terça-feira, 17 de junho de 2008

Mármore capixaba: 50 anos de prestígio

Extraído do site do Sindirochas

Do primeiro bloco extraído, passando pela construção de Brasília e a alta procura nos dias atuais, pedra ainda é associada à nobreza e sofisticação
Desde a antiguidade, o mármore sempre ocupou um lugar de destaque na sociedade. Palácios construídos com o material eram símbolos de poder e riqueza. Até mesmo nos dias atuais, a pedra ainda é sinônimo de sofisticação e nobreza.
No Espírito Santo, a extração do primeiro bloco de mármore aconteceu há 50 anos. Mais precisamente no dia 7 de abril de 1957, na localidade de Prosperidade, município de Vargem Alta - na época pertencente à Cachoeiro de Itapemirim, segundo dados do Sindirochas.
A pedra foi extraída na fazenda do produtor rural Horácio Scaramussa, filho de imigrantes italianos, depois que seu sobrinho Oge Dias de Oliveira, ao ver as montanhas do mineral, resolveu levar amostras para análise no Rio de Janeiro e encontrou mercado junto a marmorarias daquele Estado.
Desde então, o Espírito Santo é visto como um grande produtor e exportador de mármore. Concentrando-se principalmente nos municípios da região Sul do Estado, é possível encontrar mármores nas cores rosa, branco, verde, pinta verde, chocorosa (mistura de chocolate com rosa), marrom e o branco absoluto, que é a variedade com a cor branca mais pura que existe.
Um dos trechos do livro “Cachoeiro: suas pedras, sua história”, de Izabel Lacerda Salviano da Costa, explica que a retirada do mineral era feita de forma rústica, utilizando ferramentas como enxadas e pás. Depois, o bloco era arrastado pelo chão por caminhões até a estrada de ferro.
Hoje, máquinas modernas fazem o serviço com mais segurança para os profissionais envolvidos e com soluções para preservar o meio ambiente. E o Espírito Santo responde por 75% da produção de mármores do país.

Praça dos Três Poderes, em Brasília: o mármore capixaba presente em grandes obras
Prestígio dentro e fora do Brasil
O prestígio da pedra capixaba já percorreu o Brasil e o mundo. Hoje é possível encontrar o mármore extraído no Espírito Santo em obras famosas como a Praça dos três Poderes em Brasília - onde ficam os prédios do Palácio do Planalto, sede do poder executivo, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, e também no metrô do Rio de Janeiro.
Com diversas aplicações, como revestimentos, pavimentação, peças de mobiliário e arte, o mármore capixaba já foi requisitado por escultores estrangeiros. “Houve uma época em que artistas andinos compravam o mármore do Espírito Santo porque consideravam o melhor para se trabalhar na confecção de estátuas”, lembra o atual geólogo do Sindirochas, Rubens Puppin.
“Atualmente, o mercado para o mármore capixaba melhorou bastante. Grande parte da produção é exportada, principalmente o mármore de coloração branca, que é o mais procurado por ser o mais escasso no resto do mundo”, conta Puppin.
Hoje, 100% do mármore capixaba é extraído da Região Sul. A cidade de Cachoeiro de Itapemirim, junto com mais 14 municípios que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL), destaca-se como maior pólo de beneficiamento de rochas das Américas. Seu solo também é conhecido por possuir ricas jazidas de mármore.

