santo continua sendo referência para o Brasil e o mundo no setor de rochas ornamentais.
Prova disso foi o sucesso da edição 2010 da Vitória Stone Fair.
O evento, que reuniu 270 expositores e recebeu mais de 24 mil visitantes entre os dias 23 e 26 de fevereiro, indicou a reação dos negócios com rochas ao redor do mundo, após dois anos turbulentos para o setor.
A feira ainda recebeu mais de 2.200 visitantes oriundos de 64 diferentes países, sendo que, entre os estrangeiros, a liderança absoluta foi dos Estados Unidos – maior mercado consumidor das rochas brasileiras – que respondeu por 30% das visitas, seguido pela Itália, com 9%, Canadá (6,8%), Espanha (5,4%) e México (5,2%).
Novos rumos à vista com a criação da Agência Nacional da Mineração
Logo no início de fevereiro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, apresentou oficialmente a proposta do Novo Marco Regulatório da Mineração Brasileira. Entre as principais mudanças, figuraram a extinção do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a criação de uma Agência Nacional de Mineração. A proposta agora aguarda aprovação no Senado e Câmara Federal, o que ainda não aconteceu.
Concorrência chinesa ameaça setor de rochas
Em 2010, o Brasil assistiu ao crescimento de um grande concorrente no mercado internacional de rochas ornamentais: a China.
Os chineses, nos últimos anos, expandiram consideravelmente sua capacidade produtiva, inclusive de máquinas, equipamentos e insumos, o que fez o País aumentar sua participação no mercado internacional, não como fornecedor de matéria-prima, mas de produtos acabados e semiacabados, com valor agregado.
Além da forte competitividade da China, a precária infraestrutura de portos e estradas e os altos impostos, que tornam a rocha brasileira mais cara, acabam colaborando para uma perda de mercado para os chineses.
A previsão dos especialistas é de que, se o Brasil não melhorar sua infraestrutura para baratear o custo das exportações, em 10 anos os chineses serão donos das pedreiras capixabas e o Brasil estará fora do mercado mundial de rochas ornamentais. Isso acarretaria a perda de cerca de 30 mil empregos no Espírito Santo.
Fim da jornada 12x36
Com o final do período de vigência do Acordo Coletivo anterior do setor de rochas, no último dia 30 de abril, foi decretado o fim da jornada 12 x 36 horas, provocando mudanças na configuração das escalas de trabalho de várias empresas do segmento.
Como o superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares, alertou na época, as empresas de maior porte e que funcionam de maneira ininterrupta (24 horas ao dia) foram as que mais sofreram mudanças, como aumento do número de funcionários para atender a demanda de produção.
Manual de Referência
Empresários do setor de rochas ornamentais do Espírito Santo participaram durante os meses de março e abril de uma série de workshops sobre o Manual de Referência para as Marmorarias, uma publicação da Fundacentro que apresenta recomendações técnicas para a prevenção e o controle dos principais riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.
O evento, organizado pelo Sindirochas e a Fundacentro, foi realizado em Cachoeiro de Itapemirim, Vitória e Nova Venécia e contou com a presença de 100 empresários.
Durante o encontro, os participantes receberam informações sobre o conteúdo do manual, além de orientações a respeito dos cuidados na atividade de marmoraria e na implantação da umidificação, processo que substituiu o tratamento feito anteriormente a seco em rochas ornamentais.
Sindirochas realiza seminário e debate a sustentabilidade
A importância da sustentabilidade foi o principal assunto debatido no Seminário do Setor de Rochas Ornamentais, realizado pelo Sindirochas, em julho de 2010, em Vitória.
O evento, que reuniu empresários, autoridades, profissionais autônomos, estudantes e diversas entidades, debateu, entre outros assuntos, a forma como uma atuação ecoeficiente e pautada na responsabilidade social corporativa agrega valor de mercado ao produto final das empresas de rochas.
O presidente do Sindirochas, Emic Malacarne Costa, durante a abertura do evento, ressaltou a importância da mudança de comportamento dos empresários em relação às questões ambientais. “Sabemos que sem uma gestão sustentável não será possível desenvolver o APL de rochas. É por isso que este é um dos temas deste evento”, disse.
