domingo, 26 de abril de 2015

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Por uma extração sustentável

Abaixo, matéria extraída do site da Revista Lugar de Notícias

O desafio está lançado. A corrida por um mundo ecologicamente equilibrado está tomando grandes proporções e o setor empresarial deve se adequar urgentemente. E quanto às rochas ornamentais? Realmente dá para se enquadrar nessa realidade?

REPORTAGEM Sara Moreira      FOTOS Márcia Leal
Foi dada a largada – o que não significa que fora dada a tempo. Pessoas físicas e jurídicas precisam projetar e colocar em prática uma vida/empresa ecologicamente correta, que não deixe de dar qualidade e conforto/lucros, mas que não seja à custa dos recursos naturais. Cientistas, estudiosos, ativistas e pessoas do gênero já provaram “por a mais b” que é preciso, sim, se adequar às exigências ambientais, garantindo a perpetuação da raça humana no planeta. É mais que uma questão de sustentabilidade. Virou questão de bom senso.
Geralmente quando se fala em extração de rochas, a imagem que vem à mente é a de uma enorme área desmatada com uma pedra de tamanho incalculável sendo dissecada ali mesmo. E em geral é assim mesmo que ocorre. A diferença, já não tão novidade assim, é que nos últimos tempos, está surgindo uma nova espécie de empresário do setor; sem contar o tipo que se camufla e defende a falsa bandeira da “economia verde”, está despontando uma classe de empresários realmente preocupada em devolver um pouco, ou muito, do que fora tirado da natureza em prol do setor.
“Mediante a efetiva presença do poder público (órgãos fiscalizadores) junto às diversas modalidades de mineração, os empresários e seus consultores têm procurado melhor mitigação do impacto ambiental, entendimento com as comunidades locais e compensação por danos não mitigáveis, propiciando melhoria da imagem da mineração junto à sociedade”, afirmou Flávia de Godoi, Coordenadora de Licenciamento de Mineração do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Segundo dados do Instituto, o número de autos de multa e intimação caiu, se comparado a 2011 e 2012. Porém, os autos de interdição e embargo aumentaram no mesmo período. Ainda há muito que se fazer, e em todas as esferas, seja pública ou privada.
O Espírito Santo é o maior produtor, processador e exportador de rochas no Brasil. Cerca de 75% das exportações em dólares e 67% em volume de todas as rochas exportadas pelo país no ano passado saíram do Estado. Segundo informações divulgadas pelo Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), a atividade de rochas ornamentais contribui com cerca de 8% do PIB capixaba e gera em torno de 120 mil empregos diretos e indiretos.
Números grandes, assim como a quantidade de empresas no Estado. De acordo com levantamento do Iema, no total são 1.543 processos de licenciamento ambiental da atividade de extração de rochas; destes, 427 (28%) possuem requerimento de primeira licença ainda aguardando análise técnica (cada processo de licenciamento tem no mínimo três requerimentos de licença). “Um dos entraves do setor no Estado é a falta de cumprimento de prazos para análise de processos e liberações de licenças, seja por paralisia, inoperância ou omissão no desempenho das obrigações.
Nossa vigilância é permanente nos assuntos relacionados ao meio ambiente, que é agravada pela burocracia para se obter o licenciamento”, afirmou o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça. Dados do Iema apontam que entre 2011, 2012 e janeiro de 2013, 275 empresas foram autuadas pela Coordenação de Licenciamento de Mineração do Iema.
Já pela Gerência de Fiscalização do mesmo instituto, entre multas, intimações e embargos, foram 54 em 2011; 44 autuações em 2012; e três em janeiro deste ano. Outro desafio foi, e continua sendo, a crise internacional, que teve os primeiros sinais em 2007 e afetou de maneira catastrófica o setor. “A crise foi enfrentada a partir de muita criatividade, do uso de novas tecnologias e a maior atenção voltada ao mercado interno”, afirmou Mendonça. Segundo ele, a atual crise econômica na Zona do Euro não afetou significativamente o setor. “Observa-se que o mercado de rochas ornamentais no Brasil está bem mais maduro. A crise mundial e a crise imobiliária americana, bem ainda a crise pela qual passa boa parte dos países europeus, despertaram nas empresas de rochas necessidades de trabalharem de forma mais planejada, de valorizarem mais o mercado interno, de analisarem riscos, de buscarem formas para redução de custos e obtenção de uma maior produtividade a partir da capacitação de pessoal, da melhoria de processos e produtos e da implantação de novas tecnologias”, ressaltou o presidente do Sindirochas. Investimentos em novas tecnologias e também na busca de profissionais especializados, principalmente na área ambiental, vem tomando forma no perfil das grandes empresas.
Bióloga na extração de rochas
Em Cachoeiro de Itapemirim, o maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais das Américas e segundo maior do mundo, uma empresa em especial foi além das condicionantes ambientais exigidas pelo Estado.
Há três anos, a Bióloga e Mestre em Engenharia Ambiental, Giselle Intra, tem a carteira assinada na empresa Marbrasa. “Quando falo para algumas pessoas que sou bióloga e trabalho numa empresa de extração de rochas, elas não conseguem associar uma coisa à outra e acham estranho”, brincou. Mas trabalho não falta. Afinal, quatro caminhões com 20 toneladas de lama abrasiva saem por dia da empresa rumo a tratamento e destinação final; todo o entorno da sede e das nove jazidas estão em processo de reflorestamento; ela ainda ajuda a cuidar de um bosque de 4,7 mil metros quadrados e 670 mudas que está sendo finalizado nos fundos da empresa; fiscaliza os licenciamentos ambientais, o cumprimento das condicionantes e os processos de reutilização de água; e também realiza palestras de educação ambiental para os 320 funcionários, ensinando-os a separar e descartar o lixo de forma correta.
“Não é nada fácil, mas é recompensador ver os frutos”, afirma Giselle, fazendo questão de mostrar, com orgulho, o bosque e descrever todas as espécies: pau-brasil, ibisco, cajá, pitanga, pata de vaca, aroeira, coqueiro, jequitibá rosa e muitas outras.
Segundo a bióloga, a preocupação com o meio ambiente tornou-se primordial na empresa. “Prova disso é que, no quesito reflorestamento como condicionante, 44,52% das áreas verdes são as exigências legais; o restante, 55,8% das áreas foram reflorestadas pela própria empresa, sem ter essa obrigação”, afirmou Giselle. Além do reflorestamento, a Marbrasa também investiu em equipamentos que diminuem os impactos. Foi inaugurado no ano passado na jazida de Colatina, norte do Estado (considerada a maior do país), as instalações de um Tear multifio e 3 bi-fios, que são capazes de produzir 20 mil metros quadrados de chapas de granito preto São Gabriel.
Na prática, as pedras são serradas no local da extração, evitando transportes e outros impactos. Ao lado da nova estrutura está pronto o mais moderno sistema de filtro prensa existente no país, que elimina o processo gerador de lama abrasiva.
Empresas diminuem impactos do setor
A necessidade de descarte da lama abrasiva e de outros resíduos tem se tornado preocupação dos empresários do ramo, que cada vez mais procuram empresas especializadas neste tipo de serviço, também chamado de “logística reversa dos materiais”. Duas delas vem se destacando no cenário. Com sede em Vila Velha, a empresa Cycle nasceu há dois anos e já possui uma significativa carteira de clientes – três deles são empresas de rochas. Juntas, essas empresas descartam mais de 1,6 mil toneladas de resíduos por mês. “Recolhemos esses materiais, inclusive os resíduos perigosos de Classe I, reaproveitamos e devolvemos aos diversos setores do mercado. Também realizamos orientação a essas empresas quanto ao descarte necessário”, afirmou Cláudio Carneiro, Gerente Operacional.
Outra empresa especializada em destinação correta da lama abrasiva é a Associação Ambiental Monte Líbano (AAMOL), fundada há seis anos em Cachoeiro de Itapemirim. Parte da lama abrasiva é depositada num aterro ambientalmente correto, e a outra parte é reaproveitada para a produção de blocos de concreto. Um estudo inédito está sendo realizado em parceria com Universidades para a produção de argamassa a partir dessa mesma lama. Se tudo der certo, será uma excelente alternativa de reutilização dos resíduos na construção civil e o meio ambiente agradece.
Artesanato de resíduos
Em Cachoeiro de Itapemirim, bons exemplos de reciclagem de resíduos não faltam. A partir de sobras de pedras que não podem ser utilizadas nas indústrias, o artesão Romário Simão da Rosa fabrica elegantes peças de design arrojado. Seus trabalhos ganharam destaque no “Catálogo do Artesanato Capixaba 2012” e podem ser conferidas no site www.rrgranitos.com.br. Mais informações: (28) 9884-2961.

