quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Marmorarias capixabas participam da Vitória Stone Fair 2009

Extraído do site da Milanez & Milaneze

A participação está sendo viabilizada por meio do projeto do Sebrae/ES, que incentiva a fabricação de produtos acabados, agregando valor ao processo.
Referência no segmento de extração e mineração, o Espírito Santo busca também a excelência no chamado terceiro ciclo do setor de rochas ornamentais, que envolve a industrialização de produtos acabados. A fim de incentivar o consumo e mostrar a qualidade dos produtos capixabas, o Sebrae/ES desenvolve o projeto “Rochas Ornamentais”, por meio do qual está viabilizando a participação de marmorarias na 27ª edição do Vitória Stone Fair.
Participando do evento, os grupos de marmorarias Via Pétrea, localizada em Barra de São Francisco; Nortstones, de Nova Venécia; Qualirochas, de Serra; e Grande Vitória, vão compartilhar o “Espaço Marmorarias Capixabas”. Será uma oportunidade de troca de experiências e interação entre empresários do mesmo segmento, além de fortalecer o processo de internacionalização das micro e pequenas empresas da cadeia produtiva de rochas ornamentais do segmento de marmorarias.
Os produtos expostos vão desde mobiliários em rochas até a execução de projetos, como cozinhas, banheiros e áreas de lazer. “O objetivo deste espaço é mostrar os produtos desenvolvidos no Estado, além de expor a qualidade, a resistência, a rusticidade e, principalmente, o design diferenciado, aliado à diversidade de rochas ornamentais oferecidas hoje no mercado”, explica Rogélio Santos, gestor estadual do projeto de Mármore e Granito do Sebrae/ES.
Quanto às tendências do mercado, um dos expositores do espaço, o empresário Marcelo Nery afirma que, apesar da crise econômica, o mercado interno está aquecido devido ao fortalecimento do setor imobiliário. “O consumidor brasileiro está mais aberto às novas tendências e utilizando mais pedras exóticas. Com isso, estamos nos voltando também para o mercado interno, que possui grandes oportunidades de crescimento”, destacou.
Por meio de treinamentos, palestras, consultorias e visitas técnicas, o Sebrae/ES oferece apoio às marmorarias, além de auxiliá-las a expor em feiras, como a Vitória Stone Fair. O projeto conta com a parceria de entidades que ajudam no desenvolvimento e na sustentabilidade das marmorarias do Estado, que somam cerca de 35 empresas.

Fonte: Milanez & Milaneze

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A vez do coletivo

Extraído do site da Revista Inforochas

Sempre que acontecimentos adversos ao setor rochas ornamentais ocorrem é comum comentários que conduzem à necessidade de união. É quase que cíclica essa postura e mais uma vez ela vem à tona por conta da crise financeira mundial vivenciada. Às vezes mudam-se os focos, mas não as reações.
Um outro episódio ocorrido, recentemente, foi a interdição de algumas pedreiras de empresas capixabas e mineiras, sob a alegação de falta de condições adequadas de segurança para o trabalhador.
No caso da crise imobiliária americana, cujos desdobramentos, até o momento, são mundialmente conhecidos, seu impacto a médio e longo prazo é de difícil previsão, o que deve remeter as empresas do setor a uma revisão de planos, seja de natureza financeira, mercadológica, investimentos etc.
Em se tratando da interdição supracitada, essa não foi a primeira e com certeza, está longe de ser a última. Estamos citando apenas duas situações, isoladas e presentes, para que possamos propor uma estratégia a ser adotada, em benefício de todo o segmento de rochas.
É, no nosso entendimento, prioritário um movimento organizado que resulte no fortalecimento institucional gradual do setor. É estranho que, quando as coisas vão bem, tais preocupações caiam no esquecimento. Ao contrário, é no momento de calmaria que encontraremos maior tranqüilidade para discutir e formatar um projeto que venha de encontro aos nossos interesses.
Questões coletivas como as que dizem respeito a órgãos como IBAMA, Ministério Público, Ministério do Trabalho, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, Secretarias Estaduais de Transportes, Polícia Rodoviária Federal, e tantos outros, reguladores e/ou fiscalizadores, devem ser resolvidas através do estabelecimento de uma interlocução comandada por instituições representativas fortes com suportes técnicos adequados.
A força institucional necessita vir acompanhada de ações que identifiquem totalmente o setor, em nível nacional. Ou seja, possuir um banco de dados, apto a disponibilizar informações sempre atualizadas tais como: número de empregos gerados, participação relativa no ranking brasileiro de exportação e em relação ao PIB dos estados produtores, evolução da geração de divisas e dos valores recolhidos em impostos, investimentos realizados nos últimos dez anos, estágio tecnológico atual etc.
Tais referências darão ao setor maior representatividade e visibilidade, podendo a partir de então, através da maior credibilidade e respeito adquirido junto a autoridades constituídas e opinião pública, fazer suas justas reivindicações.
Para tanto, é necessário que o setor se organize ainda mais, passe a pensar no coletivo, busque se fazer representar por entidades estaduais como seus sindicatos patronais e nacionalmente através do CENTROROCHAS para que este seja seu porta-voz oficial e que, em momentos como esse, quando a economia não definiu seu rumo, tenha, suas justas reivindicações defendidas, como por exemplo, uma política de crédito definida e respeitada por todos.
Importantes conquistas vêm sendo obtidas no Espírito Santo através de um eficiente trabalho de articulação levado a efeito pelo SINDIROCHAS, que é hoje o sindicato de maior expressão e respeitabilidade do setor, reflexo da importância da atividade para a economia do próprio Estado e do País.
O fortalecimento institucional passa por direitos e obrigações. Entre outros benefícios a serem citados, podemos destacar a possibilidade de melhor negociação com transportadores marítimos, terminais portuários, entidades governamentais e, principalmente junto aos agentes financeiros oficiais de linhas de crédito, próprias de programas específicos para o setor.
A maior proximidade com lideranças políticas dos estados produtores também não deve ser descartada, ao contrário, precisa ser implementada.
Na última década, a atividade mineradora tem evoluído aceleradamente, com o investimento em inúmeras, modernas e grandiosas plantas industriais, além do não menor esforço despendido na extração das matérias-primas para atender à crescente demanda.
Entretanto, são esforços isolados dos empreendedores, que no seu envolvimento diário, quase sempre esquecem do espírito coletivo e cooperativo.
Nunca foi tão pertinente o ditado: “Antes tarde do que nunca”.
Adilson Borges Vieira
Presidente do Centrorochas

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Empresários brasileiros buscam parceiros para exportação na África do Norte

Extraído do site Clica Brasília

Considerados exóticos no exterior, o mármore e o granito extraídos de jazidas brasileiras estão em revestimentos, pisos, banheiros, cozinhas e até em objetos de decoração em vários países. Mas nem todos os compradores sabem a origem do produto, porque Itália, China, Índia e Estados Unidos estão entre os maiores exportadores desse segmento. O bloco do mármore ou do granito é adquirido do Brasil e da Índia, por exemplo, processado e então vendido a preços bem mais altos.