Sicoob Credirochas comemora 10 anos
2010 foi um ano de muita comemoração para os associados ao Sicoob Credirochas. Ao completar 10 anos, a cooperativa de crédito do setor de rochas alcançou um total de 6,25 milhões de reais de sobras distribuídas aos seus associados e um patrimônio líquido de R$ 15 milhões em todo o período de funcionamento.
Além disso, a instituição deu prosseguimento ao seu projeto de expansão, com a instalação de mais sete máquinas de autoatendimento nas agências Aeroporto, Novo Parque e na nova agência Centro, inaugurada no mês de agosto.
Otimismo para 2011
Após sofrer um período de turbulência, provocado principalmente pela crise imobiliária e econômica norteamericana, os empresários do setor de rochas, em 2010, deram a volta por cima e já criam boas expectativas para o ano de 2011.
Isso ocorreu porque, com a crise nos Estados Unidos, que são o maior mercado consumidor das rochas brasileiras, o setor teve que pensar em novas estratégias e apostar em mercados não tradicionais.
Além disso, os empresários do setor tiveram que buscar ampliar sua influência no mercado interno, que até então era dominado por indústrias de outros tipos de revestimento.
Outra motivação para o otimismo dos empresários capixabas é o Plano Estratégico 2025 do governo do Espírito Santo, iniciativa que até 2014 vai investir cerca R$ 6,9 bilhões na região Sul capixaba, com o objetivo de proporcionar melhorias logísticas principalmente para as empresas do setor de rochas ornamentais.
Destino sustentável para resíduos
Em 2010, o setor de rochas mostrou que é possível conciliar atividade produtiva com condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável.
Prova disso foi o aumento no número de aterros para resíduos industriais, que, em cinco anos, evoluiu de zero para 39. Para se ter uma ideia, entre 2008 e 2010, foram realizadas 22 requisições para a construção de aterros desse tipo, o que representa um crescimento de 43,5%.
Além de destinar a lama gerada pelo beneficiamento das rochas, de forma cada vez mais adequada, para aterros licenciados, o setor também passou a desenvolver alternativas para o uso no lugar da areia e da argila, na produção de cerâmica, blocos de concreto e blocos prensados.
A Associação de Desenvolvimento Ambiental do Mármore e Granito, a Ademag (foto), tem sido parceira das empresas nesse processo.
Empresas se unem no controle e na preservação ambiental
Dez empresas beneficiadoras de rochas ornamentais com sede em Rio Novo do Sul e Itapemirim (Mameri Rochas, MM2, Pazigram, Unimagral, Vigui Granitos, CM Granitos, Wingramar, Flamagram, Granita e Bayergran) uniram-se e formaram a Associação de Empresas de Rochas do Frade (Aserfra), que construiu em São José do Frade um aterro industrial para os resíduos gerados em suas e em outras empresas.
Na mesma área, a Aserfra destinará um espaço para o desenvolvimento de pesquisas e projetos, visando ao aproveitamento da lama do beneficiamento de rochas, além de um núcleo de educação ambiental para atuar principalmente junto às crianças das comunidades e escolas da região.
A Aserfra está trabalhando com destinos sustentáveis e nobres para os resíduos de suas atividades industriais. Parabéns às empresas associadas que agora só dependem da emissão da LO pelo Iema para que seu aterro industrial comece a funcionar.
Cachoeiro Stone Fair confirma momento positivo no setor
Confirmando o momento positivo do setor de rochas ornamentais, a Cachoeiro Stone Fair 2010, realizada de 24 a 27 de agosto, no Parque de Exposição Carlos Caiado Barbosa, foi marcada pelo otimismo dos expositores.
O motivo de tanta euforia no mercado, além de ser motivado pelo crescimento do mercado interno, se deve à demanda de produtos para a indústria da construção civil e para as obras de infraestrutura para a Copa de 2014, que já estão a todo vapor.
A Cachoeiro Stone Fair 2010 reuniu um total de 23 mil visitantes e contou com 200 estandes, um número 25% maior que o registrado em 2009.
Estiveram presentes no evento, expositores de rochas, máquinas e equipamentos de vários estados brasileiros, além de empresários de outros países, como Argentina, Estados Unidos, Itália, Espanha, China e Canadá.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Parceria internacional garante mais tecnologia para o setor de rochas ornamentais

