segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Abaixo, vídeo extraído do site G1/ES



CLIQUE AQUI:

http://g1.globo.com/espirito-santo/bom-dia-es/videos/t/edicoes/v/exportacao-de-rochas-cresceu-6-no-es/4627113/


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Saiba quando e como empresa deve planejar férias coletivas

Matéria extraída do site UOL - Canal Executivo

27-10-2015

A decisão sobre se as empresas terão ou não férias coletivas no fim de ano já deve ser definida pelos administradores de algumas empresas. Esse fato é muito positivo, pois assim serão menores as dificuldades na hora de tomar essa decisão e realizar esse acordo com os trabalhadores.

Isso porque não basta apenas tomar a decisão das férias coletivas, várias ações prévias devem ser tomadas antes de iniciar esses períodos, o que gera muitas confusões por parte de empregadores e empregados. "O que vemos na Confirp é que a correria em busca de informações ocorre principalmente com a proximidade do fim de ano, isto é, a partir de outubro. As principais dúvidas que observamos são referentes a prazos, pagamentos e limites", conta o consultor trabalhista da Confirp Consultoria Contábil, Fabiano Giusti.

Entenda melhor

As férias coletivas são períodos de paralizações concedidos de forma simultânea para todos os trabalhadores de uma empresa, ou para apenas alguns setores. Para facilitar o trabalho dos leitores, a Confirp Consultoria Contábil preparou um tira-dúvidas sobre o tema:

Quais os principais pontos em relação às férias coletivas?

* Esse período é determinado pelo empregador, buscando a melhor forma de ajustar os trabalhos realizados, contudo há a necessidade de nunca extrapolar a limitação de 11 meses subsequentes a obtenção do direito a férias do empregado.

* Existe a opção de conceder férias coletivas para apenas determinados setores da empresa, mas também pode ser para todos os trabalhadores.

* Há a possibilidade de realizar dois períodos, todavia essa é uma excepcionalidade, e nesse caso nenhum poderá ser menor a 10 dias.

* A comunicação do empregado sobre as férias e as regras deve ser feita por escrito, com antecedência mínima de 30 dias do início do período.

* Todos os dados sobre as férias devem ser anotados na Carteira Profissional e no livro ou ficha de registro de empregados.

Quais os passos a serem seguidos antes de determinar as férias coletivas?

* O empregador deve, com antecedência mínima de 15 dias ao período das férias coletivas, comunicar a Delegacia Regional do Trabalho Comunicar (D.R.T.) sobre a decisão com dados referentes ao início e fim das férias, indicando quais os setores ou estabelecimentos atingidos;

* Enviar uma cópia da comunicação feita ao D.R.T. aos sindicatos das categorias que serão abrangidos pelas férias;

* Lembrando que os trabalhadores também deverão ser avisados mas neste caso com antecedência de 30 dias, colocando comunicados nos locais de trabalho.

No caso de empregados que não completaram o período de direito para férias, como deverá ser o procedimento?

Primeiramente, se deve definir quantos dias o funcionário possui de direito, por ocasião das férias coletivas, considerando o tempo de serviço e faltas existente no período. Caso este empregado tenha direito a menos dias do que a empresa estipulou para férias coletivas, este empregado ficará de licença remunerada, devendo retornar ao trabalho na mesma data dos outros empregados.

Como se dá o pagamento das férias coletivas?

Realmente grande parte dos questionamentos sobre o tema é em relação ao pagamento dos funcionários, contudo, neste ponto não existe mistério, tendo o mesmo formato das demais férias dadas aos trabalhadores. Lembrando que no caso do funcionário não tiver completo um ano de período de trabalho, o pagamento será proporcional ao período de férias que tem direito e o restante será dado como licença remunerada.

Quais outros pontos relevantes e relação ao tema?

* Empregados com menos de 18 anos ou com mais de 50 anos devem ter o período de férias uma única vez, assim, se as férias coletivas forem menores do que esses possuem por direito, deverão prolongar o período para eles, para que possam assim aproveitar integralmente esse direito. Caso o período por direito seja menor deverá se considerar o período excedente de coletiva como licença remunerada.

* Estudante menor de 18 anos deverá ter o período coincidente com o de férias escolares, nos casos em que as coletivas ocorrerem em época diversa, o período de férias coletivas deverá ser considerado como licença remunerada, e as férias legais, serão concedidas juntamente com as férias escolares.

Fonte - Confirp Consultoria Contábil

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Alta do dólar define novos rumos à economia capixaba

Matéria extraída do site do CENTROROCHAS



Em março de 2015, o dólar rompeu, pela primeira vez nos últimos 10 anos, a barreira dos R$ 3,00; no início de setembro atingiu R$ 3,81, após o Governo enviar ao Congresso Nacional proposta para o Orçamento de 2016 prevendo inédito déficit primário; e no final do mês superou a marca dos R$ 4,00, em consequência da preocupação do mercado com votações no Congresso e com a possibilidade da elevação dos juros norte-americanos.

Essa valorização no câmbio causa enorme impacto no mercado, uma vez que afeta o preço de produtos importados, os contratos firmados na moeda americana e as viagens internacionais, além de pressionar a inflação. E o Espírito Santo possui 52% de sua economia voltada para o exterior, o que torna diferenciado o impacto da volatilidade do dólar nas atividades locais. “É difícil uma empresa de sucesso que não esteja ligada a uma cadeia de fornecimento global. A alta volatilidade do câmbio não é boa para o exportador nem para o importador, pois cria muitas incertezas e dificulta o processo de tomada de decisões do administrador ou gerente”, destaca o presidente do Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex), Marcilio Rodrigues Machado.

O Brasil e o Espírito Santo são exportadores de commodities ou matérias-primas, e algumas delas tiveram uma grande queda de preço no mercado internacional. Na avaliação do presidente do Sindiex, em determinados casos, a disparada do dólar talvez não consiga compensar a baixa dos preços. “Além disso, o grande comprador de commodities é o mercado chinês, cuja economia se encontra num processo de desaceleração no crescimento e deverá demandar um volume menor de produtos brasileiros”, detalha.

O dirigente explica que alguns setores de produtos manufaturados, principalmente aqueles que vendem para os Estados Unidos, podem se beneficiar da alta da divisa norte-americana.“E isso poderá servir para compensar muitos custos, decorrentes da elevada carga tributária e trabalhista, da burocracia governamental dos EUA e da ineficiência logística”, alega. O encolhimento nas importações capixabas nos primeiros sete meses do ano foi de 23%, em consequência de dois fatores: os problemas de infraestrutura portuária, pois cerca de 90% do comércio internacional é realizado por meio desse modal; e a retração da atividade econômica no país.

A falta de condições ideais de infraestrutura – tais como problemas de atração de navios ou ausência de linhas regulares para os nossos portos – continua sendo um forte obstáculo. “Essas falhas estão fazendo com que muitos empresários efetuem seus negócios através de portos em outros estados. No primeiro semestre, perdemos uma média de 15% do movimento de importação para outros portos. E do lado das importações o problema é semelhante, fica cada vez mais difícil atrair novos clientes para utilizarem os serviços das tradings capixabas ou se instalarem no Espírito Santo”, enfatiza Machado.