Entrevista
Flávia Karina Rangel de Godoi, Coordenadora de Licenciamento de Mineração do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), fala com exclusividade à Lugar de Notícias sobre os desafios do Estado em relação ao setor rochas e meio ambiente.
Qual a preocupação do Iema em relação ao meio ambiente no setor de rochas?
O desafio da gestão ambiental do setor de mineração é grande e impõe a necessidade de um trabalho rigoroso em função da sua importância socioeconômica, dos impactos ambientais causados pelas atividades, da necessidade de interação com outros órgãos (DNPM, Idaf, prefeituras), bem como da necessidade de promover e difundir uma cultura de exploração racional e que respeite o meio ambiente, além da própria demanda burocrática.
Das condicionantes exigidas, quais os empresários encontram maior dificuldade de cumprir e por quê?
O maior desafio das empresas é, sem dúvida, proceder com a correta disposição dos refugos da lavra, comumente denominados de rejeitos, que são os fragmentos de rochas não aproveitáveis economicamente e que em grande parte das empresas o volume gerado chega a ser maior que o volume de blocos comerciais. As dificuldades se iniciam na escolha do lugar adequado, pois demandam áreas extensas e com características específicas; o método de transporte e o método de disposição, tendo em vista que a gestão desses fragmentos não é tarefa fácil e requer cuidados permanentes, principalmente para garantir estabilidade mecânica, segurança, conformação topográfica e harmonia paisagística. Outro ponto de grande dificuldade para as empresas está relacionado à condicionante sobre exigência de execução de medida compensatória pelos danos ambientais irreversíveis provocados pela atividade, onde na maioria dos casos refere-se ao reflorestamento. A dificuldade está em encontrar áreas disponíveis para tal. Na falta dessa área disponível, a empresa acaba optando por apresentar medidas alternativas.
O Instituto percebeu alguma melhoria na percepção dos empresários do setor de rochas em relação à preservação ambiental?
Sim, mediante a efetiva presença do poder público junto às diversas modalidades de mineração, seja através do Iema, Polícia Ambiental e demais órgãos fiscalizadores, os empresários e seus consultores têm procurado melhor mitigação do impacto ambiental, entendimento com as comunidades locais e compensação por danos não mitigáveis, propiciando melhoria da imagem da mineração junto à sociedade. Para 2013 está prevista a realização de novas palestras voltadas aos empresários/empregados das áreas de extração (pedreiras), a ocorrer em municípios da região Sul e Noroeste do Estado. A agenda das palestras, assim que concluída, será devidamente divulgada pelo Sindirochas. Essa melhoria na percepção está muito relacionada, também, com o caráter orientativo adotado pelos técnicos quando realizam as vistorias, ou seja, aplicam as penalidades quando necessário, mas ao mesmo tempo procuram orientar o empreendedor sobre como proceder tanto tecnicamente quanto administrativamente, para corrigir as irregularidades constatadas.
Como conter a extração ilegal? O que já é feito e o que pode melhorar?
O Iema possui analistas atuando diretamente na fiscalização das atividades ilegais, bem como na fiscalização do controle ambiental visando o efetivo cumprimento das condicionantes impostas pelas licenças ambientais, através de constantes vistorias de campo. Ocorre que, infelizmente, o número de analistas frente à demanda ainda é insuficiente e a presença dos mesmos em campo não é permanente, o que propicia a execução de atividades ilegais. Estas vistorias são planejadas conforme o recebimento das denúncias formuladas pelo Disque Denúncia ou Internet, e as providências tomadas decorrem da aplicação da Lei Estadual de Fiscalização nº 7.058/2002, podendo ocasionar a lavratura de autos de multa, de interdição e/ou apreensão de máquinas/equipamentos. Para intensificar o poder de autuação pelo órgão ambiental é recomendado que as denúncias sejam encaminhadas com o maior detalhamento possível, principalmente com indicação correta do local e descrição do suposto dano/crime ambiental. Além disso, é muito importante a efetiva colaboração dos demais agentes ambientais (funcionários das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Obras, Agricultura e outras; Polícia Militar Ambiental; Ibama; Idaf; DNPM e outros), os quais também possuem competência legal para efetuar diligências nos locais e registrar as ocorrências verificadas. Ações voltadas para a diminuição da burocracia, redução no tempo de emissão das licenças, construção de regras mais claras (facilidade de entendimento) e capacitação de empreendedores e consultores são exemplos do que ainda pode ser melhorado.

