quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DNPM participa da 32ª Feira Internacional do Mármore e Granito

Extraído do site do DNPM
31/08/2011 - 17:36

Realizada, no período de 23 a 26 de agosto do de 2011 na cidade de Cachoeiro de Itapemirim – ES, a 32ª Feira Internacional de Rochas Ornamentais – Cachoeiro Stone Fair 2011, revelou que o setor encontra-se em franca retomada pós-crise. Como das vezes anteriores, o DNPM se fez presente. O DNPM manteve um estande montado na referida Feira, com o objetivo de demonstrar os seus produtos e serviços, bem como tirar dúvidas dos mineradores que participaram da Feira.

A abertura do evento contou com as presenças do diretor-geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, do governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, do superintendente do DNPM no Espírito Santo, Renato Mota, do prefeito Carlos Casteglione de Cachoeiro do Itapemirim, do presidente do Sindrochas∕Centrorochas, Emic Malacarne, além de outras autoridades.

Conhecida como a “capital do mármore”, Cachoeiro de Itapemirim destaca-se também pelo seu importante parque industrial de desdobramento de mármore e granito que, juntamente com outros 14 municípios da região sul do Espírito Santo, compõe o mais importante Arranjo Produtivo Local (APL) de rochas ornamentais do Brasil. A Feira de Cachoeiro, tradicional no setor de rochas ornamentais completou 22 anos, nesta edição.

O evento contou com 220 estandes, distribuídos em 3 pavilhões, inclusive com expositores de China, Itália, Argentina e Chile, totalizando uma área de 30 mil m². A Feira, diariamente, foi visitada por cerca de 5 mil pessoas.

Na abertura do evento, ocorrida no dia 23, o diretor-geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, em sua saudação aos presentes, ressaltou a importância do segmento de rochas ornamentais para o país e para Espírito Santo. Ressaltou o crescimento da mineração naquele estado, e a atenção que o DNPM tem dado à Superintendência naquele Estado.

Durante a solenidade de abertura do evento, o Diretor-Geral assinou o Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para dar mais agilidade e transparência aos processos do setor de rochas ornamentais. Na realidade, é uma renovação do Acordo firmado em 2007, cuja parceria tem como objetivo a troca de informações entre os dois órgãos, disponibilização de dados técnicos e a realização de vistorias em conjunto, entre outras ações. A medida visa à desburocratização dos processos de licenciamento do setor de rochas ornamentais, além dos segmentos de argila, brita e areia.

Exportações de Rochas Ornamentais

No período de janeiro a julho de 2011, as exportações brasileiras de rochas ornamentais alcançaram faturamento de US$ 566,83 milhões, envolvendo um volume físico comercializado de 1.254.399,70 t. Frente ao mesmo período de 2010, registrou-se variação positiva de 1,87% no faturamento e negativa de 2,10% no volume físico exportado.

As rochas processadas somaram US$ 424,87 milhões e representaram 74,96% do total do faturamento das exportações. Seu volume físico atingiu 572.255,85 t, correspondentes a 45,62% do total exportado. As rochas silicáticas brutas, quase que essencialmente representadas por blocos de granito, quartzito e suas variedades, somaram US$ 140,72 milhões e perfizeram 24,83% do faturamento das exportações. O volume físico dessas rochas brutas exportadas foi de 678.405,70 t, correspondentes a 54,08% do total comercializado.

As rochas carbonáticas brutas (blocos de mármores) somaram apenas US$ 1,24 milhão e 3.738,16 t, correspondentes a respectivamente 0,22% e 0,30% do total das exportações brasileiras do setor. O baixo volume físico de vendas de blocos e chapas de mármores, para o exterior, pode traduzir o incremento das vendas para o mercado interno, onde a remuneração, em reais, deve estar mais interessante que aquela em US dólar das exportações.

