quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Rochas de volta ao topo mundial

Extraído do site da Revista Inforochas

Registrando um crescimento de mais de 30% nas exportações, o setor de rochas ornamentais contabilizou em todo o país, no último ano, um movimento de quase US$ 1 bilhão (R$ 1,68 bilhão), colocando o Espírito Santo novamente no topo dos negócios internacionais.
Segundo dados do Centro Brasileiro de Exportadores de Rochas (Centrorochas), de janeiro a dezembro de 2010 as exportações no Espírito Santo somaram US$ 683,5 milhões (R$ 1,1 bilhão), um cresimento de 39,4% se comparado com 2009, enquanto no Brasil as exportações chegaram a US$ 959,5 milhões (R$ 1,6 bilão), resultando em um crescimento de mais de 30% em relação a 2009.
Com uma participação de 90% do mercado esportador e diante do cenário de crescimento, as empresas capixabas voltaram a investir em seus parques industriais e na participação de feiras nacionais e internacionais.
As máquinas mais procuradas são os teares de fio diamantado, consideradas as vedetes nos últimos anos, e as politrizes automáticas com 19 ou 20 cabeças.
Os empresários explicam que materiais que antes levavam 15 dias para serem serrados no tear convencional, como um bloco de 7 metros cúbicios do verde bambu (granito), por exemplo, agora saem da máquina em apenas 32 horas se submetidos a um tear de 20 fios.
Já entre as politrizes, uma empresa italiana pretende lançar uma automática 21 cabeças, novidade no mercado.
O produto será apresentado durante a Vitória Stone Fair 2011, maior feira da América Latina e uma das principais do mundo, que será realizada entre os dias 15 e 1/8 de fevereiro, no Parque de Exposição de Carapina, na Serra.
A diretora da Milanez Milaneze, Cecília Milanez, conta que os espaços foram 100% comercializados até novembro de 2010, totalizando 400 expositores, sendo 95 internacionais.
“Isso demostra a importancia do evento na realização de novos negócios entre as empresas do segmento nacional e internacional. A feira é um instrumento indutor do desenvolvimento econômico nacional e capixaba, beneficiando todos os elos da cadeia produtiva”, destacou.
“Brasil vai emergir como líder do Bric”
O economista Lawrence Sumers, que até o mês passado comandou a resposta do governo Barack Obama à pior crise dos Estados Unidos desde a Grande Depressão, nos anos 30, engrossou o coro dos entusiastas em relação ao futuro do Brasil, ao prever, em entrevista, que o “Brasil vai realmente emergir como líder do Bric” (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China) nos próximos anos.
Ele disse também que a transferência do poder econômico dos países para os emergentes vai ser “a grande história econômica” deste período.
Mas alertou que essa mudança terá que ser administrada com cuidado, se a idéia for beneficiar a todos – ricos e emergentes.
Summers deixou o cargo de diretor do Conselho Econômico da Casa Branca em dezembro e diz que, pela primeira vez em anos, está otimista em relação ao seu país.
Ele voltou para a Universidade de Harvard, onde é professor.
Sobre a mudança no equilíbrio de poder mundial, ele diz que “há uma mudança significativa, uma mudança fundamental na economia global, com poder econômico e massa (econômica) se transferindo dos países industrializados tradicionais para os mercados emergentes”.
E acrescentou: “Esta vai ser a grande história econômica deste período na História Global. Mas vai exigir uma administração muito cuidadosa (da transição), para beneficiar todos os envolvidos (ricos e emergentes). Estou otimista de que, com boa vontade e cooperação, isso poder ser alcançado”.
Exportações capixabas:
Estado exportou R$ 1,1 bilhão em 2010
Movimentação 2005:
• No Brasil: US$ 789.969.949 (R$ 1,3 bilhão)
• No Estado: US$: 490.193.637 (R$ 825 milhões) – representando 62,05 % do mercado nacional.
Movimentação 2006:
• No Brasil: US$ 1.045.556 (R$ 1,6 bilhão).
• No Estado: US$ 679.904.302 (R$ 1,1 bilhão) – representando 65,05% do mercado nacional.
Movimentação 2007:
• No Brasil: US$ 1.093.545.770 (R$ 1,6 bilhão)
• No Estado: US$ 726.070.341 (R$ 1,2 bilhão) – representando 66,4% do mercado nacional.
Movimentação 2008:
• No Brasil: US$: 946.663.402 (R$ 1,5 bilhão)
• No Estado: US$ 629.912.801 (R$ 1 bilhão) – representando 66,54% do marcado nacional.
Movimentação 2009:
• No Brasil: US$ 603.192.002 (R$ 1 bilhão)
• No Estado: US$ 486.888.875 (R$ 818 milhões) – Representando 80,72% do mercado nacional.
Movimentação 2010:
• No Brasil: US$ 959.192.967 (R$ 1,6 bilhão)
• No Estado: US$ 683.593.967 (R$ 1,1 bilhão) – representando 71,27% do mercado nacional.
Fonte: A Tribuna, 31/01/2011