A desvalorização da moeda chinesa frente ao dólar aumenta a preocupação. “Grande compradora de commodities, como o minério de ferro, a China tem se firmado como importante parceiro comercial do Brasil. Mas o problema é que essa economia asiática está perdendo fôlego, e isso deverá ter um impacto no comércio exterior brasileiro e do Espírito Santo. O saldo registrado pela balança comercial brasileira nos primeiros sete meses, de cerca de US$ 4,6 bilhões em 2015, se deve mais a um recuo das importações do que ao aumento das exportações. A desvalorização, até agora, de 3% do yuan não deve ser um motivo de preocupação. O grande problema atual é a recessão no mercado interno brasileiro, que é o grande inibidor de compra de produtos de outros países, independentemente do câmbio”, garante o presidente do Sindiex.

Além da grande instabilidade política e econômica, o comércio global deverá apresentar fraco crescimento este ano, em torno de 2,5%, bem inferior à estimativa de 3,3%, feita em abril, pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A América Latina, e por consequência o Brasil, está sentindo o desaquecimento da China e a queda do preço das commodities no mercado internacional. “Portanto, não se esperam grandes mudanças nocenário de comércio exterior. A minha grande esperança é que o Brasil ou o Mercosul avancem com acordos bilaterais, seja com UE (União Europeia) ou seja com Estados Unidos, de modo que possamos incrementar as exportações de produtos com maior valor agregado”, afirma Marcilio Machado.

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, destaca que, apesar de os resultados locais positivos do setor produtivo se mostrarem na contramão da realidade nacional, a alta excessiva do dólar é preocupante para todos os segmentos. A indústria de transformação, que mais emprega mão de obra, depende muito de matéria-prima importada.

No ramo do vestuário, por exemplo, esse percentual é de 45% de materiais e maquinários comprados no exterior, e no de móveis de encomenda, os acessórios são todos importados, o que eleva muito o custo. Além disso, o Brasil possuía a vantagem da qualidade dos produtos. No entanto, a China vem avançando no sentido de melhorar esse quesito, como fizeram o Japão e a Coreia do Sul no século passado, o que aumenta o risco da perda de clientes tanto no Espírito Santo quanto em outros estados. “O momento é de muita cautela, de atenção às oportunidades e de não arriscar. Em 2015 e 2016, vai ganhar mais quem perder menos”, destaca Guerra.

ROCHAS

No setor capixaba de rochas ornamentais, responsável atualmente por 97% das exportações de chapas do Brasil para o exterior, os blocos de mármore e granito estão cedendo espaço às chapas, materiais que custam até cinco vezes mais. Trata-se de um novo modelo de negócios, segundo a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, pautado na aquisição de máquinas e equipamentos, o que melhora o processo de beneficiamento nos parques industriais capixabas. A executiva destaca que o segmento, depois do impacto com a crise nos Estados Unidos (principal importador), diversificou mercados compradores e ampliou o portfólio, conseguindo intensificar as vendas.

Ela reitera a afirmação do presidente do Sindiex de que, apesar dos números positivos, assim como ocorre com outras áreas ligadas ao comércio exterior, a falta de infraestrutura logística, principalmente em relação ao modal portuário, tem levado muitas empresas a efetuarem as exportações por outros terminais marítimos brasileiros, aumentando os custos e o transit time (tempo) das operações. “O setor capixaba tem capacidade de melhorar ainda mais as exportações. Pena que não depende apenas do empresariado, que vem investindo em tecnologia, mão de obra qualificada e processos”, explicou.

A valorização do dólar comercial reflete ainda na cotação nas casas de câmbio, que vendem a moeda na modalidade turismo em preço sempre maior que o divulgado na versão comercial, o que reduziu a procura por viagens internacionais em agências da Grande Vitória.

“A alta do dólar impactou nas viagens internacionais e nos programas de intercâmbio, sem dúvidas. Houve redução, deslocamento para novos destinos e mudança de perfis de viagem. As moedas canadense e australiana, por exemplo, não valorizaram tanto em relação ao real quanto o dólar norte-americano, a libra e o euro, por isso esses países têm sido opções interessantes. Há ainda inúmeras promoções de passagens aéreas, muitas vezes com a metade do preço normal de outros anos. E aumentou a procura pelos pacotes all inclusive, que permite uma melhor programação da viagem, com a garantia de que não será preciso gastar mais nada, ou muito pouco”, explica Sérvulo Clermont, diretor da DNA Turismo/STB.

Outro ponto preocupante dessa volatilidade do dinheiro dos EUA é a possibilidade de muitas demissões ocorrerem em empresas cujo endividamento ou a cadeia de fornecimento tem como base o dólar, o que já se especula no mercado, por exemplo, em relação às unidades da Petrobras no Estado.

Na avaliação do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), o câmbio e a queda do preço do barril afetam o potencial da estatal, mas não justificam o volume de demissões. “Boa parte do endividamento da companhia começará a ser paga somente em 2020, quando o pré-sal já estará em funcionamento. A empresa está tomando decisões em curto prazo, ignorando a geopolítica do petróleo, que, diferente de outras atividades, deve se basear em decisões e impactos em médio e longo prazos”, afirmou Davidson Lomba, diretor do Sindipetro-ES e da Frente Única dos Petroleiros.

“Suspender os investimentos em exploração e concentrar apenas na produção é um equívoco, pois irá minimizar os gastos agora, mas gerar prejuízos em médio e longo prazos. A companhia está sendo oportunista em relação às crises politica nacional e internacional do petróleo”, afirmou. Os petroleiros articulam uma greve para outubro ou novembro.

Algumas soluções para minimizar os impactos da crise no Estado vêm sendo articuladas pelo Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes). Segundo o presidente da instituição, Luiz Paulo Vellozo Lucas, no segmento exportador, o desafio está em agregar o maior valor possível aos nossos produtos e em “nossa capacidade de promover comercialmente de forma profissional no mercado externo”. Para isso, está sendo realizada uma série de ações em outros países que inclui até mesmo montagem de escritórios, utilizando o know-how das tradings que atuavam no Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).

CENÁRIO NACIONAL

Em 2015, até primeira semana de setembro, o dólar havia já acumulado alta de 41,41%, acentuando a preocupação com o comprometimento do Governo quanto ao ajuste fiscal e com a perda do selo de bom pagador do Brasil, o que ocorreu no dia 9. Em meio à crise política e econômica, o país teve sua nota de crédito rebaixada pela agência Standard & Poor’s (S&P), de BBBpara BB+, e entrou na categoria especulativa. A entidade ainda sinalizou o risco de um novo rebaixamento.

E, no dia seguinte (10), a moeda norte-americana operou em ascensão, a cotação chegou a superar os R$ 3,90, enquanto nas casas de câmbio o dólar turismo ultrapassou a barreira dos R$ 4,30. Mas o anúncio do Banco Central (BC) de dois leilões de linha (venda da divisa norte-americana com compromisso de recompra nos meses seguintes) de compra e venda conjugadas, com oferta de US$ 1,5 bilhão, ajudou a conter a disparada.

