sexta-feira, 13 de março de 2015

13 anos de informação






E lá se vão 13 ANOS divulgando as matérias que estão circulando nos meios de comunicação, concernentes e de interesse do APL de Rochas Ornamentais.

OBRIGADO AOS PARCEIROS QUE DESDE O INÍCIO ENTENDERAM NOSSO PROPÓSITO e todos que recebem diariamente nossos emails informativos.

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Que o Senhor vós abençoe e vos guarde hoje e sempre… Amém!!!



Balança Comercial do Setor de Rochas

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

·         Período: 01 - 02 / 2015
    • Exportação: US$ 151.228.658,00
    • Importação: US$ 8.985.134,00
    • Saldo: US$ 142.243.524,00
·         Variação em relação ano anterior (%)

    • Exportação: -12,21%
    • Importação: -30,54%

Balanço das Exportações e Importações em Janeiro de 2015

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

No mês de janeiro de 2015, as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento somaram USD 66,57 milhões e 123.674,24 toneladas, com variação respectivamente positiva de 2,13% e negativa de 7,1% frente a janeiro de 2014. As rochas processadas (capítulo 68) compuseram 82,20% do faturamento e 59,33% do volume físico exportado, marcando um incremento de respectivamente 6,68% e 8,86% frente a janeiro de 2014.

As rochas silicáticas brutas (posição 2516) compuseram apenas 17% do faturamento e 39,64% do volume físico das exportações com variação negativa de respectivamente 17,49% e 24,22% frente a janeiro de 2014. As exportações de rochas carbonáticas brutas (posição 2515) somaram USD 533,58 mil e 1.280,52 toneladas, registrando variação positiva de respectivamente 213,04% em valor e 7,28% em peso frente a janeiro de 2014.

As exportações de rochas para os EUA somaram USD 42,94 milhões e 54.660,28 toneladas, com incremento de respectivamente 8,18% e 9,39% frente a janeiro de 2014. Os produtos exportados pela posição 6802, quase essencialmente representados por chapas polidas de granito, quartzito e mármore, compuseram 98,93% do faturamento e 98,43% do volume físico comercializado. 

As exportações de rochas para a China, seguindo a tendência já observada a partir do 2º semestre de 2014, registraram uma queda muito significativa de 43,70% no faturamento e 42,31% no volume físico, somando apenas USD 5,93 milhões e 31.373 toneladas no mês de janeiro de 2015. É importante registrar que as rochas brutas, representadas por blocos de granito e outros materiais naturais, compuseram 98,81% do faturamento e 99,41% do volume físico exportado para esse país.

Para efeito de comparação e planejamento, registra-se que as exportações para os EUA compuseram 64,5% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas, enquanto a China, segundo principal destino das nossas exportações, representou apenas 8,9% desse total. As exportações para a Itália, compostas por 88% de rochas brutas, somaram USD 4,22 milhões no mês de janeiro, ficando muito próximas às da China, mas com preço médio três vezes superior para os blocos.

Importações

As importações brasileiras de materiais rochosos naturais de revestimento somaram, no mês de janeiro de 2015, USD 5,72 milhões e 8.752,76 toneladas, com variação negativa de respectivamente 23,11% e 15,97% frente a janeiro de 2014. As importações de materiais rochosos artificiais somaram USD 5,34 milhões e 5.256,54 toneladas, com variação respectivamente positiva de 1,19% e negativa de 7,33% frente a janeiro de 2014. 

Como já se prenunciava desde 2013, as importações de materiais artificiais estão se igualando às de materiais naturais. A par do crescimento das importações de porcelanato, a tendência de expansão dos artificiais deve ser observada.

A queda do volume físico das importações, em janeiro, sinaliza o desaquecimento do mercado interno.

São Paulo: Termômetro para o Mercado Interno

Na cidade de São Paulo, que funciona como um termômetro para o mercado imobiliário brasileiro, o valor médio do metro quadrado de imóveis usados, vendidos em 2014, recuou 22,12% frente a 2013. Os índices de preços que abrangem imóveis novos e usados, apurados em 20 cidades brasileiras, sinalizam uma desaceleração acentuada no ritmo de alta de preço dos imóveis, com a menor variação anual da série histórica desse indicador imobiliário.

