terça-feira, 13 de novembro de 2012

“Nossa prioridade é promover a união dos empresários em prol do setor.”

Extraído do site da Revista Inforochas



Com este lema, a nova diretoria do Sindirochas e seu novo presidente, Samuel Mendonça, assumem mandato de três anos.
Samuel Mendonça, 59 anos, empresário e proprietário da MM2, é o novo presidente do Sindirochas, para o mandato de agosto de 2012 a agosto de 2015. Eleito em chapa única de consenso, Samuel conta com o seu conhecimento e vivência de quase 20 anos no setor. Também conta com o apoio dos diretores e dos empresários para avançar na solução de problemas que impedem um desenvolvimento maior das empresas de rochas ornamentais no Espírito Santo.
Revista Inforochas: Qual é a maior prioridade para esta nova diretoria da entidade?
Precisamos de maior participação dos empresários e de novas lideranças. Por isso, a grande prioridade será aumentar o número de associados. Isso é fundamental para uma maior representatividade e força para defender os interesses do setor (O Sindirochas ao longo dos anos tem demonstrado que atua na defesa das indústrias e no fomento da atividade de rochas, sempre com a visão no coletivo, priorizando ações do interesse das grandes e das pequenas empresas).Temos diferenças entre os empresários e as empresas e vamos ter sempre, mas o que precisa prevalecer é o respeito mútuo e os interesses de todos. Temos inúmeras frentes de trabalho que precisam ser trilhadas em conjunto para termos representatividade e força. Já estamos recebendo novas adesões, mas vamos precisar de muito mais.
Qual a sua estratégia e da nova diretoria para trazer mais empresários para o sindicato?
Vamos promover uma maior aproximação da entidade com as empresas, associadas ou não. Queremos muito ouvir o que todos têm a dizer. A partir das críticas, comentários e sugestões vamos rever o que for necessário para ampliar as conquistas do Sindirochas ao longo desses já quase 40 anos, que serão completados em 2013. Temos limitações para muitas coisas, nosso quadro de associados é representativo, porém, ainda insuficiente o que impede a realização de muitas ações e projetos que necessitam de recursos para serem implementados. Podemos sim realizar muita coisa, principalmente se contarmos com mais empresários dispostos a participar.
Quando começam esses encontros com os empresários?
Nossa primeira reunião será em Colatina, em novembro. Vamos convidar os empresários para uma conversa livre sobre o setor e suas prioridades. Depois seguiremos para outras localidades. Estamos montando uma agenda, mas estamos também abertos a solicitações para esses encontros.
Na visão desta nova diretoria, qual é a maior prioridade a ser atacada?
Vivemos hoje uma guerra de preços que destrói o setor de dentro para fora. A falta de informação e formação do empresário é o primeiro e principal desafio a ser enfrentado. Não é uma realidade só do nosso setor. Todos os setores têm esse desafio, mas sem dúvida, por inúmeras razões históricas, temos uma grande concentração de empresas ainda com dificuldades para se estruturar melhor para a gestão dos seus custos e uma adequada formação de preços. Isso leva muitos empresários a vender com prejuízos econômicos, criando um círculo vicioso entre a falta de estrutura e a falta de lucratividade necessária para se estruturar. Vamos enfrentar essa realidade por meio da promoção de cursos de capacitação capazes de contribuir para mudarmos esse quadro.
Quais são as maiores conquistas nesses quase 40 anos e que poderão ajudar agora para os novos desafios?
Nesses 40 anos avançamos muito e devemos isso a todos os empresários que têm participado como associado e como dirigente da entidade nas diferentes gestões. Cada diretoria avançou um pouco e hoje somos um setor com interlocução junto a governos, entidades e instituições locais e nacionais. Somos ouvidos e respeitados pelo que temos realizado. Abrimos diferentes frentes de negociações e temos colhido resultados importantes. Precisamos manter e ampliar, sempre trabalhando a nossa imagem perante a opinião pública. Quanto melhor for a nossa comunicação interna, entre os empresários, e externa, com os diferentes públicos, mais conseguiremos avançar no entendimento da realidade de operação do setor e os seus benefícios para os municípios, o estado e o país. Temos inúmeras normas e leis que regem a nossa atividade e só dentro da lei, conversando e buscando negociar o que é possível, vamos fazer deste setor uma atividade digna e de reconhecido valor para as empresas e a sociedade.

