segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Empresas unidas pelo meio ambiente

Extraído do site da Revista Inforochas
Aliar progresso econômico a ações sociais e conservação ambiental não é uma tarefa fácil. Por isso, empresas do setor de beneficiamento de rochas ornamentais de Cachoeiro estão se unindo para tornar a sustentabilidade possível.
Os números apontam que o Espírito Santo é o principal produtor e o maior processador e exportador de rochas ornamentais do Brasil.
É responsável por 47% da produção, 56% das exportações de blocos e 70% das de placas rochas ornamentais. O setor emprega cerca de 100 mil pessoas, distribuídas em atividades de extração e beneficiamento. Além disso, concentra no Estado mais da metade do parque industrial brasileiro, tanto em número de teares e empresas, quanto em termos de crescimento.
Pensando em alternativas para destinar de forma sustentável os resíduos intrínsecos às suas atividades industriais, um grupo de 10 empresas (MM-2, Mameri Rochas, Pazigram, Unimagral, Vigui Granitos, CM Granitos, Wingramar, Famagram, Granita e Bayergran) se uniu para formar a Associação de Empresas de Rochas do Frade (Aserfra).
Além de construir um aterro em Rio Novo do Sul, para a destinação final da lama abrasiva, a Aserfra pretende utilizar o espaço para desenvolver pesquisas e projetos, vislumbrando novas formas de aproveitamento da lama em outros processos produtivos.
Está prevista ainda a disponibilização de um espaço para desenvolvimento de um núcleo de educação ambiental, voltado para a realização de atividades sócio-educativas em parceria com as secretarias municipais de educação e meio ambiente de Itapemirim, sobretudo com as crianças das comunidades e escolas mais próximas.
Segundo Edvaldo Peisino, diretor da Atol Consultoria Ambiental e responsável pelos projetos ambientais e licenciamento das atividades da Aserfra junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), a previsão é que a operação do aterro seja iniciada ainda em 2010, visto que as obras de construção estão quase finalizadas e a vistoria para emissão da licença de operação está prevista para o mês de outubro.
O empresário Samuel Mendonça, da associada MM-2 Mármores e Granitos Ltda, que preside a associação, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento das empresas associadas.
“O início da operação do aterro proporcionará a plena regularização das empresas junto ao Iema. Assim, além de destinarmos nossos resíduos ao meio ambiente de forma sustentável, as empresas terão acesso a linhas de crédito para impulsionar novos investimentos em infraestrutura e modernização do parque industrial, visto que a falta da Licença Ambiental de Operação é um grande limitante para todos neste e em outros aspectos”, explica.

Cresce número de aterros industriais

Extraído do site da Revista Inforochas

Buscando soluções para a destinação dos resíduos gerados na indústria de beneficiamento de rochas ornamentais, empresários do setor estão investindo cada vez mais em sustentabilidade econômica.
O Sindirochas destaca um crescimento significativo do número de aterros industriais para esses resíduos. Nos últimos cinco anos, o número passou de zero para 39, sendo que, desse total, 15 são para utilização de empresas mineradoras em associação e 24 para uso exclusivo das próprias empresas de mineração.
O presidente da Associação de Desenvolvimento Ambiental do Mármore e Granito (Adamag), o empresário Eduardo Guidi, destaca que muitos associados da entidade, conscientes da importância de ações sustentáveis, fazem uso do resíduo para confecção de tijolos.
“Isso proporciona economia na utilização de ferragem e argamassa, pois os tijolos são encaixados”, explica.

