quarta-feira, 16 de abril de 2008

Projeto capixaba que utiliza resíduos de rochas ornamentais ganha financiamento de Ministério

Extraído do site do Gazeta Online

15/04/2008 18:37:42 - Redação Gazeta Rádios e Internet
DANIELLA ZANOTTI - dzanotti@redegazeta.com.br

O Espírito Santo é responsável por cerca de 80% da produção nacional de pedras ornamentais e, durante o processo de beneficiamento, são geradas grandes quantidades de resíduos que precisam ser reaproveitados, do contrário podem causar danos ao meio ambiente. Com base nessa lógica, a Faculdade do Centro-Leste(UCL), localizada na Serra, desenvolveu um projeto batizado de “Concretar”, voltado para a proteção ambiental. Em um universo de 300 projetos, o programa foi selecionado no Espírito Santo para receber recursos da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep).
A idéia consiste na transformação do resíduo do corte das pedras ornamentais em matéria-prima utilizada na criação de peças pré-moldadas a base de concreto. Nesse cenário, a construção civil desponta como um dos setores industriais com mais possibilidade de aproveitamento desse material, devido ao número de insumos e volume de matéria-prima que consome.
O projeto vai ser desenvolvido pela UCL em parceria com o Sebrae-ES e a TecVitória, entidade sem fins lucrativos voltada para o fomento da indústria local. Para o superintendente da TecVitória, Vinicius Chagas, todos ganham com o projeto.
A indústria de pedras ornamentais se livra do resíduo de uma maneira limpa transformando ele em matéria-prima que vai ser bastante bem utilizada por comunidades que demandam esse tipo de artefato, por exemplo manilha para esgoto, postes de energia, blocos, uma série de artefatos de concreto”, explicou.
Durante o período de dois anos, a faculdade vai desenvolver e qualificar a tecnologia e fazer experiências em laboratórios para métodos de fabricação. O conhecimento vai ser aplicado por um grupo de micro e pequenas empresas, que também irão participar do projeto trazendo as tecnologias utilizadas por elas.

Transporte seguro: sua empresa está dentro do padrão exigido pela nova legislação?



Extraído do site do SINDIROCHAS

Sindirochas alerta para prazos das novas normas do Contran. Regras para contenção de cargas já começam a valer em julho

Desde janeiro deste ano, está em vigor a Resolução 264, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece novas regras para o transporte de rochas em todo o Brasil.
Preocupado com o alto número de acidentes registrado nas estradas relacionados à queda de blocos de rochas dos caminhões, o Sindirochas tem orientado os seus associados a buscar de imediato estar dentro do padrão exigido pela nova legislação.
O superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares, ressaltou que o Contran estabeleceu prazos para que as empresas se ajustem à Resolução 264.
“Temos observado que a maior parte das empresas ainda não está tomando as providências necessárias para se regularizar, e isso nos preocupa”, disse.
A nova legislação representa uma vitória para o Sindirochas, que ao longo de 2007 promoveu diversos debates sobre o assunto. A entidade, inclusive, participou da elaboração do texto da resolução, trabalho que foi coordenado pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares – um órgão técnico do Contran.
Os debates envolveram também o Dnit, a Fetransportes e a Polícia Rodoviária Federal. Segundo o coordenador técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e relator da matéria na Câmara Temática de Assuntos Veiculares, Neuto Gonçalves dos Reis, como o Espírito Santo é considerado o maior pólo processador e exportador dos blocos e produtos manufaturados, os danos causados pelo transporte de rochas são mais graves no Estado.
“Há apenas uma balança funcionando no Espírito Santo, no km 14 da BR-262, mas o Dnit já assumiu o compromisso de instalar outros equipamentos até o final deste ano. Eles são fundamentais para a fiscalização dos caminhões nas estradas”, afirmou Reis.
Novo Conceito
O coordenador técnico explicou que, hoje, a maior parte das empresas costuma solicitar autorizações especiais para o transporte de blocos mais pesados. Esse pedido é feito com base na Resolução 11 do Dnit, que dispõe sobre o transporte de cargas industriais, consideradas indivisíveis.
Mas a nova resolução do Contran considera o conceito de que a rocha ornamental não é uma carga indivisível e que essa divisão só não é feita por motivos comerciais”, destacou Reis.
Sendo assim, foi definido um modelo especial para equipamentos (nova carroceria) para o transporte de blocos mais pesados (com até 57 toneladas bruta).
Essa exigência entrará em vigor em julho de 2009, pois os implementos com essas características precisam ainda ser fabricados pela indústria automobilística.
Durante o período de transição, Reis disse que os veículos que levam mais de 53 toneladas continuarão circulando com a Autorização Especial de Trânsito, como ocorre atualmente. Assim que acabar a autorização especial, terão de se enquadrar ao novo limite de pesos e dimensões.“É importante que todas as empresas busquem se adequar logo, pois algumas medidas já começam a valer a partir de julho, como as normas para contenção e amarração da cargas”, alertou Reiss