“A idéia é mostrar que a rocha ornamental brasileira é um produto de qualidade e que pode ser comprado por eles a preços bem mais acessíveis do que os oferecidos pela Itália, por exemplo, diante da proximidade, já que está do outro lado do mar Mediterrâneo”, diz Paulo César Marinho Costa, dono da MGR Mármores e Granitos Rio LTDA, que faz parte de um grupo de empresários em visita ao norte da África em busca de novos parceiros para exportação.

Segundo Paulo César, o grupo de empresários argelinos gostou da apresentação do produto brasileiro, mas, conforme informou ele, as conversas estão apenas no início e outras tantas ainda virão.

O empresário foi mais cauteloso ao avaliar o resultado da conversa com empresários na Líbia, que também importa granito e mármore da Europa, que por sua vez compra o material bruto do Brasil e beneficia. “O país é muito fechado, mas de qualquer forma, plantamos a semente”, disse.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais, as exportações de granito e mármore no ano passado somaram US$ 954,5 milhões, 13,17% a menos do que em 2007, devido principalmente à queda das encomendas para a China. As importações do produto em 2008 chegaram a US$ 51,6 milhões, 32,24% a mais do que no ano anterior.

Para o empresário, este aumento das importações deve-se à preferência do brasileiro pelo produto importado, especialmente o que já está processado.

“É impressionante. O brasileiro prefere comprar uma bancada de granito vindo do exterior do que valorizar o que é nosso. Só que às vezes, ele o granito que ele está comprando é foi extraído das jazidas brasileiras, exportado, beneficiado e depois importado pelo Brasil”.

E chega o ano novo

Extraído do site da Revista Inforochas

Chegamos a 2009. Depois de um 2008 repleto de especulações, inadimplência e crises, o que esperar deste ano que se inicia? A pergunta certa não é o que esperar, mas sim como agir para garantir que a crise não faça com que o setor sofra grandes abalos.
É fato que 2009 não será um ano de muitas conquistas para o arranjo de rochas. Na verdade, nenhuma atividade da economia tem boas previsões para este ano. Mas, se fizermos o dever de casa direito, não será um ano ruim, porque há possibilidade de tornarmos nossas empresas competitivas, mesmo com todo o cenário contra.
Para isso, é necessário reavaliar a postura das empresas em relação à cadeia de rochas ornamentais. Não basta apenas diminuir os custos. É necessário que as empresas busquem novos caminhos, como maior atuação no mercado interno e vendas para outros mercados internacionais, que não seja o americano. É o momento dos empresários valorizarem as entidades do setor para buscarem o desenvolvimento de projetos que criem novas oportunidades para o arranjo.
Em 2009, o Cetemag, em parceria com outras entidades do setor, promoverá ações para fazer com que as empresas brasileiras sejam competitivas no mercado. Para janeiro, já temos agendada reunião com o ministro de Ciência e Tecnologia, que se mostrou disposto a enquadrar alguns de nossos projetos em programas do Governo.
Além de buscar apoio federal, temos atuado em âmbito estadual e ainda em parceria com a iniciativa privada. Em viagens aos eventos no exterior, em Verona e nos Emirados Árabes, percebemos como nossos produtos são fortes e, ao mesmo tempo, como ainda não conseguimos nos destacar à altura, o que é feito com destreza por nossos principais concorrentes.
Reconhecemos a crise e fazemos a nossa parte. Agora, os demais atores envolvidos têm que fazer a sua. Este é o momento de trabalharmos juntos para aumentarmos a competitividade do Brasil em relação aos demais países exportadores de rochas. Com a ajuda do governo, as entidades desenvolvem projetos que fomentam a competitividade. Com a participação das empresas nesses processos, será possível fazer com que esses projetos virem realidade.
Se o setor de rochas ornamentais souber aproveitar as entidades, que trabalham em favor do arranjo produtivo, poderá passar o 2009 sem grandes abalos, e o tão sonhado crescimento da cadeia pode acontecer, contrariando as previsões. Se o setor quiser, 2009 poderá ser o ano da retomada.
Emic Malacarne Costa
Presidente do Cetemag

Proteção para rochas industrializadas

Extraído do site da Revista Inforochas

Atendendo a crescente utilização de rochas industrializadas em residências e ambientes comerciais, a Bellinzoni desenvolveu um produto especialmente para proteção deste tipo de material: o Limesealer. Transparente, ele não cria um aspecto molhado ou brilhante para o material tratado, sendo indicado para superfícies em Limestone, Sandstone, pedras calcárias, arenito, mármores, granitos, cerâmicas, porcelanatos e pedras em geral. Um litro do produto rende, aproximadamente, 10 a 15 m². O produto está disponível em embalagens de 1, 5 e 20 litros.
Contato:
0800-282-5445(21)2445-9577

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Planejando o futuro

Extraído do site da Revista Inforochas

O ano de 2009 marca um novo período de administração municipal. Sejam candidatos reeleitos, eleitos pela primeira vez ou os que retornam à casa após um breve período, existe pelo menos um aspecto em comum entre os prefeitos que irão governar os principais pólos de extração e beneficiamento de rochas ornamentais do Espírito Santo: a vontade de desenvolver ainda mais a atividade, tão importante para a economia local, seja pela criação de empregos ou geração de divisas para o município.
Atenta às transformações que poderão vir por aí, a Revista Inforochas entrevistou os prefeitos eleitos de duas importantes cidades participantes do arranjo produtivo de rochas ornamentais no Sul do Estado: Castelo e Cachoeiro de Itapemirim. A partir destas conversas, fizemos uma seleção dos principais projetos quanto à atividade e também em outros aspectos, como saúde, educação, apoio às empresas e meio ambiente, que irão interferir diretamente na vida dos empresários e trabalhadores do setor.
Não deixe de conferir em nossa próxima edição, a matéria com prefeitos de duas cidades que são destaque na Região Norte: Barra de São Francisco e Nova Venécia.