Mais agilidade para liberação de certificados

Extraído do site da Revista Inforochas

Um grande problema para o setor de rochas foi solucionado. Os empresários que necessitam de concessão para o uso de explosivos em suas pedreiras não precisam mais aguardar meses para liberação do certificado, pois o processo agora é realizado no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, que também passa a fiscalizar e revalidar a certificação.
Os serviços eram realizados no Rio de Janeiro e, há três meses, passaram para o Estado. Segundo o tenente Paulo Roberto, da 19ª Delegacia de Serviço Militar, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, esse foi um passo importante para a agilização do processo.
“O Exército realizou essa mudança para responder aos anseios do setor e promover de forma mais rápida a certificação de quem precisa comprar e utilizar os explosivos”, explicou.
Com o objetivo de celebrar essa nova conquista para o setor, o Exército Brasileiro montou um estande na Cachoeiro Stone Fair 2010, como forma de aproximação com os empresários.
“A nossa presença na feira faz parte desse processo de reformulação. Durante os quatro dias, pudemos tirar as dúvidas sobre a certificação, a compra e utilização de explosivos”, disse o tenente.
Áureo Mameri, da Mameri Mineração, de Rio Novo do Sul, foi um dos empresários que recebeu a certificação durante a feira. A empresa iniciou o processo em janeiro, no Comando do Rio, mas foi vistoriada no início de agosto por profissionais de Vila Velha.
O empresário informou que a empresa se adequou ao que o Exército pede para a obtenção do registro.
“O processo não é complexo, nem tão oneroso. Temos apenas que seguir o que determina o R-105. Antes do registro, comprávamos explosivos com uma empresa possuidora da certificação. Agora que estamos autorizados, podemos adquirir, armazenar e utilizar os explosivos dentro do limite que o Exército nos permite”, destacou Áureo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fundacentro desenvolve pesquisa no setor de rochas ornamentais

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro
Publicada em 20/10/2010 às 10:59

Em parceria com o Cerest, a fundação está entrevistando e orientando trabalhadores de moageiras da região sul do estado

Trabalhadores que lidam com o pó de mármore no sul do estado participam nesta semana, em Cachoeiro de Itapemirim, de um levantamento conduzido pelo Cerest e pelas coordenações paulista e capixaba da Fundacentro. A ação integra um projeto previsto para ser concluído em meados do ano que vem e vai envolver mais de mil operários.
A pesquisa analisa os riscos ocupacionais no processo de moagem de pedras de mármore e vai fornecer subsídios para o controle da exposição dos trabalhadores a agentes ambientais, como poeira (silica), ruído e agentes químicos.
Todas as empresas do setor estão encaminhando os funcionários que lidam diretamente com esse processo para as entrevistas e exames, na sede do Cerest, que fica próxima à Santa Casa de Misericórdia, no centro de Cachoeiro.
Os pesquisadores da Fundacentro vem ao município uma vez por mês para levantar dados e realizar os exames, entre eles o de raios x, juntamente com os técnicos da Cerest. “Esse levantamento faz parte do planejamento do Cerest para a prevenção e promoção em saúde dos trabalhadores. O projeto vai fornecer subsídios para ações preventivas de doenças laborais no setor de rochas”, destacou a gerente do Cerest, Marília Stanzani.
O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) realiza ações em 23 municípios da região sul e é coordenado pela prefeitura de Cachoeiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) é ligada ao Ministério do Trabalho e foi criada oficialmente em 1966.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Procedimentos para evitar a "bala perdida"

Extraído do site do SINDIROCHAS

A pesquisa e a lavra mineral são regidas pelas legislações minerária e ambiental, as quais incluem também procedimentos de rotina que devem ser rigorosamente cumpridos. Alguns problemas relativos à não observância desses princípios são recorrentes e causam transtornos que podem custar muito caro. Assim, selecionamos itens que têm gerado maior número de infrações e, consequentemente, autuações e multas, mas que podem ser evitadas. Veja a seguir:

I) Pagamento da Taxa Anual por Hectare (TAH) : O pagamento da TAH deve ser feito no Banco do Brasil e o comprovante deve ser protocolizado na Superintendência do DNPM correspondente à área titulada, nos seguintes prazos: Até 31 de janeiro: para alvará de pesquisa ou respectiva prorrogação, em vigor, publicado entre 1º de julho e 31 de dezembro imediatamente anterior; Até 31 de julho: para o alvará de pesquisa ou respectiva prorrogação, em vigor, publicado entre 1º de janeiro e 30 de junho imediatamente anterior.
Atenção! Deixar de pagar a TAH acarreta penalidades previstas na Portaria do MME nº 503 de 29/12/99.