A desorganização política teve um peso muito grande para que o rebaixamento da nota ocorresse e, neste momento, é difícil avaliar o percentual que poderá se atingir de alta, enfatiza Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management. “Hoje não temos mais muito parâmetro. Além do cenário macroeconômico muito ruim, há a realidade internacional, que não demonstra indícios de alívio, considerando a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, o que levará a uma fuga de dólares e, consequentemente, a uma maior pressão para o valor da cotação”, explica.

Para ele, há dois fatos preocupantes: a tendência de que a subida se mantenha; e a possibilidade de que as outras duas agências de avaliação de risco – Moody’s e Fitch – sigam a avaliação da S&P, o que levaria a uma “revoada de dólares para fora do país”, uma vez que os fundos soberanos (compra de títulos entre países) não podem fazer parte de um cenário com duas análises desfavoráveis.

O Brasil é a oitava economia do mundo e responde somente por 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ressalta Vieira. “Nós nos obrigamos a um contexto recente de formar parcerias com base em questões ideológicas e não comerciais. Isso levou a uma infeliz limitação quanto à abertura de mercado. Hoje temos a China como grande aliada, mas não sabemos até onde ela poderá se voltar ao seu mercado interno, o que seria desastroso ao Brasil.

No período pós-real, quando vivenciamos um choque de ofertas, muito desse impacto foi reduzido com a queda de tarifa de importação”, observou. “A única coisa que podemos afirmar sem equívoco é que não haverá crescimento algum da economia este ano e nem em 2016”, observou. Luiz Paulo Vellozo Lucas, do Bandes, reitera a crítica de Vieira quanto à limitação com o mercado externo. “O Brasil tem uma taxa de abertura de 20%, é muito pequena. Esse percentual na China é de 42% e nos EUA, de 50%. E a taxa de abertura de um país determina o fluxo de desenvolvimento”, defende.

Luiz Marcatti, sócio-diretor da Mesa Corporate, enfatiza que o momento atual de disparada do dólar se aproxima do ocorrido em 1999, quando o mercado estava testando o modelo da política monetária. “A diferença é que, naquela ocasião, o Governo teve força para agir, mudar o modelo para o tripé juros/inflação/superávit fiscal, liberando o dólar para flutuar, até que se reposicionasse. Hoje o momento político é de perda de credibilidade, que o deixa de mãos atadas por um lado, e de desalinhamento entre os principais agentes do Governo, que não passam segurança ao mercado”, destaca.

Quanto à morosidade de medidas fundamentais para conter a volatilidade da moeda, o economista ressalta que o Banco Central não é um órgão com grau de independência do Governo, daí a impossibilidade de agir quando e como quer. “Depende da autorização do ministro da Fazenda e este da presidente da República, que se mostra titubeante nas decisões e rápida ao mudar de opinião”, disse.

Segundo ele, a avaliação da S&P tende a ser seguida pelas outras agências de rating. “A partir de agora veremos muito dinheiro ir embora, devido à obrigatoriedade que alguns investidores têm em somente investir em papéis com investiment grade”. Para ele, o que se pode esperar diante dessa perda no grau de investimento é o “mesmo que qualquer indivíduo ou empresa que necessita de recursos enfrenta ao constatar informações ruins em seu cadastro: crédito reduzido e caro”.

Quanto às expectativas, Marcatti reitera a avaliação dos demais especialistas. “Pela situação instalada, pela insegurança e paralisia do Executivo, 2015 dificilmente apresentará algo de positivo, assim como o início do próximo ano”, avaliou. O mercado defende que o dólar só voltará a cair, quando houver uma direção mais clara dos rumos do ajuste fiscal para equilibrar as contas da administração federal, que possui muitas dificuldades em aprovar medidas no Congresso. Além disso, o fortalecimento da economia dos EUA e a crise política e financeira da Europa são problemas externos que vêm pressionando o câmbio e desvalorizando a moeda nacional, reafirma o economista Paulo Henrique Corrêa, da Valor Investimentos. “Os americanos pretendem subir a taxa de juros, o que deverá afastar os investidores do Brasil, uma vez que essa elevação pode fazer o dinheiro render mais por lá do que aqui”, afirma Corrêa. O especialista explica que já havia necessidade de ajuste de câmbio e que o problema efetivamente está na volatilidade acelerada.

Fonte: Revista ES Brasil - Setembro/2015

domingo, 16 de agosto de 2015

Exportações de rochas - periodo JULHO e JAN a JUL 2015

Matéria extraída do site do CENTROROCHAS


Rota do Mármore e Granito é atração para visitantes da Cachoeiro Stone Fair

Matéria extraída do site da Prefeitura de Cachoeiro

Publicada em 12 de agosto de 2015
Em menos de duas semanas, começa a Cachoeiro Stone Fair 2015. O evento, que será realizado de 25 a 28 deste mês, é uma ocasião para empresários apresentarem as inovações do segmento de rochas ornamentais com máquinas, equipamentos e insumos. Principal produtor e um dos maiores processadores e exportadores de rochas ornamentais do Brasil, o Espírito Santo responde por quase metade da produção e das exportações do país e concentra mais da metade do parque industrial brasileiro.
O potencial das rochas ornamentais extraídas em terras capixabas atrai grandes negócios nacionais e internacionais para o estado. O roteiro de compradores de pedras, insumos e máquinas e profissionais do segmento dá forma ao trajeto denominado Rota do Mármore e do Granito, a primeira do Brasil voltada especificamente para o turismo de negócios, o que desperta interesse de turistas e visitantes.
Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), entre rochas brutas e manufaturados, o Estado ocupa a posição de maior exportador brasileiro.
Com isso, o município de Cachoeiro de Itapemirim também exerce um papel fundamental para o desenvolvimento organizacional e tecnológico desse segmento, pois é nele que as empresas apresentam suas novidades. Atualmente, a cidade é considerada pelos mercados internacional e nacional como o maior polo processador do Brasil, conhecido por seu parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais – o maior do estado.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Ricardo Coelho, ressalta: "A Feira é o maior evento econômico da região sul do Espírito Santo, atraindo cerca de 25 mil visitantes de todo o país e do mundo. A expectativa é grande em relação à movimentação de negócios, não só no Parque de Exposições, mas em toda a cidade, pelo impacto causado nos hotéis, bares, restaurantes e nos prestadores de serviços, em volume que pode chegar aos R$ 10 milhões. A cidade se prepara a cada ano para receber os turistas, com vasta programação, que tem seu ponto alto no Giro Gastronômico, no qual restaurantes locais nomeiam seus pratos com nomes alusivos às rochas ornamentais", disse Coelho.
A Rota
Uma possibilidade para os participantes da Cachoeiro Stone Fair é conhecer de perto as pedreiras e as indústrias de beneficiamento de rochas ornamentais que compõem a Rota do Mármore e do Granito, considerada a primeira voltada especificamente ao turismo de negócios no Brasil.
O destaque da rota são três cidades: Cachoeiro de Itapemirim, no sul, Nova Venécia, no norte, e Vitória, logo ao centro, em função da produção e liberação de materiais para o segmento de rochas ornamentais. Por isso, a rota é tão importante para o Estado.