Reverte-se uma situação de mais de meia década de subida vertiginosa de preços. De janeiro de 2008 a janeiro de 2015, os imóveis acumularam alta de 218,2% na cidade de São Paulo. No Rio de Janeiro a alta foi ainda maior nesse período, alcançando 265,2%. Em 2015, prevê-se que os preços dos imóveis novos poderão apresentar perda de valor real.

Com a desaceleração da demanda no ano de 2014, os estoques de imóveis não comercializados em São Paulo atingiram 29 mil unidades no mês de dezembro, contra uma média de 17 mil nos últimos anos. Com estoques altos e demanda em baixa, o desconto se tornou uma espécie de moeda de liquidez, segundo analistas de mercado. As negociações de venda têm sido assim concluídas com descontos entre 5% e 10%.

Com inflação em alta, atividade econômica em baixa, perspectiva de piora no nível de emprego e temor com endividamentos, aponta-se que a demanda por imóveis tende a se retrair ainda mais em 2015, com diminuição do número de novos lançamentos. Além da deterioração das condições macroeconômicas, o mercado deverá enfrentar alta de juros dos financiamentos imobiliários, também segundo especialistas da área.

Cenário para 2015

Fatores conjunturais apontam algumas dificuldades para o setor de rochas ornamentais em 2015. No mercado interno configura-se um processo de desaquecimento da construção civil, atrelado ao aumento da taxa básica de juros, à retração do crédito imobiliário e a um quadro já preocupante da economia brasileira. Isto faz prever queda de atividade das marmorarias, tanto daquelas que atendem ao mercado de alto padrão, quanto, sobretudo, das empresas focadas nos consumidores de menor poder aquisitivo.

Para empresas também atuantes no mercado externo, o que inclui mineradoras e serrarias, e exclui a quase totalidade das marmorarias, os dois principais países de destino das exportações brasileiras de rochas, EUA e China, evidenciam um quadro econômico divergente: os EUA com aquecimento da economia e importações, e a China com ajustes estruturais em sua economia e retração de importações para insumos da construção civil imobiliária.

A expansão da economia e o aquecimento do mercado imobiliário dos EUA, todavia, não repercutirão com intensidade nas exportações brasileiras. Estas exportações estão muito concentradas na comercialização de chapas para o segmento residencial unifamiliar, já saturado pelo Brasil e por outros países fornecedores de rochas e produtos concorrentes (laminados, porcelanatos, engineered stones, etc.). Em 2014, as exportações brasileiras de rochas, puxadas justamente pelo fornecimento de chapas ao mercado dos EUA, tiveram incremento de apenas 3% frente a 2013, o que deverá se repetir em 2015.

Os ajustes da economia chinesa e do seu mercado imobiliário concorreram para uma queda de 200 mil toneladas nas exportações brasileiras de blocos de granito, destinadas a esse país, em 2014. Especula-se que a economia chinesa só deverá normalizar-se a partir do segundo semestre de 2016, assumindo-se que as exportações brasileiras de blocos continuarão, portanto, declinantes em 2015 e, provavelmente, em 2016. Pela retração do seu mercado interno, a China deverá competir mais intensamente no mercado internacional e particularmente nos EUA, principal destino das exportações brasileiras de rochas.

A forte valorização do US dólar, apesar de atrelada a um cenário macroeconômico negativo, poderá compensar as empresas exportadoras de blocos e, sobretudo, de chapas, mesmo frente a alta de custos internos de energia, combustíveis e de outros fatores de produção. A análise dos segmentos de atividade e atuação do setor de rochas faz, a propósito, perceber que as empresas brasileiras já atingiram uma notável capacidade quantitativa e qualitativa de produção e comercialização de blocos e chapas, suficiente até para provocar excesso de oferta.

As atividades de lavra e beneficiamento primário têm, atualmente, demandas centradas em questões legais para obtenção de títulos minerários e licenciamento ambiental, bem como de regularização fiscal. A elaboração de produtos finais, tanto padronizados quanto cut-to-size, é convencionalmente remetida às marmorarias, que hoje constituem o segmento prioritário para qualificação tecnológica e gerencial no setor de rochas ornamentais e de revestimento.

