sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Processo umidificado: tecnologias para a adaptação das marmorarias

Extraído do site da Revista Inforochas

A Portaria nº 43 de 11 de março de 2008 proíbe o acabamento a seco das rochas ornamentais, visando a minimizar ou eliminar a geração de sílica livre, elemento causador da silicose, doença pulmonar sem cura que ocorre em conseqüência da reação do tecido pulmonar à presença de partículas microscópicas de sílica.
Foi determinado que os empregadores deverão providenciar as adequações necessárias para atender as exigências desta Portaria em 18 (dezoito) meses – contados após publicação - sendo previsto ocorrer em setembro de 2009, pouco menos de um ano. Outro fator relevante é que a Portaria em questão também proíbe a utilização de qualquer tipo de adaptação em ferramentas que não tenham sido projetadas para sistemas úmidos.
Ciente do desafio que os marmoristas estão enfrentando, as instituições representativas do setor de rochas ornamentais já se mobilizam através de planos de trabalho. Elaborados de forma participativa com os agentes atuantes no setor, o plano foca a difusão de informações estratégicas para auxiliar a tomada de decisão das marmorarias. O Cetemag, Sebrae e Sindirochas são as entidades que, para um melhor desempenho, contam com a participação efetiva dos mesmos. Resultando desta integração: congressos, fóruns, palestras, grupos de trabalho, viagens técnicas e novos cursos para o setor de rochas estão sendo formulados.
Incentivados pelo Sebrae-ES, uma delegação representativa das classes do setor esteve presente em Santa Catarina, na cidade de Joinville, para compartilhar informações técnicas sobre o processo umidificado, utilizado-se de ferramentas pneumáticas na região, iniciado em 1997.
Pode-se observar a evolução nos conceitos empregados nas marmorarias em vários itens: aumento da capacidade produtiva e qualidade final no acabamento, melhores condições ergonométricas para o trabalhador, assim como redução nos níveis de ruído e poeiras, versatilidade para a execução de tarefas (possibilidade de utilização de discos de corte e acabamento em geral, serras-copo, brocas, fresas, rebolos e outros itens necessários para atender o nicho de mercado de cada marmoraria em um mesmo tipo de ferramenta) assim como a execução de serviços manuais anteriormente executados primordialmente, salvo exceções, por meio de automação.
Mencionado acima, faz-se necessário a difusão das informações de maneira participativa com os profissionais atuantes no setor. O Cetemag, atuando na área tecnológica, realizará, no mês de novembro, um encontro para repassar aos marmoristas e interessados no tema detalhamento das informações técnicas observadas durante a viagem realizada em Joinville. Para mais informações basta entrar em contato na sede do Cetemag.
Vinícius Valiati de Souza
Vice-presidente do Cetemag

Isenção de impostos para insumos do mercado nacional

Extraído do site da Revista Inforochas

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) regulamentou o Drawback Verde-Amarelo, em vigor desde 1º de outubro, que isenta de impostos insumos comprados no mercado nacional, destinados à fabricação ou ao beneficiamento de produtos brasileiros para exportação.
Até então, o regime especial aduaneiro drawback permitia a suspensão, isenção ou restituição de impostos federais – como IPI, PIS e Cofins – apenas para a compra de insumos importados, utilizados na fabricação de produtos brasileiros destinados ao mercado internacional.
Com o novo regime, o objetivo do governo federal é estimular a aquisição de insumos nacionais. A portaria que o regulamenta, publicada em 19 de setembro, foi elaborada em conjunto pelas secretarias de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, e da Receita Federal, do Ministério da Fazenda, e compõe a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
A expectativa da Secex é de que pelo menos cinco mil exportadores devem requerer o benefício. A isenção dos impostos gira em torno de 30% a 50% do valor do produto.
Enquanto surge essa nova possibilidade, empresários encontram dificuldades para conseguir isenção na importação de insumos, através do drawback.
“Há cerca de quatro meses, não estão mais deferindo o ato concessório para isenção do imposto na importação dos insumos, para alguns produtos antes deferidos, como fios diamantados, escovas, brocas e abrasivos. A única justificativa do órgão que analisa os processos é que a lista dos produtos beneficiados está sendo revista”, explicou a diretora da Master Vix, empresa de assessoria aduaneira, Fabrícia Boechat Muniz.
De acordo com a superintendente do Centrorochas, Márcia Ismério, alguns laudos técnicos, já estão sendo elaborados por exigência do Decex, junto ao Itufes, e alguns estudos técnicos estão sendo elaborados para um pleito junto a este órgão.
A Mag-Ban, por exemplo, contratou um engenheiro do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) para a elaboração de um laudo técnico que vai detalhar quanto de insumo importado é incorporado às mercadorias que são exportadas pela empresa.
O documento é importante para que a empresa receba isenção de impostos do regime drawback na importação de insumos.
No caso de uma chapa de granito, por exemplo, o laudo servirá para quantificar quanto de insumo é utilizado por metro quadrado.

