segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pesquisadora transforma sobra de rocha em vidro

Extraído do site DiárioNet

DiárioNet - Segunda, 27 de julho de 2009, 18h42

Resíduos de rochas ornamentais como mármore e granito, oriundos da serragem que transforma blocos de pedra em chapas, pode agora servir de matéria-prima para a indústria do vidro. Pesquisas desenvolvidas pela física Michelle Babisk, aluna de mestrado em ciência dos materiais do Instituto Militar de Engenharia (IME), no Laboratório de Tecnologia de Pós do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro, contribui para a solução do problema ambiental causado pelo pó fino que se acumula nas serrarias e acaba impactando o meio ambiente.

Sob orientação do tecnologista José Carlos da Rocha, a pesquisa teve como objeto os resíduos gerados pela indústria de rochas ornamentais do Espírito Santo, responsável pela metade da produção nacional desse material. A transformação de resíduos de granito e mármore em vidro é possível pela presença de óxidos, como a sílica, que são matérias-primas utilizadas em larga escala na produção de vidros sodo-cálcicos. Junto aos resíduos das rochas, coletados em Cachoeiro do Itapemirim, na região sul do Estado, são misturados areia e carbonato de cálcio e sódio em quantidades controladas para que a composição se aproxime ao máximo das características do vidro comercial.

Michelle destaca que, com a utilização dos resíduos, há uma considerável diminuição dos impactos ambientais na região, já que antes eles eram descartados no solo. O uso do material reduz ainda o consumo de areia, outro grave problema ambiental, pela excessiva extração. E, por fim, o processo usa também os óxidos ferrosos despejados no solo por meio das limalhas de ferro ou aço que são jateadas contra a rocha no processo de corte. O material é incorporado à composição do vidro como corante, garantindo a produção de vidros verdes, que têm um mercado bastante específico.

No INT, Michelle produziu quatro tipos de vidro, sendo testadas impermeabilidade, passagem de luz, entre outras propriedades. Com resultados bem sucedidos no controle de qualidade do produto, a produção de vidro a partir de resíduos de rochas ornamentais está sendo patenteada e será apresentada no Rio, de 20 a 25 de setembro, durante a 11ª Conferência Internacional de Materiais Avançados, organizada pela International Union of Material Research Societies.

No mês que vem Michelle finaliza seu mestrado com os resultados do trabalho realizado no INT, que terá como título ¿Desenvolvimento de vidro sodo-cálcicos a partir de resíduos de rochas ornamentais¿. O objetivo final do desenvolvimento desse processo, afirma a pesquisadora, é a transferência da tecnologia para as indústrias.

Empresários capixabas viajam a Moçambique em busca de negócios

Extraído do site Gazeta Online
26/07/2009 - 19h50 ( - gazeta online)

No mapa, a localização do Brasil e de Moçambique, país banhado pelo Oceano Índico
O setor capixaba de móveis, mármore e granito se prepara para atravessar oceanos e aportar na cidade de Maputo, capital de Moçambique, país localizado na costa leste da África. Uma comitiva de 15 empresários do Espírito Santo confirmou participação da Feira de Comércio e Indústria de Moçambique - Facim -, que acontece de 31 de agosto a 6 de setembro.
A missão comercial capixaba está sendo organizada pelo Consulado de Moçambique no Espírito Santo e pela Câmara de Comércio Brasil Moçambique (CCBMES), com o apoio de entidades públicas e privadas brasileiras.
Estarão representadas nesta missão as empresas Multipla Export, Marbrasa, Imetame Granitos, Mameri Rochas, Jaciguá Granitos, Milanez & Milanese, Acimpex e Móveis Rimo, das quais uma parte irá expor produtos na FACIM.
O cônsul de Moçambique no Espírito Santo, Adilson Neves, afirmou ao África 21 Digital que "o país apresenta uma grande oportunidade de negócios, em virtude do crescimento acelerado de cerca de 8% ao ano, com 21 milhões de consumidores e pouca concorrência interna".
Ainda de acordo a publicação, no ano passado a FACIM, com uma área de exposição de 15 mil metros quadrados, teve cerca de 1.200 'stands' e 48 mil visitantes. Os negócios fechados na feira rondaram os US$ 8 milhões, estimando-se que após a feira tenham sido concretizados negócios de US$ 23 milhões.
A feira moçambicana apresentou oportunidades em setores tão diversos como alimentação, construção, cosmética, decoração, embalagens e motores elétricos. Entre os participantes da feira estão países como Alemanha, Portugal, Espanha, Egito, Índia, Itália, Paquistão e Reino Unido, além do Brasil.