Algumas ações da ABIROCHAS estão focadas na exportação de produtos acabados. O Estudo da Competitividade do Setor de Rochas Ornamentais no Brasil, ora em desenvolvimento, permitirá alinhar ações estratégicas inclusive centradas nas marmorarias. 

Este texto foi elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho, para a ABIROCHAS – Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais, em 13 de janeiro de 2015, Belo Horizonte – MG. Os dados primários sobre exportações e importações foram obtidos a partir de consulta à Base ALICE do MDIC (www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br).

Balanço das Exportações e Importações de Rochas em 2014

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

Em 2014 as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento totalizaram USD 1.276.785.993,00 (USD 1,28 bilhão), correspondentes a um volume físico comercializado de 2.547.185,49 t. As rochas processadas, tanto simples (produtos de ardósia, quartzitos foliados, pedra morisca, etc.), quanto especiais (chapas de granito, mármore e pedra-sabão, lajotas serradas, etc.), relativas aos subcapítulos 6801, 6803 e 6802 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), compuseram 79,31% do faturamento e 51,16% do total do volume físico exportado. As rochas brutas (essencialmente blocos de granito, mármore, quartzito, etc.), integradas aos subcapítulos 2516, 2515, 2506 e 2526, representaram por sua vez 20,69% do faturamento e 48,84% do volume físico do total das exportações.

Em ordem decrescente de faturamento, os produtos mais exportados foram: as chapas de granito e rochas similares, incluindo quartzitos maciços e pedra-sabão (posições 6802.93.90, 6802.23.00 e 6802.29.00); os blocos de granito e rochas similares (2516.12.00 e 251611.00); os produtos de ardósia (6803.00.00 e 2514.00.00); as chapas de rochas carbonáticas, incluindo mármores, calcários e travertinos (6802.91.00, 6802.21.00 e 6802.92.00); os produtos das posições 6802.99.90 e 6802.10.00, que se supõe incluam produtos acabados cut-to-size e lajotas padronizadas, principalmente de granitos e rochas similares; os blocos de rochas quartzíticas (2506.20.00); os produtos de quartzito foliado, tipo pedra São Tomé (6801.00.00); e os blocos de rochas carbonáticas (2515.12.10, 2515.11.00 e 2515.20.00).

Pelas posições fiscais utilizadas, observando as rochas e produtos comerciais envolvidos, estima-se que foram exportadas cerca de 1,13 milhão t de chapas de granito lato sensu, quartzitos em geral e pedra-sabão; 21,48 mil t de chapas de mármore e, secundariamente, calcários e travertinos; 98,79 mil t de produtos de ardósia, envolvendo lajotas para piso, telhas, chapas etc.; 41,52 mil t de produtos de quartzito foliado, envolvendo lajotas serradas e de corte manual, cacos / cavacos, filetes e pavês; 1,19 milhão t de blocos de granito lato sensu; 26,29 mil t de blocos de rochas quartzíticas maciças; 28,76 mil t de blocos de mármores e rochas assemelhadas; e 12,21 mil t de produtos acabados especiais (lajotas e cut-to-size de rochas diversas).

Desempenhos Destacados

Os incrementos mais significativos em 2014, frente ao volume físico exportado em 2013, foram sem dúvida os das rochas carbonáticas, com +148,6% para blocos e +95,3% para chapas em geral. O recuo mais expressivo refere-se aos blocos de granito (-15%). Continuaram declinantes as exportações de ardósia, com ligeiro avanço das vendas de quartzitos foliados. As exportações de ardósia somaram pouco mais de USD 46 milhões e compuseram 3,7% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas.

Foi negativa a taxa de variação do preço médio de todos os principais produtos exportados pelo setor de rochas, mesmo com o preço médio geral crescendo 4,92% pela queda das rochas brutas. Apesar de pouco expressiva, foi positiva (+2,38%) a variação do volume exportado de chapas, estimando-se a comercialização de 21,5 milhões m2 equivalentes com 2 cm de espessura. As chapas em geral compuseram 72,45% do total do faturamento das exportações, enquanto as de granito especificamente compuseram 70% do total do faturamento, representando assim o nosso principal produto comercial no mercado internacional.

