segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ladrilhos hidráulicos

Extraído do site da Revista Inforochas

Assunto bastante debatido por empresários e entidades do setor do mármore e granito, o reaproveitamento de resíduos foi a tônica de um projeto de pesquisa do ceramista e designer de produtos, Robson Soares, que encontrou uma solução sustentável e estética para esta questão.
Trata-se da fabricação de ladrilhos hidráulicos com os subprodutos da indústria de rochas, onde o diferencial é a coloração com os pigmentos da própria pedra, ao invés dos corantes usados no método tradicional.
Cerca de 70% do piso é composto por resíduos de granito, que foram adquiridos em três etapas do processamento da rocha: extração, desdobramento e beneficiamento nas marmorarias, cujo índice de perdas em cada fase pode chegar a 40%, 30% e 20%, respectivamente. Além dos pisos, podem ser feitos com o mesmo material lavatórios, bancadas e revestimentos diversos.
Processo
Para chegar ao resultado final, Robson classificou seis tonalidades de granito, que foram britados e incorporados a uma argamassa de cimento branco e alguns aditivos para melhorar a sua estrutura física e capacidade de moldagem. Depois a massa foi colocada em moldes de 20 x 20 centímetros e com a mesma técnica de preenchimento de cores do método de fabricação dos ladrilhos hidráulicos tradicionais com a utilização de gabaritos feitos de lâminas de aço. Nesta etapa, o cliente pode escolher o desenho e as cores da sua preferência.
Após a secagem, o piso passa por um processo de polimento para realçar a presença dos resíduos de granito na superfície, dando a sensação de ser um mosaico feito de pedaços da própria rocha.
Veja aqui a galeria de imagens com detalhes do processo produtivo e resultado final.
http://www.revistainforochas.com.br/texto/texto.php?id=446