Novo Presidente do IEMA apresenta suas propostas para o Setor de Rochas Ornamentais

Extraído do site da Revista Inforochas



Claudio Denicoli assumiu a presidência do IEMA há 2 meses. Graduado em Engenharia Civil pela UFES possui especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental.
Estão sendo cogitadas alternativas para agilizar o licenciamento ambiental para extração e beneficiamento de rochas ornamentais e aterros industriais de resíduos?
Sim. Está previsto para a Gerência de Controle Ambiental um projeto do IEMA para otimização da fase de Análise Técnica, o qual envolverá praticamente todos os Analistas Ambientais. Especificamente sobre os setores produtivos citados, as normas técnicas estão sendo revisadas para tornar os procedimentos administrativos e critérios técnicos ainda mais transparentes e objetivos, de modo que os projetos a serem apresentados ao órgão sejam mais direcionados ao fim proposto, reduzindo os pedidos de complementações e, consequentemente, agilizando o processo de licenciamento.
Quais as ações do IEMA para descentralizar liberação e fiscalização do órgão a fim de tornar mais ágil os procedimentos para atividades de mineração e beneficiamento de rochas, juntamente aos municípios?
Foi implantado em caráter pioneiro um Acordo de Cooperação Técnica com o Município de Cachoeiro de Itapemirim, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e que visa o aprimoramento do trabalho em equipe dos órgãos frente à crescente complexidade das demandas do licenciamento, bem como da necessidade de melhor controle e fiscalização de empreendimentos de extração e beneficiamento mineral. Este acordo tem trazido bons resultados, tanto pela capacitação dos agentes municipais por um Analista Ambiental do IEMA quanto pela proximidade de representante do IEMA disponível para consulta pelos empresários da região, não se restringindo apenas ao município de Cachoeiro. Os bons resultados deste Acordo estimulam a expansão da parceria com outros municípios que sejam polos regionais.
A parceria do Sindirochas com o IEMA, especialmente na programação de seminários itinerantes, para divulgação dos procedimentos legais para fiscalização e licenciamento ambiental será incentivada?
Sim, tiveram ótima repercussão as palestras direcionadas aos empresários/empregados das indústrias de beneficiamento e marmorarias, que ocorreram em 2012. Está prevista para o 1º semestre de 2013 a realização de novas palestras voltadas aos empresários/empregados das áreas de extração (pedreiras), a ocorrer em municípios da região Sul e Noroeste do Estado. A agenda das palestras, assim que concluída, será devidamente divulgada pelo Sindirochas.
Quais os principais problemas entre a extração de rochas e o meio ambiente?
Do ponto de vista ambiental, os principais problemas são as áreas lavradas clandestinamente e abandonadas sem recuperação ambiental, cuja exigência demanda um longo processo administrativo e, por vezes até judicial, devido aos conflitos entre os reais responsáveis pela degradação e titulares oficiais das áreas.
No geral, qual a sua avaliação do setor de rochas capixabas?
Dinâmico, produtivo, grande gerador de empregos e com alta capacidade de buscar o desenvolvimento sustentável.
Mesmo sendo indispensável à humanidade, e que cumpra todos os requisitos previstos nas leis pertinentes, a mineração é considerada uma vilã por aqueles que a usufruem diariamente. Por que isso acontece?
O que assume grande vulto dentro da concepção de vilã, acredito que se refira ao grau de transformação da paisagem em algo de difícil concepção ou recuperação. Isso se dá porque é recente o controle ambiental da extração mineral no Estado e a imagem anterior era de degradação ambiental que causa considerável impacto visual. Mediante a efetiva presença do Poder Público junto às diversas modalidades de mineração, seja através do IEMA, Polícia Ambiental, ou demais órgãos fiscalizadores, os empresários e seus consultores tem procurado melhor mitigação do impacto ambiental, entendimento com as comunidades locais e compensação por danos não mitigáveis, propiciando melhoria da imagem da mineração junto à sociedade.
Qual a fórmula para equilibrar o crescimento do setor de rochas ornamentais e a preservação / conservação ambiental?
Uma das formulas de sucesso é o desenvolvimento da atividade de lavra concomitantemente à execução de medidas de recuperação, como por exemplo, manter sempre os taludes revegetados com gramíneas. Esta simples medida evita tanto o surgimento de processos erosivos e suas consequências, como também diminui consideravelmente o impacto visual.
O que o setor de rochas ornamentais pode esperar do IEMA em 2013?
Empenho de todas as equipes responsáveis pelos processos de licenciamento e fiscalização, visando regularização e adequação dos empreendimentos, agregação de qualidade ambiental às áreas licenciadas, com foco nas medidas de recuperação ambiental.