Cleone Gomes do Nascimento, prefeito de Castelo
Primeiro prefeito reeleito da história do município, Cleone Nascimento é natural de Castelo e veio de uma família de dez irmãos. Iniciou sua vida pública candidatando-se como prefeito em 2004 e saindo como vencedor. Tri-atleta e praticante de vôo livre, investe no potencial do município no turismo de aventura.
Sobre o setor de rochas, ele destaca a grande quantidade de jazidas com materiais de alta qualidade, como o mármore São Cristóvão, um dos melhores do mundo, os granitos cinzas Corumbá e Andorinha e as pedras amarelas extraídas nas localidades de Pedregulho, Estrela do Norte, Pedra Lisa, Quilombo, Jabuticabeira e Nogueira.
Rochas ornamentais
Castelo tem um veio de rochas que atravessa todo o seu território e extrai cerca de 10% da produção estadual. São aproximadamente 70 frentes de extração e 43 empresas mineradoras de rochas ornamentais, mas apesar destes números, em termos de tributos municipais, a participação das empresas do setor de rochas na arrecadação é muito pequena, porque grande parte do beneficiamento é feito em cidades vizinhas.
Nós temos um projeto muito importante, o “Pegadas de Castelo”, que é um esforço do Poder Público e dos empresários no sentido de recuperar as áreas degradadas pela atividade mineradora. Alguns empresários já promoviam a recuperação em suas áreas e este projeto ganhou força. Com isto, muitos animais e plantas que tinham desaparecido já podem ser vistos nas áreas em recuperação ou recuperadas.
Certamente, neste novo mandato ele será ampliado, uma vez que serão contratados novos profissionais da área ambiental e outros para darem suporte à equipe que já atua nesta área.
Educação
Nossa prioridade é fortalecer o ensino fundamental, que é de competência dos municípios e tem sobrecarregado o orçamento municipal. Temos todo o interesse de integrar a família à escola e reduzir os índices de repetência e evasão escolar.
Existe a idéia de desenvolver cursos de tecnologia para a área ambiental, em parceria com a Facastelo, que já ofereceu, em parceria com o Governo do Estado (Prouni/Nossabolsa), 80 bolsas integrais (40 para o curso de Medicina Veterinária e 40 para o curso de Direito) para o ano de 2009.
Meio Ambiente
Vamos desmembrar a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e criar uma de Meio Ambiente para aumentar a atenção e as ações de preservação ambiental, embora já façamos um trabalho respeitável no município, inclusive de Educação Ambiental com todos os alunos, desde a creche, que aprendem a importância da exploração sustentável.
Temos empresários responsáveis que entendem a importância de preservação e sempre contamos com eles para que o trabalho voltado à exploração econômica sustentável possa continuar, uma vez que o setor de rochas gera muitos empregos em Castelo. É importante destacar que estamos abertos para buscar novas alternativas juntamente com os empresários.

Carlos Casteglione, prefeito de Cachoeiro de Itapemirim
Natural de Itapemirim, mudou-se para Cachoeiro aos 12 anos, junto com a família. Sua vida política iniciou em 1984, quando se filiou ao PT. Desde então, ocupou vários cargos de direção partidária e eleito deputado estadual por dois mandatos consecutivos, em 2002 e 2006. Este é seu primeiro mandato como prefeito, após candidatar-se também em 2000 e 2004.
Para ele, seu maior desafio é trazer Cachoeiro de Itapemirim de volta para a rota do desenvolvimento, além de articular a geração de emprego e renda, junto a empresários locais, principalmente do setor de rochas.
Setor de rochas
Nossa prioridade é trabalhar com as potencialidades e a importância de Cachoeiro como um pólo de beneficiamento das rochas ornamentais, buscando fazer com que o mármore e o granito possam passar por todo processo de beneficiamento, pois isso agrega valor ao produto e gera emprego e renda para o nosso município.
Outro destaque que vamos dar é para a indústria do calcário. Cachoeiro, principalmente o distrito de Itaoca, é uma região muita rica nessa matéria prima que é tão fundamental para a siderurgia, que é o calcário. Existem também outras vocações próprias do calcário, como a sua utilização na agricultura. Vamos valorizar o calcário de Itaoca e incentivar sua boa extração para que haja agregação de valores e repercussão social no nosso município.
Educação
Vamos valorizar a educação fundamental, ampliando a rede de vagas nas creches e na educação de crianças de três a cinco anos. Também há o Cefetes, um importante pólo formador de mão-de-obra, inclusive para a indústria do mármore e do granito. Estamos trabalhando junto ao Ministério da Educação para implantação do primeiro curso de Engenharia do município, que será no Cefetes. Além disso, nosso governo vai trabalhar pela criação, em Cachoeiro, de uma extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Meio ambiente
Pretendo, em parceria com o governo estadual, ampliar a capacidade do município de fazer o licenciamento ambiental, para agilizar o processo de liberação de empreendimentos. Nós temos ainda muitas áreas a serem preservadas e muitos projetos interessantes, como o Corredor Ecológico Cafundó-Burarama-Pacotuba, o Parque do Itabira e o Parque da Ilha do Meireles e também preservar as nascentes, cuidar do Rio Itapemirim.
Temos outro desafio, que é a destinação dos resíduos sólidos, tanto os industriais quanto domésticos. Cachoeiro tem alguns projetos em fase de licenciamento. O depósito de resíduos industriais já tem área licenciada, já o de resíduos comerciais e domésticos está em processo de discussão.

