Atualizado em 27/07/2011 - 21h33 - A Gazeta - Abdo Filho - afilho@redegazeta.com.br
Empresas capixabas querem movimentar cargas pelo Superporto do Açu, Norte do Rio
foto: Divulgação
Porto fluminense pode causar êxodo de carga capixaba
A LLX Logística, do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista, já tem cerca de 40 memorandos de empresas capixabas, quase todas do setor de rochas ornamentais, que querem se instalar ou movimentar cargas pelo Superporto do Açu, que está sendo construído em São João da Barra, Norte do Rio de Janeiro, a poucos quilômetros da divisa com o Espírito Santo.
Pode ser o início de um êxodo provocado pela falta de infraestrutura no Espírito Santo.
O Complexo Industrial do Superporto do Açu, que deve começar a operar no final de 2012, está a apenas 120 quilômetros de Cachoeiro do Itapemirim - menos do que Vitória, que fica a 135 quilômetros -, um dos principais polos de beneficiamento de rochas do mundo. Além de mais perto, Açu, que deverá movimentar 350 milhões de toneladas por ano, posicionando-se como um dos três maiores portuários do mundo, promete muito mais estrutura e agilidade.
Os detalhes do projeto foram divulgados ontem pelo gerente comercial da LLX, Ronaldo Zani, que esteve em Vitória num encontro organizado pela Consultoria Vieira & Rosenberg.
"A nossa retroárea, 90 mil quilômetros quadrados, é o grande trunfo de um complexo estrategicamente localizado na região que concentra 75% do PIB brasileiro e 85% do petróleo do país. Serão 11 quilômetros de cais com capacidade para receber 40 navios de grande porte. Seremos uma alternativa aos terminais de Santos e Vitória, que já não têm para onde crescer".
Para facilitar a ida de cargas dos Espírito Santo para Açu, a LLX negocia a retomada da Ferrovia Centro Atlântica, que liga Cachoeiro ao Rio de Janeiro. A ferrovia já existe, mas não está operando. "Facilitaria muito nossa logística".