segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Inovações do CETEM são apresentadas em evento internacional

Abaixo, matéria extraída do site do CETEM


Publicado em Sexta, 30 Agosto 2013 09:55 - Escrito por Thatyana Freitas

O CETEM apresentou produtos inovadores e ofereceu esclarecimentos sobre trabalhos em execução pela equipe do Núcleo Regional do Espírito Santo durante a 36ª edição da Feira Internacional do Mármore e Granito – Cachoeiro Stone Fair. O evento, realizado em Cachoeiro de Itapemirim – ES, entre os dias 20 e 23 de agosto, atraiu um público estimado em 25 mil visitantes.
REBOLO ECOABRASIVO І

No estande institucional, o CETEM mostrou o rebolo ecoabrasivo, um produto desenvolvido e patenteado pelo pesquisador Leonardo Silveira, que poderá vir a ser uma alternativa ao processo tradicional de polimento das chapas de rochas ornamentais. O processo atualmente utilizado causa danos ao meio ambiente e à saúde do trabalhador por ser produzido à base de resina epóxi, material tóxico que contém substâncias com alto poder carcinogênico.

No novo produto, o pesquisador inovou ao fazer uso de resina à base de óleo de mamona, planta muito comum e sem valor comercial em grande parte do país. Embora o preço não seja competitivo, o novo produto tem dois pontos favoráveis: o rendimento duas vezes superior ao tradicional e o fato de não provocar danos à saúde e ao meio ambiente.


APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS І

Foram apresentados ao público dois possíveis usos de resíduos de rochas ornamentais: em pavimentação asfáltica e na fabricação de polímeros. Uma maquete demonstrou a possibilidade de aproveitamento de resíduos grossos e finos da extração e beneficiamento de rochas em substituição à brita no pavimento asfáltico.

Como exemplo de que resíduos finos de pedra sabão podem ser utilizados como carga no setor polimérico, foi apresentado um protótipo de uma armação de óculos que tem em sua composição, além de polipropileno, resíduos de rochas. O produto apresenta elevada resistência à flexão, à tração e à sintempéries, além de baixa densidade, o que confere leveza ao material. Ambos os trabalhos foram desenvolvidos pelo pesquisador Roberto Carlos da Conceição Ribeiro.

ESTUDOS І

Três trabalhos também mereceram destaque: Recuperação do diamante oriundo do resíduo de teares multifio; Confecção de pérola diamantada com a utilização de resina vegetal e Determinação do coeficiente de atrito dinâmico em superfícies de rochas ornamentais brasileiras. Nesse último, a autora, Letícia Valdo, bolsista de Iniciação Científica do CETEM e aluna do Instituto Federal do Espírito Santo, foi convidada a proferir palestra sobre o assunto.

A Cachoeiro Stone Fair tem como foco a comercialização de equipamentos, produtos e serviços para atender à crescente demanda por novas tecnologias destinadas ao setor de rochas ornamentais. Empresários e profissionais de mais de 600 cidades, de todos os estados brasileiros, estiveram na feira, que reuniu 220 expositores de rochas ornamentais, máquinas, equipamentos e insumos. O público estrangeiro, de 17 países, também marcou presença, com participação expressiva da Itália, Estados Unidos, Canadá, Venezuela, Espanha, Peru, Portugal, China e Índia.

* Com informações de Vera Lúcia do Espírito Santo Souza

Declaração do CNARH agora é obrigatória para a outorga

Abaixo, matéria extraída do site do IEMA

09/09/2013 - 11:12

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) adotou o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) como documento obrigatório para a formalização da outorga, instrumento que assegura ao usuário o direito de utilizar a água. 

O registro no cadastro já era obrigatório desde junho de 2013, por meio da Instrução Normativa (IN) 006 - 28/06/13, para pessoas físicas e jurídicas do setor público ou privado, incluindo os usos considerados insignificantes. Agora, para solicitar a outorga será necessário apresentar a Declaração de Uso dos Recursos Hídricos emitida pelo CNARH. 

A medida passou a valer no dia 02 de setembro de 2013, com a publicação da IN 010. Este fato não isenta os requerentes da obrigatoriedade da apresentação dos demais documentos que já vinham sendo solicitados pelo Iema, conforme a IN 009 06/10/05. Não serão formalizados processos nos quais sejam constatadas incoerências entre os dados declarados no CNARH e aqueles informados ao Instituto. 

Uma cópia da declaração deverá ser apresentada no ato da renovação da outorga. Sendo assim, informações sobre mudanças no regime de captação ou lançamento, finalidade de uso, entre outras alterações referentes ao empreendimento, deverão estar atualizadas no Cadastro Nacional. 

Para obter mais informações sobre a IN 010 e tirar dúvidas sobre como preencher a Declaração de Uso dos Recursos Hídricos, os usuários de recursos hídricos podem acessar o site www.meioambiente.es.gov.br , no qual há o Termo de Referência 006, no link Outorga, e o texto da IN 10, no link Legislação.