Linha do tempo do mármore capixaba
7 de abril de 1957: extraído o primeiro, bloco de mármore em Prosperidade, na fazenda de Horácio Scaramussa, tornando-o pioneiro nessa atividade.
1965: Afonso Zampi rolli constrói o primeiro tear de madeira para produzir chapas de mármore. Com um projeto rústico e dispendioso, foi abandonado.
1966: fabricação dos primeiros teares convencionais, com colunas de ferro, em São Paulo, para a Marsal Mármore Salviano, pelo mecânico João Pedro Mathias.
1966: primeira escola de serradores com a vinda de Nelson Cordeiro, da cidade de Italva, no Rio de Janeiro, que atuou como mestre e propagador da técnica de serragem do mármore em teares convencionais.
7 de setembro de 1967: inauguração das turbinas hidroelétricas e de dois teares da Marsal Mármore Salviano, empresa pioneira na extração e produção de chapas de mármore no Estado.
1º de junho de 1970: criação da Cimef – Comércio, Indústria, Mecânica, Elétrica e Fundição. Primeira empresa de fabricação e assistência às máquinas do setor de mineração do Espírito Santo, tendo como sócios, Marinho Salviano da Costa, Heinz H.G. Kaschner e Hans Beerli.
3 de maio de 1973: fundação do Sindicato da Indústria da Extração de Mármore, Calcários e Pedreiras de Cachoeiro de Itapemirim.
1977: fundação da Mares Geologia e Mineração Ltda., primeira empresa de mineração especializada no campo da geologia, por Paulo Orcioli. Hoje a empresa possui mais de 200 clientes em todo o Brasil.
29 de maio a 6 de junho de 1982: primeira caravana de Cachoeiro à 3ª Feira de Carrara, na Itália, com uma delegação composta de 25 empresas brasileiras, sendo que 15 eram provenientes de Cachoeiro.
Março de 1988: criação do Centro tecnológico do Mármore e do Granito (Cetemag) a partir de uma reunião de empresários do setor com o Bandes.
1988: Primeira Feira do Mármore e Granito, promovida pelo Cetemag, com o patrocínio da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Tecnologia (SEICT), Bandes e apoio do indicato da Indústria da Extração de Mármore, Calcários e Pedreiras de Cachoeiro de Itapemirim; do Sindicato da Indústria de Mármore e Granito do Espírito Santo, Acepes e Findes.

Desbravadores que fizeram história
Oge Dias de Oliveira: levou amostras do mármore encontrado na propriedade de seu tio, Horácio Scaramussa, para análise no Rio de Janeiro, trazendo dois proprietários de marmorarias cariocas, dando início à exploração do mármore no Espírito Santo.
Horácio Scaramussa: extraiu o primeiro bloco em terras capixabas, tornando-se o primeiro minerador de mármore, com jazidas localizadas em sua propriedade rural, no distrito de Prosperidade.
Casimiro Costa: veio trabalhar na jazida de Scaramussa, a convite de Oge, exercendo a função de gerente. Abriu sua primeira jazida em Alto Gironda, onde o mármore branco era abundante e hoje a empresa que criou, Mineração Santa Clara, regida pelos filhos depois de seu falecimento, está entre as maiores do Estado.
Benjamin Zampirolli: começou com o trabalho de extração por volta do ano de 1965, em Cachoeira Alta e fundou a empresa Mineração Capixaba com dois outros sócios. Possui também várias realizações na área social, como a construção de um ginásio de esportes com capacidade para mil pessoas, posto médico, cemitério e até consultório dentário para a população da zona rural, onde se localiza a sede da empresa.
Ricardo Guidi: começou como carreteiro, transportando blocos de mármore, até possuir sua própria jazida, que evoluiu para um conglomerado de empresas ligadas à extração de rochas. Seu material é exportado para Itália e Argentina.
Marinho Salviano da Costa: encomendou a criação do primeiro tear convencional para serragem das chapas de mármore, implantando a primeira serraria do Estado. Ajudou a criar uma escola de serradores trazendo um mestre do Rio de Janeiro e também foi um dos fundadores da Cimef.
Rubens Puppin: geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), destacou-se na luta pela solução de conflitos no setor de mineração.
* fonte: revista inforochas - maio de 2007 (ano 3, nº 18).

