quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Novas tecnologias e processos para melhorar a saúde no trabalho

Extraído do site da Revista Inforochas

Novas tecnologias e ferramentas legais para melhorar a saúde e a segurança no trabalho dentro das empresas. Foi o que empresários, profissionais e estudantes puderam conferir nas palestras do “IV Seminário Segurança no Trabalho e o Setor de Rochas Ornamentais”.
O evento, que já virou tradição entre as empresas locais, aconteceu na última terça-feira (dia 28), no auditório do Centro Universitário São Camilo, em Cachoeiro de Itapemirim.
A primeira palestra foi ministrada pela coordenadora de Higiene do Trabalho da Fundacentro, Ana Maria Tibiriçá Bon, que mostrou as vantagens do uso dos equipamentos de corte e acabamento a úmido nas marmorarias.
Ela mostrou que a nova norma do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – que deverá ser adotada por todas as empresas até setembro de 2009 – contribui para considerável redução das partículas de sílica no ambiente de trabalho, diminuindo a incidência de silicose.
“Com a umidificação dos processos, a poeira diminui em 95% no ar da marmoraria, além da redução de 93% na quantidade de partículas respiráveis, que oferecem risco de silicose”, explicou a especialista.
Ana Maria acrescentou que é preciso também investir em medidas complementares, como o uso de equipamentos de segurança adequados, proteção respiratória e limpeza do ambiente.
Na seqüência, o representante do Ministério da Previdência Wanderley Codo apresentou a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e o Nexo Técnico Epidemiológico, nova metodologia para a classificação das doenças ou acidentes de trabalho.
Com base na nova classificação, ele apontou os principais problemas de saúde que podem ser relacionados ao trabalho no setor, com destaque para os traumatismos.
Além disso, tirou dúvidas sobre o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que entraria em vigor em 1º de janeiro de 2009, mas foi adiado pelo ministro da Previdência para 1º de janeiro de 2010, para reformulação em sua metodologia.
Através do FAP, o governo pretende reduzir o seguro de acidente de trabalho pago pelas empresas que conseguirem reduzir a incidência de acidentes de trabalho. Da mesma forma, será aumentada a alíquota das empresas que registrarem mais acidentes.