Cachoeiro firma parceria com Itália para o aproveitamento de resíduos de rohas


Abaixo, matéria extraída da Revista Lugar de Notícias


Jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional

Abaixo, matéria recebida de nosso parceiro Meta e Medicina do Trabalho







CONSULTORIA, ASSESSORIA TÉCNICA EM MEDICINA OCUPACIONAL DO TRABALHO

Foi publicada no Diário Oficial de hoje, 3-3, a Lei 13.103, de 2-3-2015, que altera, dentre outras, a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43, o CTB – Código de Trânsito Brasileiro, aprovado pela Lei 9.503, de 23-9-97, bem como revoga dispositivos da Lei 12.619, de 30-4-2012, para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional, inclusive no que se refere a viagens de longa distância.

Neste ato destacamos:

· São enquadrados como motoristas profissionais de veículos automotores aqueles cuja condução exija formação profissional e exerçam as atividades de transporte rodoviário de passageiros e de cargas;

· Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão, por ocasião do desligamento, bem como para a habilitação e renovação da CNH – Carteira Nacional de Habilitação, no caso de condutores das categorias C, D e E;

· Salvo previsão contratual, a jornada de trabalho do motorista empregado não tem horário fixo de início, de final ou de intervalos;

· A jornada diária do motorista profissional continua sendo de 8 horas, com possibilidade de 2 horas extras, totalizando o máximo de 10 horas. Por meio de convenção ou acordo coletivo, as horas extras podem chegar a 4 horas, resultando na jornada de 12 horas;

· A cada 6 horas na condução de veículo de transporte de carga, o motorista deverá descansar 30 minutos, mas esse tempo poderá ser fracionado, assim como o de direção, desde que o tempo dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 horas contínuas;

· A cada 4 horas na condução de veículo rodoviário de passageiros serão observados 30 minutos para descanso, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção;

· O descanso obrigatório diário, de 11 horas a cada 24 horas, poderá ser fracionado, usufruído no veículo e coincidir com os intervalos de 30 minutos. O primeiro período, entretanto, deverá ser de 8 horas contínuas;

· Nas viagens de longa distância com duração superior a 7 dias, o repouso semanal será de 24 horas por semana ou fração trabalhada, sem prejuízo do intervalo de repouso diário de 11 horas, totalizando 35 horas, usufruído no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do repouso.

Clique aqui e veja a íntegra da Lei 13.103/2015, que entra em vigor 45 dias após 3-3-2015, observada a produção de efeitos de alguns dispositivos.

Análises: Anfetaminas (arribites e demais drogas estimulantes), Maconha, Álcool, Cocaína e derivados (crack etc).

A Lei 13.130/15, que foi publicada no Diário Oficial da última terça-feira, além de alterar regras como tempo de descanso e isenção de pedágio para eixo suspenso, adiou a entrada em vigor da obrigatoriedade do exame toxicológico para habilitação e renovação nas categorias C, D e E.

De acordo com a nova Lei, os exames só serão obrigatórios a partir de 03 de junho de 2015 e não mais em 30 de abril, como previsto anteriormente em Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

ESTAMOS APTOS A REALIZAR OS EXAMES A PARTIR DA DATA DEFINIDA POR LEI (03/06/2015}.. 

ENTRE EM CONTATO CONOSCO. metamedicina@oi.com.br (28) 3518 3632 – Sype Vanda Biazatti ou metamedicinatrabalho.

sexta-feira, 13 de março de 2015

13 anos de informação






E lá se vão 13 ANOS divulgando as matérias que estão circulando nos meios de comunicação, concernentes e de interesse do APL de Rochas Ornamentais.

OBRIGADO AOS PARCEIROS QUE DESDE O INÍCIO ENTENDERAM NOSSO PROPÓSITO e todos que recebem diariamente nossos emails informativos.

Caso queira indicar alguém para que passe a receber os emails informativos diários, basta nos informar o endereço eletrônico para que façamos a inclusão.

Que o Senhor vós abençoe e vos guarde hoje e sempre… Amém!!!



Balança Comercial do Setor de Rochas

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

·         Período: 01 - 02 / 2015
    • Exportação: US$ 151.228.658,00
    • Importação: US$ 8.985.134,00
    • Saldo: US$ 142.243.524,00
·         Variação em relação ano anterior (%)

    • Exportação: -12,21%
    • Importação: -30,54%

Balanço das Exportações e Importações em Janeiro de 2015

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

No mês de janeiro de 2015, as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento somaram USD 66,57 milhões e 123.674,24 toneladas, com variação respectivamente positiva de 2,13% e negativa de 7,1% frente a janeiro de 2014. As rochas processadas (capítulo 68) compuseram 82,20% do faturamento e 59,33% do volume físico exportado, marcando um incremento de respectivamente 6,68% e 8,86% frente a janeiro de 2014.

As rochas silicáticas brutas (posição 2516) compuseram apenas 17% do faturamento e 39,64% do volume físico das exportações com variação negativa de respectivamente 17,49% e 24,22% frente a janeiro de 2014. As exportações de rochas carbonáticas brutas (posição 2515) somaram USD 533,58 mil e 1.280,52 toneladas, registrando variação positiva de respectivamente 213,04% em valor e 7,28% em peso frente a janeiro de 2014.

As exportações de rochas para os EUA somaram USD 42,94 milhões e 54.660,28 toneladas, com incremento de respectivamente 8,18% e 9,39% frente a janeiro de 2014. Os produtos exportados pela posição 6802, quase essencialmente representados por chapas polidas de granito, quartzito e mármore, compuseram 98,93% do faturamento e 98,43% do volume físico comercializado. 