Exportações Mensais

As exportações mensais de 2014 tiveram seu pior desempenho em janeiro, com USD 65,2 milhões de faturamento e 133,3 mil t em volume físico comercializado. O melhor desempenho ocorreu no mês de julho, com USD 130,5 milhões e 258,9 mil t de produtos exportados.

Apenas nos meses de janeiro, outubro e novembro as exportações não ultrapassaram USD 100 milhões. No mesmo sentido, apenas em janeiro, setembro, outubro e novembro não se atingiu um volume físico de 200 mil t exportadas.

No período de maio a agosto costumam incidir os maiores valores e volumes de exportação de rochas. Pela primeira vez desde 2009, registrou-se taxa negativa de variação das exportações brasileiras de rochas ornamentais.

Exportações para os EUA

As exportações para os EUA somaram USD 789,65 milhões e 971.272,69 t em 2014, com variação positiva de respectivamente 2,45% e 3,19% frente a 2013. As rochas processadas representaram 99,94% do faturamento e 99,92% do volume físico exportado.

As exportações para os EUA compuseram assim 61,8% do total do faturamento e 38,1% do total do volume físico das exportações brasileiras do setor. As chapas exportadas aos EUA representaram quase 85% do total das exportações brasileiras de chapas, ou seja, 18,17 milhões m2 equivalentes, com 2 cm de espessura. O preço médio dos produtos exportados para os EUA, também em 2014, foi de USD 810/t, com recuo de apenas 0,72% frente a 2013.

Exportações para a China

As exportações para a China recuaram 21,75% em faturamento e 23,39% em volume físico frente a 2013, somando USD 144,46 milhões e 788.020,92 t. Este foi o primeiro recuo anual significativo desde o início da contabilização das exportações, há quase duas décadas, bem como a primeira vez em que o volume físico exportado para a China foi inferior ao dos EUA.

O preço médio dessas exportações foi de apenas USD 180/t, pois 97,5% do volume físico comercializado é de rochas brutas (blocos). Pode-se, portanto, observar que as exportações para os EUA, essencialmente de chapas, tiveram um preço médio 4,5 vezes maior que o da China.

Recuou assim, de 14,2% em 2013 para 11,1% em 2014, a participação chinesa no total do faturamento das exportações brasileiras de rochas. Mesmo sobre uma base relativamente baixa, é interessante observar que as exportações de rochas processadas (subcapítulo 6802), para a China, tiveram incremento de 70,6% em valor e de 125,64% em peso no ano de 2014, totalizando USD 5,8 milhões e 4.226,27 t.

Importações

Em 2014, as importações brasileiras de materiais rochosos naturais somaram USD 67,65 milhões e 98.917,30 t, o que representou variação negativa de respectivamente 2,86% e 9,43% frente a 2013. As rochas processadas compuseram 77,9% do valor e 72,7% do total do volume físico dessas importações. As chapas de rochas carbonáticas compuseram 62,75% do total do volume físico importado, com 24,17% correspondentes a material bruto (blocos) dessas mesmas rochas.

As importações de materiais rochosos artificiais (6810.19 e 6810.99) somaram, por sua vez, USD 55,1 milhões e 62.746,01 t com variação positiva de respectivamente 6,22% e 20,19% frente a 2013.

As importações de materiais rochosos naturais e artificiais somaram 161.663,71 t em 2014, contra 161.418,72 t em 2013. O volume físico das importações de materiais naturais recuou cerca de 10.000 t de 2013 para 2014, enquanto o dos materiais artificiais cresceu 10.000 t no período.

Produção e Consumo Interno Aparente

O setor de rochas ornamentais encerra 2014 com um desempenho aquém do vislumbrado há um ano, mas ainda bastante satisfatório frente a outros segmentos produtivos. A desaceleração das vendas no mercado interno já era, de certa forma, esperada para 2014. A estabilização das vendas para o mercado externo não foi projetada para 2014, pois se previa maior incremento dos embarques para os EUA e não se contava com o impacto da desaceleração do crescimento da economia chinesa.

