sexta-feira, 3 de abril de 2009

Corte mais ágil nas pedreiras

Extraído do site da Revista Inforochas

A Rochaz lançou a Smart 3000, que realiza o corte das cabeças dos blocos ainda na pedreira. Com uma potência do motor principal em até 40 cavalos, a máquina permite o corte dos blocos e desdobramento de pranchas por meio de procedimentos ágeis e seguros, sendo acompanhada por acessórios que facilitam a sua utilização.
De acordo com o diretor da empresa, Diogo Roberte, uma das principais vantagens do equipamento é a otimização dos processos produtivos na pedreira, já que ele oferece uma maior economia com o transporte das rochas, além de permitir que o bloco já chegue “liso” na indústria, sem os casqueiros, que, por sua vez, podem ser prontamente direcionados a outras empresas para o seu reaproveitamento.

Setor busca desoneração do IPI para chapas e ladrilhos

Extraído do Site da Revista Inforochas

A reivindicação de isenção do imposto, que tem alíquota de 5%, foi encaminhada pelo Sindirochas ao MDIC e já está sendo analisada pelo Ministério da Fazenda
Desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) das chapas e ladrilhos feitos de mármore e granito, como uma forma de ajudar o setor de rochas a recuperar as perdas crescentes com a queda nas exportações.
Essa foi a reivindicação que o Sindirochas encaminhou ao ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Miguel Jorge. O pedido já foi encaminhado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e está em análise.
“Essa demanda foi levantada pelo setor, considerando que o governo federal vem atuando no sentido de criar alguns facilitadores e desonerar produtos de setores que estão com dificuldades. Encaminhamos também o pedido à bancada federal. Com a queda nas exportações, essa desoneração de 5% fará muita diferença para as empresas”, explicou o superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência & Tecnologia e Turismo de Cachoeiro de Itapemirim, Ricardo Coelho, também levou a demanda do Sindirochas a um encontro de lideranças municipais em Brasília, convocado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), no último dia 10 de março.
Na ocasião, também foi apresentada proposta para redução de alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Essa compensação tem a alíquota de 2% sobre o valor líquido do minério extraído, depois de deduzidos todos os custos da exploração. A proposta do setor de rochas é de reduzi-la para 1%.
Além disso, foi solicitado ao governo federal que repasse recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para a qualificação e recolocação de mão-de-obra nos segmentos da cadeia produtiva.
O objetivo do encontro foi discutir os efeitos da crise econômica sobre o setor de geologia e mineração nos estados e municípios mineradores.

Cachoeiro Stone Fair 2009


sexta-feira, 27 de março de 2009

Pavimentação da Rodovia ES 164, no Norte do Estado, é concluída

Extraído do site Gazeta Online
27/03/2009 - 12h01 ( - gazeta online)

O Governo do Estado concluiu a pavimentação de um trecho de 10 quilômetros da Rodovia ES 164, que liga o distrito de Alto Mutum, em Baixo Guandu, à sede do município de Pancas, no Norte do Espírito Santo.
A solenidade de inauguração será realizada neste sábado (28), às 10h, na sede de Alto Mutum. O DER-ES realizou serviços de drenagem, terraplanagem, asfaltamento, sinalização e obras de arte especiais ao longo da via. No entroncamento da Rodovia ES 341 com a ES 164 foi construída uma interseção que permite a entrada para o trecho de Pancas x Alto Mutum.
A obra vai beneficiar diretamente uma grande região produtora de café e rochas ornamentais e incrementar a economia no Noroeste do Estado, bem como todas as atividades no eixo de ligação dos municípios de Barra de São Francisco, Mantenópolis, Alto Rio Novo, Águia Branca, São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte, Baixo Guandu, Pancas, até Colatina, saindo na BR 259.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Sinal de melhoras em março

