terça-feira, 7 de outubro de 2008

Logística portuária do ES não atende à demanda do estado

Extraído do site PortoGente

Texto atualizado em 07 de Outubro de 2008 - 04h26
reportagem Andréa Margon


Hoje, o Brasil tem mais condições de enfrentar uma crise econômica mundial, já que 25% dos investimentos no País vêm de outros países. Essa é a avaliação do vice-presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex), Marcílio Machado.
Os maiores importadores dos produtos brasileiros são Argentina, União Européia e Ásia. O Brasil se beneficiou com o aumento dos preços das commodities (café, celulose e outros). Ja as importações devem diminuir devido ao número de negócios que deixarão de ser feitos, ficando, assim, para o consumo interno. Os setores mais afetados pela crise norte-americana são os de mármore, granito, fruticultura e minério.
Para Machado, “nenhum país no mundo será um grande exportador apenas com matéria-prima. É preciso se especializar em tecnologia, pois, aí sim, o Brasil pode ser um grande concorrente”. O vice-presidente do Sindiex aproveita para ressaltar que a crise deve ser aproveitada da melhor maneira possível, reforçando o mercado interno e reduzindo gastos públicos. Desta forma, o Brasil pode se tornar um grande potencial emergente do século XXI. As empresas internas, de acordo com o executivo, precisam ser mais competitivas e melhorar seus produtos para reforçar o mercado interno.
O Espírito Santo cresceu bastante nos últimos anos, tanto em exportações (13% ao ano) como importações (20% ao ano), principalmente nos setores de óleo e gás, siderurgia e, recentemente, o naval (estaleiros). O estado possui uma cultura de negócios bastante produtiva, economia aberta e excelente localização geográfica.
Logística
Machado diz que a logística portuária atende muito pouco à demanda do estado. “Os gargalos ainda são muitos grandes. A obra do aeroporto, por exemplo, precisa ir para frente para ter mais sucesso”. Segundo o vice-presidente, o Espírito Santo precisa melhorar muito suas vias de meio de transporte. Para ele, as linhas aéreas não atendem e o acesso rodoviário é precário, com urgente necessidade de duplicação de rodovias. Ele acrescenta que é preciso abrir o acesso portuário para navios maiores e que existe a necessidade de um porto de contêiner.
Vice-presidente do Sindiex aponta que o acesso a portos como o de Vitória não contemplam necessidade de importadores e exportadores
Muitos setores exportam por outros estados devido à precariedade do sistema de transporte capixaba. Produtos perecíveis como pescado e frutas, que são transportados por via aérea, precisam ir para outros locais porque não existem vôos internacionais nos aeroportos do Espírito Santo.

Capixabas aproveitam feira internacional para visitar empresas italianas

Extraído do site da Revista Inforochas

Os empresários capixabas que estiveram na 43ª edição da Mostra Internacional de Mármore, Pedras, Design e Tecnologia (Marmomacc), realizada de 2 a 5 de outubro, em Verona, na Itália, não se limitaram à exposição de seus produtos e procura por novos parceiros comerciais. A comitiva capixaba, formada por 18 empresas, aproveitou a maior feira do setor de mármore e granito do mundo para conhecer de perto novas tecnologias.
Durante os quatro dias de feira, os empresários visitaram empresas italianas de mármore e granito, com o principal objetivo de ver em funcionamento máquinas modernas de perfuração, corte e acabamento, como polidoras e teares multifios.
“É uma oportunidade trocar experiências e ver as máquinas funcionando, para conhecer os detalhes. Não sei quantas visitas ao todo foram feitas, mas quase todos os empresários já vieram para cá (Verona) com uma ou duas visitas para fazer, no mínimo”, contou o presidente do Sindirochas, Áureo Mameri.
“Aqui na feira temos oportunidade de ver muitas novidades em equipamentos que já estão sendo utilizados em algumas empresas italianas, porque as máquinas são daqui. O custo é muito alto e fazer a visita para vê-las em funcionamento é bom para saber se vale a pena o investimento”, contou Antônio Vilela, gerente de exportações da Cajugram.
Mais de 63 mil pessoas visitaram a Marmomacc 2008. Nos primeiros três dias de feira, quando a visita era restrita às empresas e compradores especializados, 50% dos visitantes eram de fora da Itália – contando com o último dia, que foi aberto ao público, o percentual cai para 44%. Ao todo, participam 1.536 expositores, num total de 77 mil metros quadrados.
“Foi uma edição que, apesar da situação econômica mundial, foi realmente além das nossas expectativas. Isso confirma que a feira é evento imperdível para o setor de pedras ornamentais”, afirmou o presidente da Veronafiere, instituição que organiza o evento, Luigi Castelletti.