“A hora é de cautela, não de desespero”

Extraído do site da Revista Inforochas

Essa é a orientação do presidente da Findes, Lucas Izoton. Em entrevista exclusiva para a Revista Inforochas, ele falou sobre as expectativas da indústria para o ano de 2009, os projetos para a qualificação de mão de obra e de empresários, e como a entidade tem atuado junto ao setor de rochas, para driblar os gargalos logísticos e agregar mais valor aos seus produtos.

Revista Inforochas – O crescimento que o Espírito Santo experimentou, nos últimos cinco anos, está contribuindo para retardar ou amenizar os efeitos da crise americana no Estado?
Lucas Izoton
– Nos últimos anos, a indústria capixaba cresceu muito acima da média brasileira, sendo que o setor de rochas concentrou-se, prioritariamente, no mercado norte-americano. Com os efeitos da crise imobiliária no final de 2007 e da crise mundial, em 2008, isso fez com que o Espírito Santo, que é extremamente globalizado, pois possui uma grande parcela de comércio internacional em relação ao seu PIB, sentisse bastante esse novo momento econômico. A hora, porém, é de cautela e não de desespero. Certamente, aqueles que forem realistas e menos pessimistas poderão reduzir o tamanho e a duração da crise.

Como ficam os empregos e as perspectivas de crescimento, neste cenário?
No ano de 2008, o crescimento da indústria capixaba foi o maior do Brasil e tivemos também um significativo crescimento nos empregos formais gerados. Para este ano de 2009, acreditamos que não teremos crescimento econômico em nosso Estado, pois os setores principais que influenciam nossa pauta de exportação, como minério, aço, celulose e rochas, terão dificuldades para manter o mesmo volume de produção e preços de anos anteriores. É por isso que a indústria capixaba neste ano não repetirá os bons números do ano passado.

O setor de rochas já vem sentindo os efeitos da crise desde 2007. Com o cenário de queda chegando a outros setores, a partir de outubro de 2008, quais as perspectivas para o segmento de rochas?
Acredito que o segmento de rochas, que possui bons empreendedores, com empresas estruturadas, terá que procurar mercados alternativos, fora dos países desenvolvidos, como América do Norte e Europa Ocidental. Penso que existem muitos mercados ainda inexplorados ou pouco explorados, que são os países árabes, Leste Europeu, a Ásia e a África. O outro ponto é que ainda podemos ampliar o volume de utilização de rochas ornamentais na construção civil do Brasil, podendo, certamente, dar um grande impulso.

O que pode ser feito para reverter essa situação a curto, médio e longo prazo?
Buscar mercados ainda inexplorados ou pouco explorados, ampliar o volume de utilização de rochas ornamentais na construção civil brasileira, elaborar produtos com maior valor agregado, de maneira que possamos ter um valor maior por tonelada e modernizar ainda mais nossas empresas para que possamos ter um menor custo produtivo e de logística.

De que forma as empresas podem tirar proveito deste momento?
Toda crise nos leva a grandes reflexões, à adoção de medidas mais duras. Portanto, é hora de rever o planejamento estratégico, considerar que os anos de 2009 e 2010 serão difíceis, reduzir bastante os custos fixos, buscar novos mercados, compartilhar as informações com a equipe, visando aumento de receita e redução de despesa, e entender que o momento é de muito trabalho.

Quais são os maiores entraves para o setor de rochas e como a crise afeta os investimentos previstos para acabar com os gargalos logísticos para o setor, como, por exemplo, a Ferrovia Litorânea Sul, investimento da Vale?
O governo estadual, as entidades empresariais e os parlamentares estão todos juntos trabalhando para resolver alguns gargalos em nossa logística, como é o caso da BR-101, BR-262, ampliação das retro-áreas portuárias, aumento da profundidade da Baía de Vitória, conclusão do aeroporto e o transporte de rochas por ferrovias. A Ferrovia Litorânea Sul até o momento está confirmada pela Vale e acreditamos que ela possa ser uma alternativa de transporte para a região de Cachoeiro de Itapemirim e para a Grande Vitória

Os números mostram que o Espírito Santo ainda tem economia muito dependente de commodities. Que trabalho vem sendo feito para agregar mais valor aos nossos produtos?
Atualmente, a pauta de exportações do Espírito Santo é composta principalmente por mineração, aço, celulose, rochas e cafés, sendo a maioria deles commodities. A previsão, neste ano de 2009, é que os preços médios das commodities sejam inferiores aos praticados durante o ano passado, e isso, certamente, irá inibir o crescimento do nosso Estado.
Quando avaliamos que a Vale tem capacidade produtiva para 29 milhões de toneladas de pelets e a Samarco para 21 milhões de toneladas de pelets, isso já significa agregação de valor porque o preço da pelota é de cerca do dobro do minério tradicional.
A mesma coisa é quando a ArcelorMittal exporta seu aço, já está agregando valor. Agora, realmente precisamos fazer uma ação em todos os setores industriais para que tenhamos produtos com maior valor agregado a exemplo de outros estados brasileiros.

Como isso pode ser aplicado ao setor de rochas?
Sempre que falo na agregação de valor no setor de rochas, exemplifico da seguinte maneira: um bloco de rochas custa, em média, 170 dólares a tonelada; uma placa, 700 dólares a tonelada; e uma pia, feita dessa placa, custa quase 2 mil dólares a tonelada. Isso é agregação de valor, ou seja, os industriais do setor de rochas precisam trabalhar mais com projetos completos, de maneira que possam vender muito mais produtos acabados ou possam exportar ou mesmo vender para o mercado interno o produto acabado e não somente fornecer blocos de rochas ou placas. Isso exigirá um esforço adicional do empresário, mas, certamente, colaborará para que ele tenha um faturamento muito maior e, até mesmo, ter diferenciais em relação a outros concorrentes.

O setor de rochas vem buscando novos mercados, para substituir o americano, como o Oriente Médio. Como isso pode ser consolidado, para um retorno a curto e médio prazo?
Não somente o Oriente Médio, mas o mercado árabe como um todo, o Leste Europeu, o mercado asiático e o africano. Existem muitos outros países que têm interesse na nossa grande diversidade de rochas e isso é uma grande oportunidade. O que precisamos agora é, de maneira sistemática e ordenada, buscar o conhecimento melhor desses mercados, efetuarmos missões empresariais e trabalharmos de maneira profissional para sermos competitivos nesses locais.