Ao todo 21 municípios integram a Rota do Mármore e Granito. São eles: Cachoeiro de Itapemirim, Nova Venécia e Vitória, Barra de São Francisco, Ecoporanga, Água Doce do Norte, Pancas, Baixo Guandu, Vila Pavão, Muqui, Rio Bananal, São Domingos do Norte, Águia Branca, Alegre, Atílio Vivacqua, Castelo, Conceição do Castelo, Linhares, Mimoso do Sul, Serra e Viana.

Entenda a desvalorização do iuan e os efeitos para o Brasil e o comércio

Matéria extraída do site G1

China busca estimular desacelerada economia e as exportações do país. Medida afeta cotação do dólar e empresas que vendem para a China.

Darlan Alvarenga  -  Do G1, em São Paulo  -  Atualizado em 12/08/2015 18h24











Desvalorização do iuan é a mais alta em mais de duas décadas (Foto: AP)
A China surpreendeu os mercados ao desvalorizar a sua moeda ante o dólar, em uma manobra para ajudar as exportações, tornando o produto chinês mais barato no exterior, em um momento de desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Em dois dias, o iuan chinês caiu cerca de 3,5% em relação ao dólar, atingindo a mínima em quatro anos. Trata-se da maior desvalorização desde que a China estabeleceu em 1994 o sistema moderno de flutuação da moeda.
Embora o Banco Central descarte a possibilidade de uma desvalorização contínua da divisa, afirmando que a medida é parte de uma reforma do sistema cambial, com o objetivo de aproximá-lo do mercado, o movimento passou a alimentar temores de uma guerra cambial entre países e acusações de que Pequim está concedendo vantagem desleal aos seus exportadores.
Além das turbulências geradas nos mercados financeiros internacionais, a forte queda do iuan gera impactos no comércio internacional, pois prejudica companhias focadas em exportação e que têm a China entre os seus principais mercados.
Analistas avaliam também que com uma possível maior entrada de produtos chineses nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderá aguardar mais tempo para aumentar as taxas de juros, que estão próximas de zero desde o fim de 2008.
O Brasil passa a ser afetado pelo fator adicional de incerteza no câmbio e, do ponto de vista do comércio exterior, a desvalorizarização da moeda chinesa pode prejudicar as empresas brasileiras focadas em exportação, sobretudo de commodities - principais itens importados do Brasil pela China.
Confira abaixo 10 perguntas e respostas sobre a desvalorização da moeda chinesa:
Por que a China está fazendo isso agora?
A questão de fundo é a desaceleração da economia. A desvalorização da moeda pode impulsionar as exportações - setor chave da economia chinesa, com peso de cerca de 40% do PIB do país -, que ficam mais baratas para os compradores. 
A China cresceu 7,4% em 2014, o pior resultado em quase 25 anos, e em 2015 a desaceleração é ainda mais considerável, com um avanço de 7% no primeiro semestre.
Em julho, as exportações chinesas caíram 8,3%.
"Alguns problemas já vem se acumulando na China como a bolha imobiliária e a bolsa de valores supervalorizada. A China pode até gerar um volume de produção maior, mas o fato é que não tem consumo no mundo para absorver essa produção", explica Carlos Stempniewski
Economista e professor de Comércio Exterior das Faculdades Rio Branco.
Quais os efeitos diretos da desvalorização?
Para a China, a desvalorização pode impulsionar tanto as exportações como o crescimento econômico. Em tese, os Estados Unidos e outros países tendem a ser atraídos a importar mais produtos da China.
"A desvalorização da moeda faz com que os produtos deles fiquem mais baratos ainda no mercado internacional, com isso desestabilizam parcialmente alguns concorrentes mais próximos e conseguem vender um pouco mais", diz Stempniewski.
Quem ganha e quem perde?
Quem mais se beneficia com a medida são as empresas chinesas, sobretudo as companhias com volume elevado de vendas fora do país em dólar, que poderão conseguir até mesmo uma redução de seus custos.
Do lado dos que podem sair perdendo estão as empresas altamente dependente de vendas para a China e multinacionais com operação dentro da China como a Apple, uma vez que um iuan mais fraco significa menos receita quando as exportações ou o faturamento em moeda local são convertidos em dólar.
Como os mercados financeiros reagiram?
A desvalorização da moeda chinesa pegou o mercado de surpresa e a escala da desvalorização resultou em quedas nas bolsas de valores e na valorização do dólar.
As ações mais afetadas foram as de montadoras alemãs e empresas europeias de artigos de luxo, para as quais a China é um importante mercado. Os mercados das commodities e do petróleo também registraram queda.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) saudou a "etapa positiva" inaugurada com os anúncios de Pequim sobre uma maior flexibilidade de sua moeda, e afirmou que esta medida não terá "implicações diretas" sobre sua decisão de integrar ou não o iuane às moedas de referência internacional.
Analistas acreditam em uma desvalorização ainda maior do iuane, de forma mais gradual. A SG Global Economics prevê "uma tendência de maior desvalorização", de até 5% nos próximos 12 meses.
Quais as preocupações com a desvalorização do iuan?
Ainda que a medida possa representar um estímulo às exportações, aumentaram os temores de uma maior desaceleração do crescimento chinês, o que levaria a uma contração da demanda por matérias-primas.
"Boa parte do que eles produzem também depende de importação. Se a China manter esse pretenso ritmo econômico e se isso gerar inflação, o tiro pode sair pela culatra", avalia Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Managemen. "O movimento deles foi meio atropelado e isso pode ter consequências de longo prazo complicadas", alerta.
Alguns analistas acreditam que a desvalorização poderá desencadear guerras cambiais, com a desvalorização da moeda de outros países emergentes, na tentativa de se tornarem mais competitivos.
Pode ter efeito na política de juros nos Estados Unidos?
Analistas consideram que com o dólar mais valorizado frente ao iuan, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) pode aguardar mais tempo para aumentar as taxas de juros, uma vez que a alta do dólar pode servir de entrave à recuperação da economia dos Estados Unidos.
"A desvalorização da moeda chinesa acabou por fazer artificialmente um aperto monetário para os Estados Unidos, uma vez que em toda elevação de juros há valorização cambial. E isso pode levar o FED a adiar o processo de alta dos juros", diz Vieira.
A medida afeta a cotação do dólar no Brasil?
A desvalorização do iuan fez elevar a incerteza em relação ao início do processo de elevação dos juros nos Estados Unidos, trazendo mais instabilidade para a cotação do dólar no Brasil, que nos últimos dias.
Juros mais altos nos EUA tendem a atrair para o país recursos atualmente aplicados em mercados como o Brasil, motivando uma tendência de alta do dólar.
Como ficam as importações e exportações do Brasil?
Os analistas avaliam que o real mais fraco deverá compensar os impactos da desvalorização da moeda chinesa no comércio brasileiro. No acumulado no ano,  a moeda dos EUA já subiu cerca de 30% frente ao real. Ou seja, a desvalorização do real foi bem maior que a do iuan.
"As importações podem aumentar, uma vez que seus produtos chineses tendem a ficar mais baratos. Mas isso tudo depende de uma relação global de dólar que ainda está instável", explica o economista-chefe da Infinity. "Não é questão de vantagens ou desvantagens. Trata-se na verdade de um cenário repleto de incertezas, por enquanto", completa.
Para Stempniewski, o impacto maior será sentido pelas empresas brasileiras que vendem para a China. "Como o iuan passa a valer menos na relação com o dólar, a China vai passar a pagar menos pelas commodities, afetando a lucratividade dos exportadores, que terão que aumentar o volume de vendas ou o preço para conseguir a mesma quantidade de dinheiro", explica.
O resultado da balança comercial brasileira pode ser afetado?
No acumulado do ano até julho, as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 4,59 bilhões. O país também acumula superávit no comércio bilateral com a China. As exportações para os chineses, entretanto, recuaram 19% na comparação com os primeiros 7 meses de 2014, para US$ 22,5 bilhões. Já as importações caíram 7,4%, para US$ 19,9 bilhões.
Para os anaçistas, o impacto da China no resultado da balança comercial brasileira será mínimo. "A economia brasileira parou, não estamos importando praticamente nada, então essa desvalorização do iuan não vai fazer nem cócegas na balança comercial", diz Stempniewski.
"O mais imediatamente afetados serão aqueles que concorrem no mercado internacional diretamente com os produtos da China. Nós não concorremos em praticamente nada. Ou seja, o impacto para quem tem algo em torno de 1% do comércio mundial é praticamente nenhum", completa.
Como funciona o sistema cambial da China?
O Sistema de Comércio Exterior da China, que opera o mercado de câmbio, e o Banco Central do país fazem uma pesquisa no mercado a fim de estabelecer uma taxa de referência diária, também conhecida como taxa de paridade central. Por esse sistema, permite-se que iuan pode subir ou descer até 2% por dia.