As exportações de rochas para a China, seguindo a tendência já observada a partir do 2º semestre de 2014, registraram uma queda muito significativa de 43,70% no faturamento e 42,31% no volume físico, somando apenas USD 5,93 milhões e 31.373 toneladas no mês de janeiro de 2015. É importante registrar que as rochas brutas, representadas por blocos de granito e outros materiais naturais, compuseram 98,81% do faturamento e 99,41% do volume físico exportado para esse país.

Para efeito de comparação e planejamento, registra-se que as exportações para os EUA compuseram 64,5% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas, enquanto a China, segundo principal destino das nossas exportações, representou apenas 8,9% desse total. As exportações para a Itália, compostas por 88% de rochas brutas, somaram USD 4,22 milhões no mês de janeiro, ficando muito próximas às da China, mas com preço médio três vezes superior para os blocos.

Importações

As importações brasileiras de materiais rochosos naturais de revestimento somaram, no mês de janeiro de 2015, USD 5,72 milhões e 8.752,76 toneladas, com variação negativa de respectivamente 23,11% e 15,97% frente a janeiro de 2014. As importações de materiais rochosos artificiais somaram USD 5,34 milhões e 5.256,54 toneladas, com variação respectivamente positiva de 1,19% e negativa de 7,33% frente a janeiro de 2014. 

Como já se prenunciava desde 2013, as importações de materiais artificiais estão se igualando às de materiais naturais. A par do crescimento das importações de porcelanato, a tendência de expansão dos artificiais deve ser observada.

A queda do volume físico das importações, em janeiro, sinaliza o desaquecimento do mercado interno.

São Paulo: Termômetro para o Mercado Interno

Na cidade de São Paulo, que funciona como um termômetro para o mercado imobiliário brasileiro, o valor médio do metro quadrado de imóveis usados, vendidos em 2014, recuou 22,12% frente a 2013. Os índices de preços que abrangem imóveis novos e usados, apurados em 20 cidades brasileiras, sinalizam uma desaceleração acentuada no ritmo de alta de preço dos imóveis, com a menor variação anual da série histórica desse indicador imobiliário.

Reverte-se uma situação de mais de meia década de subida vertiginosa de preços. De janeiro de 2008 a janeiro de 2015, os imóveis acumularam alta de 218,2% na cidade de São Paulo. No Rio de Janeiro a alta foi ainda maior nesse período, alcançando 265,2%. Em 2015, prevê-se que os preços dos imóveis novos poderão apresentar perda de valor real.

Com a desaceleração da demanda no ano de 2014, os estoques de imóveis não comercializados em São Paulo atingiram 29 mil unidades no mês de dezembro, contra uma média de 17 mil nos últimos anos. Com estoques altos e demanda em baixa, o desconto se tornou uma espécie de moeda de liquidez, segundo analistas de mercado. As negociações de venda têm sido assim concluídas com descontos entre 5% e 10%.

Com inflação em alta, atividade econômica em baixa, perspectiva de piora no nível de emprego e temor com endividamentos, aponta-se que a demanda por imóveis tende a se retrair ainda mais em 2015, com diminuição do número de novos lançamentos. Além da deterioração das condições macroeconômicas, o mercado deverá enfrentar alta de juros dos financiamentos imobiliários, também segundo especialistas da área.

Cenário para 2015

Fatores conjunturais apontam algumas dificuldades para o setor de rochas ornamentais em 2015. No mercado interno configura-se um processo de desaquecimento da construção civil, atrelado ao aumento da taxa básica de juros, à retração do crédito imobiliário e a um quadro já preocupante da economia brasileira. Isto faz prever queda de atividade das marmorarias, tanto daquelas que atendem ao mercado de alto padrão, quanto, sobretudo, das empresas focadas nos consumidores de menor poder aquisitivo.

Para empresas também atuantes no mercado externo, o que inclui mineradoras e serrarias, e exclui a quase totalidade das marmorarias, os dois principais países de destino das exportações brasileiras de rochas, EUA e China, evidenciam um quadro econômico divergente: os EUA com aquecimento da economia e importações, e a China com ajustes estruturais em sua economia e retração de importações para insumos da construção civil imobiliária.

A expansão da economia e o aquecimento do mercado imobiliário dos EUA, todavia, não repercutirão com intensidade nas exportações brasileiras. Estas exportações estão muito concentradas na comercialização de chapas para o segmento residencial unifamiliar, já saturado pelo Brasil e por outros países fornecedores de rochas e produtos concorrentes (laminados, porcelanatos, engineered stones, etc.). Em 2014, as exportações brasileiras de rochas, puxadas justamente pelo fornecimento de chapas ao mercado dos EUA, tiveram incremento de apenas 3% frente a 2013, o que deverá se repetir em 2015.

Os ajustes da economia chinesa e do seu mercado imobiliário concorreram para uma queda de 200 mil toneladas nas exportações brasileiras de blocos de granito, destinadas a esse país, em 2014. Especula-se que a economia chinesa só deverá normalizar-se a partir do segundo semestre de 2016, assumindo-se que as exportações brasileiras de blocos continuarão, portanto, declinantes em 2015 e, provavelmente, em 2016. Pela retração do seu mercado interno, a China deverá competir mais intensamente no mercado internacional e particularmente nos EUA, principal destino das exportações brasileiras de rochas.

A forte valorização do US dólar, apesar de atrelada a um cenário macroeconômico negativo, poderá compensar as empresas exportadoras de blocos e, sobretudo, de chapas, mesmo frente a alta de custos internos de energia, combustíveis e de outros fatores de produção. A análise dos segmentos de atividade e atuação do setor de rochas faz, a propósito, perceber que as empresas brasileiras já atingiram uma notável capacidade quantitativa e qualitativa de produção e comercialização de blocos e chapas, suficiente até para provocar excesso de oferta.

As atividades de lavra e beneficiamento primário têm, atualmente, demandas centradas em questões legais para obtenção de títulos minerários e licenciamento ambiental, bem como de regularização fiscal. A elaboração de produtos finais, tanto padronizados quanto cut-to-size, é convencionalmente remetida às marmorarias, que hoje constituem o segmento prioritário para qualificação tecnológica e gerencial no setor de rochas ornamentais e de revestimento.