Extraído do site da Revista Inforochas

Após três meses de quedas sucessivas nas exportações (dezembro, janeiro e fevereiro), o setor de rochas se prepara para uma recuperação a partir do mês de março. Esta é a previsão do Centrorochas, que acredita ainda que o fechamento do ano de 2009 não terá valores muito distantes do que o registrado no ano passado.
“Na verdade, a queda nas exportações não aconteceu apenas no setor de rochas, mas na indústria capixaba em geral”, destaca o presidente do Centrorochas, Adilson Borges Vieira, que também atenta para o fato de o Espírito Santo ser muito dependente das exportações de commodities, como minério e celulose, que, desde o estouro da crise americana, estão sofrendo retrações no mercado global. “Neste sentido, também estamos intensificando as ações em busca de novos mercados”, completa.
Para o empresário Célio Andrade, que também é conselheiro da entidade, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro foram fracos, mas algo de positivo já está acontecendo no mercado. “Nós esperamos uma taxa de 10% de recuperação da média dos últimos três meses” afirma.
Reivindicações
Devido às atuais condições de mercado e para que as empresas brasileiras continuem a competir em igualdade de condições com suas concorrentes de outros países, o Centrorochas também defende uma maior oferta de financiamentos de longo prazo para os exportadores.
“O apoio governamental continua sendo de fundamental importância para que a atividade não entre em colapso”, destaca Vieira, lembrando que os empresários do setor reivindicam, ainda, a desoneração do IPI sobre produtos industrializados, como chapa polida e ladrilhos, que tornariam estes produtos mais competitivos no mercado.
Outra proposta é a simplificação do processo e automática liberação, ainda que parcelada, dos créditos de ICMS (Lei Kandir) das empresas exportadoras, o que representaria um significativo alívio de caixa para as empresas, bem como a redução de seus custos.

Ações para internacionalizar a Cachoeiro Stone Fair

Extraído do site da Revista Inforochas

Durante a Feira Internacional do Mármore e Granito, em Vitória, algumas inovações já estavam sendo estudadas para a próxima edição, que acontecerá em Cachoeiro de Itapemirim, em agosto. Entre as ações que estão sendo articuladas entre o poder público, a Milanez & Milaneze e entidades, uma novidade: negociações com uma empresa aérea para que haja voos direto de Vitória para Cachoeiro, durante o evento.
“A Secretaria Municipal de Desen-volvimento, junto com a Milanez, está providenciando melhorias na acessibilidade para a feira. Juntos, estamos negociando com uma empresa aérea, para que ela ofereça voos de Vitória para Cachoeiro, no período da feira, para dar ao evento essa característica internacional de forma mais marcante”, ressaltou o prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione.
“Cachoeiro é referência quando se trata de máquinas e equipamentos para a indústria de rochas. Com essas ações, queremos atrair mais investidores e compradores internacionais”, acrescentou Casteglione.
Outra medida será a reforma do Parque de Exposições Carlos Caiado Barbosa, para que ele possa receber melhor todos os eventos do município, incluindo a feira.
Cascalhos em obras
Casteglione falou sobre as propostas para a Cachoeiro Stone Fair, em entrevista para a Revista Inforochas, após uma reunião com representantes de entidades do setor, entre eles, o presidente do Sindirochas, Áureo Mameri, o presidente do Cetemag, Emic Malacarne, e representantes do Sebrae/ES, Bandes e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).
Na reunião, foram definidas algumas ações articuladas do poder público com as entidades, como a elaboração de um Catálogo de Aplicação, para que cascalhos e resíduos de rochas sejam reaproveitados em obras públicas do município.
“Definimos que será feito um estudo para aplicação dos rejeitos sólidos. Vamos lançar um catálogo de uso e aplicação desse material”, destacou o superintendente do Cetemag, Herman Krüger.
O catálogo, que está sendo elaborado pelo Cetemag, será apresentado durante a 28ª Cachoeiro Stone Fair.
“Os resíduos de rochas já são usados na construção de muros de arrimo e em artesanato. Mas queremos ampliar as aplicações, através desse catálogo”, explicou o prefeito.
As primeiras obras a receberem os resíduos devem ser no Centro de Cachoeiro, por meio do Projeto Varejo Vivo, que vai recuperar as calçadas. “Com o uso dos resíduos, além de diminuir o custo das obras, temos um impacto positivo na preservação ambiental”, concluiu Casteglione.

