quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Vitória Stone Fair 2015 quer superar os US$ 200 milhões em negócios

Abaixo, matéria extraída do site Folha do ES

Allana Santos - Atualizado em 15/01/2015 11h35



De 3 a 6 de fevereiro próximos, compradores de rochas ornamentais brutas e processadas de todo o mundo voarão para o Espírito Santo, no Sudeste do Brasil, para negociar produtos e serviços que serão apresentados em uma das três maiores feiras do mundo do setor de rochas - a Vitória Stone Fair – Marmomacc Latin America 2015 - que, em 2014, fechou mais de US$ 200 milhões de dólares em negócios. São 420 empresas expositoras, sendo 120 empresas estrangeiras de países como a Turquia, Itália, Índia, Portugal, China, Egito e Omã e cerca de 25 mil visitantes de 66 países.

A feira acontecerá em Vitória, capital do Espírito Santo, estado que possui uma das maiores reservas de mármore e granito do País, com uma grande variedade de cores e texturas. O estado sede da Vitória Stone Fair vem contribuindo significativamente para a balança comercial brasileira. A produção de rochas no estado representa cerca de 5 milhões de toneladas ano. As exportações somaram em 2014 1.080 bilhão de dólares representados por 1.850 milhão de toneladas.

O parque industrial do estado conta com mais de 1000 empresas que atuam desde a extração ate beneficiamento atendendo ao mercado interno e a exportação. Dos 1.500 teares instalados no Brasil cerca de 1.200 estão no Espirito Santo. São quase 1.000 pedreiras ativas e cerca de 800 tipos de rochas.



Foto: Dayana Souza Mercado em expansão apesar da crise mundial e local

O Brasil é o terceiro maior exportador de granito do mundo. O Estado do Espírito Santo responde por 50% da produção nacional de rochas ornamentais e por mais de 70% das exportações brasileiras. O país é hoje o principal fornecedor de rochas para o mercado norte-americano, respondendo por 30% do volume importado pelos EUA. Em 2014, as exportações de rochas para o mercado americano somaram US$ 790 milhões. 

Agora o Brasil avança em estratégias focadas na venda de produtos acabados, cut-to-size e padronizados, cujo valor de comercialização é dez vezes maior que o das rochas brutas. A aposta está na retomada da economia norte-americana, que voltou a investir na indústria da construção, e no interesse dos chineses em aumentar suas compras no Brasil.

Cerca de 35% das importações de rochas pelos EUA são representados por produtos acabados. “Queremos conquistar uma boa parte desse mercado, uma vez que os maiores fornecedores atuais são China e Itália", comenta Reinaldo Dantas Sampaio, presidente da ABIROCHAS, destacando que também a América Latina é um foco importante na estratégia de crescimento das exportações brasileiras. 



Foto: Dayana Souza Histórico de crescimento

De 12° lugar no ranking de consumo em 2001, o Brasil passou a ocupar o 4° lugar (fonte XXIV Relatório Mármore e Pedras no Mundo) e já é visto como um dos maiores players do setor de rochas ornamentais e de revestimento do mundo, sendo precedido apenas pela China, Índia e Estados Unidos. A posição foi conquistada em apenas uma década, a partir da oferta de uma grande gama de rochas naturais extremamente diferenciadas e investimentos realizados nos parques industriais, com a aquisição de máquinas mais modernas para o processo de extração e de beneficiamento das rochas.

Segundo a ABIROCHAS, as exportações brasileiras de rochas ornamentais atingiram US$ 1,22 bilhão e 2,55 milhões de toneladas em 2014. Se considerarmos que este foi um ano difícil para a economia mundial e nacional, os números surpreendem e mostram a força do setor para a balança comercial brasileira.

Brasileiros estão ávidos por comprar novas tecnologias e aumentar cada vez mais a produtividade

O Brasil é o terceiro maior importador mundial de tecnologia do setor de rochas. As importações brasileiras de máquinas e equipamentos somaram US$ 148,1 milhões em 2013, dos quais US$ 93,2 (62,9%) provenientes da Itália. O Brasil figura como o principal cliente mundial da tecnologia italiana, sobretudo devido às aquisições de teares multi-fios diamantados.

Samuel Mendonça, presidente do Sindirochas, entidade promotora do evento, ressalta a força do setor no cenário econômico brasileiro, lembrando que o estado conta com aproximadamente 260 teares multi-fio, entre italianos e brasileiros, que foram instalados até setembro de 2014, e que o Brasil possui o maior e melhor parque mundial de serragem baseado nessa tecnologia.

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