segunda-feira, 25 de maio de 2009

Feira do Mármore deve contar com vôos diários

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro

Diretores da Águia Branca, Nilton Chieppe e Luiz Wagner Chieppe receberam Carlos Casteglione, Rodrigo Coelho e Ricardo Coelho.

Os empresários que vêm a Cachoeiro de Itapemirim para aproveitar a Feira Internacional do Mármore e do Granito devem ter um incentivo a mais para participar do evento. O município deve receber vôos diários entre os dias 24 e 28 de agosto, dias em que vai acontecer a feira neste ano. Os primeiros passos para fazer com que os vôos aconteçam foram tomados em um encontro de membros do Grupo Águia Branca com representantes da Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, na última quinta feira (21).

A idéia é que, durante a feira, Cachoeiro possa contar com os chamados vôos charter, também conhecidos como vôos fretados. Eles devem decolar e pousar uma vez ao dia, em horários e destinos a serem definidos. Agora, a prefeitura vai buscar parceiros, entre os participantes e organizadores do evento, para que alguma empresa ou instituição assuma o compromisso de vender os bilhetes durante a feira e repassar o dinheiro para a empresa aérea do grupo Águia Branca.

Do encontro participaram o prefeito Carlos Casteglione, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho, o secretário de Governo, Rodrigo Coelho, o presidente da Holding Águia Branca Participações, Nilton Carlos Chieppe, e o diretor de relações institucionais do grupo, Luiz Wagner Chieppe.

Vôos diários mais perto da realidade

Além dos vôos durante a feira, a prefeitura pediu ao Grupo Águia Branca que analise a possibilidade de colocar linhas diárias com pousos e decolagens no Aeroporto Municipal “Raymundo de Andrade”, que fica no bairro Aeroporto. Vitória e Rio de Janeiro foram os destinos sugeridos pela prefeitura. Outra possibilidade seria incluir Cachoeiro em uma rota aérea que ligaria cidades produtoras de petróleo.

A intenção original do Grupo Águia Branca era montar uma linha aérea que passasse por municípios como São Mateus, Linhares, Vitória, Macaé, Rio de Janeiro e Santos. Mas a prefeitura sugeriu a inserção de Cachoeiro no trajeto. A direção do grupo prometeu estudar a viabilidade econômica da proposta.

Se der certo, a medida vai ser mais um fator positivo para a economia de Cachoeiro. “Se conseguirmos restabelecer a ligação aérea diária da cidade, vamos incentivar a vinda do empresariado e o investimento na cidade. Será mais uma forma de ligar o município ao mundo. Isso é bom para a economia, pois atrai empreendedores que geram empregos. Para o setor de rochas, por exemplo, é fundamental”, defendeu o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho.

Sul do Estado: setor de rochas reage à crise mundial

Extraído do site Gazeta Online Sul

22/05/2009 - 14h06 (Antônio Coelho - Gazeta Sul)

foto: Antônio Coelho

Rochas: de janeiro a março deste ano, setor faturou US$ 79 milhões em vendas externas

O cenário não é dos mais animadores. De acordo com o Sindirochas, de janeiro a março deste ano, o setor faturou US$ 79 milhões com a venda de rochas para o exterior. Parece muito, mas representa uma queda de 43% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando foram exportados quase US$ 139 milhões.

De acordo com o presidente do sindicato patronal, Áureo Mameri, muitas empresas fecharam as portas, nos últimos meses, por conta desses números. "Quem não conseguiu segurar a bomba da crise foi quem se fez no mercado às custas da ilusão americana. Muita gente nos Estados Unidos comprou ou construiu casas com dinheiro que não existia. Era a farra dos empréstimos e as marmorarias se aproveitaram disso. Muitas surgiram por causa da bolha americana e morreram com ela. Quem já era sólido no mercado e nunca viveu só de exportação consegue se manter. Com dificuldades, mas consegue", afirmou.

Novas alternativas

Na contramão das tendências negativas, o empresário José Carlos Machado conta hoje com 200 funcionários e pretende contratar mais. O clima é de alto-astral no pátio da marmoraria, após um período de pequena redução nas vendas. Para ele, com crise se cresce: "Nunca desanimamos. Coloquei meus vendedores nas ruas, tentamos buscar alternativas e não precisei demitir, que é o melhor de tudo", conta.