Extraído do site Folha Vitória
09/12/2010 às 18h58 - Folha Vitória
Foto: Divulgação/Secom


Pesquisa, ciência e tecnologia. Estes foram os temas do encontro realizado pelo Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag) e o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado (Sindirochas) entre empresários do Sul do Estado e representantes do Centro Tecnológico de La Piedra (Ctap), localizado em Andaluzia, no Sul da Espanha.
Na última quarta-feira, eles debateram os interesses entre as instituições e a viabilização da cooperação entre os países, resultado da viagem realizada pelos empresários brasileiros à Itália e Espanha, há dois meses. “Ciência e tecnologia são fundamentais para a sobrevivência de toda cadeia produtiva. Durante a visita ficou claro o quanto o sul do Estado pode vir a ganhar com esta parceria”, explicou Emic Malacarne Costa, presidente do Sindirochas e do Cetemag.
O destacado trabalho do Ctap em pesquisa e tecnologia atraiu a atenção dos empresários capixabas. Uma carência que o setor de rochas ornamentais do Sul do Estado pretende suprir com esta parceria internacional. “Eles são muito avançados em processos, capacitação profissional e tecnologia, enquanto nós temos uma reserva natural considerável. Queremos aliar nossos pontos positivos com mais tecnologia para o setor, que venha valorizar nosso produto para uma concorrência mais produtiva e equilibrada”, informou Romildo Tavares, superintendente do Sindirochas.
O próximo passo, segundo Romildo, é a formalização desta parceria durante a Vitória Stone Fair 2011, que será realizada entre os dias 15 e 18 de fevereiro, no Parque de Exposições de Carapina. Além dos empresários, participaram representantes do Senai, do Sebrae-ES, do Bandes, do Cetem, do Ifes e da Rochativa.

Centrorochas orienta sobre classificação fiscal de chapas de rochas ornamentais

Extraído do site da Revista Inforochas

Devido à generalização na classificação deste produto, empresários capixabas estão pedindo direito à isenção de uma importante taxa de exportações para os EUA

A atual classificação fiscal das chapas polidas exportadas pelo Espírito Santo tem sido motivo de transtorno para muitos empresários, devido à cobrança de um tributo de 3,7% em cima do produto comprado pelos EUA.
Segundo a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, isso acontece porque, desde 2004, a Alfândega do Espírito Santo obriga que todas as chapas polidas de materiais denominados “granitos” sejam classificadas com o código NCM 6802.93.90.
“Até então, a maior parte das exportações capixabas de chapas polidas era efetuada pela NCM 6802.23.00, o que ainda acontece em outros estados exportadores”, explica.
Ela esclarece que o Brasil está enquadrado no Sistema Geral de Preferências (SGP) das exportações de rochas para os EUA, o que permitiria exportar sem a taxa de 3,7% até o limite de US$ 145 milhões.
“Porém, devido a essa generalização, as exportações capixabas pela NCM 6802.93.90, até setembro deste ano, já ultrapassaram US$ 349 milhões, número muito acima do limite do SGP e que nos fez perder o benefício”, relata.
Para reverter essa situação, o Centrorochas está finalizando um projeto a ser entregue ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior que propõe uma nova classificação dos códigos NCM do setor de rochas e que visa melhor adequação ao padrão norte-americano.
SOLUÇÃO
Contudo, a solução para esse problema vai muito além da substituição de um código NCM pelo outro, alerta Olívia.
“Outras importantes observações devem ser feitas. Grande parte das empresas exportadoras de rochas ornamentais utiliza o beneficio do drawback na importação de insumos, que depende das exportações pela NCM 6802.93.90 para a liberação dos atos concessórios”, relata.
“Se a empresa simplesmente alterar a classificação, ela estará deixando em aberto o ato concessório, com graves penalidades previstas em legislação específica”, afirma.
Outra situação que deve ser observada com muito critério é como fazer a entrada dos materiais no estoque das empresas.
“É importante trabalhar a separação dos materiais por tipo, o que pode proporcionar uma melhor capacidade de negociação com os clientes americanos”, comenta Olívia.
“Somente conhecendo profundamente os materiais é que poderemos ter uma melhor classificação fiscal e assim participar dos benefícios que nos são disponibilizados pelos países compradores. Estamos longe do tempo em que nossas rochas eram apenas conhecidas como mármores e granitos”, conclui.

Missão técnica na Itália e Espanha

Extraído do site da Revista Inforochas.

