quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Exportações do setor de rochas superarão bem mais de US$ 1 bilhão de dólares

Matéria extraída do Facebook da Revista Rochas de Qualidade


De acordo com dados da Abirochas, as exportações do período janeiro-novembro de 2012 atingiram US$ 981,21 milhões e 2.080.555,60 t, mantendo variação positiva tanto em faturamento (+6,72%), quanto em volume físico (+3,62%), frente ao mesmo período de 2011. As exportações do mês de novembro, especificamente, somaram US$ 87,05 milhões e 205.216,76 t, superando as do último mês de outubro.
A expectativa é a de que o setor feche o ano de 2012 com quase US$ 1,1 bilhão de faturamento e 2,3 milhões t em volume físico, voltando à performance de anos anteriores. Um dado interessante em 2012 foi o aumento das exportações de rochas carbonáticas, especialmente mármores.
Diante deste quadro positivo, espera-se para 2013 um crescimento das exportações, em função do aquecimento do mercado de chapas para os EUA e de blocos para a China, o que deverá compensar a queda nas vendas para o mercado europeu.
Já as importações de materiais rochosos naturais somaram US$ 55,95 milhões e 90.887,40 t no período janeiro-novembro, com variação negativa de respectivamente 10,15% e 5,94% frente a 2011, com declínio do preço médio das importações brasileiras de rochas, enquanto as importações de materiais rochosos artificiais somaram US$ 43,81 milhões e 56.893,81 t, com variação positiva de respectivamente 59,81% e 101,77% frente a 2011.
A expectativa para dois importantes mercados para o Brasil, EUA para chapas e China para blocos, é a seguinte: em relação aos Estados Unidos, a recuperação da economia americana deve ser impulsionada a partir da retomada do setor imobiliário residencial, uma vez que os investimentos em imóveis residenciais deverão crescer 12% em 2013, com o início da construção de 930 mil novas moradias e aumento no preço médio dos imóveis de 3,5%; enquanto o mercado chinês sinaliza para o crescimento da demanda interna em detrimento do estímulo às exportações, com redução das tarifas de importação para cerca de 800 produtos, especialmente matérias-primas e bens intermediários (de acordo com dados do Informe da Abirochas 14/2012).
O Brasil tem reais condições de competitividade nos mercados internacionais, pois alia a qualidade, beleza e exotismo dos seus materiais à alta tecnologia, desde o beneficiamento ao acabamento final. Nota-se, claramente, nos últimos dois anos, que o setor vem investindo fortemente em tecnologia de ponta, especialmente em teares multifios, o que transformou o País em excelente mercado para os fabricantes estrangeiros. Este nicho de mercado tornou-se tão atrativo e competitivo que, em 2012, durante a Vitória Stone Fair, fabricantes nacionais também apresentaram seus teares multifios, com performance comprovada e excelente relação custo-benefício. Também em 2012, muitas empresas investiram na aquisição de politrizes, uma vez que hoje o setor já oferece o mesmo acabamento final de qualidade para o mercado interno, em função da crescente demanda por rochas ornamentais em obras de grande porte e projetos de arquitetura e decoração residenciais, comerciais e corporativos.
Os empresários estão acreditando no Brasil, investindo em alta tecnologia, mesmo com a baixa lucratividade. Acreditando no mercado interno, cada vez mais exigente, e na qualidade do produto brasileiro, aprimorando o que a natureza oferece. O que significa dizer que, mesmo em tempos de crise, o setor de rochas manteve um alto nível de produção e exportações significativas.
No mercado interno, o setor de rochas é bastante influenciado pela construção civil, que apesar de ter crescido em ritmo menor (4% em 2012), ainda assim cresceu à frente do PIB nacional. O SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) projeta para 2013, um crescimento de 3,5% e 4%, informação divulgada em novembro último. A expectativa é a de que haverá uma recuperação da taxa de investimento, que deverá ficar em 19% do PIB.
Segundo especialistas da FGV, as perspectivas para 2013 são otimistas, pois o PMCMV deverá ter seu ritmo acelerado e as obras para os eventos esportivos também ganharão maior velocidade. O crédito continuará sustentando a demanda habitacional e os recursos para infraestrutura deverão crescer. E o ano já começa aquecido para o setor de rochas com duas importantes feiras já nos primeiros meses do ano – Vitória Stone Fair e Revestir - que prometem movimentar o mercado.
Emanuel Mateus de Castro - Editor da Revista Rochas de Qualidade