Cinco anos de muita informação

Extraído do site da Revista Inforochas

O primeiro número da Revista Inforochas foi em fevereiro de 2004. De lá para cá, muita coisa mudou, sempre para melhor e acompanhando a evolução do setor capixaba de rochas ornamentais
Única revista capixaba sobre o setor de rochas ornamentais com circulação mensal, a Revista Inforochas acaba de completar cinco anos. De lá para cá, foram 61 edições (contando com esta), contemplando os mais variados assuntos, como ações das entidades do setor de rochas, matérias de economia, entrevistas, balanços de exportações, novidades das empresas, cobertura de eventos nacionais e internacionais, entre outros, sempre privilegiando a informação rápida e precisa sobre tudo o que acontece de mais importante relacionado ao arranjo produtivo do mármore e granito.
Trajetória
Em fevereiro de 2004, era distribuída a primeira edição da revista, que na época ainda tinha o nome de Informativo Sindirochas. Inicialmente, a publicação apresentava notícias mais focadas no cotidiano do Sindirochas, além de conter indicativos econômicos e dados sobre exportações.
Com o passar do tempo, o Informativo cresceu e apareceu e ,em 2006, o Informativo passa a se chamar Revista Inforochas, com a participação das outras entidades representativas do arranjo produtivo de rochas: Cetemag, Centrorochas e Sicoob-Credirochas, firmando-se como porta-voz oficial do setor.
O ano de 2007 foi outro marco para a revista. Em janeiro daquele ano, entrou no ar, pela primeira vez, o site Revista Inforochas (
www.revistainforochas.com.br), dando a oportunidade de publicação de notícias diárias, além de mostrar a cobertura diária de importantes eventos para o setor, caso das Feiras Internacionais do Mármore e Granito – Vitória Stone Fair e Cachoeiro Stone Fair –, e as feiras Revestir e Feicon, em São Paulo, Coverings, nos Estados Unidos, e Marmomacc, na Itália.
Em 2008, foram várias as mudanças. Mais uma vez, a revista ganha mais páginas, apresentando matérias mais ricas em informações gráficas e novas possibilidades de layout. Além disso, começou a contar com uma correspondente internacional, a repórter Renata Lacerda, radicada na cidade de Trento e responsável pela coluna Notícias da Itália. Outra novidade foi a coluna Marco Polo, que apresenta os flashes e destaques do setor de rochas, como a sua própria assinatura descreve.
Este ano, a Revista Inforochas inicia uma nova fase, ampliando a comunicação entre as empresas do setor e os especificadores, consolidando o seu papel como termômetro do setor, já que, neste momento, as indústrias de mármore e granito voltam os seus olhos cada vez mais para o mercado interno.

Sicoob-Credirochas aumenta em 50% o número de associados

Extraído do site da Revista Inforochas

O Sicoob-Credirochas obteve, em 2008, um aumento de 50,32% no número de cooperados, chegando a um total de 1.174 associados do setor de indústria, comércio e prestação de serviços. Também no fechamento do ano passado, as operações de crédito alcançaram a cifra de R$ 31 milhões, o que representa aumento de 41,47%, em relação ao ano anterior.
A cooperativa emprestou R$ 25 milhões aos seus cooperados, em 2008. O capital dos associados saiu de R$ 4,8 milhões para R$ 6 milhões. Já o patrimônio cresceu de R$ 8,5 milhões para R$ 10 milhões.
Crescimento
Credibilidade, rapidez na tomada de decisões, crédito facilitado, segurança na hora de realizar transações financeiras, horário flexível e qualidade no atendimento, segundo a direção do Sicoob-Credirochas, foram os principais fatores para o aumento no número de cooperados.
“Trata-se de uma soma de vantagens para os nossos associados. Para aperfeiçoar o atendimento, ampliamos nossos produtos e serviços, bem como nossa rede de atendimento. O resultado em 2008 foi muito bom”, avaliou o gerente de mercado da cooperativa, Sebastião Carlos.
O empresário José Clara da Silva, associado ao Sicoob-Credirochas, contou que se sente respeitado pelos funcionários da instituição. “Não enfrento fila. É só chegar que sou bem recebido, como se estivesse em casa. O atendimento, realmente, é de qualidade”, disse.
De acordo com a direção do Sicoob-Credirochas, esse crescimento comprova a tendência de identificação da população com o cooperativismo e com a instituição. “Todos somos sócios. Aqui não existe um dono. O relacionamento entre os gerentes, funcionários e associados é o melhor possível. Estou muito satisfeito com o resultado obtido em 2008. Conseguimos dar um grande suporte aos cooperados, apesar do momento de crise na economia mundial”, afirmou o diretor-presidente do Sicoob Credirochas, Tales Pena Machado.
Ainda neste primeiro semestre, será aberta a nova agência do Credirochas no bairro Aeroporto, em Cachoeiro de Itapemirim. O objetivo é atender outras localidades da região e, também, aumentar o número de cooperados, sem perder o principal diferencial: o atendimento personalizado.
Também em 2008, as sobras brutas do Sicoob-Credirochas chegaram a R$ 1,7 milhão, considerando que a instituição já pagou R$ 661,4 mil de juros ao capital social. A legislação determina que as sobras sejam rateadas entre os associados, de acordo com o volume de negócios que cada um faz com a sua cooperativa.
O Credirochas se posicionou de forma mais forte no mercado, no último ano, com a realização de campanhas promocionais e institucionais. Uma prova disso é a campanha de Investimentos Premiados, na qual foram captados R$ 4,7 milhões de recursos, que estão sendo reinvestidos na própria comunidade.
Todos os números foram apresentados durante a Assembleia Geral Ordinária 2009, realizada no dia 13 de março, no Centro de Convenções do Shopping Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, quando foi divulgado o relatório da Administração e do Balanço do Exercício de 2008.
A assembleia contou com a presença de diretores do Sicoob-Credirochas, funcionários, associados, além do prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, do diretor-presidente do Sicoob Central, Bento Venturim, e do diretor de Crédito e Fomento do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), José Antonio Buffon.
“O Sicoob-Credirochas está de parabéns pelos números apresentados. Num momento de turbulência financeira, a instituição conseguiu apresentar um resultado altamente satisfatório”, afirmou Casteglione.
O diretor-presidente do Sicoob Central, Bento Venturim, destacou que o trabalho feito pelo Credirochas contribuiu para o desenvolvimento da região. Também foi realizada, durante a assembleia, a eleição do Conselho Fiscal. A chapa única composta pelos membros efetivos: Jorge Mitsuo Hirata, Jorge de Backer, Érica Fonseca Scaramussa Caetano; e suplentes: Wellignton Altoé, Fernando Raváglia e Luiz Cláudio Borges Fardim, foi eleita por unanimidade. O evento foi encerrado com um coquetel.