Com o objetivo de obter subsídios para a sua “Pesquisa Técnica com Foco em Inovação Tecnológica, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente Aplicado às Empresas de Extração e Beneficiamento de Rochas Ornamentais”, o Cetemag e o Sindirochas realizaram uma viagem técnica à Espanha e Itália entre 27 de setembro a 7 de outubro.
Integraram o roteiro vários centros tecnológicos, laboratórios especializados em análises de rochas, sindicatos e associações de empresas, museus de rochas, escolas e empresas de extração e beneficiamento em ambos os países.
Além disso, o presidente das duas entidades, Emic Malacarne Costa, o superintendente do Cetemag, Herman Krüger, e o superintendente do Sindirochas, Romildo Ribeiro Tavares, aproveitaram a ocasião para também visitar a 45ª edição da Marmomacc, que aconteceu na cidade italiana de Verona no mesmo período.
Segundo Herman, o objetivo central das visitas foi conhecer o trabalho realizado pelas empresas e instituições e assim incorporá-lo e adaptá-lo às empresas capixabas do setor.
Para isso, foi distribuído um questionário base no qual cada empresa visitada respondeu sobre o seu foco de atuação, principais projetos, equipamentos, tecnologias que desenvolveram, a relação com funcionários, arquitetos, fabricantes e governo e investimentos em sustentabilidade.
“Os conhecimentos e as pesquisas adquiridos nestas visitas técnicas irão subsidiar importantes trabalhos projetados ou já em andamento pelo Cetemag”, disse.
Com essa viagem, ressaltou Herman, foi possível observar que o governo europeu investe bastante em educação, formação e reciclagem de mão de obra para que as empresas do setor de rochas sejam competitivas. “Além disso, quando comparado à situação do setor brasileiro de rochas, percebemos que não há este mesmo alinhamento, pois o governo brasileiro ainda não absorveu o entendimento de que deve investir nos projetos demandados pelas instituições do setor de rochas”, lamenta o superintendente.
Ele ressalta que o empresariado capixaba, em geral, se encontra em transição quanto ao desenvolvimento profissional da atividade de mineração e beneficiamento por não acompanhar o desenvolvimento tecnológico e de recursos humanos necessários para manter seu negócio competitivo e, por isso, acaba ficando vulnerável em relação aos seus concorrentes nacionais e internacionais.
Foram visitados estandes de várias empresas de tecnologia, com foco no corte a fio e uso de ferramentas diamantadas, além de visita técnica a empresas que utilizam essas tecnologias em suas linhas de produção e a visita ao pavilhão de tecnologia e design de rochas.
Escuela del Mármol de Andalucía
Foram analisados os conteúdos com foco em extração, industrialização, escultura, design, conservação e restauração, aplicação e comercialização para a construção de um curso profissionalizante nos mesmos moldes aqui no Brasil.
Cetap e Alemanha
Um dos momentos importantes da viagem foi a visita ao Centro Tecnológico da Espanha, o Cetap, onde a comitiva conheceu diversas inovações que poderão ser aplicadas no setor de rochas brasileiro.
O grupo capixaba também esteve na Marmomacc, onde foi ao estande da Dr. Fritsch, uma empresa alemã que se divide em dois ramos de atuação: máquinas de produção e de metal em pó. Representantes da empresa apresentaram as máquinas utilizadas em cada etapa da produção, especificando a função de cada uma e sua importância, orientando quais devem ser utilizadas para se começar uma linha de produção, além de frisar a necessidade de um técnico metalúrgico acompanhar o processo produtivo.

Ações do Cetemag
Confira os projetos estratégicos que estão em andamento no Cetemag para o desenvolvimento do setor de rochas do Estado:
1. Melhorias tecnológicas, ambientais e energéticas da produção de rochas ornamentais por meio da Avaliação do Ciclo de Vida do Produto (ICV-Rochas)
2. Valorização e aproveitamento dos mármores do Sul capixaba
3. Projeto Indicação Geográfica (IG)
4. Plataforma Inteligente de Rochas (PIR)
5. Marmoraria Escola & Design
6. Projeto de pesquisa, inovação e difusão tecnológica
7. Projeto Anel
8. Marketing Rochas
9. Projeto Fundação
10. Maratona de palestras para especificadores
11. Manual de Industrialização de Certificação de
12. Extração e Beneficiamento das Rochas
13. Manual de Aplicação e Uso de Rochas
14. Manual de Caracterização Química e Física
15. Uso de rochas em vias públicas
16. Central de Tratamento de Subprodutos do Beneficiamento de Rochas Ornamentais – Associação Ambiental Monte Líbano
Cursos oferecidos
• Polidor
• Serrador
• Blaster (operador de explosivos)
• Operador de fio diamantado
• Marcador de blocos
• Marcador de chapas
• Resinagem
• Encarregado de serraria
• Segurança e Movimentação de Cargas
• Recuperação de Áreas Degradadas
• Técnicas de Vendas em Rochas Ornamentais
Mais informações: (28) 3521-3131

sábado, 27 de novembro de 2010

Tráfego de caminhões com pedras de granito é proibido em cinco municípios

Extraído do site do Jornal ESHoje
26 de Novembro de 2010 - Por Danieleh Coutinho (danihcoutinho@eshoje.com.br)