II) Início dos Trabalhos de Pesquisa : O titular deve iniciar os trabalhos e comunicar ao DNPM até 60 dias após publicação do alvará, se for o proprietário ou já tiver ajustado acordo amigável com o proprietário. Entretanto, se dentro dos 60 dias, não conseguir acordo amigável, deve comunicar o fato ao DNPM e solicitar o envio de oficio ao juiz da comarca onde se situa a jazida, para promoção do acordo judicial. Lembrem-se: "é melhor prevenir que remediar". Atenção! Não comunicar ao DNPM sujeita o titular à penalidade de multa.

III) Declaração de Investimentos em Pesquisa Mineral (Dipem) : Deve ser apresentado pelo titular de alvará de pesquisa até 30 de abril de cada ano.

IV) Prorrogação de Alvará de Pesquisa : Deve ser requerida até 60 dias antes de expirar-se o prazo da autorização vigente. O requerimento deve ser instruído com um relatório dos trabalhos já efetuados e conter a justificativa para prosseguimento da pesquisa.

V) Relatório Final de Pesquisa : Deve ser apresentado ao DNPM, dentro do prazo de validade do alvará de pesquisa ou da sua respectiva prorrogação. A sua não apresentação sujeitará o titular à multa prevista em lei.

VI) Requerimento de Lavra : Deve ser requerida no prazo de um ano contado a partir da aprovação do Relatório de Pesquisa.

VII) Imissão de Posse da Jazida : Deve ser requerida até 90 dias após a publicação da portaria de lavra. Caso não o faça, o titular será multado na forma da lei.

VIII) Relatório Anual de Lavra (RAL) : O titular ou arrendatário de Concessão de Lavra, de Guia de Utilização e de Registro de Licenciamento com o PAE aprovado pelo DNPM, até o dia 15 de março de cada ano, deve apresentar ao DNPM o RAL das atividades extrativas executadas no ano anterior. As orientações detalhadas para a adequada elaboração do RAL estão descritas na Portaria DNPM nº 11 de 17/01/2005.

IX) Licença de Operação (LO) : Documento imprescindível para o exercício da extração mineral, deve ser mantida em local adequado na área da frente de lavra objeto do licenciamento ambiental, para que seja apresentada sempre que a atividade for vistoriada.

X) Limites da Extração : Os trabalhos devem ocorrer apenas na frente de lavra contida na área explicitada na LO. Se houver necessidade de a frente de lavra avançar para além dos limites estabelecidos na LO, deve-se providenciar sua ampliação.

XI) Ampliação da LO : Para ampliação de LO, o requerente deverá, inicialmente, providenciar o enquadramento para atividade, o qual poderá ser feito diretamente no Balcão de Atendimento do Iema ou por meio do endereço atendimento@iema.es.gov.br. As informações necessárias para realizar o enquadramento são: número do processo, área útil da frente de lavra a ser ampliada (em ha) e a produção mensal estimada (em m³) da área a ser ampliada. A ampliação deve ser solicitada no formulário de Requerimento, LP, LI e LO da área a ser ampliada, ao qual devem ser reunidas a documentação administrativa (CNDA, Anuência Municipal, Titularidade junto ao DNPM, Titularidade do Solo, Anuência do Idaf, etc) e a documentação técnica (PCA/Prad da área ampliada).

XII) Renovação da LO : A renovação da LO deve ser requerida no prazo de até 120 dias antes do término do prazo de sua vigência, impreterivelmente.

XIII) Publicação e Requerimento e Obtenção de Licença Ambiental : Tanto o requerimento como a obtenção de LP, LI e LO devem ser publicados em jornal de grande circulação, no local da jazida e no Diário Oficial do Estado. Comprovantes das publicações devem ser apresentados ao Iema no prazo de 30 dias, contados da data da protocolização do pedido ou do recebimento da licença.

XIV) Relatório Anual da Atividade : Deve ser apresentado, anualmente, ao Iema relatório descritivo/fotográfico, das atividades e das medidas adotadas para mitigar os impactos ambientais, bem como para recuperação das áreas degradadas.

XV) Supressão de Vegetação : Não suprimir vegetação na área de operação sem a competente anuência do Idaf.

XVI) Recursos Hídricos : Todas as operações pertinentes à extração devem ser mantidas a uma distancia mínima de 30m de qualquer recurso hídrico.