Como a crise afeta a construção civil e as perspectivas das empresas de rochas se voltarem mais para o mercado interno? O que pode auxiliar esse processo?
A construção civil, apesar de uma desaceleração do crescimento, continuará sendo um setor importante na economia capixaba e brasileira. E existe uma grande oportunidade para utilizarmos, muito mais, rochas em nossos projetos. O nosso setor precisa fazer um trabalho integrado com arquitetos, escolas e universidades de engenharia para que todos esses profissionais possam conhecer as vantagens da utilização do mármore e do granito em nossas obras de construção civil.

Quais são os principais projetos que cada entidade pertencente ao Sistema Findes planeja para 2009, para que a indústria atravesse esse período de turbulência?
O Sistema Findes está focando em várias frentes de trabalho, nas quais destacamos: nossa meta é sair da capacitação de 30 mil profissionais ano, como ocorreu em 2008, para algo próximo de 50 mil profissionais, em 2010. Para isso, modernizamos, reformamos e ampliamos todas as instalações do Sesi e do Senai no Estado e, ainda, estamos criando três centros integrados nas cidades de Anchieta, Aracruz e São Mateus.
Estamos também trabalhando para que as nossas entidades, principalmente o IEL, possam capacitar os empresários e os seus gerentes, para que, dessa forma, possam fazer uma gestão ainda mais adequada das suas indústrias. A Findes também, junto aos órgãos públicos, tem buscado melhorar a competitividade da nossa indústria, por meio da execução de obras de infra-estrutura e logística, bem como na redução de impostos.
Acreditamos que todas essas ações podem ajudar e um exemplo concreto é uma série de parcerias que a Federação está fazendo com o setor de rochas de Cachoeiro, junto ao Senai local.

Que projetos que a Findes pretende desenvolver, ou dar continuidade, para apoiar o setor de rochas, em 2009?
Entre outras ações que a Findes está fazendo em prol do setor de rochas está o apoio de pleitos deste segmento junto à Apex, ao Sebrae nacional e ao Sebrae-ES. Além disso, o Centro Internacional de Negócios do Espírito Santo (CIN) tem dado apoio e auxílio nas missões empresariais, visando a abertura de novos mercados. O setor de rochas é olhado com grande carinho por todas as entidades do Sistema Findes, podendo contar com novas parcerias em 2009.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Vitória Stone Fair vai reunir 350 expositores no Espírito Santo

Extraído do site Gazeta Online

A crise mundial que afeta a vida das pessoas e interfere na economia dos principais mercados vai também marcar presença nas discussões e nas projeções de cenários durante a 26ª edição da Feira Internacional do Mármore e Granito (Vitória Stone Fair), que será realizada no Espírito Santo, na primeira quinzena de fevereiro.
"A feira nos dará uma sinalização forte de como estará o mercado e de como serão os negócios neste ano", destaca o presidente do Sindirochas (sindicato que representa as empresas do setor de mármore e granito), Áureo Vianna Mameri.
Os contatos que os expositores terão com os seus clientes serão um forte sinalizador de como será o ritmo dos negócios neste ano e no começo do ano seguinte. O setor, que, desde meados de 2007, vem sofrendo os efeitos da crise imobiliária nos Estados Unidos, tem a expectativa de que, neste ano, a retração nas vendas não se acentue.
"Se neste ano for repetido o desempenho do ano passado já ficará de bom tamanho", enfatiza Mameri.
Com larga experiência, resultado da participação em inúmeras feiras realizadas no Brasil e em outros países, o presidente do Sindirochas dá dicas aos que participarão da feira como expositores:
"Coloquem em seus estandes o maior número possível de materiais. Quem se preocupar com a diversificação e reunir materiais de menor custo junto com os de custo mais elevado, as novidades e os exóticos vai se sair bem", aposta.
A feira, explica Mameri, sempre foi muito focada no mercado externo, mas devido à crise mundial, a expectativa é de que essa edição seja muito visitada pelo mercado interno.
Com o o setor da construção civil aquecido, há a sinalização de forte presença, na feira, de profissionais que atuam nas áreas de decoração e design para conhecer os materiais que estarão no mercado neste ano e nos anos seguintes.
Expositores
Na feira é mostrada a diversidade de rochas ornamentais brasileiras, e o ambiente é voltado à realização de negócios e parcerias e difusão de inovações tecnológicas como máquinas, ferramentas, insumos e novos processos de gestão.
É o maior evento do setor de rochas na América Latina, e neste ano vai reunir 350 expositores. A maioria deles - 85% ?, nacionais.
De acordo com a coordenação do evento, já estão confirmadas a participação de empresas do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia, Paraíba, Ceará.
O maior número de expositores é do Espírito Santo, seguido de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Estrangeiros
Os expositores internacionais responderão por 15% dos estandes e estão confirmadas participação de empresas da Itália, China, Egito, Turquia, Holanda, Israel, Estados Unidos, Argentina, Espanha e Portugal. A presença internacional mais forte é da Itália, China e Egito.
A organização da feira trabalha com a expectativa de 28 mil visitantes, sendo 16 mil do Espírito Santo, 10 mil de outros Estados brasileiros e 2 mil visitantes internacionais.
Fique por dentro:
26ª Feira Internacional do Mármore e Granito (Vitória Stone Fair)
Local: Pavilhão de Exposições Floriano Varejão, Carapina, Serra
Data: De 10 a 13 de fevereiro próximo
Horário de visitação: das 10 as 18 horas
Abertura oficial: Dia 10, as 16 horas
Número de expositores: 350
Estados participantes: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia, Paraíba, Ceará.
Expositores internacionais: Itália, China, Egito, Turquia, Holanda, Israel, Estados Unidos, Argentina e Espanha.
Expositores por atividades:
Pedras: 60%
Insumos e máquinas: 30%
Serviços e entidades: 10%
Previsão de público: 28.000 visitantes
Área total da feira: 30.000 metros quadrados
Outras informações: wwwvitoriastonefair.com.br
Novos mercados salvam a pátria
O setor de rochas ornamentais foi um dos mais atingidos pela crise. Fechou o ano passado com queda de 13,24% no faturamento das vendas para exportação e retração superior a 15% nos negócios com os EUA o principal comprador do mármore e granito brasileiros. A estratégia para que as empresas se mantenham no mercado é diversificar os materiais e, principalmente, diversificar o mercado.
As empresas do setor já cortaram os custos e estão trabalhando para aumentar a competitividade e melhorar a qualidade. Segundo o presidente do Sindirochas, Áureo Vianna Mameri, as empresas que não tinham essa configuração, não suportaram o baque de 2007, e saíram do mercado.
A crise imobiliária nos EUA foi o primeiro sinal negativo para o setor. As empresas que fizeram o dever de casa conseguiram suportar a crise com perda menor, explica Mameri. As que não reduziram custos nem buscaram outros mercados tiveram que fechar as portas.
Os resultados da diversificação já aparecem nos número das vendas de 2008. Mercados como os do Reino Unido, Holanda, Oriente Médio, Alemanha, Colômbia, Venezuela e Chile já estão na carteira das empresas capixabas.
A Venezuela foi a boa surpresa, explica Mameri. Só que os exportadores, para conquistar maior parte do mercado venezuelano, que tem grande potencial, precisam de paciência para ultrapassar algumas barreiras burocráticas que dificultam as operações.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Setor de rochas: muitos projetos, muitas idéias, poucos recursos

