domingo, 23 de outubro de 2011

Multifios são a febre do momento

Extraído do site da Revista Inforochas

A Associação Brasileira de Indústrias de Rochas Ornamentais (Abirochas) fez um balanço sobre a Cachoeiro Stone Fair. Boletim divulgado pela entidade informou que a “feira evidenciou sinais inequívocos de recuperação do mercado interno da construção civil, bem como a importância assumida por este mercado e pelas empresas brasileiras de beneficiamento para os fabricantes de máquinas, equipamentos e insumos”.

Segundo o documento, a febre do momento, atrelada a um novo paradigma na serragem de chapas, são os teares multifio diamantados. Cerca de 25 desses novos equipamentos foram instalados no Espírito Santo e cinco em outros estados. “Estimase que mais 15 já tenham sido adquiridos e deverão ser instalados em um horizonte de seis meses”. Todos os principais fabricantes italianos de teares convencionais (multilâmina de aço) compareceram à feira e apresentaram suas máquinas multifio, caso da Breton/Bidese, Gaspari, Simec, Pellegrini, Pedrini e Cofiplast, para fios de 7,3 mm e 6,2 mm.

Duas empresas brasileiras já têm projetos de produção dessas novas máquinas.

“Muito se está pesquisando para a melhoria dos fios atualmente oferecidos no mercado, quanto à sua vida útil e velocidade de corte. A performance dos multifios é realmente superior a das multilâminas, pela maior velocidade de corte, maior produtividade de chapas por metro cúbico, menor consumo de energia, menor impacto ambiental, menor custo de mão de obra (bastante elevado no Brasil, até em comparação com países europeus), entre outras vantagens”, prossegue o boletim, elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho – Kistemann & Chiodi Assessoria e Projetos.

O ajuste da máquina e dos fios é agora e visitadas manifestaram intenção de substituir todo o seu parque de serragem, pois os teares multifios são particularmente recomendados e necessários para a serragem de materiais mais abrasivos e/ou frágeis e heterogêneos (pegmatitos, conhecidos como “feldspatos”; quartzitos, conglomerados, xistos e outros). Não obstante, o maquinário convencional ainda tem o seu lugar e deverá operar por um bom período, principalmente para materiais carbonáticos e outras rochas mais macias.

Em relação ao mercado interno, várias empresas manifestaram ter havido crescimento da participação de suas vendas domésticas no total das transações. Para os fornecedores, os preços praticados no mercado interno estão atraentes e são muitas vezes até mais elevados, em função da valorização do real, que os do mercado externo.

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