Contato:
(27) 8146-7402
robson_ceramica@hotmail.com

Otimismo para o futuro

Extraído do site da Revista Inforochas

Pé no chão e olhos para cima. É assim que o meio empresarial do setor de rochas está vendo o futuro, após sofrer um período de turbulência com a crise imobiliária e econômica norte-americana.
Isso porque, devido ao esfriamento do seu maior mercado consumidor, o segmento se viu forçado a empreender uma série de mudanças internas, como a maior profissionalização e apostas em mercados não tradicionais, além de finalmente despertar para o mercado interno, até então dominado por indústrias de outros tipos de revestimento.
Mais próximo dos especificadores, o setor de rochas tem se beneficiado do ritmo acelerado de crescimento da construção civil.
“O setor melhorou muito. Temos hoje uma visão mais realista dos mercados mundial e interno e o nivelamento das empresas está sendo feito por cima. Além disso, é cada vez maior o número de empresas e empresários conhecidos e reconhecidos pelo uso das melhores práticas de gestão”, avalia a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello.
O empresário Cláudio Sandrini, da Pemagran, compartilha dessa opinião otimista, ao mesmo tempo em que se mostra cauteloso com relação ao que poderá acontecer nos próximos anos.
“A construção civil nacional vem tendo um ótimo desempenho, mesmo durante a crise. O consumo interno de rochas tem se mantido aquecido, e temos ainda a Copa do Mundo no Brasil, que vai aquecer ainda mais o mercado. No que diz respeito ao mercado externo, principalmente o americano, o primeiro semestre deste ano teve um aquecimento, o segundo se manteve estável. A expectativa é de que em 2011 tenhamos um panorama estabilizado”, acredita.
Já para a empresa Decolores, o ano de 2010 foi de ajustes e, para 2011, a previsão é que seja um período de maior consolidação para o setor e de busca pelo equilíbrio financeiro, não significando maior volume de vendas.
Se para algumas empresas o presente ano está sendo para ajustes, outras estão utilizando este tempo para pensar em novas estratégias de mercado.
É o caso da Pabmar, que por sempre ter trabalhado com o mercado interno, não sofreu muito os efeitos da crise americana.
“O ano de 2010 foi muito bom para a nossa empresa e para 2011 planejamos investir ainda mais em tecnologia e aumento da nossa cartela de produtos visando principalmente às grandes obras da Copa e das Olimpíadas. Também vamos investir mais no mercado do Norte e Nordeste”, afirma o diretor da empresa, Ademir Silva Pacheco, ressaltando que está sentindo um otimismo cada vez maior no meio empresarial do setor de rochas.
“Alguns colegas do setor que sofreram muito nos últimos dois, três anos, já estão se animando novamente. Além disso, eles aprenderam que o mercado interno não deve ser visto apenas como alternativa”, relata.
2010: ano de retomada
A economia capixaba é altamente dependente do setor externo e, particularmente para o setor de mármore e granito, a recomendação é desenvolver ações estratégicas com o objetivo de diversificar o seu mercado, olhando com mais atenção a demanda interna, segundo avaliação do economista Mario Vasconcelos.
Ele afirma que, para 2011, as empresas podem ter boas expectativas, uma vez que houve um incremento das exportações.
Segundo dados do Centrorochas, em 2006 o Espírito Santo exportou 1.466.381 toneladas de rochas, totalizando US$ 679.917.111. No ano seguinte, o peso total exportado foi de 1.440.834 toneladas, contabilizando US$ 726.070.341. De um ano para outro, isso representou uma variação no peso total exportado de -1,74%.
Em 2008, o Estado teve um faturamento de US$ 630.015.223 com as exportações de rochas, totalizando 1.123.849 toneladas. Em 2009, o faturamento foi de US$ 490.352.612, um total de 990.831 toneladas. Os números mostram que de 2008 para 2009 houve uma queda de 11,84% no peso total exportado, assim como uma queda de 22,17% no valor faturado.
Já em 2010, com a economia voltando a acelerar, o setor já contabiliza de janeiro a setembro 1.037.723 toneladas de rochas exportadas, um total de US$ 517.046.513.
Investimentos em logística
Outro ponto que não deve ser esquecido pelos empresários se refere aos gargalos logísticos do Estado. Tanto a estrutura portuária como rodoviária e ferroviária no Espírito Santo são motivos de muita preocupação para o setor.
“Temos hoje os mesmos problemas que tínhamos em anos anteriores, agravados pelo tempo”, ressalta a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello.
“A dragagem do Porto de Vitória, que finalmente teve sua licitação feita, teve essa mesma licitação questionada pelo Tribunal de Contas da União. A sinalização do porto também é outra preocupação. O que parecia ser simples de resolver vem se arrastando sem solução à vista”, preocupa-se. Olívia lembra ainda do processo de privatização da BR-101, caracterizada por pistas estreitas e esburacadas ao longo de toda a extensão do Estado.
Quanto à questão ferroviária, na sua opinião, é a que melhor tem se desenvolvido. “Apesar da falta de condições de atendimento à demanda, a Vale tem apresentado boa capacidade de análise e solução dos problemas que o transporte de blocos enfrenta. Temos participado de discussões muito construtivas e vemos que em médio prazo talvez tenhamos boa melhora no transporte pela ferrovia”, finaliza a superintendente.
Quase R$ 7 bilhões para Cachoeiro
O Plano Estratégico 2025 do governo do Espírito Santo é outra iniciativa que visa proporcionar melhorias logísticas para as empresas do setor de rochas ornamentais, principalmente na região Sul capixaba.
O documento aponta que a microrregião do Polo de Cachoeiro está entre as quatro microrregiões que mais receberão investimentos no Estado no período 2009-2014, cerca de R$ 6,9 bilhões.
A microrregião se destaca pela previsão de implantação de um complexo portuário somado a três usinas de pelotização e um mineroduto, além de um porto de águas profundas.
Outros investimentos de relevância são a construção de parte da Ferrovia Litorânea Sul e a duplicação e recuperação da malha viária da região, agilizando o escoamento das mercadorias e reduzindo os custos, principalmente relacionados ao frete e à manutenção dos veículos de transporte.

