domingo, 5 de fevereiro de 2012

Empresas precisam inovar para manter a indústria aquecida

Exraído do site da Revista Inforochas

O Brasil esta ou não vivendo um processo de desindustrialização? As opiniões sobre o assunto são controversas, mas o fato e que, enquanto o setor de serviços se destaca, a participação da industria na economia brasileira vem diminuindo, devido a diversos fatores, entre eles o cambio desfavorável e a concorrência com os produtos importados.

Para driblar essa mudança de perfil econômico, as industrias precisam inovar e, no setor de rochas ornamentais, não e diferente, seja no Espírito Santo ou em outros estados.

Investir em tecnologia e conquistar novos mercados são medidas essenciais para enfrentar esse cenário.

A secretaria de Estado de Desenvolvimento em exercício, Cristina Santos, destacou que as empresas precisam ser cada vez mais criativas, apresentando novos produtos, agregando valor e diversificando o mercado.

“O Brasil e, conseqüentemente, o Espírito Santo vivem hoje um reposicionamento dos setores econômicos. Os dados mostram que a economia continua crescendo - a capixaba cresce acima da media nacional – e a nossa política e de valorizar os setores tradicionais e incentivá-los a buscar inovação e aumento da competitividade”, disse.

Cristina Santos enfatizou a participação do setor de rochas nesse desempenho econômico.

“O segmento e um dos principais do Espírito Santo e responsável por cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual.

E um setor dinâmico, que vem investindo na terceira geração de produtos. As exportações cresceram, o que mostra que o segmento vem se fortalecendo”, citou.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), Emic Malacarne Costa, comentou que o setor não ficou imune aos contratempos da economia mundial, apesar dos resultados conquistados.

“As negociações do endividamento dos Estados Unidos, a fragilidade da economia de muitos países da Europa, a desaceleração dos investimentos chineses e a produção em larga escala dos produtos sintéticos sao ameaças reais a produção de rochas ornamentais do Espírito Santo", afirmou.

Emic Malacarne destacou, entretanto, que as expectativas para os próximos anos são boas, mas que a indústria de rochas vai precisar se esforçar. "O nosso desafio e compatibilizar a nossa industria com a demanda interna existente, em função da estabilidade econômica do Brasil, que tende a crescer com os adventos da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e das Olimpíadas, que acontecerão ate 2016”, disse.

Entenda o que é desindustrialização

Ao contrário da industrialização, o processo que provoca a reversão do crescimento e da participação da industria na produção e na geração de empregos e conhecido por “desindustrialização”.

Não é possível, em termos restritos, caracterizar como desindustrialização um processo no qual o setor industrial apenas reduz a capacidade de criar postos de trabalho. Se a participação da industria na produção de bens e na agregação de valores se mantém inalterada ou cresce, não se caracteriza como desindustrialização.

Em um conceito mais abrangente, a desindustrialização seria caracterizada como uma situação na qual tanto o emprego industrial como o valor adicionado da industria se reduzem como proporção do emprego total e do PIB, respectivamente.

Fonte: Nota Técnica 100, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de junho de 2011

Setor de rochas capixaba não está sofrendo desindustrialização, diz Findes

Enquanto outros setores da indústria sofrem retração, o segmento de rochas ornamentais no Estado esta crescendo, de acordo com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). O presidente da entidade, Marcos Guerra, afirmou que o setor vem se beneficiando com o aquecimento de economias internacionais, como as de países asiáticos.

“O setor de rochas não tem recebido diretamente os efeitos da desindustrialização, pois atende segmentos da economia que estão em franco crescimento. A recuperação junto aos mercados norte-americano e europeu e, sobretudo, a grande demanda de países asiáticos vem impulsionando o setor", destacou.

Os riscos, entretanto, não estão descartados, segundo Guerra, diante das possíveis oscilações do mercado mundial. “E por isso que precisamos diversificar o numero de clientes internacionais, para não nos tornarmos dependentes somente de uma nação ou mercado, como ocorreu antes em relação aos EUA".