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Laboratório de Beneficiamento de Rochas Ornamentais






Senai Cachoeiro reúne comunidade empresarial para apresentar Projeto de Construção de Laboratório de Beneficiamento de Rochas Ornamentais e Desenvolvimento de Produtos

Nesta terça-feira, 10 de junho, empresas e entidades ligadas ao setor de Rochas Ornamentais do Sul do Estado se reuniram no Senai Cachoeiro para conhecer e analisar o Projeto de Construção de um Laboratório de Beneficiamento de Rochas Ornamentais e Desenvolvimento de Produtos, previsto para ser implantado nos próximos meses.
Uma Marmoraria Escola será construída nas dependências do SENAI Cachoeiro visando atender as demandas de capacitação de mão-de-obra do segmento de mármores e granitos, objetivando ampliar as garantias de empregabilidade dos seus profissionais.
Marcaram presença representantes do CETEMAG, CEFETES, SEBRAE, Sindirochas, SETADES, SESI, Jaciguá Mármores e Granitos, Grupo Renato Rangel, Polipox, Polita, Cajugram, DMG Abrasivos, Gramasa, AAMOL e Cobral Abrasivos.
Foi apresentado o Projeto da Planta Baixa e Layout e colhidas sugestões dos presentes. Outras reuniões para debater este empreendimento serão realizadas, como a formação de uma Câmara Setorial para definição dos conteúdos programáticos dos cursos que serão oferecidos. Os investimentos previstos em estrutura física e equipamentos são de R$ 430.000,00 (quatrocentos e trinta mil reais), a serem aplicados ao longo do ano de 2008 pelo SENAI-ES. O início da operação do Laboratório está previsto para julho de 2009.



































Deise M. Mozer


Assistente de Marketing - Senai Cachoeiro
Ramal direto: 3005 Telefax: (28) 3522-4015
Telefone móvel: (28) 9975-5207

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Empresários de rochas iniciam projeto “Movimentação de Chapas”

Extraído do Portal Marble

Um das ocasiões mais sensíveis à acidentes nas indústrias de rochas ornamentais ocorre com a movimentação de chapas. Para aumentar a segurança nas empresas, o Sindirochas e o Senai/ES criaram o projeto “Movimentação de Chapas”. Ele vai capacitar profissionais de todas as regiões do Estado na área de segurança do trabalho.
O treinamento possui três módulos: Módulo I - Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho(básico); Módulo II - Segurança para Operador de Ponte Rolante e Módulo III - Segurança no Armazenamento de Chapas.
Os módulos para operar ponte e armazenar chapas são obrigatórios e determinados pela NR-11, norma do Ministério do Trabalho para transporte e manuseio de cargas.
Para o presidente do Sindirochas, Áureo Mameri, o objetivo do projeto não se restringe ao cumprimento da legislação trabalhista. “A prevenção de acidentes não se faz simplesmente com a aplicação de normas. Deve-se, acima de tudo, buscar condições seguras e saudáveis no ambiente de trabalho, o que significa proteger e preservar a vida e, principalmente, ter a certeza de estar atuando com responsabilidade social e, dessa forma, estar construindo qualidade de vida”, afirma Mameri.
O primeiro módulo do curso aconteceu em maio para mais de 50 profissionais de Cachoeiro de Itapemirim. Na seqüência, eles serão treinados sobre “Segurança na movimentação de cargas utilizando pontes rolantes”, com aulas práticas realizadas em empresas da região durante o mês de julho.
Também já foram agendadas outras turmas do módulo “Saúde, segurança e higiene do trabalho” em mais três municípios capixabas: Mimoso do Sul (21 a 24 de julho); Nova Venécia (28 a 31 de julho) e Serra (7 a 8 de agosto).

