Abaixo, matéria extraída do site Rede APL Mineral
Divulgacao
16/09/2013 - Os Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral (APLS-BM) fazem parte da política de atuação do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCTI) desde 1998. Neste ano, a Unidade de Pesquisa definiu as micros, pequenas e médias empresas de mineração de rochas ornamentais como os setores prioritários a serem apoiados por meio de APLs nos segmentos de água mineral, calcário, cal, cerâmica vermelha, cerâmica de revestimento, gemas, joias e afins, gesso, minerais e rochas pegmatitos e rochas ornamentais.
O CETEM atua na modernização dos métodos de extração e processos de beneficiamento com tecnologias inovadoras e processamento do minério, bem como o aproveitamento de rejeitos visando minimizar os impactos ambientais. O Centro age sobre fatores que afetam o desenvolvimento tecnológico e a competitividade dos micros e pequenos produtores,contribuindo para o desenvolvimento sustentável regional.
O CETEM está presente nacionalmente apoiando várias regiões do país por intermédio das APLs, como a de Rochas Ornamentais, em Santo Antônio de Pádua (RJ); Rochas Ornamentais (ES); Opala (PI); Calcário do Cariri (CE); Bege Bahia (BA) e Pegmatito/Quartzito (PB). APL de Rochas Ornamentais de Santo Antônio de Pádua: O PioneiroO APL de Rochas Ornamentais de Santo Antônio de Pádua (RJ), em 2002, foi o trabalho pioneiro do CETEM nesta área, em parceria com DRM/RJ, INT, SEBRAE E SENAI.
Principal município produtor de rochas ornamentais, Santo Antônio de Pádua teve como peculiaridade no seu estudo a eliminação dos finos da serragem das rochas, permitindo a recirculação da água no processo e aproveitamento dos resíduos finos resultantes, visando aplicação (borracha, cerâmica e argamassa), além de mitigar o impacto ambiental.
O CETEM e o INT obtiveram o privilégio de patente do processo desenvolvido para o aproveitamento de rejeitos na formulação de argamassas. Outro resultado importante do APL de Pádua foi a transferência de tecnologia do processo de separação sólido/líquido, muito simples e de baixo custo, que permitiu reutilizar a água usada no corte das rochas processadas e o aproveitamento dos finos na fábrica.CETEM já atuava no Espírito Santos antes do APL
A atuação do CETEM no Espírito Santo começou em 1999, período anterior àimplementação do APL no Estado. Foram as ações do Projeto APEX, em parceria com ABIROCHAS, que propiciou a edição do livro Rochas Ornamentais no Século XXI e do Catálogo de Rochas Ornamentais, além da realização do curso de Pós-Graduação(latu sensu) em rochas ornamentais e a organização do I CIRO (2005).
O Espírito Santo é o principal produtor de rochas ornamentais do país com 48% do total brasileiro, incluindo os mármores e granitos. A produção de rochas no estado iniciou-se no município de Cachoeiro do Itapemirim, onde se encontram muitas jazidas e a maior parte do parque industrial de beneficiamento, concentrando 60% das empresas do estado.Cachoeiro de Itapemirim e outros 14 municípios, compõem o APL - ES, sendo o destaque entre os casos de sucesso do país, contando com cerca de 900 empresas envolvidas, 25 mil empregos diretos e 130 mil empregos indiretos. É o principal núcleo de desenvolvimento do setor, porque encontrou todas as condições necessárias na cadeiaprodutiva, desde a pesquisa do potencial geológico, passando pela lavra e o beneficiamento até a comercialização. Portaria consolida núcleo do CETEM no Espírito Santo Neste ano em que o CETEM completa 35 anos de fundação, a Portaria do MCTI nº 292, de 28 de março de 2013, formalizou a implantação do primeiro Núcleo Regional do CETEM (NR-ES), construído em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, em terreno doado pela prefeitura desse município, consolidando o trabalho do Centro na região, principal polo brasileiro de produção de rochas ornamentais.
A criação do núcleo segue as diretrizes da política ministerial de descentralização das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.Até abril de 2013, o Ministério investiu cerca de R$ 8 milhões na construção do prédio de 1500 m², aquisição de equipamentos, recursos humanos e custeio. A completa ocupação do edifício deverá acontecer no segundo semestre de 2013.
A equipe do NR-ES tem executado suas atividades nas instalações vizinhas cedidas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, onde ocupa dois laboratórios há seis anos.O NR-ES conta com 25 colaboradores, entre servidores, concursados em 2009, e bolsistas. Na filosofia do trabalho da nova unidade, estão atividades de PD&I e prestação de serviços tecnológicos para empresas do setor mineral, em especial de rochas ornamentais e de revestimento da região e do país. Além disso, está apto a emitir certificados e elaborar relatórios e pareceres técnicos. Os seis anos de atividade do CETEM na região culminaram em dois pedidos de patente depositados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, além da emissão de inúmeros laudos técnicos sobre insumos de produção que permitiram operações de draw back para empresas exportadoras de rochas ornamentais do Espírito Santo.
Opala do PI: uma pedra rara de APLO APL da Opala de Pedro II (PI), iniciada em 2005, foi a primeira experiência do CETEM na coordenação da área de gemas. Ao longo dos anos, o trabalho desenvolvido pelo Centro tem provocado mudanças positivas nas etapas de lavra e beneficiamento e nas subsequentes transformações do produto da mineração em
destaque a lapidação e joalheria da opala.
O processo tem gerado oportunidades para fortalecer a cadeia produtiva que afeta o desenvolvimento sustentável e a competitividade dos micro e pequenos produtores, viabilizando assim o desenvolvimento sócio econômico regional das opalas.Como resultados relevantes do APL destacam-se a regularização de áreas de extração dos municípios de Pedro II e Buriti dos Montes. A criação da Cooperativa de Garimpeiros nos dois municípios foi outro ponto fundamental conquistado, visando a inclusão de novos produtores, aprimoramento do processo de comercialização, viabilização de infraestrutura (estradas, energia e água) e a consolidação da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, por intermédio de cursos e participação em feiras e eventos nacionais e internacionais no setor de gemas.
Os números com a implantação do APL (PI) dão bem a dimensão do sucesso do trabalho: criadas cerca de trinta novas lojas de joalheria. A extração passou de sessenta para quatrocentos quilos, num incremento de quase 700%. Foram geradosquase 200 empregos diretos, treinados 14 novos profissionais de lapidação, sendo que três abriram seus próprios empreendimentos. O número de áreas legalizadas aumentou significativamente.
Está em fase de finalização o processo de Indicação Geográfica da Opala e consolidado o Centro Tecnológico de Treinamento com uma grande oficina de Lapidação e Joalheria. Ao todo são mais de duas mil pessoas envolvidas na cadeia produtiva da opala de Pedro II, levando-se em consideração os empregos diretos e indiretos e 150 garimpeiros cooperados naquela região. APL do Cariri cria cooperativa e legaliza áreas O APL de Calcário do Cariri (CE), nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri, está inserido no grande polo da atividade de mineração no Ceará, Região do Cariri.
http://www.redeaplmineral.org.br/noticias/cetem-15-anos-de-apoio-aos-apls