Se você não cuidar do que é seu, ninguém vai cuidar.
Rubens Puppin: Geólogo do Sindirochas

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Invasão de chineses pode gerar 30 mil desempregos no setor de rochas do Estado

Extraído do site Folha Vitória
31/08/2010 às 15h54 - Folha Vitória
Foto: Divulgação/Secom


Os chineses estão de olhos bem abertos no setor de rocha do Espírito Santo e começaram a investir em pedreiras capixabas. A “invasão” pode ser preocupante e a previsão de especialistas é que se o Brasil não investir em melhorias de infraestrutura para baratear o custo da exportação, em 10 anos os chineses serão donos das pedreiras do Estado. Com isso, o país estará fora do mercado de rochas ornamentais.
Com essa previsão, cerca de 30 mil pessoas podem perder seus empregos em terras capixabas. Segundo o especialista americano em rochas ornamentais e proprietário da Montana Stone Gallery, Torin Dixon, este é um risco iminente, já que os chineses estão investindo pesado no ramo.
Torin Dixon, que esteve recentemente no Estado, alertou ainda que as altas taxas de juros e de empréstimo, além da precária infraestrutura, contribuem para o encarecimento do produto nacional. “Se o Brasil não acordar, corre o risco de acontecer o mesmo que com a Itália, que foi o maior exportador de rochas ornamentais, mas não buscou melhorias e perdeu mercado”, destacou.
Dixon avisa que os chineses já estão comprando pedreiras no Espírito Santo e podem acabar dominando o lugar. Ele destacou que apesar do Estado ter uma ótima riqueza, é preciso ser competitivo no mercado.
O que dificulta a competitividade do Brasil em relação aos chineses é o fato da péssima infraestrutura de portos e estradas e os altos impostos, que encarecem a rocha brasileira, que acaba perdendo mercado para as da China.
O empresário americano sinalizou que os brasileiros estão mesmo perdendo espaço para os chineses. Para se ter uma ideia, um navio chinês carrega cerca de 10 mil contêineres, em contrapartida à média de 800 contêineres que o Brasil envia por embarcação.
Além disso, tem o preço e o tempo. Um carregamento que sai da China leva 16 dias para chegar a Montana (Estados Unidos). Já uma importação que sai do Espírito Santo leva em torno de 40 dias e custa o dobro do preço.
Dixon explicou que o Brasil exporta o produto pronto para ser comercializado. Como a rocha já vai cortada, polida e com resina, é um produto com valor agregado, porém, mais caro. Já os chineses adquirem o produto bruto e o encaminham para a China, onde a mão de obra é mais barata e as taxas de imposto são menores. Com isso, acaba sendo mais vantajoso importar as rochas do país asiático.
Mesmo com a crise americana no setor imobiliário dos Estados Unidos, o Brasil continuou vendendo para os americanos. “A redução nas exportações foi de aproximadamente 40%. Na medida em que nos recuperamos, o Brasil nos acompanha”, avaliou o empresário americano.
Os números
Evolução da produção
China
2002 – 14 milhões de toneladas
2008 – 27,5 milhões de toneladas
Brasil
2002 – 5,5 milhões de toneladas
2008 – 7,8 milhões de toneladas

Comércio internacional: rochas processadas
China
1989 – 3,8% do mercado
2008 – 49,3%
Brasil
1989 – 0,3%
2008 – 2,2%

China
2007 – 11,5 milhões de toneladas
2008 – 11,9 milhões de toneladas
2009 – 12 milhões de toneladas

Brasil
2007 – 2,5 milhões de toneladas
2008 – 2 milhões de toneladas
2009 – 1,7 milhão de toneladas

sábado, 28 de agosto de 2010

Restos de mármore e granito viram decoração e dão lucro

Extraído do site Gazeta Online
Atualizado em 27/08/2010 - 20h29 - DA REDAÇÃO - TV Gazeta

Quantas vezes você já viu cacos de mármore e granito jogados no lixo? Ou aquela lama que sobra do corte das pedras?
Situações assim, que agridem a natureza, podem ser evitadas. Tem muito material que ia para o lixo sendo reutilizado. Assista à reportagem.