Argamassa ambiental para construção civil

Extraído do site da Agência FAPESP

11/06/2008 – O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), desenvolveram projeto de uma argamassa ambiental.
Segundo as instituições, trata-se de alternativa ecológica e econômica às 720 toneladas de resíduos finos (“pó de rochas”) lançadas mensalmente pelas serrarias de rochas ornamentais nos riachos e rios do município de Santo Antônio de Pádua (RJ).
O resultado prático do estudo dos dois institutos de pesquisa é a inauguração, nesta quarta-feira (11/6), da primeira fábrica de argamassa ambiental no Rio de Janeiro.
A empresa Argamil investiu R$ 8 milhões na instalação da fábrica em Santo Antônio de Pádua, e o Banco de Fomento do Rio de Janeiro (Investrio), R$ 2 milhões para viabilizar o projeto. A fábrica tem capacidade de produzir 1,24 tonelada por mês do produto.
Cetem e INT avançaram na pesquisa da argamassa ambiental a partir da utilização dos resíduos produzidos pelas serrarias que cortam, à beira dos rios, rochas conhecidas como pedras miracema e madeira, para aproveitamento em revestimento de pisos e paredes na construção civil.
A nova técnica, além de reciclar a água poluída, gera um resíduo sólido que, após secagem, pode ser utilizado na formulação da argamassa. Segundo o Cetem, a argamassa ambiental permitirá economia de outras substâncias minerais como a cal ou o calcário, que serão substituídos pelo pó de rocha na formulação da argamassa.
Mais informações:
www.cetem.gov.br

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Projeto amplia rol de empresas exportadoras beneficiadas por subvenções econômicas

Extraído do site Agência Senado

COMISSÕES / Assuntos Econômicos - 23/05/2008 - 17h59
Augusto Castro / Agência Senado

Os senadores que integram a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) reúnem-se na próxima terça-feira (27), às 10h, para deliberar sobre uma pauta com 11 itens. Eles devem votar em caráter terminativo, por exemplo, o projeto de lei (PLS 632/07) do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) que inclui empresas do setor pesqueiro, de produção de óleos de palma e de babaçu, de pedras ornamentais, entre outras, no rol de firmas exportadoras beneficiadas por subvenções econômicas previstas na Lei nº 11.529/07. Os senadores votarão o substitutivo do relator Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que incluiu as sete emendas apresentadas à proposta. Entretanto, há outra emenda apresentada posteriormente, de autoria do senador Marconi Perillo (PSDB-GO).
O projeto estende os benefícios fiscais da Lei nº
11.529/07 aos setores exportadores dos seguintes produtos: óleos de amêndoas de palma e de babaçu; certos produtos de madeira; peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos; peles e couros; máquinas para colheita ou debulha de produtos agrícolas; cortadores de grama e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas e outros produtos agrícolas; e artigos para jogos de salão.
De acordo com Francisco Dornelles, os setores beneficiados foram "bastante afetados pela valorização do real em face do dólar norte-americano". As emendas incorporadas no substitutivo estendem os benefícios para outros produtos: mamões; frutas secas; farinhas; ardósia; mármores e granitos; folhas para compensados; madeira serrada; entre outros.
Em seu parecer, Flexa Ribeiro concorda com Francisco Dornelles sobre os prejuízos, para vários setores exportadores, da valorização do real frente ao dólar. Para o relator do
PLS 632/07, os benefícios fiscais ajudarão esses setores a manterem a competitividade no comércio internacional.
Programação monetária
Os senadores da CAE também poderão apreciar mensagem do Senado Federal (
MSF 04/08) sobre a programação monetária para o primeiro trimestre e para o ano de 2008. O parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a matéria é favorável ao acolhimento da programação monetária aprovada, no final de 2007, pelo Conselho Monetário Nacional.

