sábado, 11 de dezembro de 2010

Parceria internacional garante mais tecnologia para o setor de rochas ornamentais

Extraído do site Folha Vitória
09/12/2010 às 18h58 - Folha Vitória
Foto: Divulgação/Secom


Pesquisa, ciência e tecnologia. Estes foram os temas do encontro realizado pelo Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag) e o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado (Sindirochas) entre empresários do Sul do Estado e representantes do Centro Tecnológico de La Piedra (Ctap), localizado em Andaluzia, no Sul da Espanha.
Na última quarta-feira, eles debateram os interesses entre as instituições e a viabilização da cooperação entre os países, resultado da viagem realizada pelos empresários brasileiros à Itália e Espanha, há dois meses. “Ciência e tecnologia são fundamentais para a sobrevivência de toda cadeia produtiva. Durante a visita ficou claro o quanto o sul do Estado pode vir a ganhar com esta parceria”, explicou Emic Malacarne Costa, presidente do Sindirochas e do Cetemag.
O destacado trabalho do Ctap em pesquisa e tecnologia atraiu a atenção dos empresários capixabas. Uma carência que o setor de rochas ornamentais do Sul do Estado pretende suprir com esta parceria internacional. “Eles são muito avançados em processos, capacitação profissional e tecnologia, enquanto nós temos uma reserva natural considerável. Queremos aliar nossos pontos positivos com mais tecnologia para o setor, que venha valorizar nosso produto para uma concorrência mais produtiva e equilibrada”, informou Romildo Tavares, superintendente do Sindirochas.
O próximo passo, segundo Romildo, é a formalização desta parceria durante a Vitória Stone Fair 2011, que será realizada entre os dias 15 e 18 de fevereiro, no Parque de Exposições de Carapina. Além dos empresários, participaram representantes do Senai, do Sebrae-ES, do Bandes, do Cetem, do Ifes e da Rochativa.

Centrorochas orienta sobre classificação fiscal de chapas de rochas ornamentais

Extraído do site da Revista Inforochas

Devido à generalização na classificação deste produto, empresários capixabas estão pedindo direito à isenção de uma importante taxa de exportações para os EUA

A atual classificação fiscal das chapas polidas exportadas pelo Espírito Santo tem sido motivo de transtorno para muitos empresários, devido à cobrança de um tributo de 3,7% em cima do produto comprado pelos EUA.
Segundo a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, isso acontece porque, desde 2004, a Alfândega do Espírito Santo obriga que todas as chapas polidas de materiais denominados “granitos” sejam classificadas com o código NCM 6802.93.90.
“Até então, a maior parte das exportações capixabas de chapas polidas era efetuada pela NCM 6802.23.00, o que ainda acontece em outros estados exportadores”, explica.
Ela esclarece que o Brasil está enquadrado no Sistema Geral de Preferências (SGP) das exportações de rochas para os EUA, o que permitiria exportar sem a taxa de 3,7% até o limite de US$ 145 milhões.
“Porém, devido a essa generalização, as exportações capixabas pela NCM 6802.93.90, até setembro deste ano, já ultrapassaram US$ 349 milhões, número muito acima do limite do SGP e que nos fez perder o benefício”, relata.
Para reverter essa situação, o Centrorochas está finalizando um projeto a ser entregue ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior que propõe uma nova classificação dos códigos NCM do setor de rochas e que visa melhor adequação ao padrão norte-americano.
SOLUÇÃO
Contudo, a solução para esse problema vai muito além da substituição de um código NCM pelo outro, alerta Olívia.
“Outras importantes observações devem ser feitas. Grande parte das empresas exportadoras de rochas ornamentais utiliza o beneficio do drawback na importação de insumos, que depende das exportações pela NCM 6802.93.90 para a liberação dos atos concessórios”, relata.
“Se a empresa simplesmente alterar a classificação, ela estará deixando em aberto o ato concessório, com graves penalidades previstas em legislação específica”, afirma.
Outra situação que deve ser observada com muito critério é como fazer a entrada dos materiais no estoque das empresas.
“É importante trabalhar a separação dos materiais por tipo, o que pode proporcionar uma melhor capacidade de negociação com os clientes americanos”, comenta Olívia.
“Somente conhecendo profundamente os materiais é que poderemos ter uma melhor classificação fiscal e assim participar dos benefícios que nos são disponibilizados pelos países compradores. Estamos longe do tempo em que nossas rochas eram apenas conhecidas como mármores e granitos”, conclui.

Missão técnica na Itália e Espanha

Extraído do site da Revista Inforochas.