Extraído do site da Revista Inforochas

Há tempos, ouve-se dizer que o arranjo de rochas ornamentais precisa de projetos concretos que fomentem o setor, movimentem a cadeia e tragam resultados positivos. Há tempos, também as instituições do arranjo, como Cetemag, Cetem, Sindirochas e demais entidades co-irmãs, apresentam projetos que têm justamente essa proposta: impactar positivamente a cadeia de rochas.
Assim como nos anos anteriores, muitos projetos surgiram em 2008, mas poucos conseguiram sair do papel. Por que será que é tão difícil colocar essas idéias na prática? De acordo com o superintendente do Cetemag, Herman Krüger, a entidade tenta, a todo custo, aprovar seus projetos em editais públicos, mas essa não é uma tarefa fácil.
“Desde que assumi a superintendência do Cetemag ouço as pessoas falando que existem recursos federais e estaduais para o arranjo de rochas e que o que falta são bons projetos. Isso é estranho, uma vez que preparamos bons projetos, que atendem às necessidades do setor, mas que até hoje não conseguiram aprovação”, explica Herman.
Um dos grandes questionamentos dos empresários, entidades, autarquias, bancos e governo, que operam paralelamente ao setor de rochas, é a falta de articulação junto aos especificadores (arquitetos, designers, engenheiros e construção civil como um todo). Vários projetos já foram pensados nesse sentido, mas executá-los não é fácil.
O Projeto Especificador, nascido dentro do Cetemag, tem acontecido timidamente. A Maratona de Palestras para Especificadores, por exemplo, idéia apresentada pelo designer Ludson Zampirolli, para levar informações nas edições da Casa Cor de todo Brasil a esse público, ainda não saiu do papel porque faltam patrocinadores e editais em que ele se enquadre para conseguir verba.
Outro exemplo aconteceu na última edição da Cachoeiro Stone Fair, realizada em agosto. Foi montado o Pavilhão do Mármore para mostrar aos profissionais de arquitetura selecionados de todo o Brasil a dimensão da cadeia produtiva de rochas e o que pode ser feito com seus materiais.
O pavilhão foi montado com recursos da Milanez Milaneze e apoio não-financeiro de poucas empresas. O Bandes subsidiou R$ 20 mil e outras instituições e Governo não se manifestaram em relação ao projeto que, em geral, é cobrado por eles mesmos. A ação poderia alcançar resultados expressivos e fazer parte de uma ação contínua, recebendo especificadores de todo país, contudo, os investimentos não foram suficientes.
O presidente do Cetemag, Emic Malacarne Costa, afirma que embora se proclame a existência de fundos e recursos, até o momento, mesmo com toda a mobilização, não se consegue nenhum investimento. “As instituições fazem a parte delas conseguindo boa parte do valor necessário com os empresários, mas falta o setor público cumprir a sua função nestes casos”, desabafa.
Análise do Ciclo de Vida
Um exemplo claro de como até mesmo os melhores projetos não conseguem verba é a Análise do Ciclo de Vida das Rochas Ornamentais (ACV), apresentado em setembro de 2007 por Ludson Zampirolli, em reunião com o Cetemag e a Aamol.
“Desde o início, enxergamos a preciosidade do ACV. Como a magnitude do projeto vai além do Cetemag, entramos em contato com o Cetem, através da pesquisadora Mônica Castoldi Borlini, e do coordenador do Campus Avançado, Adriano Caranassios. A idéia foi apresentada ao Sebrae, que liberou um consultor para montá-lo conosco”, contou Herman.
Em 30 dias o projeto foi montado, quatro empresas foram convocadas e ele foi enviado para o Finep, através da chamada pública Nº 04/2007 MCT/Finep. Mesmo assim, não foi aprovado. “Há mais de um ano estamos buscando recursos para este projeto, porque sabemos de sua relevância para o arranjo de rochas. O desenvolvimento de um bom projeto também depende do apoio de instituições públicas e privadas”, explica a pesquisadora do Cetem.
No projeto do ACV o setor público não seria responsável por todo o custo. As entidades e empresas dariam R$ 500 mil, em suporte técnico, científico e financeiro, enquanto o recurso do Governo seria de R$ 500 mil. “O projeto também foi apresentado para outras instituições públicas, em reuniões governamentais, e mais uma vez nada aconteceu”, afirma Herman.
O ACV já é realidade nos países concorrentes do Brasil, como Itália, Inglaterra e Espanha. A ironia é que, um ano depois de sua apresentação, o arranjo de rochas se depara com o problema do radônio, com empresas e entidades se desdobrando para dar uma resposta aos mitos que foram criados sobre a quantidade de radônio liberado pelo granito.
De acordo com o presidente do Cetemag, só no ano de 2008, oito projetos foram apresentados às instituições e editais públicos e apenas um conseguiu recurso. “O que falta? Poderíamos argumentar sobre cada um, mas não é essa a questão. O arranjo precisa se mobilizar para cobrar contrapartida do setor público”, explica Emic.
O presidente do Cetemag completa, falando do projeto Valorização e Aproveitamento dos Mármores do Sul do Espírito Santo. “Para o mapeamento da lente de mármore, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, através do professor Edson Farias, conseguiu um recurso que não ultrapassa R$ 80 mil. Esse é um projeto que já está em andamento e também é considerado estratégico, cujo valor estimado é de R$ 250 mil. Se não conseguirmos levantar o valor restante, mesmo com muito esforço, iremos atingir resultados abaixo do que poderíamos atingir”, diz Emic.
SEBRAE
Em meio a tanta burocracia e dificuldade, o superintendente do Cetemag destaca que a atuação do Sebrae tem sido positiva, observando uma grande disposição da entidade junto ao setor de rochas.
“Diversas ações nascem, acontecem e são realizadas em parceria com o Sebrae. Atualmente, estão em andamento reuniões e projetos junto com um grupo de marmorarias de Vitória, os convênios Inteligência Competitiva e Indicação Geográfica, em fase final de assinaturas junto ao Cetemag”, diz Herman.
GARGALOS
O presidente do Cetemag afirma que há muitos gargalos no setor e que, em geral, existem projetos para solucioná-los. No entanto, tais projetos acabam se deparando com outro gargalo: as supostas fontes de recursos não se abrem como deveriam ao arranjo de rochas, deixando seus projetos preteridos pelos de outros setores.
Emic desabafa: “No primeiro semestre de 2008, o setor de rochas ornamentais fechou suas exportações com faturamento de US$ 472,43 milhões, sendo o Espírito Santo responsável por cerca de 65% (US$ 307 milhões). É inadmissível que um setor que contribui tanto para movimentar a economia capixaba e nacional não consiga recursos necessários para suprir os entraves naturais da própria movimentação econômica”, diz.
O presidente finaliza pedindo maior mobilização do setor: “Para o ano de 2009, nós, empresários, temos que nos mobilizar e tentar reverter este quadro. Já passou da hora de o arranjo de rochas ornamentais receber os devidos investimentos a fim de suprir nossos problemas”.