Revisão de contratos com base na teoria da imprevisão

Extraído do site da Revista Inforochas

O setor de rochas vem sendo atingido e sofrendo os reflexos negativos da crise econômica internacional. Vale lembrar: hoje a crise que assola vários setores da economia fora precedida pela crise do “subprime”, que acertou em cheio o setor de construção civil nos Estados Unidos, mercado que absorve 80% das exportações do setor.
Notícias de paralisação de pedreiras e empresas com dificuldades em manter sua atividade começam a surgir com mais frequência.
Dentro deste cenário, é possível que alguns contratos de execução continuada (como, por exemplo, contratos de financiamento bancário), tornem-se demasiadamente onerosos para uma das partes, abrindo a possibilidade de revisão das bases contratuais, buscando sempre o equilíbrio econômico dos contratos. Um exemplo foi o caso da desvalorização cambial de 1999, onde várias pessoas que recorreram ao Judiciário com pedidos de revisão contratual obtiveram êxito.
Naquela época, estávamos na vigência do Código Civil de 1916, que não previa a teoria da imprevisão e, tampouco, abordava a função social dos contratos. Assim, a aplicação desta tese encontrava muitas barreiras, posto que não havia previsão legal. Já o Código Civil atual trouxe claramente esta possibilidade, permitindo a resolução do contrato por onerosidade excessiva ou, ainda, que seja alterada a prestação contratual, conforme artigos abaixo:
“Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva”.Acresça-se ainda o artigo 317, que é muito claro quando diz: “Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação”.
Em resumo, podemos conceituar a teoria da imprevisão como uma possibilidade de se requerer a revisão das prestações assumidas em dado momento quando, por situações posteriores e imprevisíveis a época da assinatura do termo, verificar-se desequilíbrio tamanho que uma das partes seja onerada ferozmente. Há que se observar alguns requisitos, quais sejam: o contrato deve ser de execução continuada ou diferida; acontecimentos extraordinários e imprevisíveis; prestação excessivamente onerosa para uma das partes e/ou exagerada vantagem para a outra parte.
Há que se diferenciar a aplicação da teoria da imprevisão com a hipótese de caso fortuito ou força maior, pois esta última visa afastar os efeitos negativos do descumprimento de determinada parcela contratual, tais como juros de mora e multa.

Rogério DavidAdvogado -Walmir Barroso & Advogados Associados

“Estamos vivendo um momento de oportunidades”

Extraído do site da Revista Inforochas

Quais as perspectivas do setor de rochas ornamentais do Espírito Santo, mediante esse cenário de crise? Através de uma análise desse momento conturbado vivido pela economia mundial, o presidente do Sindirochas, Áureo Mameri, observa que o momento é de oportunidades para, entre outras coisas, buscar conhecer plenamente o negócio de rochas, eliminar os focos de desperdícios, priorizar materiais que o mercado deseja e ampliar a base de clientes.
“Recomendamos a cada empresário que se mantenha focado em seu negócio, atento às oportunidades”, orienta. “Estamos convictos de que 2009 será um ano de grandes desafios, porém, será também um ano de superação”, afirma, em entrevista para a Revista Inforochas.