Para o presidente da Findes, o processo de desindustrialização, se consolidado, pode desencadear uma recessão econômica, fazendo com que a industria retroceda a ponto de somente produzir matéria-prima básica para redutos manufaturados de outros países.

“Eu sempre ressalto que um estado sem uma indústria forte e um estado sem identidade".

O senador Ricardo Ferraço destacou a importância de fortalecer o mercado capixaba de rochas.

“Em nossa passagem pelo Governo, trabalhamos intensamente para o fortalecimento de todo o arranjo produtivo, investindo para agregar valor a matéria-prima e modernizar o parque industrial, o que foi fundamental para conquistarmos mais espaços em um mercado mundial cada vez mais concorrido”.

Ferraço afirmou que tem trabalhado para superar desafios do setor e citou a conquista do direito de as empresas atuarem com o regime de drawback, que e a isenção da cobrança de tributos federais nas importações de insumos destinados a produção de materiais voltados ao mercado externo.

Sindirochas articula encontro entre empresas para otimizar uso do transporte ferroviário

Extraído do site da Revista Inforochas

O Sindirochas articulou um encontro entre a Santo Antonio Granitos, a multinacional Vale e empresários do setor de rochas ornamentais, para discutir a otimização do transporte ferroviário de blocos a partir da utilização do terminal ferroviário pertencente a empresa Santo Antonio, situado na localidade de Monte Líbano, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.

O objetivo e difundir no setor as vantagens desse tipo de transporte, que garante mais segurança no deslocamento de cargas.

Diego Zanella, representante da Vale na reunião, destacou os benefícios que a adoção do transporte ferroviário pode trazer ao segmento. Atualmente, o terminal na localidade de Monte Líbano e usado somente pela Santo Antonio Granitos, mas e possível que ele passe a servir para prestação de serviços de recebimento e carregamento de blocos e contêineres para outras empresas.

A iniciativa do Sindirochas de apoiar a idéia, de acordo com o presidente do sindicato, Emic Malacarne, deve-se ao fato de o transporte ferroviário ser uma solução que poderá garantir o desenvolvimento das empresas que aderirem ao projeto. Outras reuniões a respeito desse assunto serão realizadas nos próximos meses.

Cidades das Pedras

Extraído do site da Revista Inforochas

Responsável pela maior parte das exportações de rochas ornamentais do Brasil, o Espírito Santo possui cidades cuja economia e voltada prioritariamente para a exploração dessas matérias-primas, o que coloca o Estado em posição de destaque no segmento. Entre elas estão as cidades de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Baixo Guandu, alem de Nova Venécia e Barra de São Francisco, também referencias no setor.

Com o maior parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais do Espírito Santo, o município de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, apresenta na 33a Vitoria Stone Fair o potencial do Arranjo Produtivo Local (APL), com o objetivo de atrair novas empresas do setor para a cidade.

Dos 25 milhões de metros quadrados de rochas que o Estado processa por ano, 70% são beneficiados em empresas cachoeirenses.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cachoeiro de Itapemirim, Ricardo Coelho, as perspectivas do setor para este ano são boas. “No mercado interno, temos o aquecimento do setor imobiliário e da construção civil, potencializado pela preparação para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos. No mercado externo, a expectativa e que as taxas de crescimento da exportação se mantenham”, destaca.

Colatina

Sede de grandes jazidas de granito no Espírito Santo, o município de Colatina, no Norte, vai contar com a implantação de um Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), que esta sendo requerido junto a Secretaria da Receita Federal pela empresa Centronorte Logística Integrada, como forma de atrair empresas do setor de rochas ornamentais para a região.