Seminário promovido pelo Sindirochas discute o reaproveitamento de resíduos



Extraído do site da Revista Inforochas


Aconteceu no dia 22 de maio o Seminário Meio Ambiente e o Setor de Rochas, promovido pelo Sindirochas. O evento foi realizado pela quinta vez seguida na cidade de Cachoeiro de Itapemirim e contou com a presença de diversas autoridades, representantes do setor, empresários e estudantes da região.
O presidente do Sindirochas, Áureo Mameri, abriu o encontro falando sobre a importância de as empresas do setor se adequarem às normas de respeito ao meio-ambiente. “As empresas que não tiverem comprometimento com as questões ambientais fatalmente não ficarão no mercado. Isto não é matemática, não é lei e nem é regra; é o que a sociedade e os nossos compradores exigem.”
O prefeito de Cachoeiro, Roberto Valadão, parabenizou a iniciativa do Sindirochas e destacou que em todo o mundo a consciência ambiental vem crescendo e causando grandes transformações. “Este tema domina a atual geração. Todos os setores da atividade econômica deveriam promover pelo menos um debate como este por ano, para que a população de modo geral compreenda a importância do desenvolvimento sustentável.”
Também marcaram presença o diretor técnico do Iema, Aladim Fernando Cerqueira; o gerente do Sebrae, Mário Barradas; o vice-presidente do sistema Findes, Aristóteles Costa Neto; o gerente do Credirochas, Maximauro Correa; o presidente do Cetemag, Emic Malacarne; e o presidente do Sindimármore, Gildo Abreu, entre outras autoridades.
“Fim da cola”
Em um momento de descontração, o primeiro palestrante do dia, o engenheiro químico Dr. Roberto Carlos Ribeiro, aproveitou a presença de um grande grupo de estudantes no evento para mostrar uma forma de reaproveitamento de resíduos de rochas ornamentais para dificultar que os alunos pratiquem a famosa e pouco recomendada “cola” nas provas.
“Rejeitos de rochas podem servir para a fabricação de tampos de mesas e carteiras à prova de cola, pois geram um material onde não é possível que o aluno apague o que escreve. Assim, os professores terão a prova do crime”, esclareceu. Os estudantes presentes na platéia manifestaram seu descontentamento pela descoberta com um sonoro “aaaaah”, que ecoou no teatro Rubem Braga, local do seminário.
Também realizaram palestras a Dra. Ana Cândida e o secretário municipal de Meio Ambiente Valério Raymundo, que apresentaram uma pesquisa de caracterização dos resíduos de rochas ornamentais para reaproveitamento em diversas áreas, e o advogado Eladio Lecey, que falou sobre o Direito Ambiental e os reflexos judiciais para os empresários do setor.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Centrorochas reúne associados para prestação de contas



Extraído do site da Revista Inforochas

O Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) reuniu empresários em assembléia no dia 20 de maio, na Tracomal, na Serra. Durante o encontro, foi apresentada e aprovada a prestação de contas da entidade. O presidente do Centrorochas, Adilson Borges Vieira, fez um balanço das exportações nacionais e capixabas nos últimos dez anos.
De acordo com dados apurados pela entidade, o faturamento das exportações capixabas cresceu 937% desde 1997, saltando de US$ 70.036.725 para US$ 726.070.341 em 2007, com destaque para a evolução nas vendas de produtos manufaturados, que registrou crescimento de mais de 1.900% no mesmo período, contra um saldo positivo de apenas 162% na exportações de blocos.
Borges aproveitou a oportunidade para mostrar um vídeo sobre o Porto de Açu, que está sendo construído na cidade de São João da Barra, no Rio de Janeiro, e que pode ser uma opção para o transporte de rochas. “O que chama a atenção nesse porto é que a atracação do navio fica a 1,5 km da praia”, comentou.
Durante a assembléia, os empresários discutiram o desaquecimento do mercado consumidor de rochas capixabas e a inadimplência, sobretudo dos clientes norte-americanos.
Ao final do evento, os exportadores participaram de palestra sobre Drawback e informações sobre cobrança nos EUA, ministrada pelo diretor do Grupo Serpa, Afonso Reis.

Cuidado com o tratamento fitossanitário NIMF-15


Extraído do site da Revista Inforochas


Nos últimos meses, vários contêineres exportados foram rechaçados por falta de carimbo e por fraude nos tratamentos.
Segundo a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Márcia Ismério, é muito importante que junto com o certificado de tratamento fitossanitário ou fumigação seja solicitada à empresa tratadora o comunicado de tratamento fitossanitário com a chancela do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Esse é o documento que comprova que o tratamento está de acordo com as legislações brasileiras e que o ministério foi devidamente comunicado”, afirmou Márcia.
O que o empresário ganha com isso? De acordo com a superintendente do Centrorochas, se houver demanda para rechaço por qualquer problema (carimbo é o mais comum), poderá a empresa tratadora solicitar ao Mapa que valide o certificado com sua chancela e assim o processo de rechaço poderá ser revertido.
Vale lembrar que essa chancela não garante que as autoridades do país de destino não devolverão o contêiner.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A outra face

