domingo, 16 de agosto de 2015

Exportações de rochas - periodo JULHO e JAN a JUL 2015

Matéria extraída do site do CENTROROCHAS


Rota do Mármore e Granito é atração para visitantes da Cachoeiro Stone Fair

Matéria extraída do site da Prefeitura de Cachoeiro

Publicada em 12 de agosto de 2015
Em menos de duas semanas, começa a Cachoeiro Stone Fair 2015. O evento, que será realizado de 25 a 28 deste mês, é uma ocasião para empresários apresentarem as inovações do segmento de rochas ornamentais com máquinas, equipamentos e insumos. Principal produtor e um dos maiores processadores e exportadores de rochas ornamentais do Brasil, o Espírito Santo responde por quase metade da produção e das exportações do país e concentra mais da metade do parque industrial brasileiro.
O potencial das rochas ornamentais extraídas em terras capixabas atrai grandes negócios nacionais e internacionais para o estado. O roteiro de compradores de pedras, insumos e máquinas e profissionais do segmento dá forma ao trajeto denominado Rota do Mármore e do Granito, a primeira do Brasil voltada especificamente para o turismo de negócios, o que desperta interesse de turistas e visitantes.
Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), entre rochas brutas e manufaturados, o Estado ocupa a posição de maior exportador brasileiro.
Com isso, o município de Cachoeiro de Itapemirim também exerce um papel fundamental para o desenvolvimento organizacional e tecnológico desse segmento, pois é nele que as empresas apresentam suas novidades. Atualmente, a cidade é considerada pelos mercados internacional e nacional como o maior polo processador do Brasil, conhecido por seu parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais – o maior do estado.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Ricardo Coelho, ressalta: "A Feira é o maior evento econômico da região sul do Espírito Santo, atraindo cerca de 25 mil visitantes de todo o país e do mundo. A expectativa é grande em relação à movimentação de negócios, não só no Parque de Exposições, mas em toda a cidade, pelo impacto causado nos hotéis, bares, restaurantes e nos prestadores de serviços, em volume que pode chegar aos R$ 10 milhões. A cidade se prepara a cada ano para receber os turistas, com vasta programação, que tem seu ponto alto no Giro Gastronômico, no qual restaurantes locais nomeiam seus pratos com nomes alusivos às rochas ornamentais", disse Coelho.
A Rota
Uma possibilidade para os participantes da Cachoeiro Stone Fair é conhecer de perto as pedreiras e as indústrias de beneficiamento de rochas ornamentais que compõem a Rota do Mármore e do Granito, considerada a primeira voltada especificamente ao turismo de negócios no Brasil.
O destaque da rota são três cidades: Cachoeiro de Itapemirim, no sul, Nova Venécia, no norte, e Vitória, logo ao centro, em função da produção e liberação de materiais para o segmento de rochas ornamentais. Por isso, a rota é tão importante para o Estado.

Ao todo 21 municípios integram a Rota do Mármore e Granito. São eles: Cachoeiro de Itapemirim, Nova Venécia e Vitória, Barra de São Francisco, Ecoporanga, Água Doce do Norte, Pancas, Baixo Guandu, Vila Pavão, Muqui, Rio Bananal, São Domingos do Norte, Águia Branca, Alegre, Atílio Vivacqua, Castelo, Conceição do Castelo, Linhares, Mimoso do Sul, Serra e Viana.

Entenda a desvalorização do iuan e os efeitos para o Brasil e o comércio

Matéria extraída do site G1

China busca estimular desacelerada economia e as exportações do país. Medida afeta cotação do dólar e empresas que vendem para a China.