Com o objetivo de obter subsídios para a sua “Pesquisa Técnica com Foco em Inovação Tecnológica, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente Aplicado às Empresas de Extração e Beneficiamento de Rochas Ornamentais”, o Cetemag e o Sindirochas realizaram uma viagem técnica à Espanha e Itália entre 27 de setembro a 7 de outubro.
Integraram o roteiro vários centros tecnológicos, laboratórios especializados em análises de rochas, sindicatos e associações de empresas, museus de rochas, escolas e empresas de extração e beneficiamento em ambos os países.
Além disso, o presidente das duas entidades, Emic Malacarne Costa, o superintendente do Cetemag, Herman Krüger, e o superintendente do Sindirochas, Romildo Ribeiro Tavares, aproveitaram a ocasião para também visitar a 45ª edição da Marmomacc, que aconteceu na cidade italiana de Verona no mesmo período.
Segundo Herman, o objetivo central das visitas foi conhecer o trabalho realizado pelas empresas e instituições e assim incorporá-lo e adaptá-lo às empresas capixabas do setor.
Para isso, foi distribuído um questionário base no qual cada empresa visitada respondeu sobre o seu foco de atuação, principais projetos, equipamentos, tecnologias que desenvolveram, a relação com funcionários, arquitetos, fabricantes e governo e investimentos em sustentabilidade.
“Os conhecimentos e as pesquisas adquiridos nestas visitas técnicas irão subsidiar importantes trabalhos projetados ou já em andamento pelo Cetemag”, disse.
Com essa viagem, ressaltou Herman, foi possível observar que o governo europeu investe bastante em educação, formação e reciclagem de mão de obra para que as empresas do setor de rochas sejam competitivas. “Além disso, quando comparado à situação do setor brasileiro de rochas, percebemos que não há este mesmo alinhamento, pois o governo brasileiro ainda não absorveu o entendimento de que deve investir nos projetos demandados pelas instituições do setor de rochas”, lamenta o superintendente.
Ele ressalta que o empresariado capixaba, em geral, se encontra em transição quanto ao desenvolvimento profissional da atividade de mineração e beneficiamento por não acompanhar o desenvolvimento tecnológico e de recursos humanos necessários para manter seu negócio competitivo e, por isso, acaba ficando vulnerável em relação aos seus concorrentes nacionais e internacionais.
Foram visitados estandes de várias empresas de tecnologia, com foco no corte a fio e uso de ferramentas diamantadas, além de visita técnica a empresas que utilizam essas tecnologias em suas linhas de produção e a visita ao pavilhão de tecnologia e design de rochas.
Escuela del Mármol de Andalucía
Foram analisados os conteúdos com foco em extração, industrialização, escultura, design, conservação e restauração, aplicação e comercialização para a construção de um curso profissionalizante nos mesmos moldes aqui no Brasil.
Cetap e Alemanha
Um dos momentos importantes da viagem foi a visita ao Centro Tecnológico da Espanha, o Cetap, onde a comitiva conheceu diversas inovações que poderão ser aplicadas no setor de rochas brasileiro.
O grupo capixaba também esteve na Marmomacc, onde foi ao estande da Dr. Fritsch, uma empresa alemã que se divide em dois ramos de atuação: máquinas de produção e de metal em pó. Representantes da empresa apresentaram as máquinas utilizadas em cada etapa da produção, especificando a função de cada uma e sua importância, orientando quais devem ser utilizadas para se começar uma linha de produção, além de frisar a necessidade de um técnico metalúrgico acompanhar o processo produtivo.

Ações do Cetemag
Confira os projetos estratégicos que estão em andamento no Cetemag para o desenvolvimento do setor de rochas do Estado:
1. Melhorias tecnológicas, ambientais e energéticas da produção de rochas ornamentais por meio da Avaliação do Ciclo de Vida do Produto (ICV-Rochas)
2. Valorização e aproveitamento dos mármores do Sul capixaba
3. Projeto Indicação Geográfica (IG)
4. Plataforma Inteligente de Rochas (PIR)
5. Marmoraria Escola & Design
6. Projeto de pesquisa, inovação e difusão tecnológica
7. Projeto Anel
8. Marketing Rochas
9. Projeto Fundação
10. Maratona de palestras para especificadores
11. Manual de Industrialização de Certificação de
12. Extração e Beneficiamento das Rochas
13. Manual de Aplicação e Uso de Rochas
14. Manual de Caracterização Química e Física
15. Uso de rochas em vias públicas
16. Central de Tratamento de Subprodutos do Beneficiamento de Rochas Ornamentais – Associação Ambiental Monte Líbano
Cursos oferecidos
• Polidor
• Serrador
• Blaster (operador de explosivos)
• Operador de fio diamantado
• Marcador de blocos
• Marcador de chapas
• Resinagem
• Encarregado de serraria
• Segurança e Movimentação de Cargas
• Recuperação de Áreas Degradadas
• Técnicas de Vendas em Rochas Ornamentais
Mais informações: (28) 3521-3131