Atualizado
em 27/02/2013 - 20h25 - Leonardo Soares
Na
parede, expostos e bem iluminados, eles são apreciados em silêncio e de forma
concentrada, como obras de arte em uma exposição. E o que não falta é público
para ver, fotografar e negociar as peças de mármore e granito que fazem parte
da Vitória Stone Fair 2013. Lisas, com ranhuras, foscas ou brilhosas, as rochas
chamam atenção de empresários do ramo, visitantes e até de religiosos, em busca
do melhor material para a decoração e o revestimento de igrejas.
Foto: Leonardo Soares
Rocha de nome Roma Imperiale,
da Marmoraria Bruno Zanet. Vitória Stone Fair
Uma
das novidades deste ano é a rocha translúcida, o Fjord, que pode custar até US$
350 por cada metro quadrado. O cristal pode ser utilizado em ambientes
residenciais e comerciais e tem a vantagem de se “transformar”, já que ele pode
mudar de cor de acordo com as tonalidades de iluminação utilizadas por trás da
pedra. Já a rocha Amazonita, da Paraíba, é semi-preciosa, e utilizada até na
fabricação de joias. Para levar para casa apenas 1m² do mineral, é preciso
desembolsar R$ 995.
Veja
no final da reportagem uma galeria com fotos de rochas em exposição
Mas
os granitos tradicionais, vindos de todas as partes do Brasil, também estão em
alta e são encontrados nos mais variados desenhos e cores. O Kilimanjaro, por
exemplo, vem da Bahia e custa cerda de US$ 90 por metro quadrado. Outros
minerais mais simples. Tanto em cor quanto em valores, também estão expostos à
espera dos visitantes.
Utilização
“Mármores
e Granitos podem dar um toque de modernidade ou de nostalgia, dependendo da
forma com que são utilizados em casa”. O arquiteto José Daher dá dicas de como
utilizar da forma correta as rochas, tanto como revestimento quanto como decoração
de ambientes. “A rocha é um material muito bacana para trabalhar em casa.
Primeiro por ser um material natural. E os materiais naturais estão cada vez
mais escassos”.
Ao
escolher um tipo de mármore ou granito para levar para casa, por exemplo, é
preciso ter certeza de que não vai mudar de ideia. “É preciso usar a rocha com
uma visão de perenidade, e não de modismo. A aplicação deste material necessita
de técnicas. Não é uma aplicação corriqueira, e nem barata. Não podemos tratar
como um carpete ou um piso, que pode ser retirado com facilidade”, alerta.
Duelo:
rocha x móveis
Também
é preciso ter atenção na definição da proposta do ambiente que vai receber a
aplicação de granito. “Se você quer uma rocha exótica para colocar no chão de
casa, tenha em mente que ela é o destaque daquele ambiente. Então não use
tapetes, e escolha móveis sem estampas. Além disso, é fundamental que o corte
da pedra respeite os desenhos dela, para que a aplicação seja feita de forma
sequencial”.
Já
para as rochas tradicionais, as cores, estampas e formas estão liberadas,
orienta José Daher. “O mármore branco dá um acabamento muito bacana e é
bastante utilizado. Daí em diante, a partir do seu estilo, você pode deixar o
local contemporâneo ou classudo. E pode abusar de cores e tapetes”.
O
polimento é outro aspecto importante que deve ser levado em conta, lembra o
arquiteto. Dependendo do tipo de ambiente em que a rocha será aplicada, o
reflexo no chão pode gerar constrangimentos. Basta ter bom senso. “As máquinas
de polimento estão cada vez melhores. Então as rochas tendem a ser cada vez
mais brilhosas. Mas tudo isso é questão de escolha. O principal na hora de
comprar rochas para casa é reconhecer o produto de três formas: algo natural,
com vida longa e sem modismos”, conclui.