Informações à Imprensa:
Comunicação Seama/Iema 
Amanda Amaral/Mariana Salume
(27) 3636-2591/9977-1012/ 9844- 4831
meioambiente.es@gmail.com
www.facebook.com/MeioAmbienteEs
Twitter: @meioambientes

Muita cautela é pouco! Editorial da edição setembro-outubro

Abaixo, matéria extraída do site da Revista Rochas de Qualidade

Depois de lançado pelo governo, no mês de junho de 2013, o Marco Regulatório da Mineração – que tem o objetivo de "promover, assegurar e desburocratizara mineração" –, deixou os empresários que atuam no segmento de mineração e toda cadeia produtiva inseguros com os investimentos já feitos e ainda a serem realizados, além de receosos de que algumas emendas solicitadas pelosetor não sejam aceitas.

Com foco especial nas emendas citadas – conforme matérias sobre o assunto publicadas nesta edição –, entre outras de menor relevância. Ao Marco Regulatório da Mineração foram apresentadas 372 emendas de diversos setores de mineração, sendo que o setor de rochas de revestimento para construção civil, cautelosamentee criteriosamente apresentou apenas 12 emendas consideradas vitais ao segmento.

Se a mineração for inviabilizada pelo novo marco, por falta de uma avaliação pormenorizada das esferas competentes, atentando para o fato de que se trata de uma mineração que tem suas particularidades, fato este, que não pode ser ignorado, uma vez que a mineração de rochas ornamentais ocorre em áreas periféricas e improdutivas, como ocorre em todo mundo, não serão apenas aproximadamente as 800 empresas mineradoras e seus 30.000 empregos diretos que vão ser dizimados, mas sim seus fornecedores e clientes, além de aproximadamente 1.200 indústrias de beneficiamento e as 15.000 marmorarias brasileiras, que somam mais de 300.000 empregos diretos.

Em virtude da retração econômica de alguns segmentos no Estado do Espírito Santo, o setor de rochas ornamentais chega a representar quase 10% do PIB capixaba, com exportações anuais de mais de 1 bilhão de dólares, com estimativa de recorde nas exportações em 2013. Isso porque o mercado de rochas tem sua produção em metros quadrados ancorada em aproximadamente 30% para as exportações e 70% para o mercado interno.

Em que pesem todas as adversidades, o dado animador é que o setor começa a ser visto com a devida importância, apresentando interlocução com órgãos governamentais e boa representatividade junto às autoridades de todas as esferas de governo. Como exemplos, apontam o senador Ricardo Ferraço e seu suplente José Antônio Guidoni, Deputado Federal Gabriel Guimarães, Deputado Federal Leonardo Quintão, o Deputado Federal CamiloCola, Deputado Federal Paulo Foletto, Deputada Estadual Rose de Freitas, Deputado Estadual Theodorico Ferraço, Governador do ES Renato Casagrande, Diretor Presidentedo IEMA Tarciso José Töger, José Fernando Coura do IBRAM, Diretor Geral do DNPM Sergio Augusto Damaso de Souza, Superintendente do DNPM- ES, Renato Mota, Prefeito de Cachoeiro de Itapemirim Carlos Casteglione, entre outros. Paralelamente, os importantes trabalhos desenvolvidosem prol do setor pelos órgãos: IEL, FINDES, SENAI, CETEM,SEBRAE, CETEMAG, AMOOL e outras entidades.

Vemos surgir novos polos de beneficiamento e ampliação das plantas industriais já existentes, no Norte do Estado do Espírito Santo, Noroeste de Minas Gerais (Valedo Jequitinhonha), Centro da Bahia, onde se beneficia o mármore bege Bahia, e no Estado do Ceará, onde são extraídos as rochas super exóticas de maior procura no momento e também materiais exóticos e clássicos que completam o potencial do polo.

Em relação à Cachoeiro Stone Fair 2013, observou-se um momento excepcional para o segmento de máquinas e equipamentos nacionais, tendência que vem sendo observada e mantida nas últimas edições da feira, com vários lançamentos e apresentação de novas tecnologias, com destaque para os teares multifios e fornos, que garantem às indústrias do setor ganhos na qualidade do produto final, melhor custo-benefício e velocidade dos equipamentos, como é o caso das politrizes, que estão cada vez mais rápidas. E ainda em que pense o investimento significativo, além de maior competitividade tanto no mercado nacional como no internacional, esses investimentos tem sido necessários para garantir ao empresário maior lucratividade. Outro segmento que está em franco crescimento é o de ferramentas, insumos e acessórios, o que também pode ser constatado por ocasião da Feira Internacional do Mármore e do Granito de Cachoeiro de Itapemirim, quer ecebeu um número considerável de marmoristas das mais diversas regiões brasileiras em busca de novidades para as marmorarias.

Merece destaque também a solução apresentada pela AAMOL, que é a fabricação da argamassa desenvolvida como rejeito das serrarias, que trará ganhos não só em relação à questão ambiental, mas que será uma alavanca econômica e um grande passo para uma produção mais limpa.

Apesar do bom momento econômico, da retomada do mercado americano, de um expressivo aumento do dólar e dos investimentos em plantas industriais, é sempre bom lembrar que, sem matéria prima o setor de rochas ornamentais não sobrevive. Por isso, a importância de acompanharmos os rumos deste novo marco regulatório que certamente trará implicações diretas ao setor de rochas ornamentais.