Até o momento, as autoridades chinesas afirmavam que a cotação da moeda era baseada em informações dos operadores do mercado, mas na terça-feira o Banco Central destacou que vai incorporar ao cálculo indicadores como o fechamento do dia anterior, dados do mercado cambial e as cotações das principais moedas.

domingo, 26 de abril de 2015

Parceria do "Fique informado" com a Revista Lugar de Notícias






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Por uma extração sustentável

Abaixo, matéria extraída do site da Revista Lugar de Notícias

O desafio está lançado. A corrida por um mundo ecologicamente equilibrado está tomando grandes proporções e o setor empresarial deve se adequar urgentemente. E quanto às rochas ornamentais? Realmente dá para se enquadrar nessa realidade?

REPORTAGEM Sara Moreira      FOTOS Márcia Leal
Foi dada a largada – o que não significa que fora dada a tempo. Pessoas físicas e jurídicas precisam projetar e colocar em prática uma vida/empresa ecologicamente correta, que não deixe de dar qualidade e conforto/lucros, mas que não seja à custa dos recursos naturais. Cientistas, estudiosos, ativistas e pessoas do gênero já provaram “por a mais b” que é preciso, sim, se adequar às exigências ambientais, garantindo a perpetuação da raça humana no planeta. É mais que uma questão de sustentabilidade. Virou questão de bom senso.
Geralmente quando se fala em extração de rochas, a imagem que vem à mente é a de uma enorme área desmatada com uma pedra de tamanho incalculável sendo dissecada ali mesmo. E em geral é assim mesmo que ocorre. A diferença, já não tão novidade assim, é que nos últimos tempos, está surgindo uma nova espécie de empresário do setor; sem contar o tipo que se camufla e defende a falsa bandeira da “economia verde”, está despontando uma classe de empresários realmente preocupada em devolver um pouco, ou muito, do que fora tirado da natureza em prol do setor.
“Mediante a efetiva presença do poder público (órgãos fiscalizadores) junto às diversas modalidades de mineração, os empresários e seus consultores têm procurado melhor mitigação do impacto ambiental, entendimento com as comunidades locais e compensação por danos não mitigáveis, propiciando melhoria da imagem da mineração junto à sociedade”, afirmou Flávia de Godoi, Coordenadora de Licenciamento de Mineração do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Segundo dados do Instituto, o número de autos de multa e intimação caiu, se comparado a 2011 e 2012. Porém, os autos de interdição e embargo aumentaram no mesmo período. Ainda há muito que se fazer, e em todas as esferas, seja pública ou privada.
O Espírito Santo é o maior produtor, processador e exportador de rochas no Brasil. Cerca de 75% das exportações em dólares e 67% em volume de todas as rochas exportadas pelo país no ano passado saíram do Estado. Segundo informações divulgadas pelo Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), a atividade de rochas ornamentais contribui com cerca de 8% do PIB capixaba e gera em torno de 120 mil empregos diretos e indiretos.
Números grandes, assim como a quantidade de empresas no Estado. De acordo com levantamento do Iema, no total são 1.543 processos de licenciamento ambiental da atividade de extração de rochas; destes, 427 (28%) possuem requerimento de primeira licença ainda aguardando análise técnica (cada processo de licenciamento tem no mínimo três requerimentos de licença). “Um dos entraves do setor no Estado é a falta de cumprimento de prazos para análise de processos e liberações de licenças, seja por paralisia, inoperância ou omissão no desempenho das obrigações.
Nossa vigilância é permanente nos assuntos relacionados ao meio ambiente, que é agravada pela burocracia para se obter o licenciamento”, afirmou o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça. Dados do Iema apontam que entre 2011, 2012 e janeiro de 2013, 275 empresas foram autuadas pela Coordenação de Licenciamento de Mineração do Iema.
Já pela Gerência de Fiscalização do mesmo instituto, entre multas, intimações e embargos, foram 54 em 2011; 44 autuações em 2012; e três em janeiro deste ano. Outro desafio foi, e continua sendo, a crise internacional, que teve os primeiros sinais em 2007 e afetou de maneira catastrófica o setor. “A crise foi enfrentada a partir de muita criatividade, do uso de novas tecnologias e a maior atenção voltada ao mercado interno”, afirmou Mendonça. Segundo ele, a atual crise econômica na Zona do Euro não afetou significativamente o setor. “Observa-se que o mercado de rochas ornamentais no Brasil está bem mais maduro. A crise mundial e a crise imobiliária americana, bem ainda a crise pela qual passa boa parte dos países europeus, despertaram nas empresas de rochas necessidades de trabalharem de forma mais planejada, de valorizarem mais o mercado interno, de analisarem riscos, de buscarem formas para redução de custos e obtenção de uma maior produtividade a partir da capacitação de pessoal, da melhoria de processos e produtos e da implantação de novas tecnologias”, ressaltou o presidente do Sindirochas. Investimentos em novas tecnologias e também na busca de profissionais especializados, principalmente na área ambiental, vem tomando forma no perfil das grandes empresas.
Bióloga na extração de rochas
Em Cachoeiro de Itapemirim, o maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais das Américas e segundo maior do mundo, uma empresa em especial foi além das condicionantes ambientais exigidas pelo Estado.
Há três anos, a Bióloga e Mestre em Engenharia Ambiental, Giselle Intra, tem a carteira assinada na empresa Marbrasa. “Quando falo para algumas pessoas que sou bióloga e trabalho numa empresa de extração de rochas, elas não conseguem associar uma coisa à outra e acham estranho”, brincou. Mas trabalho não falta. Afinal, quatro caminhões com 20 toneladas de lama abrasiva saem por dia da empresa rumo a tratamento e destinação final; todo o entorno da sede e das nove jazidas estão em processo de reflorestamento; ela ainda ajuda a cuidar de um bosque de 4,7 mil metros quadrados e 670 mudas que está sendo finalizado nos fundos da empresa; fiscaliza os licenciamentos ambientais, o cumprimento das condicionantes e os processos de reutilização de água; e também realiza palestras de educação ambiental para os 320 funcionários, ensinando-os a separar e descartar o lixo de forma correta.
“Não é nada fácil, mas é recompensador ver os frutos”, afirma Giselle, fazendo questão de mostrar, com orgulho, o bosque e descrever todas as espécies: pau-brasil, ibisco, cajá, pitanga, pata de vaca, aroeira, coqueiro, jequitibá rosa e muitas outras.
Segundo a bióloga, a preocupação com o meio ambiente tornou-se primordial na empresa. “Prova disso é que, no quesito reflorestamento como condicionante, 44,52% das áreas verdes são as exigências legais; o restante, 55,8% das áreas foram reflorestadas pela própria empresa, sem ter essa obrigação”, afirmou Giselle. Além do reflorestamento, a Marbrasa também investiu em equipamentos que diminuem os impactos. Foi inaugurado no ano passado na jazida de Colatina, norte do Estado (considerada a maior do país), as instalações de um Tear multifio e 3 bi-fios, que são capazes de produzir 20 mil metros quadrados de chapas de granito preto São Gabriel.