Revista Inforochas – A crise mundial é assunto em pauta de todos os setores. Como ele vem sendo tratado no setor de rochas, que vem convivendo com o tema desde 2007?
Áureo Mameri – Em todos os níveis de relacionamentos, são recorrentes os assuntos relacionados à atual crise mundial de crédito, produção, gestão, consumo e emprego. No contexto da atividade de rochas ornamentais não é diferente, até porque o conhecimento e a discussão dos temas é um dos elementos fundamentais em qualquer tomada de decisão.
Neste momento, proponho uma reflexão específica sobre o setor de rochas ornamentais do Espírito Santo, trazendo fatos e questões que nos induzem a olhar o futuro com otimismo moderado e consciente, porém, com grande convicção da retomada do nosso crescimento e desenvolvimento, alicerçada na resistência, criatividade, empreendedorismo, coragem e capacidade de se reinventar do empresário de rochas ornamentais.
Impossível, neste momento, deixar de expressar a manifestação de Albert Einstein: “É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.

A evolução e o fortalecimento do setor, nos últimos anos, está ajudando a passar por esse momento com maior maturidade? Qual tem sido a atuação das entidades, neste sentido?
Há alguns anos, nossa atividade e, por conseguinte, seus empresários eram vistos com reservas, pois, a atividade cresceu e se desenvolveu sem os limites de controle e acompanhamento necessários, pela ausência dos órgãos licenciadores e fiscalizadores e, principalmente, pela ausência de legislação específica para tão complexa cadeia produtiva que, inegavelmente, atua diretamente no meio ambiente.
Os desafios são muitos e fica a impressão de que se renovam a cada instante. Porém, temos também a força necessária de superação que nos conduz à união em busca do bem comum.
Gradativa e concomitantemente, não por passe de mágica, mas mediante muito esforço dos dirigentes das entidades do setor – Sindirochas, Cetemag e Sicoob-Credirochas e Centrorochas –, foram promovidas ações visando a qualificação dos empresários em gestão empresarial, no melhor conhecimento dos processos, na melhor qualificação dos colaboradores e principalmente, investimentos em plantas industriais modernas, trazendo competitividade e qualidade aos produtos de rochas ornamentais.

O que é possível tirar de positivo desse momento de crise?
Nossos dirigentes passaram a buscar um relacionamento direto com as entidades governamentais, com órgãos licenciadores e fiscalizadores e com a sociedade em geral, mostrando a evolução do setor e também se propondo a adotar as medidas saneadoras necessárias à consolidação desse desenvolvimento.
Somos recebidos com dignidade em todos nossos níveis de relacionamento, discutindo as demandas do setor, contribuindo na formação de normativas de interesse da atividade, assim como, firmando compromissos necessários à manutenção da atividade nos âmbitos de crescimento sustentável e com responsabilidade social.
Sabemos o que está acontecendo no mundo, porém, entendemos e acreditamos que também estamos vivendo um momento de oportunidades.
Oportunidades que nos conduzem a conhecer plenamente o nosso negócio; eliminar os focos de desperdícios, seja em melhoria contínua de processos; priorizar materiais que o mercado deseja, seja na melhor gestão dos estoques; manter efetivo controle sobre o caixa; ampliar nossa base de clientes, se possível diversificando mercados; manter efetivo controle sobre os compromissos ambientais e com saúde e segurança no trabalho, evitando que se transformem em passivo.
Nesse contexto, o setor de rochas do Espírito Santo vem ocupando seu espaço com responsabilidade, interagindo com o governo e a sociedade.

Qual deve ser a postura dos empresários, neste momento?
Recomendamos a cada empresário que se mantenha focado em seu negócio, atento às oportunidades, tendo a certeza de que dificilmente voltaremos a realizar negócios nas mesmas dimensões do que aconteceu até o ano de 2006.
Temos, no momento, pequenas sinalizações de recuperação em alguns mercados, de forma tímida, porém alvissareira.
Necessitamos nos preparar para entrar no terceiro ciclo, ampliando nossa atuação na comercialização de produtos finais com maior valor agregado, e enfrentar os desafios de participar dos grandes projetos mundiais que absorvem nosso material, saindo da condição apenas de meros fornecedores de matéria-prima para construtores reais desse mundo moderno.
Estamos convictos de que 2009 será um ano de grandes desafios, porém, será também um ano de superação.