Empresas de rochas ornamentais do Espírito Santo serão beneficiadas com o Porto do Açu, que está sendo construído em São João da Barra, no Rio de Janeiro, próximo ao Sul do Estado.
Organizada pelo Centrorochas, uma comitiva formada por representantes de 20 empresas e entidades capixabas visitou as instalações do porto, que está sendo construído pela LLX Logística. O setor de rochas foi o primeiro a ser convidado pela empresa para conhecer o local e ver o andamento das obras, previstas para serem concluídas no início de 2011.
A comitiva, formada por 29 convidados, foi recebida pelo gerente comercial da LLX, Ronaldo Zani, e ficou impressionada com o porte e a infra-estrutura do novo complexo portuário.
“O resultado foi muito positivo. Os empresários puderam ver que o porto está acontecendo, que entrará em operação em 2011 e que o setor de rochas será fundamental para nós, como essa opção de embarque será para eles”, destacou Zani.
Chamado de “Super Porto do Açu”, o empreendimento estará preparado para movimentar granéis sólidos e líquidos, carga geral e contêineres, e dar apoio ao offshore, atendendo principalmente os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Dentro das cargas previstas, encontram-se aquelas movimentadas pelo setor de rochas, em blocos ou contêineres.O terminal também vai dispor de área para implantação de unidades de beneficiamento desses produtos, além de uma área de 35 mil metros quadrados, capaz de estocar 162 mil toneladas de rochas ornamentais. A meta é exportar 1,5 milhão de toneladas do produto por ano.
“Como entidades que lutam pela eficiência nas exportações, o Centrorochas e o Sindirochas têm nos ajudado a divulgar este empreendimento às principais empresas da região Sul do Espírito Santo, e temos obtido um feedback positivo dos empresários”, informou o analista de mercado da LLX, André Amaral.
Complexo portuário terá parque industrial
O Açu se caracteriza pelo conceito de porto-indústria, no qual a atividade portuária está associada a um parque industrial a ser implantado na sua retroárea de 7,8 mil hectares. O local conta com 16 quilômetros de costa por seis quilômetros de largura do terreno.
Na primeira fase, o porto terá calado de 18,5 metros e capacidade para receber navios de grande porte (220 mil toneladas). Já na segunda fase, o objetivo é chegar a 21 metros de calado.
O porto também contará com uma estrutura offshore, com 10 berços de atracação para diversos produtos, além de área de serviços complementares prestados por empresas especializadas, como expedição, integração intermodal, armazenagem e desembaraço aduaneiro, com conceito de one-stop-shop.
Além dessa infra-estrutura tudo, as empresas que se instalarem no local vão contar com incentivos fiscais, como a redução do ICMS através da Lei Rosinha, que prevê a alíquota de 2% para municípios do Norte fluminense.
A LLX investirá US$ 1,6 bilhão no Terminal Portuário Privativo de Uso Misto do Açu. Cerca de 1,5 mil pessoas já trabalham na construção do porto, a expectativa é que 45 mil pessoas transitem no local quando todo o complexo estiver em funcionamento, incluindo as siderúrgicas, empresas cimentícias e montadoras que serão instaladas.
LOGÍSTICA
Uma das maiores preocupações dos empresários, a infra-estrutura de acesso também está contemplada no projeto do Porto do Açu. Localizado a 122 quilômetros de Cachoeiro e a 270 quilômetros da Grande Vitória, o local contará com um ramal ferroviário de 45 quilômetros, ligando o município de Campos ao porto, além de acesso por malha rodoviária ligada à BR-101.
Entidades e empresas participantes
Sindirochas, Centrorochas, Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Fundenor, Bramagran, Decolores, Gramasa, Grupo Gramobras, Imetame Granitos, Italva, Jaciguá, Mameri, Marmocil, MGA, Nova Aurora, Penhasco, Rossittis Brasil, Tracomal Mineração, Zucchi e Cajugram
SAIBA MAIS SOBRE O PORTO
• Um dos diferenciais é que, além de fazer parte de um complexo industrial, sua localização fica a 2,5 quilômetros da costa, em mar aberto.