Na prática, as pedras são serradas no local da extração, evitando transportes e outros impactos. Ao lado da nova estrutura está pronto o mais moderno sistema de filtro prensa existente no país, que elimina o processo gerador de lama abrasiva.
Empresas diminuem impactos do setor
A necessidade de descarte da lama abrasiva e de outros resíduos tem se tornado preocupação dos empresários do ramo, que cada vez mais procuram empresas especializadas neste tipo de serviço, também chamado de “logística reversa dos materiais”. Duas delas vem se destacando no cenário. Com sede em Vila Velha, a empresa Cycle nasceu há dois anos e já possui uma significativa carteira de clientes – três deles são empresas de rochas. Juntas, essas empresas descartam mais de 1,6 mil toneladas de resíduos por mês. “Recolhemos esses materiais, inclusive os resíduos perigosos de Classe I, reaproveitamos e devolvemos aos diversos setores do mercado. Também realizamos orientação a essas empresas quanto ao descarte necessário”, afirmou Cláudio Carneiro, Gerente Operacional.
Outra empresa especializada em destinação correta da lama abrasiva é a Associação Ambiental Monte Líbano (AAMOL), fundada há seis anos em Cachoeiro de Itapemirim. Parte da lama abrasiva é depositada num aterro ambientalmente correto, e a outra parte é reaproveitada para a produção de blocos de concreto. Um estudo inédito está sendo realizado em parceria com Universidades para a produção de argamassa a partir dessa mesma lama. Se tudo der certo, será uma excelente alternativa de reutilização dos resíduos na construção civil e o meio ambiente agradece.
Artesanato de resíduos
Em Cachoeiro de Itapemirim, bons exemplos de reciclagem de resíduos não faltam. A partir de sobras de pedras que não podem ser utilizadas nas indústrias, o artesão Romário Simão da Rosa fabrica elegantes peças de design arrojado. Seus trabalhos ganharam destaque no “Catálogo do Artesanato Capixaba 2012” e podem ser conferidas no site www.rrgranitos.com.br. Mais informações: (28) 9884-2961.

Entrevista
Flávia Karina Rangel de Godoi, Coordenadora de Licenciamento de Mineração do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), fala com exclusividade à Lugar de Notícias sobre os desafios do Estado em relação ao setor rochas e meio ambiente.
Qual a preocupação do Iema em relação ao meio ambiente no setor de rochas?
O desafio da gestão ambiental do setor de mineração é grande e impõe a necessidade de um trabalho rigoroso em função da sua importância socioeconômica, dos impactos ambientais causados pelas atividades, da necessidade de interação com outros órgãos (DNPM, Idaf, prefeituras), bem como da necessidade de promover e difundir uma cultura de exploração racional e que respeite o meio ambiente, além da própria demanda burocrática.
Das condicionantes exigidas, quais os empresários encontram maior dificuldade de cumprir e por quê?
O maior desafio das empresas é, sem dúvida, proceder com a correta disposição dos refugos da lavra, comumente denominados de rejeitos, que são os fragmentos de rochas não aproveitáveis economicamente e que em grande parte das empresas o volume gerado chega a ser maior que o volume de blocos comerciais. As dificuldades se iniciam na escolha do lugar adequado, pois demandam áreas extensas e com características específicas; o método de transporte e o método de disposição, tendo em vista que a gestão desses fragmentos não é tarefa fácil e requer cuidados permanentes, principalmente para garantir estabilidade mecânica, segurança, conformação topográfica e harmonia paisagística. Outro ponto de grande dificuldade para as empresas está relacionado à condicionante sobre exigência de execução de medida compensatória pelos danos ambientais irreversíveis provocados pela atividade, onde na maioria dos casos refere-se ao reflorestamento. A dificuldade está em encontrar áreas disponíveis para tal. Na falta dessa área disponível, a empresa acaba optando por apresentar medidas alternativas.
O Instituto percebeu alguma melhoria na percepção dos empresários do setor de rochas em relação à preservação ambiental?
Sim, mediante a efetiva presença do poder público junto às diversas modalidades de mineração, seja através do Iema, Polícia Ambiental e demais órgãos fiscalizadores, os empresários e seus consultores têm procurado melhor mitigação do impacto ambiental, entendimento com as comunidades locais e compensação por danos não mitigáveis, propiciando melhoria da imagem da mineração junto à sociedade. Para 2013 está prevista a realização de novas palestras voltadas aos empresários/empregados das áreas de extração (pedreiras), a ocorrer em municípios da região Sul e Noroeste do Estado. A agenda das palestras, assim que concluída, será devidamente divulgada pelo Sindirochas. Essa melhoria na percepção está muito relacionada, também, com o caráter orientativo adotado pelos técnicos quando realizam as vistorias, ou seja, aplicam as penalidades quando necessário, mas ao mesmo tempo procuram orientar o empreendedor sobre como proceder tanto tecnicamente quanto administrativamente, para corrigir as irregularidades constatadas.
Como conter a extração ilegal? O que já é feito e o que pode melhorar?
O Iema possui analistas atuando diretamente na fiscalização das atividades ilegais, bem como na fiscalização do controle ambiental visando o efetivo cumprimento das condicionantes impostas pelas licenças ambientais, através de constantes vistorias de campo. Ocorre que, infelizmente, o número de analistas frente à demanda ainda é insuficiente e a presença dos mesmos em campo não é permanente, o que propicia a execução de atividades ilegais. Estas vistorias são planejadas conforme o recebimento das denúncias formuladas pelo Disque Denúncia ou Internet, e as providências tomadas decorrem da aplicação da Lei Estadual de Fiscalização nº 7.058/2002, podendo ocasionar a lavratura de autos de multa, de interdição e/ou apreensão de máquinas/equipamentos. Para intensificar o poder de autuação pelo órgão ambiental é recomendado que as denúncias sejam encaminhadas com o maior detalhamento possível, principalmente com indicação correta do local e descrição do suposto dano/crime ambiental. Além disso, é muito importante a efetiva colaboração dos demais agentes ambientais (funcionários das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Obras, Agricultura e outras; Polícia Militar Ambiental; Ibama; Idaf; DNPM e outros), os quais também possuem competência legal para efetuar diligências nos locais e registrar as ocorrências verificadas. Ações voltadas para a diminuição da burocracia, redução no tempo de emissão das licenças, construção de regras mais claras (facilidade de entendimento) e capacitação de empreendedores e consultores são exemplos do que ainda pode ser melhorado.