Os prefeitos Itarana, Itaguaçu, Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e São Roque do Canaã, que fazem parte da região Central Serrana, buscaram o apoio do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) para efetivar a proibição do tráfego de carretas e caminhões com pedras pelas ruas e rodovias das cidades.
Essa medida, prevista pela legislação municipal, valerá a partir da próxima quarta-feira (01) e tem como objetivo garantir a segurança dos moradores das cidades e evitar a destruição das vias por onde trafegam esses veículos.
Desde que a fiscalização sobre o transporte de rochas apertou, os caminhoneiros passaram a utilizar estes municípios como um novo itinerário para fugir da fiscalização. Além das cinco cidades, os caminhoneiros passam por Colatina, Afonso Claudio, Venda Nova do Imigrante, Castelo e outros da região sul.
Com esse novo trajeto as carretas rodam apenas um pequeno trecho da BR 262, dificultando a fiscalização das autoridades estaduais e federais. O retorno também seria realizado pelo mesmo itinerário. O movimento de carretas teria aumentado nos últimos dois meses. O transporte ocorre principalmente, nos finais de semana e a partir das 20 horas. Na noite da última sexta-feira (12), ao menos três carretas carregadas com blocos de granito foram flagradas, em Santa Teresa (foto).
A população teme danos à estrutura de suas residências. "Passam mais à noite, principalmente às sextas e sábados. Para quem mora perto da rua tem o barulho que incomoda. Estão trincando as casas, acabando com o asfalto e o calçamento", disse um morador que prefere não ser identificado.
Segundo o prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro, as estradas na cidade estão sendo destruídas pelos caminhões e cargas pesadas. "Não temos em número as pessoas que foram prejudicas com rachaduras nas casas, ou qualquer outro problema, mas as reclamações não param. Faremos um decreto juntos - os prefeitos de Itarana, Itaguaçu, Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e São Roque do Canaã - e cobraremos do DER (Departamento de Estradas e Rodagens) a fiscalização, porque a responsabilidade é deles", explicou Amaro.
Em 2010 o Ministério Público Estadual (MPES) considerou o transporte de rochas feito de forma irregular, bem como o excesso de peso deste mineral e de todas demais tipos de cargas, como conduta criminosa. A posição do MPES foi baseada no artigo 132 do Código Penal, ao expor a vida dos usuários da rodovia a risco direto e iminente, como destacou em nota, a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a promotora de Justiça, Vera Lúcia Murta Miranda, a passagem dos caminhões, além de causar dano ao patrimônio, é uma tragédia para a população. "Há também a suspeita de que caminhoneiros e carreteiros estariam utilizando essas rodovias para burlar a legislação", afirmou. Se houver desrespeito em relação a esta regra, o profissional será punido com multa - valor ainda não definido - e apreensão do veículo.
Na terça-feira (30) haverá uma reunião com os empresários do setor de rocha para que eles sejam informados sobre a decisão tomada pelas cinco Prefeituras. A reunião será na sede da procuradoria-geral de Justiça do MPES, em Vitória.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Museu de Ciência e Tecnologia vai ter referência na região sul

Extraído do site do Jornal Folha do Caparaó
Leandro Moreira - 16/11/2010

Desde 2007 paralisada, a prefeitura de Cachoeiro irá retomar a obra do Museu de Ciência e Tecnologia, localizada na rua Moreira, no bairro Coronel Borges. Para o feito, foram necessários o saneamento dos recursos disponibilizados pelo governo federal e a liberação de verbas do Conselho de Fiscalização do Fundo dos Royalties. O empreendimento será referência no sul do estado e será de fundamental importância também para o setor de rochas do município, que representa a maior vocação local.
O museu funcionará em uma casa antiga na rua Moreira, adquirida pela prefeitura. Os traços arquitetônicos serão preservados e outro prédio acoplado já começou a ser construído. No local também será instalado o antigo Centro de Ciência e Arte (Cenciarte) e uma biblioteca multimídia. O Centro Vocacional Tecnológico (CVT) será transferido para as dependências do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
A gestão anterior foi quem firmou o convênio com a União. Pelo contrato, o governo federal destinava R$ 525 mil, para a compra de equipamento para o museu; e a administração participava com contrapartida de R$ 165.790,78, para a execução da obra.
“No entanto, dos R$ 525 mil, R$ 289 mil foram empregados na obra e R$ 156 mil para a compra de equipamentos. O atual governo teve que recompor o recurso na conta conjunta, separar o dinheiro para a obra e maquinários e comprar o restante dos acessórios”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho.
Licitação
A empresa que realizava a reforma e ampliação do museu era a Construtora MR LTDA, que teve o seu contrato rescindido unilateralmente no dia 1 de outubro deste ano. “O local é uma casa antiga; por isso é comum que novas avarias apareçam no decorrer da obra. Apesar de alguns aditivos feitos na época, a empresa não teve condições de levar o serviço adiante”, explicou Ricardo Coelho.
A prefeitura já abriu licitação, na categoria tomada de preços, para contratar nova empresa para finalizar o serviço. O certame licitatório está agendado para o dia 26 deste mês. “A expectativa é de que consigamos entregar o museu pronto na Festa de Cachoeiro do próximo ano, caso não haja imprevistos”.
Centro Vocacional
Tecnológico

