sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Começa na próxima semana Feira do Mármore em Cachoeiro

Extraído do site Folha Vitória

A Feira Internacional do Mármore e Granito – a Cachoeiro Stone Fair – completa 20 anos em 2009 e, nesse período, expandiu sua importância para o mercado mundial, transformando-se em um poderoso cenário de bons negócios. Com expositores de vários estados do Brasil e de outros países, a 20ª edição da Feira, que acontece de 25 a 28 de agosto em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, promete aquecer o segmento de rochas ornamentais. A região sul do Estado concentra 70% das reservas brasileiras de mármore.
Neste ano em que o evento comemora duas décadas, os expositores prometem trazer novidades em equipamentos, máquinas, produtos e serviços. Além disso, uma atração especial – um tear da década de 60 – promete chamar a atenção dos visitantes. A peça ficará em exposição durante a Feira, dando a dimensão da evolução do setor de rochas ornamentais, hoje dotado de grande tecnologia.
O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione, destaca a importância do evento para o município. “A Feira proporciona avanços a um dos mais importantes setores da nossa economia. Além disso, movimenta a cidade, traz investimentos e gera recursos. Na Cachoeiro Stone Fair nossas empresas fazem negócios e estreitam contatos com pessoas de outros estados e até de outros países”, afirma Casteglione.
O Espírito Santo se tornou referência mundial em mármore e granito e líder absoluto na produção nacional de rochas, concentrando mais de 90% dos investimentos do parque industrial brasileiro do setor de rochas ornamentais. O Estado capixaba também abriga o segundo maior polo industrial do mundo no setor e o maior das Américas, sendo o maior produtor, processador e exportador do Brasil.
Os expositores e visitantes da Cachoeiro Stone Fair podem sair do evento com um peso a mais na bagagem. Pelo segundo ano, os organizadores da Feira realizam a promoção “A força da pedra – um caminhão de chapas”, que vai sortear 41 chapas de granito, com valor estimado em R$ 15,4 mil. O sorteio acontece no último dia do evento (28) e o prêmio será entregue no domicílio do ganhador. No ano passado, a empresa vencedora foi a Stylo Pedras, de Brasília (DF). Serão sorteadas 30 chapas do granito Branco Veneza e 11 do granito Pompelli.
Serviço:
Feira Internacional do Mármore e Granito (Cachoeiro Stone Fair)
Local: Parque de Exposição Carlos Caiado Barbosa
Data: 25 a 28 de agosto de 2009

Evento de rochas vai movimentar mais de R$ 5,2 milhões no Espírito Santo

Extraído do Portal Fator Brasil

A Cachoeiro Stone Fair completa 20 anos e confirma sua força no setor de rochas atraindo cada vez mais turistas interessados nas pedras capixabas. Este ano, segundo dados do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, a vinda de turistas nacionais e internacionais para participar da Feira Internacional do Mármore e Granito deve movimentar na economia local mais de R$ 5,2 milhões. Hoje, o Espírito Santo responde por 50% de toda a produção nacional e por 65% das exportações brasileiras de rochas. A Cachoeiro Stone Fair 2009 acontece entre os dias 25 e 28 de agosto, no Parque de Exposições de Cachoeiro de Itapemirim.