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/08/663891-restos+de+marmore+e+granito+viram+decoracao+e+dao+lucro.html

Assista a todas as reportagens da série sobre o mármore e o granito capixabas

Extraído do site Gazeta Online
Atualizado em 27/08/2010 - 10h05 - Gazeta Sul - Da Redação Multimídia
foto: Antonio Coelho / Renilson Chagas
Antonio Coelho e Renilson Chagas durante as gravações da série no Rio de Janeiro


A série de reportagens especiais "Caminho das Pedras" foi exibida na semana passada, no ESTV 2ª Edição Sul. O material inédito e exclusivo mostrou o destino das rochas do Espírito Santo, que ganham o mundo e são reconhecidas pela qualidade e beleza.
O repórter Antônio Coelho e o repórter cinematográfico Renilson Chagas viajaram por várias cidades. No estado, as matérias foram gravadas em Cachoeiro, Vargem Alta, Colatina e Vitória. Eles passaram também por outros lugares no Brasil, como Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. E ainda foram mais longe, aos Estados Unidos.
Na capital norte-americana Washington, em Nova York, e Richmond, no estado da Virgínia, Antônio e Renilson encontraram rochas capixabas. Os Estados Unidos são os maiores importadores das pedras que saem daqui, seguidos pela China, Itália, Canadá e Venezuela.

São cinco reportagens, para revê-las, basta clicar nos links abaixo:
Assista à primeira reportagem (23/8)
Leia o Blog Caminho das Pedras e confira os bastidores da viagem.

Cachoeiro Stone Fair 2010: saldo positivo marca o encerramento

Extraído do site Cachoeiro ViaES
27/08/2010 18:06 -- 15829 -- Cachoeiro de Itapemirim > Internacional - Por: Redação
30ª Feira Internacional do Mármore e Granito reafirma bons resultados do setor de rochas ornamentais


Durante os quatro dias da Cachoeiro Stone Fair 2010, mais de 200 expositores de rochas, máquinas e equipamentos apresentaram seus produtos e inovações tecnológicas a cerca de 23 mil visitantes, número 25% maior que o registrado em 2009, de 26 países, entre eles Estados Unidos, Itália, Espanha, China e Canadá.
“A Feira é uma vitrine representativa do setor. Mais uma vez, o evento superou as expectativas, demonstrando que estamos em um momento de grande potencial de crescimento, com as empresas fazendo negócios e investindo em máquinas e equipamentos”, destaca Cecília Milaneze, diretora da Milanez & Milaneze, empresa organizadora do evento.
Para os expositores, o evento mostrou que o setor de rochas ornamentais está reaquecido. “A feira é uma ótima oportunidade para expor nossos produtos e fazer contatos comerciais que, em seguida, serão transformados em bons negócios”, afirma Ivanildo Costa, vendedor da Brumagran.
Participando pela primeira vez da Cachoeiro Stone Fair, a Bauko Máquinas ficou satisfeita com o resultado do evento. “Mostramos nossos produtos e diferenciais, como o monitoramento dos equipamentos via satélite. Com isso, fizemos boas vendas e contatos que podem gerar futuros negócios”, destaca Weverton de Almeida, consultor de vendas da empresa.
Com bons negócios gerados neste ano, os expositores já planejam a participação na feira de 2011, como é o caso da Sotreq. “O evento superou nossas expectativas. Vendemos e alugamos máquinas e equipamentos, além de peças para nossos produtos. Se continuarmos assim, com certeza participaremos no próximo ano”, conclui Leonardo Renovato, coordenador comercial da empresa.
A Cachoeiro Stone Fair aconteceu entre os dias 24 e 27 de agosto, no Parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa. O evento é promovido pelo Centro de Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag) e pelo Sindirochas, e realizado pela Milanez & Milaneze.
Mais empregos
Prova do reaquecimento do mercado é também a geração de novos empregos no setor de rochas ornamentais. “Apenas no primeiro semestre de 2010, 700 postos de trabalho foram criados no setor de rochas no Sul do Espírito Santo”, pontua Romildo Tavares, superintendente do Sindirochas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Resíduos de marmorarias viram arte em Vargem Alta