- Oficina de Artesanato e Canteraria de Rochas Ornamentais
- Laboratório de Insumos do Setor de Rochas Ornamentais
- Laboratório de Ensaios Físicos do Setor de Rochas Ornamentais
Museu
- Sala de Videoconferência
* Exposição da memória da industrialização na região e demais fatores da história do desenvolvimento econômico local
- Biblioteca Multimídia
- Móveis e Utensílios
Cenciarte
- Serão reinstalados os equipamentos ora utilizados no Bernardino Monteiro, onde funcionava o Cenciarte, atualmente sede da prefeitura
Obra fica três vezes mais cara
O valor previsto da reforma e ampliação do imóvel adquirido para ser o museu era de R$ 165.790,78, verba que seria a contrapartida da prefeitura. “Como a administração utilizou o recurso federal para fazer a obra, a contrapartida não foi depositada na conta conjunta, ou seja, não saiu dos cofres públicos municipais”, revelou o secretário.
A atual gestão recorreu ao Conselho de Fiscalização do Fundo dos Royalties, que liberou a quantia de R$ 342.149,00 para tornar possível a conclusão da obra. Como o município já tinha utilizado R$ 289 mil do montante federal, a conclusão da reforma e ampliação custará, ao todo, mais de R$ 631 mil; valor três vezes superior ao dimensionado inicialmente.
CVT vai ser transferido para o Ifes
O Centro Vocacional Tecnológico (CVT), que ira compor o Museu de Ciência e Tecnologia, será transferido para o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), que fica próximo ao distrito de São Joaquim. Segundo o secretário Ricardo Coelho, existem equipamentos que não cabem no espaço do museu.
“Além disso, o Ifes poderá adequar esse acervo de equipamentos que ele não dispõe, lá serão melhor aproveitados e o ocorrerão os cursos à população desassistida, como prevê a essência do convênio”.
Rochas
Ricardo afirmou que CVT será de fundamental importância para as complexas pesquisas feitas pelo setor de rochas do município. “Existem empresas que têm despesas altas para contratar pesquisas, sendo essa realizadas em Minas Gerais e demais estados. Com essa tecnologia na cidade, o custo será mínimo; quando não, zero”.
O secretário contou ainda que dentre os equipamentos adquiridos para o CVT muitos não existem no sul do estado. “Será uma enorme contribuição para o Centro Tecnológico Mineral (Cetem), Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag) e empresas que não dispõem dessas ferramentas”. Dentre a vasta lista de acessórios, há microscópio petrográfico, desecador, máquina universal de ensaios de bancada, dilatômetro, medidor de brilho, painel de automação para teares, bateria de peneiras e bomba de vácuo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ladrilhos hidráulicos

Extraído do site da Revista Inforochas

Assunto bastante debatido por empresários e entidades do setor do mármore e granito, o reaproveitamento de resíduos foi a tônica de um projeto de pesquisa do ceramista e designer de produtos, Robson Soares, que encontrou uma solução sustentável e estética para esta questão.
Trata-se da fabricação de ladrilhos hidráulicos com os subprodutos da indústria de rochas, onde o diferencial é a coloração com os pigmentos da própria pedra, ao invés dos corantes usados no método tradicional.
Cerca de 70% do piso é composto por resíduos de granito, que foram adquiridos em três etapas do processamento da rocha: extração, desdobramento e beneficiamento nas marmorarias, cujo índice de perdas em cada fase pode chegar a 40%, 30% e 20%, respectivamente. Além dos pisos, podem ser feitos com o mesmo material lavatórios, bancadas e revestimentos diversos.
Processo
Para chegar ao resultado final, Robson classificou seis tonalidades de granito, que foram britados e incorporados a uma argamassa de cimento branco e alguns aditivos para melhorar a sua estrutura física e capacidade de moldagem. Depois a massa foi colocada em moldes de 20 x 20 centímetros e com a mesma técnica de preenchimento de cores do método de fabricação dos ladrilhos hidráulicos tradicionais com a utilização de gabaritos feitos de lâminas de aço. Nesta etapa, o cliente pode escolher o desenho e as cores da sua preferência.
Após a secagem, o piso passa por um processo de polimento para realçar a presença dos resíduos de granito na superfície, dando a sensação de ser um mosaico feito de pedaços da própria rocha.
Veja aqui a galeria de imagens com detalhes do processo produtivo e resultado final.
http://www.revistainforochas.com.br/texto/texto.php?id=446