• Para isso, está sendo construída uma ponte com 400 metros em terra firme e 2,5 quilômetros mar adentro.
• A ponte tem 26,5 metros de largura, 6,5 metros a mais que a ponte Rio-Niterói.
• A estrutura está sendo montada por um guindaste que faz o bate-estacas e vai encaixando as vigas pré-moldadas, que são fabricadas no local.
• A ponte terá três transportadores de cargas e duas pistas para movimentação de carretas.
• Também está sendo construído um quebra-mar para proteger os berços, que ficarão em mar aberto.
Números da obra
• Ponte de acesso aos píeres: 2,9 quilômetros
• Estacas: 60 mil metros
• Concreto: 110 mil metros cúbicos
• Aço: 16 mil toneladas
• Quebra-mar: 3,2 milhões de metros cúbicos
• Terraplenagem: 2 milhões de metros cúbicos
• Estrada de acesso: 36 quilômetros
O que eles acharam
“A obra tem uma dimensão impressionante. Em operação, o Porto do Açu beneficiará até mesmo as empresas da Grande Vitória e do Norte do Estado. À medida que as empresas de Cachoeiro passarem a embarcar por ele, acabam ajudando a descongestionar o Porto de Vitória. É um projeto de grande envergadura, um porto de águas profundas, que poderá receber navios de grande porte acima de 6 a 8 mil contêineres. Além disso, ele terá uma infra-estrutura retroportuária muito boa. O projeto ainda tem uma concepção moderna e impacto ambiental pequeno, por ser afastado da orla”.
Organizada pelo Centrorochas, uma comitiva formada por representantes de 20 empresas e entidades capixabas visitou as instalações do porto, que está sendo construído pela LLX Logística. O setor de rochas foi o primeiro a ser convidado pela empresa para conhecer o local e ver o andamento das obras, previstas para serem concluídas no início de 2011.
A comitiva, formada por 29 convidados, foi recebida pelo gerente comercial da LLX, Ronaldo Zani, e ficou impressionada com o porte e a infra-estrutura do novo complexo portuário.
“O resultado foi muito positivo. Os empresários puderam ver que o porto está acontecendo, que entrará em operação em 2011 e que o setor de rochas será fundamental para nós, como essa opção de embarque será para eles”, destacou Zani.
Chamado de “Super Porto do Açu”, o empreendimento estará preparado para movimentar granéis sólidos e líquidos, carga geral e contêineres, e dar apoio ao offshore, atendendo principalmente os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Dentro das cargas previstas, encontram-se aquelas movimentadas pelo setor de rochas, em blocos ou contêineres.O terminal também vai dispor de área para implantação de unidades de beneficiamento desses produtos, além de uma área de 35 mil metros quadrados, capaz de estocar 162 mil toneladas de rochas ornamentais. A meta é exportar 1,5 milhão de toneladas do produto por ano.
“Como entidades que lutam pela eficiência nas exportações, o Centrorochas e o Sindirochas têm nos ajudado a divulgar este empreendimento às principais empresas da região Sul do Espírito Santo, e temos obtido um feedback positivo dos empresários”, informou o analista de mercado da LLX, André Amaral.
Complexo portuário terá parque industrial
O Açu se caracteriza pelo conceito de porto-indústria, no qual a atividade portuária está associada a um parque industrial a ser implantado na sua retroárea de 7,8 mil hectares. O local conta com 16 quilômetros de costa por seis quilômetros de largura do terreno.
Na primeira fase, o porto terá calado de 18,5 metros e capacidade para receber navios de grande porte (220 mil toneladas). Já na segunda fase, o objetivo é chegar a 21 metros de calado.
O porto também contará com uma estrutura offshore, com 10 berços de atracação para diversos produtos, além de área de serviços complementares prestados por empresas especializadas, como expedição, integração intermodal, armazenagem e desembaraço aduaneiro, com conceito de one-stop-shop.
Além dessa infra-estrutura tudo, as empresas que se instalarem no local vão contar com incentivos fiscais, como a redução do ICMS através da Lei Rosinha, que prevê a alíquota de 2% para municípios do Norte fluminense.
