quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Rocha degradada vira aterro industrial

Extraído do site da Revista Inforochas

Uma experiência inovadora promete resolver um dos principais problemas ambientais do setor de rochas ornamentais no norte do Espírito Santo. Trata-se de um aterro industrial implantado em uma rocha degradada pela exploração de britas, criando assim uma Jazida Artificial de Resíduos Industriais (JARI), cujo material pode ser utilizado futuramente em outras atividades, como a construção civil.
Localizado em Nova Venécia, o aterro, com cerca de 6 mil metros quadrados, terá capacidade para receber 40 mil metros cúbicos de resíduos, atendendo empresas de toda a região. A vida útil do aterro é de seis anos. Ao final deste período, a expectativa é que todo o relevo da pedreira esteja recuperado.

Dunkerque: novas rotas para rochas capixabas

Extraído do site da Revista Inforochas

Escolhido como o ano da França no Brasil, 2009 está rendendo mais do que o rico intercâmbio cultural que vem acontecendo entre os dois países. Por meio de uma cooperação bem sucedida no campo do urbanismo, que vem acontecendo entre a Prefeitura de Vitória, por meio de sua Companhia de Desenvolvimento, e Dunkerque, desde 2005, este ano consolida uma parceria para a criação de novas rotas comerciais entre o Espírito Santo e o Norte Europeu.
De acordo com a representante da Comunidade Urbana de Dunkerque em Vitória, Pauline Dubois, as duas cidades vêm atuando em conjunto no campo do desenvolvimento econômico e portuário.
“Um levantamento das oportunidades e possibilidades de parceria comercial foi realizado e apontou o setor de rochas ornamentais como uma prioridade. A proposta é montar em Dunkerque um centro de distribuição de rochas capixabas. O objetivo, a longo prazo, é criar uma rota marítima direta para fazer dos portos de Dunkerque e Vitória os pontos de entrada e saída das importações e exportações com destinação à França/Europa e ao Brasil”, explicou Pauline.
Ela ressaltou que o projeto permite também promover o mercado de ambos os territórios, atraindo investimentos e facilitando a exportação das pequenas e médias empresas.
O Centrorochas, parceiro institucional do processo, vem realizando encontros com empresários para levantar quais as principais necessidades dos capixabas, neste sentido.
Nos próximos dias 28 e 29 de outubro, será realizado o "Encontro de Desenvolvimento Econômico e Portuário Dunkerque Vitória", onde uma proposta concreta com facilidades e atrativos financeiros será apresentada pelo Porto de Dunkerque a seus parceiros e clientes.
“Dunkerque gostaria de se tornar uma extensão do Porto de Vitória. Será mais fácil para os exportadores organizarem-se e controlarem sua logística europeia a partir de um porto europeu. Além disso, existe a possibilidade de se criar uma estrutura comercial para a promoção dos produtos capixabas. O porto e a Comunidade Urbana de Dunkerque poderão ajudar na realização desse objetivo, nas melhores condições possíveis”, acrescentou Pauline Dubois.
Ela ressaltou que a problemática do transporte e da logística entre o Brasil e a Europa, via Dunkerque, não é um fenômeno desconhecido no porto.
“Este é o primeiro porto francês dos intercâmbios com o Brasil com mais de 7,5 mil toneladas de minério de ferro, frutas, carnes e açúcar. O grupo brasileiro Vale está instalado lá há muito tempo e será, com certeza, um suporte de peso para a implantação de novas entidades brasileiras. Um grupo brasileiro importante de bicombustíveis estuda, desde 2007, uma implantação pesada em nosso território”, observou.
A importância das ações em desenvolvimento visa estabelecer estratégias conjuntas entre as cidades de Vitória e Dunkerque, para criarem condições comerciais mais competitivas do que as existentes.
“A importância dessa parceria para o setor é oportunizar as exportações na Europa graças a custos reduzidos, criando oportunidades de negócio num momento chave da economia mundial. Com isso, será possível ampliar as exportações com destino à Europa e conhecer alternativas logísticas com custos menores, a partir de Dunkerque”, disse Pauline.
O Porto:
• Estrategicamente localizado perto da cidade de Lille, no centro do triângulo Paris-Londres-Bruxelas, um mercado de mais de uma centena de milhões de consumidores, o Porto de Dunkerque oferece uma localização geográfica ideal para o desenvolvimento logístico.
• Além de ser uma oportunidade de acesso ao mercado francês, Dunkerque é um porto que propicia oportunidades nas Ilhas Britânicas (Norfolkline: 12 idas por dia, proximidade do Túnel), no Benelux ( 25 km da fronteira belga), a Escandinávia (Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia), os Países Bálticos e a Rússia.
• A partir de setembro de 2008, linhas short-sea tocaram a Península Ibérica e trens atingiram a Itália, via Lille.
• Dunkerque é um dos raros portos europeus que conta com 3 mil hectares livres para desenvolvimento de projetos industriais, portuários e logísticos. Portanto, pode ceder terrenos próximos.
• Também conta com mão de obra (operários e manutenção) privada, o que facilita a flexibilidade e reduz os custos.
• Dunkerque se beneficia de um desequilíbrio dos fluxos rodoviários entre o continente e as ilhas britânicas, porque mais de 80% dos caminhões que voltam do Reino Unido estão vazios e passam, obrigatoriamente, por seu território. Eles, geralmente, vão até o leste europeu e o sul, e são extremamente competitivos para distribuir produtos até essas destinações, evitando voltas vazias.