Momento de fazer bons negócios

Extraído do site da Milanez & Milaneze

A 28ª Cachoeiro Stone Fair, que acontece entre os dias 25 e 28 de agosto, mostra que, cada vez mais, é o ambiente propício para quem busca novas tecnologias e oportunidades para ampliar os negócios
Internacionalmente conhecida como a cidade do mármore, não é por acaso que Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, é o ambiente mais propício para realização de uma feira para o setor de rochas ornamentais. Assim, entre os dias 25 a 28 de agosto, o Parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa volta a sediar o mais importante evento do ramo: a 28ª edição da Feira Internacional do Mármore e Granito.
A feira – maior concentração de máquinas e empresas processadoras de rochas ornamentais da América Latina – é um ambiente favorável para realização de novos negócios e parcerias, além de uma ótima oportunidade para maior visibilidade das empresas do ramo.
É ainda uma chance para conhecer as sedes das indústrias e as jazidas de pedras, conferindo de perto as potencialidades do setor. Por isso, a Cachoeiro Stone Fair atrai expositores e visitantes de várias partes do Brasil e do exterior.
O evento é voltado para empresas dedicadas à extração, beneficiamento e comercialização de rochas ornamentais, mas agrega também outros setores que possuem vinculação ao ramo de rochas ornamentais, como fornecedores de abrasivos, de insumos, de máquinas, equipamentos e ferramentas. Também participam empresas integrantes da cadeia produtiva da construção civil, como arquitetos e decoradores, engenheiros e outros profissionais de nível técnico e superior. Há ainda interesse de empresas com atuação voltada ao comércio exterior e logística.
DESTAQUE
Maior cidade da região Sul do Espírito Santo, Cachoeiro de Itapemirim é conhecida nacionalmente pelo seu parque industrial de beneficiamento de rochas ornamentais, o maior do Estado, e pioneiro no país. A expressividade do setor pode ser comprovada nos números: dos 25 milhões de metros quadrados de rochas ornamentais que o Espírito Santo processa por ano, 70% é beneficiado em empresas cachoeirenses.
No município, estão as maiores jazidas de mármore do Brasil, o que explica o surgimento de grandes, médias e pequenas empresas processadoras de rochas, que integram várias cadeias produtivas, com destaque para a indústria de insumos, máquinas e equipamentos. Além disso, o município agrega atividades de pesquisa, desenvolvimento, qualificação profissional, logística e tecnologia da informação.
Com cerca de mil empresas atuando no setor, o segmento de rochas ornamentais de Cachoeiro de Itapemirim gera cerca de 10 mil postos de trabalho em todo o município, sendo o maior polo de beneficiamento de rochas das américas. A cidade compõe ainda o Arranjo Produtivo Local de Rochas Ornamentais (APL) unido a outros 14 municípios da região Sul do Espírito Santo.
Além de Cachoeiro de Itapemirim, o Espírito Santo tem lavras de diversos tipos de rochas, empresas para beneficiamento primário (serragem) e secundário (polimento e produtos acabados) em outras regiões do Estado, com destaque para o Norte, com a extração de granito, e região metropolitana da Grande Vitória.
Fonte: Inforochas

