quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Corrida do Ouro

Extraído do site da Revista Inforochas

Nos EUA, lá pelos meados do século XIX, por volta de 1848, começou a histórica “Corrida do Ouro”, provocada pela descoberta de jazidas do precioso metal na Califórnia. A chamada “Febre do Ouro” ultrapassou todas as fronteiras americanas, chegando a atrair para o entorno de uma vila chamada San Francisco mais de 300 mil estadunidenses, milhares de sul-americanos, árabes, europeus, asiáticos e australianos, a ponto de, no ano seguinte, aquele estado americano estar lotado de italianos, ingleses, alemães, franceses, mexicanos, chilenos, brasileiros, espanhóis, filipinos, chilenos, turcos, libaneses etc.
Dessa multidão, nem todos tinham o intuito precípuo de garimpar ouro, já que nesse meio havia pesquisadores, comerciantes, mecânicos, mascates, farmacêuticos, dentistas práticos, religiosos, professores, médicos, músicos, ferreiros, enfim, uma enorme gama de outros profissionais e aventureiros, todos movidos pela oportunidade de dar suporte à fenomenal atividade. Ali transitava muita gente, muito ouro, muitos dólares.
Passada a fase febril, muitos estavam ricos, outros na miséria e San Francisco cresceu tão rapidamente que, de pequena vila, em pouco tempo tornou-se uma próspera e bela cidade. Em resumo, a história é mais ou menos essa.
No Espírito Santo, Brasil, lá pelos meados do século XX, em 1957, começou a “Corrida do Mármore”. O fenômeno, que ganhou fama apenas cinquenta anos depois de iniciada, derivou do sucesso da primeira extração de blocos de mármore na localidade de Prosperidade, distrito de Vargem Alta, município de Cachoeiro de Itapemirim. Embora a região fosse rica em calcário, que já era extraído para o fabrico de cal e cimento, o que realmente propiciou grande correria às jazidas foi o mármore, que até hoje continua com alto apreço e bom preço.
Dos que participaram dessa corrida, muitos persistiram, outros desistiram, poucos, acho eu, ficaram ricos ou remediados. Empresas faliram, outras nasceram. Cachoeiro, além de consolidar seu nome internacionalmente teve um grande desenvolvimento. Vargem Alta, por sua vez, virou um próspero município com imensas jazidas de mármore e calcário.
Os que persistiram, buscaram trazer inovações para atividade, o que marcou o início à nova corrida, que data dos anos 1970, quando os pioneiros, agora com grande experiência no mármore, partiram para pesquisa e extração de granitos. Descobriram granitos em Alegre, Mimoso do Sul, Cachoeiro, Vargem Alta, Castelo, Rio Novo do Sul, Iconha e outros municípios do sul do Estado. Atravessaram a seguir o Rio Doce, onde foram descobertas riquíssimas jazidas. Isso gerou tão desenfreada correria para requerer áreas, que em pouco tempo o Estado ficou coberto de pedidos de pesquisa e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) superlotado de processos para analisar.
O congestionamento provocado no DNPM dura até hoje, porque o Departamento contava, como conta até hoje, com efetivo muito aquém do necessário. Além disso, houve uma grande falta de critério e até de bom senso por parte de muitos que, na ânsia de ganhar dinheiro, apresentavam projetos inadequados, requeriam imensas áreas com grande potencial, apenas para negociá-las posteriormente em fatias.
Como resultado, áreas promissoras ficaram nas mãos de quem não tinha qualquer relação com a mineração, mas muito com especulação; áreas de até 2.000 hectáres, que recobriam imensas jazidas de argila e areia eram requeridas para fosfato e, tinham assim, impedida sua exploração. As consequências foram drásticas e, a parte mais penalizada foi os mineradores de fato.
Mas, apesar de todo esse imbróglio, graças à seriedade e à vontade férrea da maioria dos empresários, o setor de rochas cresceu e cresceu muito, mesmo com todas as topadas e freadas acontecidas durante a longa caminhada. Devido aos granitos, Nova Venécia, Vila Pavão, Barra de São Francisco, Baixo Guandu, Ecoporanga, São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte e outros municípios da região, viveram grande euforia, tiveram um grande desenvolvimento e prosperidade, e seus nomes e suas rochas tornaram-se conhecidas mundialmente.
E essa é apenas parte da história de uma corrida, que ainda não terminou.
Rubens Puppin
Geólogo do Sindirochas

Eventos paralelos à feira movimentam Cachoeiro

Extraído do site da Revista Inforochas

Para algumas empresas do setor de rochas ornamentais, estreitar o relacionamento com os clientes vai além da oferta de produtos e serviços diferenciados e assistência técnica eficiente. E nada melhor que aproveitar o período da Cachoeiro Stone Fair, quando a cidade acolhe uma grande diversidade de clientes, para fortalecer esse relacionamento. Como já é tradição, durante a Feira Internacional do Mármore e Granito de Cachoeiro acontecem alguns eventos paralelos que ajudam a movimentar o comércio da cidade.
Este ano, apesar dos reflexos da crise financeira global que vem provocando retração em todos os mercados, as empresas planejam manter seus eventos com custos mais reduzidos. Uma delas é a Jaciguá Mármores e Granitos, que há mais de 10 anos promove a Festa do Boi no Rolete. João Batista Dalvi, sócio da empresa, salienta que cerca de mil pessoas costumam passar pela festa que é realizada durante três dias, por ocasião da Cachoeiro Stone Fair.
A Festa do Boi no Rolete acontece na própria sede da Jaciguá, onde são consumidos pelo menos seis bois. “Nosso evento já virou tradição e não há como deixar de fazê-lo, pois os clientes já esperam por ele”, salientou João Dalvi, destacando a importância de se fortalecer o relacionamento com os clientes inclusive em tempos mais difíceis para os negócios. O evento promovido pela Jaciguá conta com o trabalho de vários parceiros, movimentando o comércio da região.
A Pemagran também receberá seus clientes na área de lazer da empresa com um almoço especial. O local foi construído com aplicação de materiais exóticos e acabamentos diferenciados que servem de inspiração para projetos arquitetônicos. Os clientes poderão ver a aplicabilidade das pedras comercializadas pela Pemagran, além de participar do almoço que vai marcar os 30 anos de fundação da empresa.
Aproveitando a presença do público que participa da Cachoeiro Stone Fair, a Ádria Brasil também promove uma confraternização entre seus clientes e pretende repeti-la neste ano, segundo informou o diretor da empresa, Alex Raupp. Quem também pretende acolher o público participante da feira com uma programação especial é o The One Club, recém-inaugurado em espaço anexo ao Jaraguá Tênis Clube, em Cachoeiro de Itapemirim, onde os turistas terão mais uma opção de lazer.
Estas festas paralelas também movimentam outros mercados, como o de aluguel de espaços, de mesas e cadeiras, bebidas e alimentação, além da mão-de-obra necessária para receber bem os convidados.