Cachoeiro firma parceria com Itália para o aproveitamento de resíduos de rohas


Abaixo, matéria extraída da Revista Lugar de Notícias


Jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional

Abaixo, matéria recebida de nosso parceiro Meta e Medicina do Trabalho







CONSULTORIA, ASSESSORIA TÉCNICA EM MEDICINA OCUPACIONAL DO TRABALHO

Foi publicada no Diário Oficial de hoje, 3-3, a Lei 13.103, de 2-3-2015, que altera, dentre outras, a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43, o CTB – Código de Trânsito Brasileiro, aprovado pela Lei 9.503, de 23-9-97, bem como revoga dispositivos da Lei 12.619, de 30-4-2012, para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional, inclusive no que se refere a viagens de longa distância.

Neste ato destacamos:

· São enquadrados como motoristas profissionais de veículos automotores aqueles cuja condução exija formação profissional e exerçam as atividades de transporte rodoviário de passageiros e de cargas;

· Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão, por ocasião do desligamento, bem como para a habilitação e renovação da CNH – Carteira Nacional de Habilitação, no caso de condutores das categorias C, D e E;

· Salvo previsão contratual, a jornada de trabalho do motorista empregado não tem horário fixo de início, de final ou de intervalos;

· A jornada diária do motorista profissional continua sendo de 8 horas, com possibilidade de 2 horas extras, totalizando o máximo de 10 horas. Por meio de convenção ou acordo coletivo, as horas extras podem chegar a 4 horas, resultando na jornada de 12 horas;

· A cada 6 horas na condução de veículo de transporte de carga, o motorista deverá descansar 30 minutos, mas esse tempo poderá ser fracionado, assim como o de direção, desde que o tempo dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 horas contínuas;

· A cada 4 horas na condução de veículo rodoviário de passageiros serão observados 30 minutos para descanso, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção;

· O descanso obrigatório diário, de 11 horas a cada 24 horas, poderá ser fracionado, usufruído no veículo e coincidir com os intervalos de 30 minutos. O primeiro período, entretanto, deverá ser de 8 horas contínuas;

· Nas viagens de longa distância com duração superior a 7 dias, o repouso semanal será de 24 horas por semana ou fração trabalhada, sem prejuízo do intervalo de repouso diário de 11 horas, totalizando 35 horas, usufruído no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do repouso.

Clique aqui e veja a íntegra da Lei 13.103/2015, que entra em vigor 45 dias após 3-3-2015, observada a produção de efeitos de alguns dispositivos.

Análises: Anfetaminas (arribites e demais drogas estimulantes), Maconha, Álcool, Cocaína e derivados (crack etc).

A Lei 13.130/15, que foi publicada no Diário Oficial da última terça-feira, além de alterar regras como tempo de descanso e isenção de pedágio para eixo suspenso, adiou a entrada em vigor da obrigatoriedade do exame toxicológico para habilitação e renovação nas categorias C, D e E.

De acordo com a nova Lei, os exames só serão obrigatórios a partir de 03 de junho de 2015 e não mais em 30 de abril, como previsto anteriormente em Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

ESTAMOS APTOS A REALIZAR OS EXAMES A PARTIR DA DATA DEFINIDA POR LEI (03/06/2015}.. 

ENTRE EM CONTATO CONOSCO. metamedicina@oi.com.br (28) 3518 3632 – Sype Vanda Biazatti ou metamedicinatrabalho.

sexta-feira, 13 de março de 2015

13 anos de informação






E lá se vão 13 ANOS divulgando as matérias que estão circulando nos meios de comunicação, concernentes e de interesse do APL de Rochas Ornamentais.

OBRIGADO AOS PARCEIROS QUE DESDE O INÍCIO ENTENDERAM NOSSO PROPÓSITO e todos que recebem diariamente nossos emails informativos.

Caso queira indicar alguém para que passe a receber os emails informativos diários, basta nos informar o endereço eletrônico para que façamos a inclusão.

Que o Senhor vós abençoe e vos guarde hoje e sempre… Amém!!!



Balança Comercial do Setor de Rochas

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

·         Período: 01 - 02 / 2015
    • Exportação: US$ 151.228.658,00
    • Importação: US$ 8.985.134,00
    • Saldo: US$ 142.243.524,00
·         Variação em relação ano anterior (%)

    • Exportação: -12,21%
    • Importação: -30,54%

Balanço das Exportações e Importações em Janeiro de 2015

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

No mês de janeiro de 2015, as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento somaram USD 66,57 milhões e 123.674,24 toneladas, com variação respectivamente positiva de 2,13% e negativa de 7,1% frente a janeiro de 2014. As rochas processadas (capítulo 68) compuseram 82,20% do faturamento e 59,33% do volume físico exportado, marcando um incremento de respectivamente 6,68% e 8,86% frente a janeiro de 2014.

As rochas silicáticas brutas (posição 2516) compuseram apenas 17% do faturamento e 39,64% do volume físico das exportações com variação negativa de respectivamente 17,49% e 24,22% frente a janeiro de 2014. As exportações de rochas carbonáticas brutas (posição 2515) somaram USD 533,58 mil e 1.280,52 toneladas, registrando variação positiva de respectivamente 213,04% em valor e 7,28% em peso frente a janeiro de 2014.