Criação da CPS ROCHAS

Extraído do site da Revista Inforochas

Após deliberação em Assembléia Geral Extraordinária de ambas as bancadas, o Sindirochas e o Sindimármore comprometeram-se perante o Ministério Público do Trabalho, Ofício de Cachoeiro de Itapemirim, a firmarem Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho até o dia 26 de dezembro deste ano, criando a Comissão Permanente de Saúde e Segurança do Trabalho no Setor de Rochas – CPS ROCHAS.
Esta comissão, paritária, tem por objetivo estabelecer e acompanhar a aplicação de normas complementares àquelas previstas na legislação, especialmente nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, as NR’s, visando o aprimoramento das condições de saúde e segurança dos trabalhadores e demais envolvidos nos processos produtivos do setor de rochas ornamentais.
Seus membros serão indicados pelos sindicatos convenentes, no prazo de trinta dias a partir da data de sua criação, e ao menos um representante de cada bancada terá obrigatoriamente formação técnica em saúde e segurança do trabalho, visando a uma atuação eminentemente técnica e de assessoramento.
A CPS ROCHAS terá reuniões ordinárias mensais, tendo também como principal atribuição a definição de parâmetros mínimos para assegurar a efetividade dos treinamentos em saúde e segurança do trabalho para a categoria profissional, de forma a reforçar e suprir as lacunas nas normas legais.
Nesse contexto, após sua instalação, certamente uma das primeiras deliberações será quanto às normas consensadas perante o MPT para os treinamentos em armazenamento e movimentação de chapas, conforme o Anexo Único da NR-11, já passando a fazer parte integrante da Convenção Coletiva de Trabalho, após aprovação pela assembléia.
Com esta iniciativa, o setor de rochas ornamentais dá mais um importante passo no sentido de ter um desenvolvimento sustentável sob os aspectos de condições adequadas em seu meio ambiente de trabalho, propiciando meios cada vez mais eficazes à redução de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais.
Henrique Nelson Ferreira
Assessor Jurídico do SINDIROCHAS

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Parcerias ampliam participação de estrangeiros

Extraído do site Milanez e Milaneze

Grupos de empresas estrangeiras também já estão com presença confirmada na Vitória Stone Fair. Para isso, alguns países contam com um importante apoio: parcerias a acordos internacionais firmados com associações empresariais e entidades governamentais, que atuam no incentivo ao comércio internacional e na promoção das exportações.
A Toscana, uma das mais importantes regiões produtoras de mármore e granito da Itália, é um exemplo de participação coletiva no evento e estará com uma área que reunirá vários empresários. A participação coletiva da Toscana na Vitória Stone Fair já é tradicional, mas foi ampliada nesta edição.
Outras ações promocionais internacionais são realizadas durante todo o ano como a participação em eventos como Feira de Verona, a Coverings, nos Estados Unidos, e a StonExpo de Las Vegas, para a divulgação da Vitória Stone Fair e do setor de rochas ornamentais brasileiro.

Cresce a participação de novos mercados

Extraído do site Milanez e Milaneze
China, Reino Unido e Oriente Médio começam a despontar como fortes mercados para o setor

Cada vez mais, as empresas estão voltando suas atenções para outros países e aumentado o volume de negócios com mercados ainda pouco explorados, como Oriente Médio e países da Europa e América do Sul.
É o que demonstra o balanço das exportações de rochas referente ao mês de novembro, divulgado pelo Centrorochas na terceira semana de dezembro. Neste período, foram exportados US$ 62 milhões, correspondentes a pouco mais de 129 mil toneladas de rochas em todo o Brasil.
Com isso, o acumulado das exportações foi de US$ 883 milhões correspondentes a cerca e 1 milhão e 848 mil toneladas.
Contudo, as exportações não estão mais tão focadas no mercado norte-americano quanto nos anos anteriores. Até o momento foram exportados cerca de US$ 471 milhões aos Estados Unidos. A China, Oriente Médio, Reino Unido, Colômbia e Chile têm comprado cada vez mais as nossas rochas, demonstrando que as empresas do setor de rochas estão aprendendo a lição e diversificando os destinos da sua produção.
Os blocos, apresentaram um expressivo e surpreendente crescimento na ordem de 99%, passando de cerca de US$ 7,4 milhões em 2007 para US$ 14, 7 milhões.
O Espírito Santo continua como maior exportador de rochas ornamentais do País, com participação de 66% neste mercado (totalizando US$ 40,7 milhões e aproximadamente 80 mil toneladas), bem à frente do segundo colocado, Minas Gerais, que efetuou 20% das vendas do setor ao mercado externo.

