quinta-feira, 12 de março de 2009

Mais prazo e juros menores

Extraído do site da Revista Inforochas

O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo está vivendo momentos de preocupação com a crise mundial de crédito instalada em todos os níveis da economia. Para discutir esta questão, o Sindirochas realizou nesta quinta-feira (12), um encontro de negócios com todas as instituições financeiras do Estado.
A reunião aconteceu no Plenarinho do Edifício Findes, em Vitória, contando com a presença do presidente do Sindirochas, Áureo Mameri, do superintendente, Romildo Tavares, do presidente do Centrorochas, Adilson Borges Vieira, do presidente da Findes, Lucas Izoton, e representantes do Banco do Brasil, Banestes, Itaú, Bradesco, Bandes, Sicoob e HSBC.
A principal temática da reunião foi a necessidade de aumento do prazo das linhas de financiamento oferecidas ao setor, além da diminuição dos juros. Conforme foi observado pelo superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares, no início do ano passado, as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras eram de 5 a 6% ao ano. “Contudo a partir de setembro, elas dobraram, passando de 11 a 12% ao ano e chegando ao pico de 15% anuais”, destacou.
Fato confirmado pelo presidente da entidade, Áureo Mameri, que também afirmou que é preciso que os bancos conheçam melhor o setor de rochas. “Se a situação continuar dessa maneira, é fato que as empresas não conseguirão fazer financiamentos, impedindo a recuperação do setor, que é tão importante para a economia do Estado”, ressaltou.
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Lucas Izoton, também intercedeu pelos empresários do setor de rochas, afirmando que, infelizmente, o Brasil é o pior país para se conseguir crédito entre os países em desenvolvimento.
“Na maior parte das vezes, quem consegue crédito são as grandes empresas, que usavam crédito de bancos de outros países e agora vem pegar no Brasi, sendo que as que mais precisam as micro e pequenas empresas”, afirmou, lembrando que no Brasil, apenas 0,3% das empresas brasileiras se enquadram na categoria de grande porte, enquanto as médias representam 0,5%, e as micro e pequenas fazem parte da esmagadora maioria: 99,2%.
“O setor de rochas é um exemplo de setor organizado, de grande importância no estado, e que já chegou a 11% da pauta de exportações capixabas, mas que em 2008, fechou o ano representando 5% das exportações, ou seja, foi ultrapassado pelo café. Ele precisa desse apoio”, disse.
Ao final da reunião, todas as instituições se comprometeram a continuar o diálogo com as empresas e entidades representativas do setor, além de fazer as análises de financiamento caso a caso.

Secretário leva a Brasília demandas do setor de rochas

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro

Desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) das chapas e ladrilhos feitas de mármore e granito, além da redução da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Essas duas propostas foram apresentadas pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência & Tecnologia e Turismo de Cachoeiro de Itapemirim, Ricardo Coelho, na reunião realizada nesta terça-feira (10), em Brasília, no Ministério de Minas e Energia (MME).
O encontro foi convocado pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Cláudio Scliar, e envolveu representantes de segmentos empresariais, mas também de trabalhadores e do setor público. Os efeitos da crise econômica sobre o setor de geologia e mineração nos estados e municípios mineradores brasileiros foi o tema central da reunião.
O secretário Ricardo Coelho levou solicitações do setor de rochas ornamentais de Cachoeiro. Os empresários, por exemplo, defendem a desoneração do IPI sobre a produção de chapas polidas e ladrilhos. Hoje, são cobrados 5% para o IPI. “A redução dessa alíquota a zero tornaria esses produtos mais acessíveis ao mercado interno”, ressalta o secretário.
A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) é devida pelas mineradoras em decorrência da exploração de recursos minerais, para fins de aproveitamento econômico. Esse imposto tem a alíquota de 2% sobre o valor líquido do minério extraído, depois de deduzidos todos os custos da exploração. A proposta do setor de rochas é de reduzí-lo para 1,5%.
Qualificação profissional
Segundo o secretário Ricardo Coelho, também foi solicitado ao governo federal que repasse recursos do FAT (Fundo de Amaro ao Trabalhador) para a qualificação e recolocação de mão-de-obra nos segmentos da cadeia produtiva.
“Anteriormente, as empresas estavam voltadas para a exportação de chapas e ladrilhos. Hoje, as atenções estão voltadas para o mercado interno. No entanto, não há pessoal qualificado para as oportunidades de emprego que estão surgindo”, disse.
Em todo o Espírito Santo, houve uma redução de 20% no pessoal que trabalha direta ou indiretamente com rochas ornamentais. O estado responde por 66% da produção brasileira de rochas.