Quem nem viu sinal de retração é quem nunca exportou. Manoel Gonçalves, também dono de marmoraria, exportava, até o início da crise, 20% das pedras que beneficiava. Hoje, a empresa dele, que fica em Cachoeiro, exporta 10%, uma diferença considerada pequena e que, segundo ele, foi rapidamente resolvida.

"As perspectivas não são das melhores, não acho que tudo será um mar de rosas daqui em diante. A dica é trabalhar. Fomos buscar novos clientes no Brasil e estamos, pelo menos, conseguindo nos manter", explicou Gonçalves.

EUA fazem exportação de rochas brasileiras despencar

Extraído do site Porto Gente

O setor de rochas ornamentais do Brasil é mais um ramo fortemente atingido pela crise econômica mundial. O segmento, que já vinha sofrendo queda na comercialização do produto desde 2006, viu a situação se agravar com a crise imobiliária nos Estados Unidos da América, seu principal cliente. Em entrevista à reportagem do PortoGente, o presidente do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), Áureo Mameri, explicou que a queda no comércio exterior não é o único problema do setor. A precária logística de transporte, que aumenta os custos, também tira o sono dos exportadores de rochas ornamentais.

Como mais de 90% do produto manufaturado do setor vai para os Estados Unidos, a crise imobiliária refletiu, diretamente, no empresariado brasileiro. “A situação do setor é um pouco diferente de outros segmentos. Estamos com problemas desde 2006. Começamos a fazer ajustes abrindo o leque para novos mercados, novas linhas de produtos, reabertura de pedreiras para o mercado interno e demissões de funcionários. Quando chegou setembro de 2008, foi o desastre. Pegou todo o setor produtivo e acentuou a crise”.

No ano passado, comparado a 2007, houve queda de 24% no número de negócios com o exterior e redução de 21% no peso das exportações.

Exportações Brasil

Brasil – 2008

1,9 milhão de toneladas

Brasil – 2007

2,5 milhões de toneladas

Exportações Espírito Santo

ES – 2008

1,124 milhão de toneladas

ES – 2007

1,440 milhão de toneladas

Principal estado exportador da carga, o Espírito Santo reflete, de forma clara, todas as dificuldades vivenciadas pelos exportadores de rochas. Em 2008, os capixabas foram responsáveis por 59,15% dos envios da mercadoria ao exterior. O estado registrou, ainda, redução de exportações bem similar à média nacional: 21,9% contra 24% do total do País.

2009

No primeiro quadrimestre deste ano, a queda foi de 41% no faturamento e de 38% no peso, ante o mesmo período de 2008. O Brasil exportou 408 mil toneladas de janeiro a abril de 2009; já no ano passado, no mesmo período, foram 667 mil toneladas. No Espírito Santo, foram exportadas, nos primeiros quatro meses de 2009, 230 mil toneladas (56,3% do total do País), contra 362 mil toneladas no mesmo período de 2008.

Com a queda acentuada na produção e na exportação, agravada com a concentração em apenas um mercado, no caso os Estados Unidos, muitas empresas que estavam menos qualificadas e preparadas para a diversificação de mercado fecharam as portas, segundo informa o presidente do Sindirochas. “Outras estão conseguindo se ajustar para mercado interno, tentando abrir novos caminhos. Desde o ano passado o setor está focando os mercados europeu, africano, asiático e da América do Sul”. Mameri disse, ainda, que a “sorte” é que o mercado interno está absorvendo a produção, com o setor de construção civil em alta.

Logística: outro problema

Mas não é apenas a crise no comércio exterior que preocupa o setor. A logística de transporte também é uma “pedra no sapato” do empresariado de rochas ornamentais. Boa parte da cadeia de transporte do segmento é rodoviária e, para Mameri, as rodovias deixam muito a desejar.

O segmento tem uma logística um tanto complicada. A extração está focada no norte do estado do Espírito Santo e no interior do Brasil. Assim, muitos blocos transitam nas rodovias até os portos nacionais. Mameri acredita que a situação possa melhorar com o funcionamento da ferrovia Litorânea Sul (ES).

Os portos também são criticados pelo setor de rochas ornamentais. “Pela tendência de mercado, os navios serão de grande porte e é necessário um porto de águas profundas para atender a indústria exportadora, não somente de rochas ornamentais, mas, também, de diversos outros segmentos. Como está, limita o crescimento das exportações do estado. O Espírito Santo tem muito projeto bom e o governador [Paulo Hartung] está muito focado para o porto de águas profundas e na malha ferroviária. Isso vai ajudar muito”.