De acordo com levantamentos efetuados pela ABIROCHAS, junto a empresas e entidades, bem como se levando em conta os indicadores de consumo interno, exportações e importações, avalia-se que tanto a produção de rochas voltada para o atendimento do mercado interno, quanto aquela voltada para o mercado externo, tenham recuado ligeiramente em 2014, fazendo com que a produção brasileira de lavra seja esse ano estimada em 10,13 milhões t, das quais 64% atribuídas à região Sudeste e 26% à região Nordeste. Os granitos e rochas similares contribuíram com 50% do total da produção, tendo-se 20% relativos a mármores, travertinos e calcários.

Considerando a produção estimada, bem como as exportações e importações de rochas brutas e processadas, estima-se que o consumo interno aparente tenha recuado de 78,0 milhões m2 equivalentes, no ano de 2013, para 75,7 milhões m2 equivalentes de chapas, com 2 cm de espessura em 2014. Os granitos representam 45% do consumo interno, com 25% atribuíveis a rochas carbonáticas. Em termos da distribuição desse consumo interno, e tomando-se a mesma base de cálculo do ano de 2013, estima-se que 45% do total sejam devidos ao estado de São Paulo, chegando a 67% para a soma dos estados da região Sudeste brasileira.

Produção de Chapas e Capacidade de Serragem

Dos 75,7 milhões m2 admitidos como consumo interno aparente em 2014, estima-se que 58,5 milhões m2representem chapas serradas em teares e que 17,2 milhões m2 equivalentes representem rochas de processamento simples (delaminação manual). Assumindo-se que 21,5 milhões m2 de chapas serradas em teares tenham sido exportadas, estima-se uma produção total de 80,0 milhões m2 dessas chapas em 2014.

Pelo crescimento do número de teares multifios, também em 2014, admite-se um aumento de cerca de 10% na capacidade instalada de serragem no Brasil, tendo-se passado de 85 milhões m2 em 2013 para 93 milhões m2 em 2014. A capacidade excedente de serragem teria sido assim de 13 milhões m2equivalentes em 2014, ou seja, 14% da capacidade instalada.

Participação das Exportações de Rochas no Total das Exportações Brasileiras

Pode-se referir que as exportações do setor de rochas (USD 1,28 bilhão) representaram 0,57% do total das exportações brasileiras (USD 225,1 bilhões) em 2014, o que configura o maior patamar registrado desde 2008. Também comparativamente, registra-se que o faturamento das exportações do setor de rochas recuou 1,94% em 2014, contra uma queda de 7,05% no total das exportações brasileiras. Além disso, o saldo da balança comercial do setor de rochas somou USD 1,21 bilhão, contra um saldo negativo bastante expressivo (-USD 3,96 bilhões) das exportações gerais brasileiras.

Notas 
Análise de Tendências 

De 2012 para 2013, as exportações brasileiras de rochas evoluíram 22,8% em faturamento. Nesse mesmo período as exportações brasileiras de rochas para os EUA e China evoluíram, respectivamente, 33,4% e 25,9%. De 2013 para 2014, as exportações gerais de rochas recuaram 1,94%, enquanto para os EUA evoluíram apenas 2,45% e para a China decresceram 21,75%.

Registrou-se na China, em 2014, um significativo desaquecimento da economia, admitindo-se um incremento de “apenas” 7% do PIB no período, o que explicaria a queda das importações chinesas de rochas. Nos EUA, a economia continuou acelerando em 2014, até com maior vigor que em 2013, indagando-se, portanto, qual a razão da desaceleração das exportações brasileiras de rochas para esse país. A resposta, conforme sugerido em outros informes da ABIROCHAS, pode estar relacionada à saturação do mercado residencial unifamiliar, para onde é canalizada a quase totalidade das chapas exportadas pelo Brasil aos EUA. Julga-se de extrema importância mirar, agora, o atendimento de grandes obras nos EUA, com lajotas recortadas para pisos e produtos cut-to-size. Atualmente, esse nicho de mercado das grandes obras é essencialmente atendido por empresas italianas e chinesas, inclusive com granitos brasileiros, representando cerca de 35% do total das importações de rochas dos EUA, isto é, algo próximo de USD 1 bilhão/ano.