Extraído do site Gazeta Online
Atualizado em 23/08/2010 - 18h10 - Tarcísio Oliveira - Da Redação Multimídia
foto: Divulgação

O projeto utiliza restos dos minérios para fazer obras de arte
A arte de criar e esculpir caminha junto com a melhoria das condições de vida dos estudantes da Escola Municipal de Educação Básica de Prosperidade, em Vargem Alta. O Projeto Mãos que Criam atende 20 alunos e utiliza restos de mármore e granito das empresas da região para construir o futuro das crianças e adolescentes.
O Mãos que Criam consiste em utilizar os restos dos minérios para fazer obras de arte. As esculturas são encaminhadas para venda, sendo que o 80% do dinheiro arrecadado ficam para os estudantes e o restante é direcionado à manutenção do projeto. A seleção acontece sempre no início do ano e é voltada para alunos do ensino fundamental. Para conseguir uma vaga, são analisadas as notas escolares e a renda familiar.
De acordo com a diretora da escola, Gleide Maria Marim, os participantes do projeto ficam o dia inteiro na escola. "Todos os horários são definidos de modo que não prejudique o desempenho escolar. Eles acabam de assistir às aulas, almoçam na escola e depois se dedicam ao projeto, aos estudos e também às recreações", diz Gleide, que também coordena o Mãos que Criam.
O Projeto Mãos que Criam atende 20 alunos
Os ensinamentos são passados de forma gradativa. Os alunos começam esculpindo pequenos objetos, como animais e vegetação. Assim que vão conseguindo habilidade, começam a produzir peças mais trabalhadas. Há um ano e meio no projeto, Maicon Prado está passando para uma fase de maior dificuldade. "Já fiz tartaruga e sapos, agora estou começando a fazer uma coruja. São muitos detalhes, e está sendo mais difícil".
Já Bruno Mota, de 11 anos, acha o projeto interessante. Sobre o dinheiro que consegue com a venda, ele diz que "é bom, pois além de nos ajudar, também mantêm o projeto". O preço das obras varia de acordo com os detalhes. As de menor valor custam dois reais e as mais caras R$ 30,00.
As esculturas são encaminhadas para a associação de artesãos da comunidade. Mas Gleide conta que até na semana passada eles estavam com dificuldades para conseguir vender os produtos. Para solucionar o problema ela fez uma "rede" para comercializar as miniaturas. "Fizemos kits e deixamos em vários lugares turísticos, como hotéis, pousadas e lojas. Conseguimos despachar para Iconha e Muniz Freire". A nova estratégia já trouxe resultados. Uma comerciante de Muniz Freire conseguiu vender 50 unidades em apenas duas semanas.
O projeto funciona através de parcerias. A Secretaria de Ação Social cede recursos para a contratação de um instrutor. E as empresas de minério da região dão instrumentos de segurança, como luvas e óculos, além da matéria prima.
O proprietário da Caeté Mármores e Granito, Vanderlei Carlos Nicoli, diz que os benefícios vão além da formação profissional. "O projeto tem ajudado o meio ambiente, pois muitos dos resíduos que produzimos não estão sendo colocados na natureza, e, portanto, não ocupam algum lugar que possa prejudicar a fauna e flora". Hoje a empresa cede pedaços quebrados e restos de sua produção de mármore e granito.
O início
Tudo começou no ano passado, quando numa aula de geografia, os estudantes tiveram contato com as diversas formas de reciclagem dos resíduos. Logo depois, em conjunto com a diretora do colégio, Gleide Marim, tiveram a idéia de unir a teoria com a prática.
Ao considerarem que distrito de Prosperidade é uma referência na extração e beneficiamento de mármore e granito, resolveram fazer um projeto que pudesse amenizar os problemas ambientais, ao mesmo tempo em que pudesse abrir um caminho para a geração de renda.
O projeto foi escrito e aprovado em um concurso de uma empresa de mineração. Eles conseguiram R$ 10 mil para comprar sete equipamentos, como policortes, cortadeiras e lixadeira. Outros convênios foram feitos com outras empresas da região, de modo que o projeto conseguisse sobreviver sem dependência de apenas uma parceria,