Empresas unidas pelo meio ambiente

Extraído do site da Revista Inforochas
Aliar progresso econômico a ações sociais e conservação ambiental não é uma tarefa fácil. Por isso, empresas do setor de beneficiamento de rochas ornamentais de Cachoeiro estão se unindo para tornar a sustentabilidade possível.
Os números apontam que o Espírito Santo é o principal produtor e o maior processador e exportador de rochas ornamentais do Brasil.
É responsável por 47% da produção, 56% das exportações de blocos e 70% das de placas rochas ornamentais. O setor emprega cerca de 100 mil pessoas, distribuídas em atividades de extração e beneficiamento. Além disso, concentra no Estado mais da metade do parque industrial brasileiro, tanto em número de teares e empresas, quanto em termos de crescimento.
Pensando em alternativas para destinar de forma sustentável os resíduos intrínsecos às suas atividades industriais, um grupo de 10 empresas (MM-2, Mameri Rochas, Pazigram, Unimagral, Vigui Granitos, CM Granitos, Wingramar, Famagram, Granita e Bayergran) se uniu para formar a Associação de Empresas de Rochas do Frade (Aserfra).
Além de construir um aterro em Rio Novo do Sul, para a destinação final da lama abrasiva, a Aserfra pretende utilizar o espaço para desenvolver pesquisas e projetos, vislumbrando novas formas de aproveitamento da lama em outros processos produtivos.
Está prevista ainda a disponibilização de um espaço para desenvolvimento de um núcleo de educação ambiental, voltado para a realização de atividades sócio-educativas em parceria com as secretarias municipais de educação e meio ambiente de Itapemirim, sobretudo com as crianças das comunidades e escolas mais próximas.
Segundo Edvaldo Peisino, diretor da Atol Consultoria Ambiental e responsável pelos projetos ambientais e licenciamento das atividades da Aserfra junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), a previsão é que a operação do aterro seja iniciada ainda em 2010, visto que as obras de construção estão quase finalizadas e a vistoria para emissão da licença de operação está prevista para o mês de outubro.
O empresário Samuel Mendonça, da associada MM-2 Mármores e Granitos Ltda, que preside a associação, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento das empresas associadas.
“O início da operação do aterro proporcionará a plena regularização das empresas junto ao Iema. Assim, além de destinarmos nossos resíduos ao meio ambiente de forma sustentável, as empresas terão acesso a linhas de crédito para impulsionar novos investimentos em infraestrutura e modernização do parque industrial, visto que a falta da Licença Ambiental de Operação é um grande limitante para todos neste e em outros aspectos”, explica.

Cresce número de aterros industriais

Extraído do site da Revista Inforochas

Buscando soluções para a destinação dos resíduos gerados na indústria de beneficiamento de rochas ornamentais, empresários do setor estão investindo cada vez mais em sustentabilidade econômica.
O Sindirochas destaca um crescimento significativo do número de aterros industriais para esses resíduos. Nos últimos cinco anos, o número passou de zero para 39, sendo que, desse total, 15 são para utilização de empresas mineradoras em associação e 24 para uso exclusivo das próprias empresas de mineração.
O presidente da Associação de Desenvolvimento Ambiental do Mármore e Granito (Adamag), o empresário Eduardo Guidi, destaca que muitos associados da entidade, conscientes da importância de ações sustentáveis, fazem uso do resíduo para confecção de tijolos.
“Isso proporciona economia na utilização de ferragem e argamassa, pois os tijolos são encaixados”, explica.

Mais agilidade para liberação de certificados

Extraído do site da Revista Inforochas

Um grande problema para o setor de rochas foi solucionado. Os empresários que necessitam de concessão para o uso de explosivos em suas pedreiras não precisam mais aguardar meses para liberação do certificado, pois o processo agora é realizado no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, que também passa a fiscalizar e revalidar a certificação.
Os serviços eram realizados no Rio de Janeiro e, há três meses, passaram para o Estado. Segundo o tenente Paulo Roberto, da 19ª Delegacia de Serviço Militar, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, esse foi um passo importante para a agilização do processo.
“O Exército realizou essa mudança para responder aos anseios do setor e promover de forma mais rápida a certificação de quem precisa comprar e utilizar os explosivos”, explicou.
Com o objetivo de celebrar essa nova conquista para o setor, o Exército Brasileiro montou um estande na Cachoeiro Stone Fair 2010, como forma de aproximação com os empresários.
“A nossa presença na feira faz parte desse processo de reformulação. Durante os quatro dias, pudemos tirar as dúvidas sobre a certificação, a compra e utilização de explosivos”, disse o tenente.
Áureo Mameri, da Mameri Mineração, de Rio Novo do Sul, foi um dos empresários que recebeu a certificação durante a feira. A empresa iniciou o processo em janeiro, no Comando do Rio, mas foi vistoriada no início de agosto por profissionais de Vila Velha.
O empresário informou que a empresa se adequou ao que o Exército pede para a obtenção do registro.
“O processo não é complexo, nem tão oneroso. Temos apenas que seguir o que determina o R-105. Antes do registro, comprávamos explosivos com uma empresa possuidora da certificação. Agora que estamos autorizados, podemos adquirir, armazenar e utilizar os explosivos dentro do limite que o Exército nos permite”, destacou Áureo.