Atualizado em 23/08/2010 - 18h10 - Tarcísio Oliveira - Da Redação Multimídia
foto: Divulgação
O projeto utiliza restos dos minérios para fazer obras de arte
A arte de criar e esculpir caminha junto com a melhoria das condições de vida dos estudantes da Escola Municipal de Educação Básica de Prosperidade, em Vargem Alta. O Projeto Mãos que Criam atende 20 alunos e utiliza restos de mármore e granito das empresas da região para construir o futuro das crianças e adolescentes.
O Mãos que Criam consiste em utilizar os restos dos minérios para fazer obras de arte. As esculturas são encaminhadas para venda, sendo que o 80% do dinheiro arrecadado ficam para os estudantes e o restante é direcionado à manutenção do projeto. A seleção acontece sempre no início do ano e é voltada para alunos do ensino fundamental. Para conseguir uma vaga, são analisadas as notas escolares e a renda familiar.
De acordo com a diretora da escola, Gleide Maria Marim, os participantes do projeto ficam o dia inteiro na escola. "Todos os horários são definidos de modo que não prejudique o desempenho escolar. Eles acabam de assistir às aulas, almoçam na escola e depois se dedicam ao projeto, aos estudos e também às recreações", diz Gleide, que também coordena o Mãos que Criam.
O Projeto Mãos que Criam atende 20 alunos
Os ensinamentos são passados de forma gradativa. Os alunos começam esculpindo pequenos objetos, como animais e vegetação. Assim que vão conseguindo habilidade, começam a produzir peças mais trabalhadas. Há um ano e meio no projeto, Maicon Prado está passando para uma fase de maior dificuldade. "Já fiz tartaruga e sapos, agora estou começando a fazer uma coruja. São muitos detalhes, e está sendo mais difícil".
Já Bruno Mota, de 11 anos, acha o projeto interessante. Sobre o dinheiro que consegue com a venda, ele diz que "é bom, pois além de nos ajudar, também mantêm o projeto". O preço das obras varia de acordo com os detalhes. As de menor valor custam dois reais e as mais caras R$ 30,00.
As esculturas são encaminhadas para a associação de artesãos da comunidade. Mas Gleide conta que até na semana passada eles estavam com dificuldades para conseguir vender os produtos. Para solucionar o problema ela fez uma "rede" para comercializar as miniaturas. "Fizemos kits e deixamos em vários lugares turísticos, como hotéis, pousadas e lojas. Conseguimos despachar para Iconha e Muniz Freire". A nova estratégia já trouxe resultados. Uma comerciante de Muniz Freire conseguiu vender 50 unidades em apenas duas semanas.
O projeto funciona através de parcerias. A Secretaria de Ação Social cede recursos para a contratação de um instrutor. E as empresas de minério da região dão instrumentos de segurança, como luvas e óculos, além da matéria prima.
O proprietário da Caeté Mármores e Granito, Vanderlei Carlos Nicoli, diz que os benefícios vão além da formação profissional. "O projeto tem ajudado o meio ambiente, pois muitos dos resíduos que produzimos não estão sendo colocados na natureza, e, portanto, não ocupam algum lugar que possa prejudicar a fauna e flora". Hoje a empresa cede pedaços quebrados e restos de sua produção de mármore e granito.
O início
Tudo começou no ano passado, quando numa aula de geografia, os estudantes tiveram contato com as diversas formas de reciclagem dos resíduos. Logo depois, em conjunto com a diretora do colégio, Gleide Marim, tiveram a idéia de unir a teoria com a prática.
Ao considerarem que distrito de Prosperidade é uma referência na extração e beneficiamento de mármore e granito, resolveram fazer um projeto que pudesse amenizar os problemas ambientais, ao mesmo tempo em que pudesse abrir um caminho para a geração de renda.