Contato:
(27) 8146-7402
robson_ceramica@hotmail.com

Otimismo para o futuro

Extraído do site da Revista Inforochas

Pé no chão e olhos para cima. É assim que o meio empresarial do setor de rochas está vendo o futuro, após sofrer um período de turbulência com a crise imobiliária e econômica norte-americana.
Isso porque, devido ao esfriamento do seu maior mercado consumidor, o segmento se viu forçado a empreender uma série de mudanças internas, como a maior profissionalização e apostas em mercados não tradicionais, além de finalmente despertar para o mercado interno, até então dominado por indústrias de outros tipos de revestimento.
Mais próximo dos especificadores, o setor de rochas tem se beneficiado do ritmo acelerado de crescimento da construção civil.
“O setor melhorou muito. Temos hoje uma visão mais realista dos mercados mundial e interno e o nivelamento das empresas está sendo feito por cima. Além disso, é cada vez maior o número de empresas e empresários conhecidos e reconhecidos pelo uso das melhores práticas de gestão”, avalia a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello.
O empresário Cláudio Sandrini, da Pemagran, compartilha dessa opinião otimista, ao mesmo tempo em que se mostra cauteloso com relação ao que poderá acontecer nos próximos anos.
“A construção civil nacional vem tendo um ótimo desempenho, mesmo durante a crise. O consumo interno de rochas tem se mantido aquecido, e temos ainda a Copa do Mundo no Brasil, que vai aquecer ainda mais o mercado. No que diz respeito ao mercado externo, principalmente o americano, o primeiro semestre deste ano teve um aquecimento, o segundo se manteve estável. A expectativa é de que em 2011 tenhamos um panorama estabilizado”, acredita.
Já para a empresa Decolores, o ano de 2010 foi de ajustes e, para 2011, a previsão é que seja um período de maior consolidação para o setor e de busca pelo equilíbrio financeiro, não significando maior volume de vendas.
Se para algumas empresas o presente ano está sendo para ajustes, outras estão utilizando este tempo para pensar em novas estratégias de mercado.
É o caso da Pabmar, que por sempre ter trabalhado com o mercado interno, não sofreu muito os efeitos da crise americana.
“O ano de 2010 foi muito bom para a nossa empresa e para 2011 planejamos investir ainda mais em tecnologia e aumento da nossa cartela de produtos visando principalmente às grandes obras da Copa e das Olimpíadas. Também vamos investir mais no mercado do Norte e Nordeste”, afirma o diretor da empresa, Ademir Silva Pacheco, ressaltando que está sentindo um otimismo cada vez maior no meio empresarial do setor de rochas.
“Alguns colegas do setor que sofreram muito nos últimos dois, três anos, já estão se animando novamente. Além disso, eles aprenderam que o mercado interno não deve ser visto apenas como alternativa”, relata.
2010: ano de retomada
A economia capixaba é altamente dependente do setor externo e, particularmente para o setor de mármore e granito, a recomendação é desenvolver ações estratégicas com o objetivo de diversificar o seu mercado, olhando com mais atenção a demanda interna, segundo avaliação do economista Mario Vasconcelos.
Ele afirma que, para 2011, as empresas podem ter boas expectativas, uma vez que houve um incremento das exportações.
Segundo dados do Centrorochas, em 2006 o Espírito Santo exportou 1.466.381 toneladas de rochas, totalizando US$ 679.917.111. No ano seguinte, o peso total exportado foi de 1.440.834 toneladas, contabilizando US$ 726.070.341. De um ano para outro, isso representou uma variação no peso total exportado de -1,74%.
Em 2008, o Estado teve um faturamento de US$ 630.015.223 com as exportações de rochas, totalizando 1.123.849 toneladas. Em 2009, o faturamento foi de US$ 490.352.612, um total de 990.831 toneladas. Os números mostram que de 2008 para 2009 houve uma queda de 11,84% no peso total exportado, assim como uma queda de 22,17% no valor faturado.
Já em 2010, com a economia voltando a acelerar, o setor já contabiliza de janeiro a setembro 1.037.723 toneladas de rochas exportadas, um total de US$ 517.046.513.
Investimentos em logística
Outro ponto que não deve ser esquecido pelos empresários se refere aos gargalos logísticos do Estado. Tanto a estrutura portuária como rodoviária e ferroviária no Espírito Santo são motivos de muita preocupação para o setor.
“Temos hoje os mesmos problemas que tínhamos em anos anteriores, agravados pelo tempo”, ressalta a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello.
“A dragagem do Porto de Vitória, que finalmente teve sua licitação feita, teve essa mesma licitação questionada pelo Tribunal de Contas da União. A sinalização do porto também é outra preocupação. O que parecia ser simples de resolver vem se arrastando sem solução à vista”, preocupa-se. Olívia lembra ainda do processo de privatização da BR-101, caracterizada por pistas estreitas e esburacadas ao longo de toda a extensão do Estado.
Quanto à questão ferroviária, na sua opinião, é a que melhor tem se desenvolvido. “Apesar da falta de condições de atendimento à demanda, a Vale tem apresentado boa capacidade de análise e solução dos problemas que o transporte de blocos enfrenta. Temos participado de discussões muito construtivas e vemos que em médio prazo talvez tenhamos boa melhora no transporte pela ferrovia”, finaliza a superintendente.
Quase R$ 7 bilhões para Cachoeiro
O Plano Estratégico 2025 do governo do Espírito Santo é outra iniciativa que visa proporcionar melhorias logísticas para as empresas do setor de rochas ornamentais, principalmente na região Sul capixaba.
O documento aponta que a microrregião do Polo de Cachoeiro está entre as quatro microrregiões que mais receberão investimentos no Estado no período 2009-2014, cerca de R$ 6,9 bilhões.
A microrregião se destaca pela previsão de implantação de um complexo portuário somado a três usinas de pelotização e um mineroduto, além de um porto de águas profundas.
Outros investimentos de relevância são a construção de parte da Ferrovia Litorânea Sul e a duplicação e recuperação da malha viária da região, agilizando o escoamento das mercadorias e reduzindo os custos, principalmente relacionados ao frete e à manutenção dos veículos de transporte.