Participações coletivas na Vitória Stone Fair 2009

Extraído do site Milanez e Milaneze

Empresários de todo o mundo já estão preparados para a maior vitrine nacional do setor de rochas ornamentais, e uma das maiores do mundo, a Vitória Stone Fair, que acontece entre os dias 10 e 13 de fevereiro, no Pavilhão de Carapina, Espírito Santo. Entre as novidades deste ano, estão algumas participações coletivas de comitivas de outros estados e até de outros países.
De São Paulo, já está confirmado um grupo de 15 marmorarias em busca de novidades. O grupo foi organizado com apoio do Sebrae de São Paulo.
Essa participação confirma a importância da alternativa que muitas empresas já têm buscado que é investir no mercado interno. Para se ter idéia, estimativas apontam que São Paulo é responsável por 50% do consumo brasileiro de rochas ornamentais.
Um grupo de marmorarias de Barra de São Francisco, onde estão localizadas as maiores jazidas de granitos do país, também participará em estande coletivo, com apoio do Sebrae-ES. Entre elas, estão: Granminas, HC Granitos, Mol Granitos do Brasil, Marmoraria Rossi e Marmoraria Miniguite.
Outro estado que se organizou para participar do evento de forma coletiva foi o Ceará. Entre as empresas já confirmadas no estande estão: Rochetec, Granitos S.A., Multigran, WS Mármores e Granistone.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cachoeiro pode cobrar ISSQN do beneficiamento do mármore e granito

Extraído do Portal Marble
Autor: Secom - Data de publicação: 29.12.2008 16:23

A Secretaria Municipal da Fazenda de Cachoeiro de Itapemirim informou nesta quarta-feira (24/12) que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu parecer favorável no que se refere à cobrança pelo município, do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) da atividade do beneficiamento de mármore e granito.
Nesse acórdão, publicado no último dia 01 de dezembro, no Diário Oficial, o Superior Tribunal de Justiça se manifestou pela incidência do Imposto Sobre Serviço (ISS) nos serviços de industrialização por encomenda, descritos no subitem 14.05, na Lista de Serviços da Lei Complementar 116/2003.
No julgamento, o entendimento do STJ foi no sentido de que esta atividade caracteriza-se como fato gerador de prestação de serviço (obrigação de fazer), fato jurídico tributável pelo Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), não se enquadrando, portanto, na hipótese de incidência do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias – obrigação de dar – e prestação de serviços de comunicação e de transporte transmunicipal).
Assim sendo, o município de Cachoeiro de Itapemirim espera ampliar a arrecadação do ISSQN decorrente da atividade do beneficiamento de mármore e granito. Com esta publicação do STJ, uma disputa que vem se arrastando desde 2004, entre municípios e Estados deverá chegar ao fim. A partir desse parecer, cabe ao município cobrar o ISSQN da atividade do beneficiamento do mármore e granito.

IEMA concede licença para central de tratamento de resíduos

Extraído do site do Jornal Folha ES

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) concedeu a Licença de Instalação para a construção de uma Central de Tratamento de Resíduos de originários do beneficiamento de rochas ornamentais em Cachoeiro de Itapemirim.
Com a medida, 82 empresas do setor poderão ser regularizadas, resíduos se transformarão em produtos para a construção civil e cerca de 625 mil litros de água serão economizados diretamente por dia, o equivalente ao consumo de aproximadamente 860 famílias. A Central será construída nos próximos nove meses, com recursos iniciais da ordem de R$ 2,5 milhões – podendo chegar a R$ 8 milhões, em uma segunda fase do projeto - e será sediada em uma área de 339 mil metros quadrados da Fazenda Monte Líbano, cedida pelo Governo Estadual para a Associação Ambiental Monte Líbano (Aamol).
A construção será feita com base em um protocolo firmado em 2005 entre o Governo do Estado, o Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Iema e a Aamol. Entre os produtos a serem “reciclados” estão a “lama abrasiva”.
De acordo com o diretor técnico do Iema, Aladim Fernando Cerqueira, este será um importante passo para iniciar um ciclo de sustentabilidade para o segmento, porque contempla aspectos ambientais, sociais e econômicos, entre eles a melhor fiscalização e gerenciamento dos resíduos da indústria de rochas de Cachoeiro.
“Vai agregar valor, com a produção de subprodutos como blocos e pisos de concreto para a construção civil e há ainda o reaproveitamento da água no processo industrial. Com isso, será possível licenciar também as empresas que fazem parte da Aamol, ou seja, são 40 empregos na fábrica mais 3,5 mil empregos nas indústrias. Além disso, vale ressaltar a transferência de tecnologia a micro e pequenos empresários do ramo de pré-moldados”, enumera.
O diretor técnico também destaca que as Centrais de Tratamento e as Associações, como medidas para diminuir os impactos da indústria de rochas, tem sido uma linha de trabalho desde 2005, que já acumula bons resultados. “Com a Aamol, somamos 13 associações em nove municípios. São quase 350 empresas do segmento no caminho de uma produção sustentável”.
Pólo de desenvolvimento
Atualmente, o Espírito Santo é o principal pólo de desenvolvimento do setor de rochas ornamentais do País, destacando-se como o sexto exportador mundial em volume físico e o quarto exportador brasileiro em bruto. Pelos levantamentos, são mais de 200 padrões diferenciados de mármores e granitos.
No Estado existem cerca de 1.250 empresas do segmento, que são responsáveis pela geração de 25 mil empregos diretos e 105 mil indiretos. Das cidades, Cachoeiro de Itapemirim se destaca como o núcleo produtivo/beneficiamento de mármore e granito do País, considerando um Arranjo Produtivo, onde se concentra teares, abundância de mão-de-obra e facilidade no escoamento da produção.