Algumas ações da ABIROCHAS estão focadas na exportação de produtos acabados. O Estudo da Competitividade do Setor de Rochas Ornamentais no Brasil, ora em desenvolvimento, permitirá alinhar ações estratégicas inclusive centradas nas marmorarias. 

Este texto foi elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho, para a ABIROCHAS – Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais, em 13 de janeiro de 2015, Belo Horizonte – MG. Os dados primários sobre exportações e importações foram obtidos a partir de consulta à Base ALICE do MDIC (www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br).

Balanço das Exportações e Importações de Rochas em 2014

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

Em 2014 as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento totalizaram USD 1.276.785.993,00 (USD 1,28 bilhão), correspondentes a um volume físico comercializado de 2.547.185,49 t. As rochas processadas, tanto simples (produtos de ardósia, quartzitos foliados, pedra morisca, etc.), quanto especiais (chapas de granito, mármore e pedra-sabão, lajotas serradas, etc.), relativas aos subcapítulos 6801, 6803 e 6802 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), compuseram 79,31% do faturamento e 51,16% do total do volume físico exportado. As rochas brutas (essencialmente blocos de granito, mármore, quartzito, etc.), integradas aos subcapítulos 2516, 2515, 2506 e 2526, representaram por sua vez 20,69% do faturamento e 48,84% do volume físico do total das exportações.

Em ordem decrescente de faturamento, os produtos mais exportados foram: as chapas de granito e rochas similares, incluindo quartzitos maciços e pedra-sabão (posições 6802.93.90, 6802.23.00 e 6802.29.00); os blocos de granito e rochas similares (2516.12.00 e 251611.00); os produtos de ardósia (6803.00.00 e 2514.00.00); as chapas de rochas carbonáticas, incluindo mármores, calcários e travertinos (6802.91.00, 6802.21.00 e 6802.92.00); os produtos das posições 6802.99.90 e 6802.10.00, que se supõe incluam produtos acabados cut-to-size e lajotas padronizadas, principalmente de granitos e rochas similares; os blocos de rochas quartzíticas (2506.20.00); os produtos de quartzito foliado, tipo pedra São Tomé (6801.00.00); e os blocos de rochas carbonáticas (2515.12.10, 2515.11.00 e 2515.20.00).

Pelas posições fiscais utilizadas, observando as rochas e produtos comerciais envolvidos, estima-se que foram exportadas cerca de 1,13 milhão t de chapas de granito lato sensu, quartzitos em geral e pedra-sabão; 21,48 mil t de chapas de mármore e, secundariamente, calcários e travertinos; 98,79 mil t de produtos de ardósia, envolvendo lajotas para piso, telhas, chapas etc.; 41,52 mil t de produtos de quartzito foliado, envolvendo lajotas serradas e de corte manual, cacos / cavacos, filetes e pavês; 1,19 milhão t de blocos de granito lato sensu; 26,29 mil t de blocos de rochas quartzíticas maciças; 28,76 mil t de blocos de mármores e rochas assemelhadas; e 12,21 mil t de produtos acabados especiais (lajotas e cut-to-size de rochas diversas).

Desempenhos Destacados

Os incrementos mais significativos em 2014, frente ao volume físico exportado em 2013, foram sem dúvida os das rochas carbonáticas, com +148,6% para blocos e +95,3% para chapas em geral. O recuo mais expressivo refere-se aos blocos de granito (-15%). Continuaram declinantes as exportações de ardósia, com ligeiro avanço das vendas de quartzitos foliados. As exportações de ardósia somaram pouco mais de USD 46 milhões e compuseram 3,7% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas.

Foi negativa a taxa de variação do preço médio de todos os principais produtos exportados pelo setor de rochas, mesmo com o preço médio geral crescendo 4,92% pela queda das rochas brutas. Apesar de pouco expressiva, foi positiva (+2,38%) a variação do volume exportado de chapas, estimando-se a comercialização de 21,5 milhões m2 equivalentes com 2 cm de espessura. As chapas em geral compuseram 72,45% do total do faturamento das exportações, enquanto as de granito especificamente compuseram 70% do total do faturamento, representando assim o nosso principal produto comercial no mercado internacional.

Exportações Mensais

As exportações mensais de 2014 tiveram seu pior desempenho em janeiro, com USD 65,2 milhões de faturamento e 133,3 mil t em volume físico comercializado. O melhor desempenho ocorreu no mês de julho, com USD 130,5 milhões e 258,9 mil t de produtos exportados.

Apenas nos meses de janeiro, outubro e novembro as exportações não ultrapassaram USD 100 milhões. No mesmo sentido, apenas em janeiro, setembro, outubro e novembro não se atingiu um volume físico de 200 mil t exportadas.

No período de maio a agosto costumam incidir os maiores valores e volumes de exportação de rochas. Pela primeira vez desde 2009, registrou-se taxa negativa de variação das exportações brasileiras de rochas ornamentais.

Exportações para os EUA

As exportações para os EUA somaram USD 789,65 milhões e 971.272,69 t em 2014, com variação positiva de respectivamente 2,45% e 3,19% frente a 2013. As rochas processadas representaram 99,94% do faturamento e 99,92% do volume físico exportado.

As exportações para os EUA compuseram assim 61,8% do total do faturamento e 38,1% do total do volume físico das exportações brasileiras do setor. As chapas exportadas aos EUA representaram quase 85% do total das exportações brasileiras de chapas, ou seja, 18,17 milhões m2 equivalentes, com 2 cm de espessura. O preço médio dos produtos exportados para os EUA, também em 2014, foi de USD 810/t, com recuo de apenas 0,72% frente a 2013.

Exportações para a China

As exportações para a China recuaram 21,75% em faturamento e 23,39% em volume físico frente a 2013, somando USD 144,46 milhões e 788.020,92 t. Este foi o primeiro recuo anual significativo desde o início da contabilização das exportações, há quase duas décadas, bem como a primeira vez em que o volume físico exportado para a China foi inferior ao dos EUA.

O preço médio dessas exportações foi de apenas USD 180/t, pois 97,5% do volume físico comercializado é de rochas brutas (blocos). Pode-se, portanto, observar que as exportações para os EUA, essencialmente de chapas, tiveram um preço médio 4,5 vezes maior que o da China.