EDITORIAL EDIÇÃO N° 69 - Revista Pedras do Brasil

Toninho Carlos - Diretor de Redação

O MINISTÉRIO PÚBLICO COBRA porque está no direito e no dever de cobrar. Os ambientalistas reclamam, debatem, mas sequer chegam a conclusão do que realmente desejam. Seus objetivos não são transparentes. Os órgãos ambientais e o governo que deveriam ter solução para o problema, estão perdidos. Todos jogam o jogo da sedução, e a mídia desinformada ataca as empresas que passaram a ser as grandes vilãs do século 21.

Discutir a política ambiental no Brasil é muito complexo. O tema é bonitinho, atrai a imprensa, está na boca do povo, desperta patrocinadores, mas o assunto ainda é um tabu.

As empresas têm receio de debater a cerca do assunto, e desorientadas plantam árvores, algumas frutíferas, outras até eucaliptos, e acreditam que estão contribuindo para o bemestar do Planeta.

Enquanto isso, as autoridades ambientais, os paladinos da justiça, alguns com poder de conclamar a força policial invadem empresas, ameaçam prender empresários, oferecem denúncias ao Ministério Público, exigem uma quantidade de providências, e depois vão embora e voltam dias depois com novas exigências. Isso custa caro aos cofres das empresas que se vêem agredidas, intimidadas, e sem defesa. E geram desemprego.

Os empresários do setor de mármore e granito do Espírito Santo têm sofrido com a pressão das ditas autoridades e a força-tarefa, agressiva, desrespeitosa, intimidadora e incapaz. O setor, se levarmos em consideração outras atividades minerais, a pecuária e a agricultura que utilizam agrotóxico de maneira desordenada, afetando o lençol freático, secando rios e córregos, é o que oferece menor risco ao Planeta. Os resíduos de mármore e granito, sobretudo o calcário, que é utilizado como corretivo do solo, na prevenção contra acidez.

Quantos hectares, alqueires, quilômetros quadrados são necessários para uma boa plantação de cana de açúcar, café e uma agricultura sólida e rentável? Quantos alqueires são necessários para formar uma fazenda de gado, de leite ou de abate? Que tipo de degradação estas economias oferecem à terra, em nome do progresso? As rochas naturais degradam duas vezes menos o meio ambiente, se comparadas a cerâmica.

Desde 1991 tramita na Câmara Federal um projeto de lei que discute a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que se aprovado, pode acabar com as polêmicas sobre os resíduos perigosos. Fatores até então desconhecidos da maioria da população impedem que haja uma normatização eficaz. O desarquivamento e colocação em votação deste projeto, é um processo político e há muitos interesses em jogo, sobretudo das megas mineradoras e principais poluidoras do Planeta. Aí fala mais alto quem tem mais dinheiro.

Há também de se destacar que o setor de pedras ornamentais é o que mais aproveita os resíduos – sobras – de pedreiras, serrarias e marmorarias na fabricação de seixos, mosaicos, cimento, correção do solo, muros de contenção. Como se observa, este setor é perseguido e mal entendido, embora não seja nenhum santo e nem nós da Revista Pedras do Brasil queremos defender ou esconder erros. Apenas que se faça justiça.

A reportagem especial de capa, deste mês, sobre meio ambiente, mostra que existe por parte de algumas empresas a preocupação com a preservação ambiental. As cobranças são grandes e as soluções oferecidas, mínimas e ineficazes. Gasta-se muito dinheiro para nada, justamente para atender e ficar bem com os representantes dos órgãos de governo, que deveriam ter uma política clara, transparente e eficaz de controle ambiental. Mas não tem.