A LLX investirá US$ 1,6 bilhão no Terminal Portuário Privativo de Uso Misto do Açu. Cerca de 1,5 mil pessoas já trabalham na construção do porto, a expectativa é que 45 mil pessoas transitem no local quando todo o complexo estiver em funcionamento, incluindo as siderúrgicas, empresas cimentícias e montadoras que serão instaladas.
LOGÍSTICA
Uma das maiores preocupações dos empresários, a infra-estrutura de acesso também está contemplada no projeto do Porto do Açu. Localizado a 122 quilômetros de Cachoeiro e a 270 quilômetros da Grande Vitória, o local contará com um ramal ferroviário de 45 quilômetros, ligando o município de Campos ao porto, além de acesso por malha rodoviária ligada à BR-101.
Entidades e empresas participantes
Sindirochas, Centrorochas, Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Fundenor, Bramagran, Decolores, Gramasa, Grupo Gramobras, Imetame Granitos, Italva, Jaciguá, Mameri, Marmocil, MGA, Nova Aurora, Penhasco, Rossittis Brasil, Tracomal Mineração, Zucchi e Cajugram
SAIBA MAIS SOBRE O PORTO
• Um dos diferenciais é que, além de fazer parte de um complexo industrial, sua localização fica a 2,5 quilômetros da costa, em mar aberto.
• Para isso, está sendo construída uma ponte com 400 metros em terra firme e 2,5 quilômetros mar adentro.
• A ponte tem 26,5 metros de largura, 6,5 metros a mais que a ponte Rio-Niterói.
• A estrutura está sendo montada por um guindaste que faz o bate-estacas e vai encaixando as vigas pré-moldadas, que são fabricadas no local.
• A ponte terá três transportadores de cargas e duas pistas para movimentação de carretas.
• Também está sendo construído um quebra-mar para proteger os berços, que ficarão em mar aberto.
Números da obra
• Ponte de acesso aos píeres: 2,9 quilômetros
• Estacas: 60 mil metros
• Concreto: 110 mil metros cúbicos
• Aço: 16 mil toneladas
• Quebra-mar: 3,2 milhões de metros cúbicos
• Terraplenagem: 2 milhões de metros cúbicos
• Estrada de acesso: 36 quilômetros
O que eles acharam
“A obra tem uma dimensão impressionante. Em operação, o Porto do Açu beneficiará até mesmo as empresas da Grande Vitória e do Norte do Estado. À medida que as empresas de Cachoeiro passarem a embarcar por ele, acabam ajudando a descongestionar o Porto de Vitória. É um projeto de grande envergadura, um porto de águas profundas, que poderá receber navios de grande porte acima de 6 a 8 mil contêineres. Além disso, ele terá uma infra-estrutura retroportuária muito boa. O projeto ainda tem uma concepção moderna e impacto ambiental pequeno, por ser afastado da orla”.
Adilson Borges , presidente do Centrorochas
“Fiquei impressionado, conhecendo o projeto in loco, pela sua pujança e pelo que isso pode significar de avanço para nosso setor. Sabemos das dificuldades para exportar no Porto de Vitória. Temos um gargalo muito grande e o novo porto fica relativamente perto. Vemos um projeto desses e ficamos otimistas, acreditando que teremos um futuro promissor na atividade de rochas ornamentais e que, nos próximos dois anos, teremos mais uma opção de embarque”.
Áureo Mameri, presidente do Sindirochas
Valdecyr Viguini, proprietário da Cajugram
“Achei o investimento riquíssimo, um empreendimento visionário. Nossa expectativa é muito positiva. Acho que o porto tem tudo para dar certo. A estrutura é fantástica e o projeto não é só para atender às expectativas do momento. É mesmo voltado para o futuro. Está todo amarrado, agregando a parte do transporte, que também é muito importante”.
Regina Machado Chacur, sócia-proprietária da Nova Aurora
José Carlos Machado, sócio-diretor da Bramagran.
Luiz Marcos Morellato, diretor da Imetame Granitos
José Antônio Machado, diretor-comercial da Tracomal Terraplenagem