Recordar é viver

Extraído do site da Revista Inforochas

Casimiro Costa - A eleição do Emic Costa para presidir o Sindirochas fez a minha quase velha mente voltar a fatos que aconteceram, lá por volta de 1968, nos morros calcáreos de Alto Gironda, Alto Molêdo, Santana, Santo Antônio, Prosperidade, Pedra Branca, Jaciguá, dentre outros. Tempo em que trabalhava – aprendia, crescia e me envolvia– no DNPM. Põe tempo, põe história e põe saudade nisso...
Lembro-me do Ernesto, do Dalmácio, do Costinha, do Ugo e do Morvam Costa, todos labutando naquela frente de lavra de mármore que ficava perto da casa da avó, Dona Antônia, e do velho avô, Casimiro Costa, que também trabalhava na lavra e que, além de boa prosa, tinha o maior prazer em receber a fiscalização do Departamento. Recordo-me daquela mesa de seis lados feita de mármore branco, onde a família almoçava e tomava café com broa. Os netos, as filhas Marilia, Vera, Ercilia e outras, cujos nomes, desculpe, não me lembro (estou falhando!), e eu que estava sempre com fome de tanto sacudir dentro da Dengosa.
Para quem não sabe, o velho Casimiro Costa, avô do Emic, foi um dos pioneiros da extração de mármore em Cachoeiro de Itapemirim, atividade que já beira a quarta geração da família e que, há vários anos, se dedica também ao beneficiamento de mármore, no qual o Emic se tornou um expert. E dizer que conheci esse menino usando fraldas!
Boa sorte, Emic! o velho Casimiro, onde quer que esteja, está envaidecido e feliz com você.
Nicanor Flório Ramos - Nicanor Flório Ramos também foi um dos pioneiros da extração de mármore e calcário. Conheci Nicanor em 1968, quando ele tinha uma pequena lavra de mármore em Alto Moledo, numa pequena propriedade com algumas vaquinhas, que ele ordenhava num pequeno curral na beira da estrada.
Seu maior desejo era a regularizar sua lavra, fonte de sustento de sua numerosa família, perante o DNPM. Mas não conseguia seu intento porque seus terrenos já haviam sido requeridos para pesquisa por terceiros, coincidentemente na época em que a CVRD cobrira todas as jazidas de mármore e calcário do município com requerimentos de pesquisa. O Nicanor era respeitado por muitas razões, quem o conheceu bem sabe. Era trabalhador e tinha fama de bravo porque defendia seu patrimônio e não deixava ninguém entrar no que era seu.
Rezava a lenda que ele, entre outros, fez muitos geólogos, engenheiros de minas e topógrafos descerem o morro do Moledo rolando no meio do capim colonião. Aquilo me deixou avisado.
Num dia cheio de neblina, bem cedinho, vou eu subindo para Alto Moledo na velha rural do DNPM, quando me deparo com o Nicanor no meio da estrada. Segurava um balde de leite e fez sinal para eu parar. “Tô lascado!”, pensei. Ele perguntou, de cara, porque eu não parava para falar com ele, já que conversava com todo mundo. Respondi que várias pessoas me contaram que ele não gostava de gente intrometida que só queria tomar o que era dos outros. Eu, obviamente, seria considerado um deles. Surpreendentemente, disse-me que poderia entrar nos terrenos dele na hora em que quisesse, porque o pessoal da região confiava mim.
Entrei, tomei café com leite e pão em sua casa. Ali, na mesa, reconheci um homem correto, que simplesmente queria trabalhar honestamente e garantir o futuro da família.
Desse dia em diante, nos tornamos amigos e, sempre que necessário, ele ia ao DNPM no Rio de Janeiro onde eu atendia (para isso é que servem os servidores públicos, nunca é demais lembrar). Algum tempo depois, foi possível regularizar sua lavra o que o deixou feliz.
Recentemente, recebi a notícia do falecimento do Nicanor, no dia 22 de junho de 2009, aos 82 anos de idade, deixando aqui uma grande fatia da história dos mármores do Espírito Santo. Foi uma grande perda para sua família e para o setor de rochas ornamentais, pois Nicanor simbolizava força de vontade e empenho na luta que até hoje os mineradores travam para regularizar suas lavras junto ao governo federal.
Embora simples e sintetizadas, aqui estão duas histórias verdadeiras, que, espero, possam mostrar que é possível e necessário haver uma convivência harmoniosa entre os fiscalizadores e o empresariado, sem qualquer tipo de hipocrisia ou corrupção.
Não é preciso usar de truculência – coisa que o DNPM nunca fez e não faz – para fiscalizar uma obra ou uma empresa, especialmente quando se trata de extração mineral cujos empreendedores, de todo o País, passam dezenas (eu disse dezenas) de anos se expondo e mostrando tudo que têm e o que fazem, para conseguirem autorização para trabalhar.
Autorizações para trabalhar, via de regra, são difíceis. Em contrapartida, são constantes as vultuosas multas, os autos de paralisação, os autos de interdição e os autos de apreensão.
A propósito, cadê a bancada estadual e federal? Cadê os que governam o Espírito Santo que nunca se manifestam quando o assunto é mineração?

Rubens Puppin - Geólogo do Sindirochas