O projeto foi escrito e aprovado em um concurso de uma empresa de mineração. Eles conseguiram R$ 10 mil para comprar sete equipamentos, como policortes, cortadeiras e lixadeira. Outros convênios foram feitos com outras empresas da região, de modo que o projeto conseguisse sobreviver sem dependência de apenas uma parceria,
A arte de criar e esculpir caminha junto com a melhoria das condições de vida dos estudantes da Escola Municipal de Educação Básica de Prosperidade, em Vargem Alta. O Projeto Mãos que Criam atende 20 alunos e utiliza restos de mármore e granito das empresas da região para construir o futuro das crianças e adolescentes.
O Mãos que Criam consiste em utilizar os restos dos minérios para fazer obras de arte. As esculturas são encaminhadas para venda, sendo que o 80% do dinheiro arrecadado ficam para os estudantes e o restante é direcionado à manutenção do projeto. A seleção acontece sempre no início do ano e é voltada para alunos do ensino fundamental. Para conseguir uma vaga, são analisadas as notas escolares e a renda familiar.
De acordo com a diretora da escola, Gleide Maria Marim, os participantes do projeto ficam o dia inteiro na escola. "Todos os horários são definidos de modo que não prejudique o desempenho escolar. Eles acabam de assistir às aulas, almoçam na escola e depois se dedicam ao projeto, aos estudos e também às recreações", diz Gleide, que também coordena o Mãos que Criam.
O Projeto Mãos que Criam atende 20 alunos
Os ensinamentos são passados de forma gradativa. Os alunos começam esculpindo pequenos objetos, como animais e vegetação. Assim que vão conseguindo habilidade, começam a produzir peças mais trabalhadas. Há um ano e meio no projeto, Maicon Prado está passando para uma fase de maior dificuldade. "Já fiz tartaruga e sapos, agora estou começando a fazer uma coruja. São muitos detalhes, e está sendo mais difícil".
Já Bruno Mota, de 11 anos, acha o projeto interessante. Sobre o dinheiro que consegue com a venda, ele diz que "é bom, pois além de nos ajudar, também mantêm o projeto". O preço das obras varia de acordo com os detalhes. As de menor valor custam dois reais e as mais caras R$ 30,00.
As esculturas são encaminhadas para a associação de artesãos da comunidade. Mas Gleide conta que até na semana passada eles estavam com dificuldades para conseguir vender os produtos. Para solucionar o problema ela fez uma "rede" para comercializar as miniaturas. "Fizemos kits e deixamos em vários lugares turísticos, como hotéis, pousadas e lojas. Conseguimos despachar para Iconha e Muniz Freire". A nova estratégia já trouxe resultados. Uma comerciante de Muniz Freire conseguiu vender 50 unidades em apenas duas semanas.
O projeto funciona através de parcerias. A Secretaria de Ação Social cede recursos para a contratação de um instrutor. E as empresas de minério da região dão instrumentos de segurança, como luvas e óculos, além da matéria prima.
O proprietário da Caeté Mármores e Granito, Vanderlei Carlos Nicoli, diz que os benefícios vão além da formação profissional. "O projeto tem ajudado o meio ambiente, pois muitos dos resíduos que produzimos não estão sendo colocados na natureza, e, portanto, não ocupam algum lugar que possa prejudicar a fauna e flora". Hoje a empresa cede pedaços quebrados e restos de sua produção de mármore e granito.
O início
Tudo começou no ano passado, quando numa aula de geografia, os estudantes tiveram contato com as diversas formas de reciclagem dos resíduos. Logo depois, em conjunto com a diretora do colégio, Gleide Marim, tiveram a idéia de unir a teoria com a prática.
Ao considerarem que distrito de Prosperidade é uma referência na extração e beneficiamento de mármore e granito, resolveram fazer um projeto que pudesse amenizar os problemas ambientais, ao mesmo tempo em que pudesse abrir um caminho para a geração de renda.
O projeto foi escrito e aprovado em um concurso de uma empresa de mineração. Eles conseguiram R$ 10 mil para comprar sete equipamentos, como policortes, cortadeiras e lixadeira. Outros convênios foram feitos com outras empresas da região, de modo que o projeto conseguisse sobreviver sem dependência de apenas uma parceria,
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