Segundo o presidente da Findes, Lucas Izoton, para 2011, a projeção é de aumento de 8,5% na produção capixaba, enquanto a média nacional deverá ficar em 3,5%
Mesmo marcados por uma crise financeira que abalou o mundo, os últimos anos foram positivos para a indústria capixaba.
E a tendência é de mais crescimento. Dados divulgados pelo presidente da Findes,Lucas Izoton, apontam que, entre 2011 e 2014, o Estado vai receber pelo menos R$ 60 bilhões em investimentos industriais.
Para 2011, a projeção é de aumento de 8,5% na produção capixaba, enquanto a média nacional deverá ficar em 3,5%.
O PIB da indústria capixaba, que teve crescimento de 62,6% desde 2004 – contra média nacional de 21% –, deve alcançar patamares ainda maiores. É esperado um aumento de 7%, contra 3,5% para o País.
Entre os investimentos para 2011-2014, estão a construção da Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), em Anchieta, a ampliação da plant a da Vale e da ArcelorMittal Tubarão e a implantação do polo da Ferrous, em Presidente Kennedy.
Também haverá investimentos no setor de rochas ornamentais. Em Cachoeiro, a previsão é de R$ 1 bilhão, com a diversificação de mercados do segmento, além da implantação de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). Já para Nova Venécia, além de projetos do setor de rochas, também estão previstos investimentos na agroindústria, somando R$ 480 milhões.
De acordo com Izoton, as expectativas são bastante positivas, já que o Espírito Santo teve o maior crescimento percentual da produção física industrial no País. De janeiro a outubro de 2010, o aumento foi de 26,7%, comparado ao mesmo período de 2009. O ano deve fechar em 24%, enquanto a média nacional foi de 10,8%.
Entre os destaques, está a indústria extrativa, com 67,39%. Os próximos anos, segundo Izoton, deverão ser marcados pela busca para a superação de desafios.
“Um dos maiores é nossa logística que, apesar de relativamente boa, ainda carece de novas e melhores rodovias, ferrovias".
Ele também adiantou que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) deverá travar uma batalha pela redução de incentivos a exportações.
Investimento em capacitação
Outro dado animador é a expectativa é de que o número de empregos na indústria capixaba salte de 199,7 mil vagas, em 2010, para 218,5 mil, em 2011. Porém, ele vem acompanhado de outro desafio apontado pelo presidente da Findes, Luzas Izoton.
“Precisamos fazer um mutirão de capacitação, pois a geração de empregos continua apresentando crescimento no Espírito Santo e precisamos também ocupar as vagas ociosas que existem atualmente, por falta de pessoal qualificado”, ressaltou.
Para direcionar esse mutirão, a entidade fez um levantamento com os cursos em que há maior demanda, de acordo com o perfil de cada região.
Para Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, a área de mineração figura entre as mais carentes de profissionais, assim como a agroindústria, a biotecnologia e a automação industrial.
Já em Nova Venécia, polo do setor no noroeste capixaba, Geologia e Mineração estão entre os cursos mais demandados, além de Mecânica e Química.
Izoton destacou que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) capacitou 62.249 estudantes em 2010. A previsão para 2011 é de que sejam formados 76.494 profissionais, em diversos cursos.
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