Darlan Alvarenga  -  Do G1, em São Paulo  -  Atualizado em 12/08/2015 18h24











Desvalorização do iuan é a mais alta em mais de duas décadas (Foto: AP)
A China surpreendeu os mercados ao desvalorizar a sua moeda ante o dólar, em uma manobra para ajudar as exportações, tornando o produto chinês mais barato no exterior, em um momento de desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Em dois dias, o iuan chinês caiu cerca de 3,5% em relação ao dólar, atingindo a mínima em quatro anos. Trata-se da maior desvalorização desde que a China estabeleceu em 1994 o sistema moderno de flutuação da moeda.
Embora o Banco Central descarte a possibilidade de uma desvalorização contínua da divisa, afirmando que a medida é parte de uma reforma do sistema cambial, com o objetivo de aproximá-lo do mercado, o movimento passou a alimentar temores de uma guerra cambial entre países e acusações de que Pequim está concedendo vantagem desleal aos seus exportadores.
Além das turbulências geradas nos mercados financeiros internacionais, a forte queda do iuan gera impactos no comércio internacional, pois prejudica companhias focadas em exportação e que têm a China entre os seus principais mercados.
Analistas avaliam também que com uma possível maior entrada de produtos chineses nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderá aguardar mais tempo para aumentar as taxas de juros, que estão próximas de zero desde o fim de 2008.
O Brasil passa a ser afetado pelo fator adicional de incerteza no câmbio e, do ponto de vista do comércio exterior, a desvalorizarização da moeda chinesa pode prejudicar as empresas brasileiras focadas em exportação, sobretudo de commodities - principais itens importados do Brasil pela China.
Confira abaixo 10 perguntas e respostas sobre a desvalorização da moeda chinesa:
Por que a China está fazendo isso agora?
A questão de fundo é a desaceleração da economia. A desvalorização da moeda pode impulsionar as exportações - setor chave da economia chinesa, com peso de cerca de 40% do PIB do país -, que ficam mais baratas para os compradores. 
A China cresceu 7,4% em 2014, o pior resultado em quase 25 anos, e em 2015 a desaceleração é ainda mais considerável, com um avanço de 7% no primeiro semestre.
Em julho, as exportações chinesas caíram 8,3%.
"Alguns problemas já vem se acumulando na China como a bolha imobiliária e a bolsa de valores supervalorizada. A China pode até gerar um volume de produção maior, mas o fato é que não tem consumo no mundo para absorver essa produção", explica Carlos Stempniewski
Economista e professor de Comércio Exterior das Faculdades Rio Branco.
Quais os efeitos diretos da desvalorização?
Para a China, a desvalorização pode impulsionar tanto as exportações como o crescimento econômico. Em tese, os Estados Unidos e outros países tendem a ser atraídos a importar mais produtos da China.
"A desvalorização da moeda faz com que os produtos deles fiquem mais baratos ainda no mercado internacional, com isso desestabilizam parcialmente alguns concorrentes mais próximos e conseguem vender um pouco mais", diz Stempniewski.
Quem ganha e quem perde?
Quem mais se beneficia com a medida são as empresas chinesas, sobretudo as companhias com volume elevado de vendas fora do país em dólar, que poderão conseguir até mesmo uma redução de seus custos.
Do lado dos que podem sair perdendo estão as empresas altamente dependente de vendas para a China e multinacionais com operação dentro da China como a Apple, uma vez que um iuan mais fraco significa menos receita quando as exportações ou o faturamento em moeda local são convertidos em dólar.
Como os mercados financeiros reagiram?
A desvalorização da moeda chinesa pegou o mercado de surpresa e a escala da desvalorização resultou em quedas nas bolsas de valores e na valorização do dólar.
As ações mais afetadas foram as de montadoras alemãs e empresas europeias de artigos de luxo, para as quais a China é um importante mercado. Os mercados das commodities e do petróleo também registraram queda.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) saudou a "etapa positiva" inaugurada com os anúncios de Pequim sobre uma maior flexibilidade de sua moeda, e afirmou que esta medida não terá "implicações diretas" sobre sua decisão de integrar ou não o iuane às moedas de referência internacional.
Analistas acreditam em uma desvalorização ainda maior do iuane, de forma mais gradual. A SG Global Economics prevê "uma tendência de maior desvalorização", de até 5% nos próximos 12 meses.