Os preços médios apurados para os principais produtos exportados são os seguintes:

Blocos de granitos e similares – US$ 200/t (US$ 600/m3);

Blocos de mármores – US$ 330/t (US$ 900/m3);

Chapas polidas de granitos e similares – US$ 840/t (US$ 50/m2 com 2 cm de espessura); Chapas polidas de mármores – US$ 1.340/t (US$ 70/m2 com 2 cm de espessura);

Ardósias – US$ 475/t (US$ 26/m2 com 2 cm de espessura);

Quartzitos foliados – US$ 330/t (US$ 18/m2 com 2 cm de espessura);

Pedra-sabão – US$ 1.200/t (US$ 80/ m2 com 2 cm de espessura).

Frente ao mesmo período de 2010, tiveram variação positiva do preço médio as chapas de granitos e similares (+5,8%); os blocos de granitos e similares (+7,6%); os blocos de mármores (+6,5%); os produtos de ardósia (+12,6%) e de quartzitos foliados (+16,8%); as chapas polidas de mármores (+38,0%). Para os principais produtos exportados, esses aumentos de preço não chegam a compensar a valorização do real frente ao dólar e nem o aumento dos custos de produção.

Os produtos comerciais mais representativos da pauta de exportações são as chapas polidas de granitos e outras rochas silicáticas e silicosas, que representam 60,8% do total do faturamento e 32,6% do total do volume físico exportado; os blocos de granitos e similares, que compõem 24,4% e 53,6%; os produtos de ardósia, com 6,5 e 6,3%; os quartzitos foliados, com 3,9% e 5,3%; e os produtos de pedra-sabão, com 2,6% e 1,0%.

Importações de rochas Ornamentais

De janeiro a julho de 2011, as importações brasileiras de rochas ornamentais somaram US$ 38,59 milhões e 60.088,79 t, com variação positiva de respectivamente 48,0% e 27,9% frente ao mesmo período de 2010. Cerca de 75% do volume físico importado corresponde a chapas de rochas carbonáticas e 22% a blocos dessas rochas.

As importações de materiais rochosos aglomerados somaram, por sua vez, US$ 15,5 milhões e 16.353,11 t, com variação positiva de respectivamente 21,5% e 7,5% frente a 2010.

OBSERVAÇÕES FINAIS

As exportações consolidadas para o período de janeiro a julho de 2011 parecem delinear uma tendência de queda frente a 2010, o que pode já refletir as dificuldades econômicas norte-americanas e européias. O efeito dessas dificuldades ainda não se manifestou especificamente para as rochas brutas, cujas vendas estão fortemente concentradas na Ásia (China, Taiwan e Hong Kong).

Ainda durante o ano de 2011, deverão continuar declinantes as exportações de produtos de ardósia (NCM 6803) e de chapas polidas de granito (NCM 6802.23.00 e 6802.93.90), com provável início de desaceleração das vendas de produtos de quartzito foliado (NCM 6801) e de produtos de pedra-sabão (NCMs 2526.10.00 e 6802.29.00), o que, neste último caso, poderá ser revertido pela entrada do inverno no hemisfério norte.

A demanda asiática, sobretudo chinesa, deverá manter positivo o desempenho das vendas de blocos em 2011. Até para a Itália não deverão arrefecer as exportações de blocos brasileiros, pois esse país os processa para atendimento de obras no exterior.

A crise política instalada em parte do mundo árabe deverá prejudicar, tanto direta quanto indiretamente, as exportações brasileiras.Para as importações brasileiras, quer de materiais rochosos naturais, quer de aglomerados, o incremento consolidado segue refletindo o aquecimento do mercado interno. Pela questão cambial, deverá aumentar a pressão de oferta dos produtos importados, para atendimento desse aquecido mercado doméstico.

Apesar das dificuldades econômicas enfrentadas pelos EUA, não se pode esquecer que esse país ainda representa mais de 50% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas ornamentais e quase e 80% do faturamento das exportações de chapas polidas, que constituem o mais importante produto brasileiro do setor no mercado internacional. Deve-se reiterar que é sempre melhor vender mais chapas e menos blocos de nossas matérias-primas, para se agregar valor e gerar empregos aqui mesmo no Brasil.

(Fonte dos dados de exportação/importação: Abirochas).

DNPM - Assessoria de Comunicação Social