Empresas unidas pelo meio ambiente

Extraído do site da Revista Inforochas
Aliar progresso econômico a ações sociais e conservação ambiental não é uma tarefa fácil. Por isso, empresas do setor de beneficiamento de rochas ornamentais de Cachoeiro estão se unindo para tornar a sustentabilidade possível.
Os números apontam que o Espírito Santo é o principal produtor e o maior processador e exportador de rochas ornamentais do Brasil.
É responsável por 47% da produção, 56% das exportações de blocos e 70% das de placas rochas ornamentais. O setor emprega cerca de 100 mil pessoas, distribuídas em atividades de extração e beneficiamento. Além disso, concentra no Estado mais da metade do parque industrial brasileiro, tanto em número de teares e empresas, quanto em termos de crescimento.
Pensando em alternativas para destinar de forma sustentável os resíduos intrínsecos às suas atividades industriais, um grupo de 10 empresas (MM-2, Mameri Rochas, Pazigram, Unimagral, Vigui Granitos, CM Granitos, Wingramar, Famagram, Granita e Bayergran) se uniu para formar a Associação de Empresas de Rochas do Frade (Aserfra).
Além de construir um aterro em Rio Novo do Sul, para a destinação final da lama abrasiva, a Aserfra pretende utilizar o espaço para desenvolver pesquisas e projetos, vislumbrando novas formas de aproveitamento da lama em outros processos produtivos.
Está prevista ainda a disponibilização de um espaço para desenvolvimento de um núcleo de educação ambiental, voltado para a realização de atividades sócio-educativas em parceria com as secretarias municipais de educação e meio ambiente de Itapemirim, sobretudo com as crianças das comunidades e escolas mais próximas.
Segundo Edvaldo Peisino, diretor da Atol Consultoria Ambiental e responsável pelos projetos ambientais e licenciamento das atividades da Aserfra junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), a previsão é que a operação do aterro seja iniciada ainda em 2010, visto que as obras de construção estão quase finalizadas e a vistoria para emissão da licença de operação está prevista para o mês de outubro.
O empresário Samuel Mendonça, da associada MM-2 Mármores e Granitos Ltda, que preside a associação, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento das empresas associadas.
“O início da operação do aterro proporcionará a plena regularização das empresas junto ao Iema. Assim, além de destinarmos nossos resíduos ao meio ambiente de forma sustentável, as empresas terão acesso a linhas de crédito para impulsionar novos investimentos em infraestrutura e modernização do parque industrial, visto que a falta da Licença Ambiental de Operação é um grande limitante para todos neste e em outros aspectos”, explica.