Recuou assim, de 14,2% em 2013 para 11,1% em 2014, a participação chinesa no total do faturamento das exportações brasileiras de rochas. Mesmo sobre uma base relativamente baixa, é interessante observar que as exportações de rochas processadas (subcapítulo 6802), para a China, tiveram incremento de 70,6% em valor e de 125,64% em peso no ano de 2014, totalizando USD 5,8 milhões e 4.226,27 t.

Importações

Em 2014, as importações brasileiras de materiais rochosos naturais somaram USD 67,65 milhões e 98.917,30 t, o que representou variação negativa de respectivamente 2,86% e 9,43% frente a 2013. As rochas processadas compuseram 77,9% do valor e 72,7% do total do volume físico dessas importações. As chapas de rochas carbonáticas compuseram 62,75% do total do volume físico importado, com 24,17% correspondentes a material bruto (blocos) dessas mesmas rochas.

As importações de materiais rochosos artificiais (6810.19 e 6810.99) somaram, por sua vez, USD 55,1 milhões e 62.746,01 t com variação positiva de respectivamente 6,22% e 20,19% frente a 2013.

As importações de materiais rochosos naturais e artificiais somaram 161.663,71 t em 2014, contra 161.418,72 t em 2013. O volume físico das importações de materiais naturais recuou cerca de 10.000 t de 2013 para 2014, enquanto o dos materiais artificiais cresceu 10.000 t no período.

Produção e Consumo Interno Aparente

O setor de rochas ornamentais encerra 2014 com um desempenho aquém do vislumbrado há um ano, mas ainda bastante satisfatório frente a outros segmentos produtivos. A desaceleração das vendas no mercado interno já era, de certa forma, esperada para 2014. A estabilização das vendas para o mercado externo não foi projetada para 2014, pois se previa maior incremento dos embarques para os EUA e não se contava com o impacto da desaceleração do crescimento da economia chinesa.

De acordo com levantamentos efetuados pela ABIROCHAS, junto a empresas e entidades, bem como se levando em conta os indicadores de consumo interno, exportações e importações, avalia-se que tanto a produção de rochas voltada para o atendimento do mercado interno, quanto aquela voltada para o mercado externo, tenham recuado ligeiramente em 2014, fazendo com que a produção brasileira de lavra seja esse ano estimada em 10,13 milhões t, das quais 64% atribuídas à região Sudeste e 26% à região Nordeste. Os granitos e rochas similares contribuíram com 50% do total da produção, tendo-se 20% relativos a mármores, travertinos e calcários.

Considerando a produção estimada, bem como as exportações e importações de rochas brutas e processadas, estima-se que o consumo interno aparente tenha recuado de 78,0 milhões m2 equivalentes, no ano de 2013, para 75,7 milhões m2 equivalentes de chapas, com 2 cm de espessura em 2014. Os granitos representam 45% do consumo interno, com 25% atribuíveis a rochas carbonáticas. Em termos da distribuição desse consumo interno, e tomando-se a mesma base de cálculo do ano de 2013, estima-se que 45% do total sejam devidos ao estado de São Paulo, chegando a 67% para a soma dos estados da região Sudeste brasileira.

Produção de Chapas e Capacidade de Serragem

Dos 75,7 milhões m2 admitidos como consumo interno aparente em 2014, estima-se que 58,5 milhões m2representem chapas serradas em teares e que 17,2 milhões m2 equivalentes representem rochas de processamento simples (delaminação manual). Assumindo-se que 21,5 milhões m2 de chapas serradas em teares tenham sido exportadas, estima-se uma produção total de 80,0 milhões m2 dessas chapas em 2014.

Pelo crescimento do número de teares multifios, também em 2014, admite-se um aumento de cerca de 10% na capacidade instalada de serragem no Brasil, tendo-se passado de 85 milhões m2 em 2013 para 93 milhões m2 em 2014. A capacidade excedente de serragem teria sido assim de 13 milhões m2equivalentes em 2014, ou seja, 14% da capacidade instalada.

Participação das Exportações de Rochas no Total das Exportações Brasileiras

Pode-se referir que as exportações do setor de rochas (USD 1,28 bilhão) representaram 0,57% do total das exportações brasileiras (USD 225,1 bilhões) em 2014, o que configura o maior patamar registrado desde 2008. Também comparativamente, registra-se que o faturamento das exportações do setor de rochas recuou 1,94% em 2014, contra uma queda de 7,05% no total das exportações brasileiras. Além disso, o saldo da balança comercial do setor de rochas somou USD 1,21 bilhão, contra um saldo negativo bastante expressivo (-USD 3,96 bilhões) das exportações gerais brasileiras.

Notas 
Análise de Tendências 

De 2012 para 2013, as exportações brasileiras de rochas evoluíram 22,8% em faturamento. Nesse mesmo período as exportações brasileiras de rochas para os EUA e China evoluíram, respectivamente, 33,4% e 25,9%. De 2013 para 2014, as exportações gerais de rochas recuaram 1,94%, enquanto para os EUA evoluíram apenas 2,45% e para a China decresceram 21,75%.

Registrou-se na China, em 2014, um significativo desaquecimento da economia, admitindo-se um incremento de “apenas” 7% do PIB no período, o que explicaria a queda das importações chinesas de rochas. Nos EUA, a economia continuou acelerando em 2014, até com maior vigor que em 2013, indagando-se, portanto, qual a razão da desaceleração das exportações brasileiras de rochas para esse país. A resposta, conforme sugerido em outros informes da ABIROCHAS, pode estar relacionada à saturação do mercado residencial unifamiliar, para onde é canalizada a quase totalidade das chapas exportadas pelo Brasil aos EUA. Julga-se de extrema importância mirar, agora, o atendimento de grandes obras nos EUA, com lajotas recortadas para pisos e produtos cut-to-size. Atualmente, esse nicho de mercado das grandes obras é essencialmente atendido por empresas italianas e chinesas, inclusive com granitos brasileiros, representando cerca de 35% do total das importações de rochas dos EUA, isto é, algo próximo de USD 1 bilhão/ano.

Mesmo reconhecendo o enorme desafio do salto das exportações de chapas para produtos acabados, é preciso iniciar um esforço neste sentido, o que já foi percebido por algumas empresas brasileiras que estão se habilitando para esse propósito. Frente aos padronizados, parece estar havendo maior movimentação das serrarias de chapas, pela instalação de linhas automáticas de produção de ladrilhos. Frente aos produtos cut-to-size, o movimento será, mais provavelmente, articulado pelas marmorarias, já familiarizadas neste sentido pelo atendimento do mercado interno. Não se acredita que o atendimento de grandes obras no mercado dos EUA, com produtos acabados, afetará o atual modelo brasileiro de exportação de chapas para atendimento do mercado residencial unifamiliar desse país. 