Não existe crise no setor imobiliário do Espírito Santo

Extraído do site da Revista Pedras do Brasil

O Salão do Imóvel aberto nesta quarta-feira (5 de novembro) no Pavilhão de Carapina, na Grande Vitória recebe imobiliárias, construtoras, incorporadoras e instituições financeiras, presentes ao evento disponibilizam cerca de 12 mil imóveis em fase de acabamento e na planta.
Para atrair compradores, os expositores estão oferecendo de kit para churrasco a desconto de R$ 15 mil, atrações infantis, restaurantes e várias palestras. A previsão é que seja comercializados cerca de R$ 100 milhões, sendo R$ 55 milhões no Salão do Imóvel que vai até domingo, e mais de R$ 40 milhões nos próximos três meses. Em 2007, o evento obteve negócios na ordem de R$ 95 milhões.
Ao todo são 62 estandes que vão abrigar 92 expositores. Até sexta-feira haverá mesas redondas de negociações e, segundo previsões da Ademi-ES há previsão de investimentos em obras por todo o Estado até 2012, e as empresas já estão de olho no público jovem e recém casados. A região com maior investimentos imobiliários no Estado é a Serra, com 5.556 unidades em construção, um crescimento de 793,2% em relação a 2005. Em seguida vem os bairros de Itapoã e Praia da Costa, em Vila Velha, com 4.751 unidades em execução. Jardim Camburi e Itaparica somam 3.376 e 2.819 unidades, respectivamente.
Setor de mármore e granito precisa mudar seu foco.
O Salão do Imóvel não atraiu o setor de mármore e granito do Espírito Santo. As empresas do segmento no Espírito Santo dão pouca atenção ao mercado imobiliário do Estado e acabam perdendo uma grande parcela das obras para os ceramistas. Quartzitos, ardósias, silestones e outras pedras naturais são comuns nos empreendimentos da Grande Vitória.
O setor de mármore e granito que sempre priorizou as exportações, sobretudo para os Estados Unidos, começa agora a enxergar o mercado brasileiro, mas estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais são vistos como mais vantajosos. Com isso, outros produtos de acabamento vão ganhando espaço na terra do mármore e granito. O mercado imobiliário capixaba é o que mais cresce no Brasil. Por semestre ele movimenta cerca de R$ 1 bilhão, quase todos os investimentos na Grande Vitória.
As empresas insistem em investir apenas nas feiras próprias do setor, quando deveriam também fazer-se presentes em eventos da construção, feiras de acabamento e de arquitetura; mostrar-se para o público consumidor e especificador. Em 2007 e 2008, já contabilizando as participações na Construir-Rio a ser realizada em novembro, menos de 20 empresas mostraram seus produtos em eventos imobiliários em todo o Brasil.
Apesar da crise econômica, da diminuição das vendas, dos altos custos de exportação, das dificuldades de recebimento, o número de empresas expositoras de mármore e granito, em feiras no exterior é dez (10) vezes maior em relação a participação no Brasil. Em 2007, as exportações brasileiras de granito e mármore e outras pedras, representaram pouco mais de US$ 1,1 bilhão, enquanto o mercado imobiliário brasileiro teve negócios na ordem de mais de R$ 20 bilhões, e para este ano deve ocorrer um aumento de pelo menos 10%. Por outro lado, deve ocorrer uma diminuição acentuada nas exportações de pedras ornamentais. O mercado brasileiro é uma grande aposta.
Confira os números
Levando em consideração as 12 mil ofertas do Salão do Imóvel do Espírito Santo:
* 12 mil bancadas – Uma bancada por apartamento;
* 60 mil soleiras – Se levarmos em conta que um apartamento tem no mínimo cinco portas;
* 60 mil peitoris – Se levarmos em conta que cada apartamento tem no mínimo cinco janelas;
OBS.: Estes materiais são recortes, sobras.
* Temos ainda os rodapés, cerca de 100 metros quadrados, em média, por apartamento, pisos de cozinhas, de banheiros, de salas, escadarias, áreas de serviços e corredores.
• Quanto o setor deixa de faturar por ano no Espírito Santo?
• Vários matérias importados estão sendo utilizados nas obras, principalmente as de três e quatro quartos que têm cômodos inteiros, e em alguns casos todo o apartamento é revestido de pedra natural ou industrializada.

BNDES: saída da crise global será difícil e lenta

Extraído do site Folha Vitória

Rio - O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que, provavelmente, "a saída dessa crise será difícil e lenta", disse referindo-se ao contexto mundial, em palestra no Simpósio Internacional "Perspectivas do Desenvolvimento para o Século 21", promovido pelo Centro Celso Furtado.
A declaração de Coutinho contrasta com as declarações de que o pior da crise financeira internacional já passou, feitas pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, hoje, e do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, Miguel Jorge, ontem.
Coutinho justificou que "os sistemas bancários internacionais operavam com níveis de alavancagem muito altos e terão que passar por processo de desalavancagem que tomará muito tempo e que poderá, no percurso, produzir outras dificuldades financeiras". Ele também disse que "estamos em um momento extraordinário em que as economias avançadas estarão mergulhadas em uma recessão cuja duração e intensidade ainda é difícil de avaliar". Segundo o executivo, a crise atual é "de grande envergadura, comparável talvez a dos anos 30 pelo seu potencial disruptivo de riqueza e de emprego".
Por outro lado, Coutinho observou que as economias em desenvolvimento têm mais peso no comércio e na liquidez internacional, algumas "com reservas muito expressivas" e mercados internos fortes e oportunidades no setor de infra-estrutura. "Estamos em uma situação inédita em que a periferia pode ajudar o centro, e não o contrário", afirmou.
Coutinho voltou a afirmar que a China, em primeiro lugar, e o Brasil, em segundo, são os dois países em melhores condições para enfrentar a crise. "A China teria que substituir rapidamente as fontes externas por fontes internas de crescimento", disse. No caso do Brasil, ele ressaltou que o sistema financeiro nacional é sólido, a economia tem bons fundamentos e vários investimentos em infra-estrutura "têm taxa de retorno tão altas, que mesmo que os juros subam muito, vão se concretizar". Junto com outros setores e "o que permanecerá viável de agronegócios", esses investimentos devem garantir que a economia brasileira continue crescendo.
O presidente do BNDES informou que há uma "determinação do governo de acelerar os investimentos em infra-estrutura, minorar os efeitos da crise e criar um piso de crescimento da economia brasileira".