As exportações de rochas para os EUA somaram USD 42,94 milhões e 54.660,28 toneladas, com incremento de respectivamente 8,18% e 9,39% frente a janeiro de 2014. Os produtos exportados pela posição 6802, quase essencialmente representados por chapas polidas de granito, quartzito e mármore, compuseram 98,93% do faturamento e 98,43% do volume físico comercializado. 

As exportações de rochas para a China, seguindo a tendência já observada a partir do 2º semestre de 2014, registraram uma queda muito significativa de 43,70% no faturamento e 42,31% no volume físico, somando apenas USD 5,93 milhões e 31.373 toneladas no mês de janeiro de 2015. É importante registrar que as rochas brutas, representadas por blocos de granito e outros materiais naturais, compuseram 98,81% do faturamento e 99,41% do volume físico exportado para esse país.

Para efeito de comparação e planejamento, registra-se que as exportações para os EUA compuseram 64,5% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas, enquanto a China, segundo principal destino das nossas exportações, representou apenas 8,9% desse total. As exportações para a Itália, compostas por 88% de rochas brutas, somaram USD 4,22 milhões no mês de janeiro, ficando muito próximas às da China, mas com preço médio três vezes superior para os blocos.

Importações

As importações brasileiras de materiais rochosos naturais de revestimento somaram, no mês de janeiro de 2015, USD 5,72 milhões e 8.752,76 toneladas, com variação negativa de respectivamente 23,11% e 15,97% frente a janeiro de 2014. As importações de materiais rochosos artificiais somaram USD 5,34 milhões e 5.256,54 toneladas, com variação respectivamente positiva de 1,19% e negativa de 7,33% frente a janeiro de 2014. 

Como já se prenunciava desde 2013, as importações de materiais artificiais estão se igualando às de materiais naturais. A par do crescimento das importações de porcelanato, a tendência de expansão dos artificiais deve ser observada.

A queda do volume físico das importações, em janeiro, sinaliza o desaquecimento do mercado interno.

São Paulo: Termômetro para o Mercado Interno

Na cidade de São Paulo, que funciona como um termômetro para o mercado imobiliário brasileiro, o valor médio do metro quadrado de imóveis usados, vendidos em 2014, recuou 22,12% frente a 2013. Os índices de preços que abrangem imóveis novos e usados, apurados em 20 cidades brasileiras, sinalizam uma desaceleração acentuada no ritmo de alta de preço dos imóveis, com a menor variação anual da série histórica desse indicador imobiliário.

Reverte-se uma situação de mais de meia década de subida vertiginosa de preços. De janeiro de 2008 a janeiro de 2015, os imóveis acumularam alta de 218,2% na cidade de São Paulo. No Rio de Janeiro a alta foi ainda maior nesse período, alcançando 265,2%. Em 2015, prevê-se que os preços dos imóveis novos poderão apresentar perda de valor real.

Com a desaceleração da demanda no ano de 2014, os estoques de imóveis não comercializados em São Paulo atingiram 29 mil unidades no mês de dezembro, contra uma média de 17 mil nos últimos anos. Com estoques altos e demanda em baixa, o desconto se tornou uma espécie de moeda de liquidez, segundo analistas de mercado. As negociações de venda têm sido assim concluídas com descontos entre 5% e 10%.

Com inflação em alta, atividade econômica em baixa, perspectiva de piora no nível de emprego e temor com endividamentos, aponta-se que a demanda por imóveis tende a se retrair ainda mais em 2015, com diminuição do número de novos lançamentos. Além da deterioração das condições macroeconômicas, o mercado deverá enfrentar alta de juros dos financiamentos imobiliários, também segundo especialistas da área.

Cenário para 2015

Fatores conjunturais apontam algumas dificuldades para o setor de rochas ornamentais em 2015. No mercado interno configura-se um processo de desaquecimento da construção civil, atrelado ao aumento da taxa básica de juros, à retração do crédito imobiliário e a um quadro já preocupante da economia brasileira. Isto faz prever queda de atividade das marmorarias, tanto daquelas que atendem ao mercado de alto padrão, quanto, sobretudo, das empresas focadas nos consumidores de menor poder aquisitivo.

Para empresas também atuantes no mercado externo, o que inclui mineradoras e serrarias, e exclui a quase totalidade das marmorarias, os dois principais países de destino das exportações brasileiras de rochas, EUA e China, evidenciam um quadro econômico divergente: os EUA com aquecimento da economia e importações, e a China com ajustes estruturais em sua economia e retração de importações para insumos da construção civil imobiliária.

A expansão da economia e o aquecimento do mercado imobiliário dos EUA, todavia, não repercutirão com intensidade nas exportações brasileiras. Estas exportações estão muito concentradas na comercialização de chapas para o segmento residencial unifamiliar, já saturado pelo Brasil e por outros países fornecedores de rochas e produtos concorrentes (laminados, porcelanatos, engineered stones, etc.). Em 2014, as exportações brasileiras de rochas, puxadas justamente pelo fornecimento de chapas ao mercado dos EUA, tiveram incremento de apenas 3% frente a 2013, o que deverá se repetir em 2015.

Os ajustes da economia chinesa e do seu mercado imobiliário concorreram para uma queda de 200 mil toneladas nas exportações brasileiras de blocos de granito, destinadas a esse país, em 2014. Especula-se que a economia chinesa só deverá normalizar-se a partir do segundo semestre de 2016, assumindo-se que as exportações brasileiras de blocos continuarão, portanto, declinantes em 2015 e, provavelmente, em 2016. Pela retração do seu mercado interno, a China deverá competir mais intensamente no mercado internacional e particularmente nos EUA, principal destino das exportações brasileiras de rochas.

A forte valorização do US dólar, apesar de atrelada a um cenário macroeconômico negativo, poderá compensar as empresas exportadoras de blocos e, sobretudo, de chapas, mesmo frente a alta de custos internos de energia, combustíveis e de outros fatores de produção. A análise dos segmentos de atividade e atuação do setor de rochas faz, a propósito, perceber que as empresas brasileiras já atingiram uma notável capacidade quantitativa e qualitativa de produção e comercialização de blocos e chapas, suficiente até para provocar excesso de oferta.

As atividades de lavra e beneficiamento primário têm, atualmente, demandas centradas em questões legais para obtenção de títulos minerários e licenciamento ambiental, bem como de regularização fiscal. A elaboração de produtos finais, tanto padronizados quanto cut-to-size, é convencionalmente remetida às marmorarias, que hoje constituem o segmento prioritário para qualificação tecnológica e gerencial no setor de rochas ornamentais e de revestimento.

Algumas ações da ABIROCHAS estão focadas na exportação de produtos acabados. O Estudo da Competitividade do Setor de Rochas Ornamentais no Brasil, ora em desenvolvimento, permitirá alinhar ações estratégicas inclusive centradas nas marmorarias. 

Este texto foi elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho, para a ABIROCHAS – Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais, em 13 de janeiro de 2015, Belo Horizonte – MG. Os dados primários sobre exportações e importações foram obtidos a partir de consulta à Base ALICE do MDIC (www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br).