Câmbio e Rentabilidade do Exportador 

A provável tendência de valorização do US dólar deverá elevar a rentabilidade das exportações em 2015, conforme estudo realizado pela FUNCEX – Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior. Segundo estimativas do mercado, divulgadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, projeta-se o US dólar a R$ 2,70 ao final do 1º semestre e R$ 2,80 no fim de 2015.

A FUNCEX apresenta que um dólar médio de R$ 2,60, no 1º semestre, elevaria em 3,1% a rentabilidade do exportador, frente ao mesmo período de 2014. Se a média da cotação do US dólar chegar a R$ 2,80, a rentabilidade subirá 11,3%, atingindo até 12,7% com o US dólar a R$ 2,90.

Essas estimativas consideraram que os preços de exportação devem continuar pressionados pela redução do valor das commodities; que o dólar mais forte pode propiciar a queda de preços dos manufaturados – o que normalmente ocorre com os produtos comerciais do setor de rochas e especialmente com as chapas; que o preço médio do total da exportação deverá ter queda de 4,2% no 1º semestre; e que a desaceleração do aumento dos custos de produção também contribuirá para uma melhor rentabilidade do exportador.

No 1º semestre de 2014, foi de 6,9% a elevação dos custos de produção estimados para as exportações. Para o 1º semestre de 2015, a FUNCEX projeta elevações menores desses custos: 5,5% para o USD a R$ 2,60; 5,7% para um dólar a R$ 2,80; e 6% para um dólar a R$ 2,90. Essas elevações serão provocadas pelo aumento dos custos dos insumos importados, cuja substituição por insumos nacionais nem sempre é possível.

Além do câmbio favorável, refere-se que o governo brasileiro precisa sinalizar um apoio amplo ao comércio exterior, incluindo regulamentação do REINTEGRA e uma maior articulação com os destinos externos mais importantes como EUA e União Europeia. Não se espera para breve uma recuperação do preço das commodities, pelo que a elevação dos embarques brasileiros dependerá dos produtos manufaturados. Mais pela diminuição das importações, do que pelo aumento efetivo das exportações, projeta-se superávit da balança comercial brasileira em 2015. 
Competitividade Brasileira 

De acordo com o estudo “Competitividade Brasil 2014”, realizado pela CNI e já em sua 4ª edição, o Brasil continua na penúltima posição em um grupo de 14 países avaliados (África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Chile, China, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia). Este estudo avalia oito fatores considerados “decisivos” para a conquista de mercados, incluindo: disponibilidade / custo de mão de obra, tecnologia / inovação, peso dos tributos, ambiente microeconômico, disponibilidade e custo de capital, taxa de juros básicos, ambiente macroeconômico e spreads bancários.

No topo da lista dos mais competitivos aparece o Canadá, seguido pela Creia do Sul e Austrália. Na última posição está a Argentina, em crise financeira e cambial. Segundo a CNI, “para ganhar competitividade, é preciso reduzir o custo Brasil”. Prevê-se um 2015 difícil, pois acabaram as desonerações tributárias e a taxa de juros deve continuar elevada. Acredita-se que avanços são possíveis na questão da desburocratização e da melhoria da infraestrutura, neste caso com parcerias público-privadas (PPPs).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Vitória Stone Fair 2015 quer superar os US$ 200 milhões em negócios

Abaixo, matéria extraída do site Folha do ES

Allana Santos - Atualizado em 15/01/2015 11h35



De 3 a 6 de fevereiro próximos, compradores de rochas ornamentais brutas e processadas de todo o mundo voarão para o Espírito Santo, no Sudeste do Brasil, para negociar produtos e serviços que serão apresentados em uma das três maiores feiras do mundo do setor de rochas - a Vitória Stone Fair – Marmomacc Latin America 2015 - que, em 2014, fechou mais de US$ 200 milhões de dólares em negócios. São 420 empresas expositoras, sendo 120 empresas estrangeiras de países como a Turquia, Itália, Índia, Portugal, China, Egito e Omã e cerca de 25 mil visitantes de 66 países.

A feira acontecerá em Vitória, capital do Espírito Santo, estado que possui uma das maiores reservas de mármore e granito do País, com uma grande variedade de cores e texturas. O estado sede da Vitória Stone Fair vem contribuindo significativamente para a balança comercial brasileira. A produção de rochas no estado representa cerca de 5 milhões de toneladas ano. As exportações somaram em 2014 1.080 bilhão de dólares representados por 1.850 milhão de toneladas.

O parque industrial do estado conta com mais de 1000 empresas que atuam desde a extração ate beneficiamento atendendo ao mercado interno e a exportação. Dos 1.500 teares instalados no Brasil cerca de 1.200 estão no Espirito Santo. São quase 1.000 pedreiras ativas e cerca de 800 tipos de rochas.



Foto: Dayana Souza Mercado em expansão apesar da crise mundial e local

O Brasil é o terceiro maior exportador de granito do mundo. O Estado do Espírito Santo responde por 50% da produção nacional de rochas ornamentais e por mais de 70% das exportações brasileiras. O país é hoje o principal fornecedor de rochas para o mercado norte-americano, respondendo por 30% do volume importado pelos EUA. Em 2014, as exportações de rochas para o mercado americano somaram US$ 790 milhões. 

Agora o Brasil avança em estratégias focadas na venda de produtos acabados, cut-to-size e padronizados, cujo valor de comercialização é dez vezes maior que o das rochas brutas. A aposta está na retomada da economia norte-americana, que voltou a investir na indústria da construção, e no interesse dos chineses em aumentar suas compras no Brasil.

Cerca de 35% das importações de rochas pelos EUA são representados por produtos acabados. “Queremos conquistar uma boa parte desse mercado, uma vez que os maiores fornecedores atuais são China e Itália", comenta Reinaldo Dantas Sampaio, presidente da ABIROCHAS, destacando que também a América Latina é um foco importante na estratégia de crescimento das exportações brasileiras. 