MSN: toninhocarlos@revistapedras.com.br CEL.: +55 (28) 8114-1008


Fiscalizem o IEMA e o DNPM

Recebido do Diretor de Redação da Revista Pedras do Brasil

Está virando moda no Espírito Santo pedir prisão a empresários do setor de mármore e granito. A polícia, seja federal ou militar, age, obedecendo os soberanos e inoperantes órgãos de defesa ambiental, IEMA e DNPM. As pedreiras têm que funcionar, sim, porque geram empregos e renda e precisam pagar seus compromissos. O que deveria é o Governo, que é sócio das empresas, através dos recolhimentos dos tributos fiscais e contribuições como o INSS, ISS, Cofins, PIS e IR, e incentivos morais, entre outros, definir o que é certo ou errado.

Falta competência, boa vontade e interesses políticos.

Tem empresário que de fato deveria estar na cadeia, mas estes são minoria, como tem fiscais e policiais que não servem para servir a quem de fato é de direito pagam o seu salário. É preciso que haja uma definição do que é certo e o que é errado. Enxergo mais erros nas ações das instituições governamentais, que é quem deveria zelar pelo desenvolvimento do bem público, do que propriamente nos empresários que não têm suas licenças liberadas, sejam elas pelo IEMA ou pelo DNPM. Sabe lá por quê...

Uma licença para colocar em operação uma pedreira leva até oito (8) anos, quando poderia levar 90 dias. E o pior é que algumas empresas conseguem as licenças rápidas. Isso é, no mínimo estranho. E quantas empresas suportariam manter seus quadros de funcionários, ou os contratos de entregas com tanta morosidade e má vontade do IEMA e do DNMP?

No início do ano, a bancada capixaba, composta por dez deputados federais e três senadores, com o objetivo de acelerar os trâmites dos processos no DNPM, indicou uma mulher para assumir a diretoria do órgão no Estado, a cachoeirense Olívia Tirelo. A pressão interna foi tanta que a recém empossada diretora foi convidada a tirar umas férias. O órgão ficou sem representante legal, e agora é indicado Renato Mota, funcionário da entidade, ao contrário de Olívia Tirelo. Por aí dá para se tirar algumas conclusões. Nada contra Renato Mota, que nem o conheço.

A reportagem publicada na edição de hoje – sexta-feira, 16 de maio -, sob o título Polícia apreende R$ 4,4 milhões em rochas ilegais, e tendo como linha fina a chamada: Quatro sócios de pedreiras no Norte do Estado integravam uma quadrilha que atuava sem licença é caso de polícia, de averiguação e de ação na Justiça. Isso é uma denúncia grave, uma afirmação.

A matéria é exclusiva do jornal A Gazeta, com foto tirada pela Polícia Federal, e beneficia o repórter Abdo Filho, filho do diretor de jornalismo, Abdo Chequer, da TV Gazeta. Pode ter sido uma coincidência, claro que pode, mas também pode ter havido maldade e privilégios. Afinal este setor que emprega mais de 25 mil chefes de famílias tem sobrevivido através de favorecimentos.

Se existe notas fiscais frias ou com valores menores, o problema é da Secretaria de Estado da Fazenda que já foi alertada sobre esta prática, inclusive nas divisas dos Estados do Rio de Janeiro com o Espírito Santo, e posto do Denit. Eu mesmo fui testemunha. Se faz vistas grossas é porque não quer agir. Alguém está levando vantagem. Mas é bom lembrar que crime de sonegação é um, e operação sem licença é outra.

Quanto aos indícios de sonegação fiscal, com os blocos sendo faturados a R$ 750,00, quando o valor real é R$ 5,5 mil, vale lembrar que mais uma vez a fiscalização deveria ser da Secretaria da Fazenda e não da polícia federal, militar, IEMA ou DNMP. E tem mais, um mesmo bloco, dependendo da qualidade do produto, o preço pode variar e, inclusive ficar jogado como rejeito. É uma questão de avaliação.

Atenciosamente,

Assessoria de Imprensa
Revista Pedras do Brasil
(27) 3334 0434