terça-feira, 7 de julho de 2009

Tecnologia na busca de economia e resultados

Extraído do site da Revista Inforochas

Em tempos de crise, a solução é buscar formas de dar a volta por cima com soluções rápidas e que garantam economia. E uma estratégia dos empresários para alcançar esses objetivos tem sido a busca por novas tecnologias. No setor de rochas, o fenômeno tem ocorrido com os teares diamantados, equipamentos que aliam redução de tempo e custo com aumento da produtividade.
Especialista em tecnologia a fio diamantado, a Co.Fi.Plast está sentindo na pele a mudança de comportamento do empresariado. Para atender a procura, a empresa tem até lista de espera para entrega dos equipamentos.
“Desde 2007 percebemos um interesse maior dos empresários nos teares diamantados. No final do ano passado, para nossa surpresa, mesmo com a crise financeira internacional, esse interesse cresceu ainda mais. Isso porque eles estão vendo a crise como uma oportunidade e querem sair dela renovados, com tecnologia para competir no mercado”, explica Jailton Pires, gerente administrativo-financeiro da Co.Fi.Plast.
Quem estava na lista das encomendas e acaba de receber o tear é a Decolores. A empresa adquiriu um Tear Arianna, de 70 fios, com capacidade de beneficiamento 25 mil m² por mês. Nos próximos meses, as empresas Santo Antônio, Cajugram e Pemagran, que adquiriram teares do modelo Falcon, também irão receber suas máquinas que têm produção de até 12 mil m² mensais. VANTAGENS
Mais que a economia de tempo, o tear a fio diamantado possui um importante diferencial em relação ao sistema de corte tradicional: o custo para a instalação da base é bem inferior ao dos teares convencionais, uma vez que necessita de menos obras de fundação. Nesses casos, o valor do investimento chega a ser quatro vezes menor.
A mesma matemática vale para o tempo gasto com a instalação do maquinário. Em média, apenas sete dias são necessários para se colocar o tear a fio Diamantado em condições de funcionamento.
Outra característica peculiar do tear diamantado é a sua versatilidade. Na maioria dos casos, o corte dispensa a necessidade de levigamento das chapas, proporcionando uma economia de até 30% no material polido.
Além disso, o trabalho é totalmente automatizado, sendo que o sistema computadorizado acompanha todo o processo de corte. E por não utilizar qualquer outro produto (granalha, lama, cal etc), além do fio diamantado e água, o uso do tear é simples, prático e ecológico.

“O setor de mármore precisa de novos estímulos”

Extraído do site da Revista Inforochas


Uma entidade italiana formada só por mulheres do mundo do mármore e granito. Essa é a associação “Le Donne del Marmo” (“As Mulheres do Mármore”), que tem como objetivo promover a qualidade das pedras italianas de um jeito bem feminino.
Atualmente, a associação possui cerca de 60 sócias que trabalham no setor há pelo menos três anos. E não estamos falando apenas de quem trabalha com extração e venda. A entidade reúne profissionais que estão ligadas de alguma forma ao setor: escultoras, geólogas, arquitetas, designers, fotógrafas e até mesmo jornalistas.
“Entre as mulheres que trabalham em empresas, a maioria é empreendedora”, contou a presidente da entidade, a arquiteta Alessandra Ubertazzi, em entrevista exclusiva para a Revista Inforochas.
A ideia de unir as mulheres do setor surgiu em Verona, em outubro de 2006. O objetivo, segundo Alessandra, era “representar um aspecto particular do setor, através da sensibilidade e da tendência à comunicação tipicamente femininas, além de satisfazer as exigências do mundo das consumidoras”.
“O setor do mármore, no sentido amplo de pedra ornamental, precisa de novos estímulos. A mulher hoje tem papéis essenciais em toda a cadeia produtiva”, explicou Ubertazzi. Para cumprir seu objetivo, a associação promove atividades culturais, como convênios, debates, seminários e projeção de filmes, além de cursos de aperfeiçoamento e publicações.
Revista Inforochas – A mulher trabalha de um modo realmente diferente? Quais seriam seus pontos fortes e fracos?
Alessandra Ubertazzi – Acreditamos que nosso ponto de força está na gestão da complexidade e na adaptação aos imprevistos de todos os dias, capacidade derivada da gestão familiar, doméstica e profissional. A mulher interpreta o componente feminino da demanda do mercado. Certamente, o outro lado da moeda é que a mulher é muito mais emotiva e dificilmente separa aspectos humanos dos profissionais nas relações interpessoais.
Neste momento de crise, uma mulher em um papel de direção é vantagem? Por quê?
Sim. Talvez exatamente pelo lado emocional e humano que distingue também seu comportamento profissional.
Quais são os projetos atuais da associação? Alguma ideia para o Brasil?
Temos vários projetos em andamento, mas ainda em uma fase delicada, por isso preferimos esperar o momento certo de falar sobre eles. Temos algumas manifestações já tradicionais: a eleição de uma “Mulher do Mármore”, premiada com uma escultura realizada por uma mulher, claro, e um convênio anual que envolve profissionais de diferentes campos que contam suas experiências com a pedra. Também nos apresentamos nas duas principais feiras italianas do setor, Marmotec e Marmomacc, e estivemos na Vinitaly (Vinhos Italy) graças a uma parceria com “As mulheres do Vinho”.