terça-feira, 22 de julho de 2008

Exportações de rochas ornamentais do primeiro semestre caem 9%

Extraído do Portal Marble
Autor: W Comunicação Empresarial - Data de publicação: 22.07.2008 10:07

A crise no mercado imobiliário residencial americano e a greve dos auditores fiscais, em março, fizeram as exportações de rochas ornamentais brasileiras fecharem o primeiro semestre de 2008 (US$ 472 milhões/FOB correspondentes a pouco mais de 1 milhão de toneladas) com uma queda de 9,35%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Embora o setor venha apresentando variações negativas, os índices no acumulado de janeiro a junho de 2008 sinalizam uma tímida recuperação das vendas, quando comparados ao acumulado de janeiro a maio de 2008.
No Espírito Santo, a queda nas exportações do primeiro semestre (US$ 311,8 milhões) alcançou o índice de 9,49%, em dólar, e de 20,97%, em tonelada. O Estado continua liderando o ranking de exportadores, sendo responsável por 66,1% do faturamento com exportações no país.
Manufaturados
O Brasil comercializou US$ 304 milhões, o que corresponde a 355 mil toneladas de produtos manufaturados (semi-acabadas), no primeiro semestre de 2008.
Apesar da crise que assola o mercado imobiliário residencial americano, os EUA ainda são os maiores compradores das nossas rochas, especialmente processadas (semi-acabadas) de mármores e granitos.
Neste primeiro semestre, foram exportados para lá cerca de 291 mil toneladas de rochas (US$ 251 milhões), sendo 274 mil toneladas (US$ 240 milhões) de produtos processados, responsáveis por 80% do total exportado pelo país.
Ainda assim, as exportações de rochas para os Estados Unidos tiveram uma queda de 17,89% em relação ao mesmo período de 2007.
Os maiores destaques vão para o Canadá, que apresentou um crescimento de 20,82% e o Oriente Médio, que registrou uma variação positiva de 44,45%. A grande decepção foi a recuada da Venezuela, com queda de 22,77% na importação das rochas brasileiras.
Para a superintendente do Centrorochas, Márcia Carsoso Ismerio, o Brasil aumentaria o seu faturamento se exportasse mais produtos manufaturados. Para isso, as indústrias precisam investir em tecnologia e contar com o apoio do governo na redução ou isenção dos impostos de importação dos equipamentos necessários.
“Enquanto isso não acontece, só resta a alternativa de estimular as vendas em novos mercados ou focar o mercado imobiliário americano não residencial, embora não muito promissor, mas que parece ter sido menos afetado pela crise que assola o país”, destaca.
Ardósias
As exportações de ardósia somaram US$ 54 milhões e 116 mil toneladas. Os destaques vão para o Reino Unido, que hoje lidera a posição de maior comprador de ardósia, com 21,89% do total exportado, a nível nacional, e uma variação de 25,13% em relação a 2007; e a Holanda,que participa com 10,56% do total brasileiro e apresentou uma variação positiva de 104,20% também em relação ao mesmo período de 2007.
Blocos
A China continua liderando o grupo de países importadores de nossos blocos de mármore e granito. Nos primeiros seis meses de 2008, o país aumentou o volume das suas importações em 16,09 %, um crescimento muito superior aos 6,76% registrados em 2007.
Esse crescimento pode ser explicado pela política tarifária adotada no país, que não cobra imposto sobre a importação de blocos mas taxa em 24% as rochas processadas, o que impede que a China se torne uma alternativa de vendas ao mercado dos EUA. Quase 100% das vendas para a China são de rochas brutas (blocos de granito).
Já a Itália e a Espanha, que estão entre os cinco maiores compradores de blocos de granito, reduziram as suas participações nas importações em 22,76% e 41,83%, respectivamente.
A França foi a grande surpresa. Ela apresentou uma variação positiva na ordem de 38,87%. Na seqüência, aparecem Hong Kong, com crescimento de 24,11%, e Taiwan, com 17,42%.
O volume total das exportações de blocos (matéria-prima) somou US$ 87 milhões/FOB correspondentes a comercialização de 464 mil toneladas neste primeiro semestre.