Quais as preocupações com a desvalorização do iuan?
Ainda que a medida possa representar um estímulo às exportações, aumentaram os temores de uma maior desaceleração do crescimento chinês, o que levaria a uma contração da demanda por matérias-primas.
"Boa parte do que eles produzem também depende de importação. Se a China manter esse pretenso ritmo econômico e se isso gerar inflação, o tiro pode sair pela culatra", avalia Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Managemen. "O movimento deles foi meio atropelado e isso pode ter consequências de longo prazo complicadas", alerta.
Alguns analistas acreditam que a desvalorização poderá desencadear guerras cambiais, com a desvalorização da moeda de outros países emergentes, na tentativa de se tornarem mais competitivos.
Pode ter efeito na política de juros nos Estados Unidos?
Analistas consideram que com o dólar mais valorizado frente ao iuan, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) pode aguardar mais tempo para aumentar as taxas de juros, uma vez que a alta do dólar pode servir de entrave à recuperação da economia dos Estados Unidos.
"A desvalorização da moeda chinesa acabou por fazer artificialmente um aperto monetário para os Estados Unidos, uma vez que em toda elevação de juros há valorização cambial. E isso pode levar o FED a adiar o processo de alta dos juros", diz Vieira.
A medida afeta a cotação do dólar no Brasil?
A desvalorização do iuan fez elevar a incerteza em relação ao início do processo de elevação dos juros nos Estados Unidos, trazendo mais instabilidade para a cotação do dólar no Brasil, que nos últimos dias.
Juros mais altos nos EUA tendem a atrair para o país recursos atualmente aplicados em mercados como o Brasil, motivando uma tendência de alta do dólar.
Como ficam as importações e exportações do Brasil?
Os analistas avaliam que o real mais fraco deverá compensar os impactos da desvalorização da moeda chinesa no comércio brasileiro. No acumulado no ano,  a moeda dos EUA já subiu cerca de 30% frente ao real. Ou seja, a desvalorização do real foi bem maior que a do iuan.
"As importações podem aumentar, uma vez que seus produtos chineses tendem a ficar mais baratos. Mas isso tudo depende de uma relação global de dólar que ainda está instável", explica o economista-chefe da Infinity. "Não é questão de vantagens ou desvantagens. Trata-se na verdade de um cenário repleto de incertezas, por enquanto", completa.
Para Stempniewski, o impacto maior será sentido pelas empresas brasileiras que vendem para a China. "Como o iuan passa a valer menos na relação com o dólar, a China vai passar a pagar menos pelas commodities, afetando a lucratividade dos exportadores, que terão que aumentar o volume de vendas ou o preço para conseguir a mesma quantidade de dinheiro", explica.
O resultado da balança comercial brasileira pode ser afetado?
No acumulado do ano até julho, as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 4,59 bilhões. O país também acumula superávit no comércio bilateral com a China. As exportações para os chineses, entretanto, recuaram 19% na comparação com os primeiros 7 meses de 2014, para US$ 22,5 bilhões. Já as importações caíram 7,4%, para US$ 19,9 bilhões.
Para os anaçistas, o impacto da China no resultado da balança comercial brasileira será mínimo. "A economia brasileira parou, não estamos importando praticamente nada, então essa desvalorização do iuan não vai fazer nem cócegas na balança comercial", diz Stempniewski.
"O mais imediatamente afetados serão aqueles que concorrem no mercado internacional diretamente com os produtos da China. Nós não concorremos em praticamente nada. Ou seja, o impacto para quem tem algo em torno de 1% do comércio mundial é praticamente nenhum", completa.
Como funciona o sistema cambial da China?
O Sistema de Comércio Exterior da China, que opera o mercado de câmbio, e o Banco Central do país fazem uma pesquisa no mercado a fim de estabelecer uma taxa de referência diária, também conhecida como taxa de paridade central. Por esse sistema, permite-se que iuan pode subir ou descer até 2% por dia.

Até o momento, as autoridades chinesas afirmavam que a cotação da moeda era baseada em informações dos operadores do mercado, mas na terça-feira o Banco Central destacou que vai incorporar ao cálculo indicadores como o fechamento do dia anterior, dados do mercado cambial e as cotações das principais moedas.