Mesmo reconhecendo o enorme desafio do salto das exportações de chapas para produtos acabados, é preciso iniciar um esforço neste sentido, o que já foi percebido por algumas empresas brasileiras que estão se habilitando para esse propósito. Frente aos padronizados, parece estar havendo maior movimentação das serrarias de chapas, pela instalação de linhas automáticas de produção de ladrilhos. Frente aos produtos cut-to-size, o movimento será, mais provavelmente, articulado pelas marmorarias, já familiarizadas neste sentido pelo atendimento do mercado interno. Não se acredita que o atendimento de grandes obras no mercado dos EUA, com produtos acabados, afetará o atual modelo brasileiro de exportação de chapas para atendimento do mercado residencial unifamiliar desse país. 

Câmbio e Rentabilidade do Exportador 

A provável tendência de valorização do US dólar deverá elevar a rentabilidade das exportações em 2015, conforme estudo realizado pela FUNCEX – Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior. Segundo estimativas do mercado, divulgadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, projeta-se o US dólar a R$ 2,70 ao final do 1º semestre e R$ 2,80 no fim de 2015.

A FUNCEX apresenta que um dólar médio de R$ 2,60, no 1º semestre, elevaria em 3,1% a rentabilidade do exportador, frente ao mesmo período de 2014. Se a média da cotação do US dólar chegar a R$ 2,80, a rentabilidade subirá 11,3%, atingindo até 12,7% com o US dólar a R$ 2,90.

Essas estimativas consideraram que os preços de exportação devem continuar pressionados pela redução do valor das commodities; que o dólar mais forte pode propiciar a queda de preços dos manufaturados – o que normalmente ocorre com os produtos comerciais do setor de rochas e especialmente com as chapas; que o preço médio do total da exportação deverá ter queda de 4,2% no 1º semestre; e que a desaceleração do aumento dos custos de produção também contribuirá para uma melhor rentabilidade do exportador.

No 1º semestre de 2014, foi de 6,9% a elevação dos custos de produção estimados para as exportações. Para o 1º semestre de 2015, a FUNCEX projeta elevações menores desses custos: 5,5% para o USD a R$ 2,60; 5,7% para um dólar a R$ 2,80; e 6% para um dólar a R$ 2,90. Essas elevações serão provocadas pelo aumento dos custos dos insumos importados, cuja substituição por insumos nacionais nem sempre é possível.

Além do câmbio favorável, refere-se que o governo brasileiro precisa sinalizar um apoio amplo ao comércio exterior, incluindo regulamentação do REINTEGRA e uma maior articulação com os destinos externos mais importantes como EUA e União Europeia. Não se espera para breve uma recuperação do preço das commodities, pelo que a elevação dos embarques brasileiros dependerá dos produtos manufaturados. Mais pela diminuição das importações, do que pelo aumento efetivo das exportações, projeta-se superávit da balança comercial brasileira em 2015. 
Competitividade Brasileira 

De acordo com o estudo “Competitividade Brasil 2014”, realizado pela CNI e já em sua 4ª edição, o Brasil continua na penúltima posição em um grupo de 14 países avaliados (África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Chile, China, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia). Este estudo avalia oito fatores considerados “decisivos” para a conquista de mercados, incluindo: disponibilidade / custo de mão de obra, tecnologia / inovação, peso dos tributos, ambiente microeconômico, disponibilidade e custo de capital, taxa de juros básicos, ambiente macroeconômico e spreads bancários.

No topo da lista dos mais competitivos aparece o Canadá, seguido pela Creia do Sul e Austrália. Na última posição está a Argentina, em crise financeira e cambial. Segundo a CNI, “para ganhar competitividade, é preciso reduzir o custo Brasil”. Prevê-se um 2015 difícil, pois acabaram as desonerações tributárias e a taxa de juros deve continuar elevada. Acredita-se que avanços são possíveis na questão da desburocratização e da melhoria da infraestrutura, neste caso com parcerias público-privadas (PPPs).