O secretario municipal de Desenvolvimento Econômico, Fernando Valverde, explicou que, com investimentos no terminal de cargas Centronorte, inaugurado em 2005 e com acesso direto via linha férrea ao Porto de Vitoria, será possível retirar parte das 300 carretas que circulam pela cidade, por dia, com blocos de granito.

“Queremos atrair mais indústrias e facilitar os negócios do setor.", disse o secretario. Valverde destacou que empresas de grande porte do setor, que possuem pedreiras no município, já estão com projetos para instalar filiais e beneficiar os blocos na região, com investimentos de mais de R$ 60 milhões.

Baixo Guandu

Com a maior reserva em exploração de granito verde labrador do Brasil e um novo pólo industrial, o município de Baixo Guandu, na região Norte do Espírito Santo, quer se tornar referencia na extração e no beneficiamento da pedra ornamental.

A secretaria municipal de Desenvolvimento, Industria e Comercio, Lu Cardoso, explicou que o município possui hoje 20 mineradoras e busca atrair empresas beneficiadoras para se instalarem na cidade, agregando valor a produtos e exportações.

“Atualmente, a atividade e estritamente mineraria. Não ha industrias beneficiadoras, e as empresas acabam enviando as pedras para outros pólos de beneficiamento ou exportando os blocos para países como a China”, explicou a secretaria.

Da produção do granito verde labrador da cidade, 40% se destinam ao mercado nacional, com a comercialização de chapas e blocos para as serrarias. Já os 60% restantes são exportados.

Instalado em parceria com a Superintendência de Projetos de Polarização Industrial (Suppin), a primeira fase do pólo industrial de Baixo Guandu possui 36 lotes, que totalizam 215,1 mil metros quadrados de área disponível para a implantação de empresas de qualquer setor econômico.

Mármore e granito não saem de moda

Extraído do site da Revista Inforochas

Jose Daher e arquiteto e possui 32 anos de experiência no mercado da decoração

Quando o assunto é decoração, a palavra tendência não serve para definir a utilização de mármore e granito. Para o arquiteto Jose Daher, que possui 32 anos de experiência na área, esses materiais nunca saem de moda, por isso devem ser usados com uma visão de perenidade, sem risco de os ambientes ficarem ultrapassados.

“As pedras, mármore ou granito, são materiais nobres e diferenciados, principalmente pelo fato de serem naturais.

Elas precisam ser usadas com critério, uma vez que tem vida útil longa. Não são materiais para serem substituídos em pouco tempo. Se bem utilizados, não perdem a atualidade”, disse.

Trabalhando rotineiramente na elaboração de projetos sofisticados, nos quais muitas vezes as rochas ornamentais são utilizadas, Jose Daher da algumas dicas sobre as melhores formas de aplicá-las. “Para piso e parede, prefiro sempre os tons claros e aplicados com a dimensão maior possível, para aproveitar melhor a chapa”.

Entre os preferidos de Daher estão o mármore branco e o granito Branco Siena, das rochas brasileiras. Entre os importados, os mármores Carrara e o Boticino. Segundo o arquiteto, são materiais de visual clean, que recebem bem tanto uma ambientação mais moderna ou mais “classuda”.

Jose Daher destaca que, na hora de compor um ambiente, e importante valorizar as rochas ornamentais, fazendo com que elas, pela exuberância que possuem, sejam as protagonistas da decoração. “E preciso ter cuidado com o uso dos demais elementos, para que sejam sóbrios. Por isso, são ótimas opções a laca, os tecidos lisos e os espelhos. E preciso dar excelência aos produtos naturais e, neste caso, nobres.

Os demais objetos devem entrar na composição como coadjuvantes”, sugeriu.

Alem da aplicação das rochas ornamentais nos ambientes, Jose Daher comentou que o mármore e o granito podem ser usados na composição de moveis, fazendo com que o ambiente fique mais sofisticado. “Costumo desenhar moveis associando mármore e granito a madeira ou a laca, principalmente para escritórios de médio e grande porte”.