Foto: Dayana Souza Histórico de crescimento

De 12° lugar no ranking de consumo em 2001, o Brasil passou a ocupar o 4° lugar (fonte XXIV Relatório Mármore e Pedras no Mundo) e já é visto como um dos maiores players do setor de rochas ornamentais e de revestimento do mundo, sendo precedido apenas pela China, Índia e Estados Unidos. A posição foi conquistada em apenas uma década, a partir da oferta de uma grande gama de rochas naturais extremamente diferenciadas e investimentos realizados nos parques industriais, com a aquisição de máquinas mais modernas para o processo de extração e de beneficiamento das rochas.

Segundo a ABIROCHAS, as exportações brasileiras de rochas ornamentais atingiram US$ 1,22 bilhão e 2,55 milhões de toneladas em 2014. Se considerarmos que este foi um ano difícil para a economia mundial e nacional, os números surpreendem e mostram a força do setor para a balança comercial brasileira.

Brasileiros estão ávidos por comprar novas tecnologias e aumentar cada vez mais a produtividade

O Brasil é o terceiro maior importador mundial de tecnologia do setor de rochas. As importações brasileiras de máquinas e equipamentos somaram US$ 148,1 milhões em 2013, dos quais US$ 93,2 (62,9%) provenientes da Itália. O Brasil figura como o principal cliente mundial da tecnologia italiana, sobretudo devido às aquisições de teares multi-fios diamantados.

Samuel Mendonça, presidente do Sindirochas, entidade promotora do evento, ressalta a força do setor no cenário econômico brasileiro, lembrando que o estado conta com aproximadamente 260 teares multi-fio, entre italianos e brasileiros, que foram instalados até setembro de 2014, e que o Brasil possui o maior e melhor parque mundial de serragem baseado nessa tecnologia.

eshoje.jor.br

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America 2015 apresenta grande diversidade de granitos exóticos

Abaixo, matéria extraída do site da Milanez & Milaneze

Principal evento do setor da América Latina, a feira reunirá em fevereiro 420 expositores, sendo 120 internacionais, no Espírito Santo
Espaço reconhecido internacionalmente para o lançamento de produtos e serviços para a indústria da pedra, a Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America 2015, considerada a principal feira do segmento da América Latina, irá reunir entre os dias 03 e 06 de fevereiro uma grande variedade em rochas ornamentais. Como destaque do evento, as tradicionais empresas brasileiras irão apresentar desde materiais clássicos, quartzitos até as mais cobiçadas rochas exóticas e translúcidas, atraindo visitantes interessados em conhecer as novidades do setor.
A diversidade e a beleza das rochas ornamentais do Brasil reforçam a importância da feira no calendário de eventos internacional e colocam o país numa posição de destaque no ranking dos principais exportadores de pedras do mundo, com mais de US$ 1 bilhão de vendas de janeiro a outubro deste ano. Com 420 expositores, sendo 120 internacionais, a Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America deverá atrair mais de 25 mil visitantes de 66 países (dados da última edição), que vão desde compradores, arquitetos até profissionais do setor.
As empresas costumam aguardar a semana da feira para apresentar ao mercado novos materiais, como os exóticos, que sempre chamam atenção dos visitantes. Consideradas obras primas da natureza, essas rochas possuem uma forte aceitação no mercado internacional, principalmente o norte-americano, o maior comprador dos produtos brasileiros. Os materiais exóticos são difíceis de serem encontrados, não têm similares e concentram mais tonalidades e movimentos, sendo muito usados em projetos mais requintados.
Além das novidades das empresas brasileiras, o evento contará com a presença de expositores da Turquia, Itália, Índia, Portugal, China, Egito, Omã, e outros. Essa internacionalização reforça a importância do Brasil no setor, consolidando a feira como referência em ditar tendências para o mercado da pedra, da construção civil, da arquitetura e design. Além da exposição das rochas ornamentais, os visitantes têm a oportunidade de conhecer novas formas de beneficiamento das pedras, insumos, maquinários e tecnologias.
A diretora da Milanez & Milaneze, Cecília Milanez, ressaltou que, para atrair um maior número de visitantes para a feira, foi realizada uma ampla divulgação em eventos e em publicações internacionais. “Intensificamos na América Latina, em mercados estratégicos para o setor e também fizemos um trabalho junto às câmaras de comércio para atrairmos a presença de compradores. Contamos ainda com o apoio da VeronaFiere na divulgação em mais de 50 países”, lembra.
No Brasil, o Espírito Santo, estado-sede da Vitória Stone Fair -Marmomacc Latin America 2015, é o principal exportador de rochas, somando US$ 866 milhões de janeiro a outubro deste ano, com uma participação de quase 90% das exportações brasileiras de produtos manufaturados. A isso se soma a presença de importantes parques industriais e pedreiras, que são chamarizes para a vinda de compradores de todos os lugares do mundo.
Responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual, o setor emprega hoje mais de 25 mil pessoas diretamente e 130 mil indiretamente e é considerado referência no processo de beneficiamento das rochas ornamentais. Dos 142 teares multi-fio instalados no Brasil, 90 estão no Espírito Santo. “As empresas se modernizaram, investiram pesado em equipamentos – como politriz e multi-fio – e estão competitivas. A feira é uma vitrine para o setor de rochas mundial e impulsiona os negócios”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado (Sindirochas), Samuel Mendonça.
Buyers club
Para ampliar a participação de um público internacional qualificado no evento e impulsionar as vendas do setor, a Milanez & Milaneze em parceria com as Câmaras de Comércio dos países consumidores de rochas ornamentais está organizando comitivas de compradores para a Vitória Stone Fair-Marmomacc Latin America 2015, no projeto denominado “buyers club”.
Após uma criteriosa identificação e seleção de potenciais compradores, eles são convidados a conhecer o evento e o parque industrial de mármore e granito no Espírito Santo. Os participantes vêm com uma agenda de visitas com os expositores previamente definida, com o intuito de promover networking e novos negócios.
O projeto tem o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas) e do Marble Institute of America (MIA), nos Estados Unidos.

A Vitória Stone Fair-Marmomacc Latin America 2015 é realizada pela Milanez & Milaneze em cooperação com VeronaFiere e promovida pelo Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado (Sindirochas) e Centro Tecnológico do Mármore e do Granito (Cetemag).