segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sul do Estado: setor de rochas reage à crise mundial

Extraído do site Gazeta Online Sul

22/05/2009 - 14h06 (Antônio Coelho - Gazeta Sul)

foto: Antônio Coelho

Rochas: de janeiro a março deste ano, setor faturou US$ 79 milhões em vendas externas

O cenário não é dos mais animadores. De acordo com o Sindirochas, de janeiro a março deste ano, o setor faturou US$ 79 milhões com a venda de rochas para o exterior. Parece muito, mas representa uma queda de 43% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando foram exportados quase US$ 139 milhões.

De acordo com o presidente do sindicato patronal, Áureo Mameri, muitas empresas fecharam as portas, nos últimos meses, por conta desses números. "Quem não conseguiu segurar a bomba da crise foi quem se fez no mercado às custas da ilusão americana. Muita gente nos Estados Unidos comprou ou construiu casas com dinheiro que não existia. Era a farra dos empréstimos e as marmorarias se aproveitaram disso. Muitas surgiram por causa da bolha americana e morreram com ela. Quem já era sólido no mercado e nunca viveu só de exportação consegue se manter. Com dificuldades, mas consegue", afirmou.

Novas alternativas

Na contramão das tendências negativas, o empresário José Carlos Machado conta hoje com 200 funcionários e pretende contratar mais. O clima é de alto-astral no pátio da marmoraria, após um período de pequena redução nas vendas. Para ele, com crise se cresce: "Nunca desanimamos. Coloquei meus vendedores nas ruas, tentamos buscar alternativas e não precisei demitir, que é o melhor de tudo", conta.

Quem nem viu sinal de retração é quem nunca exportou. Manoel Gonçalves, também dono de marmoraria, exportava, até o início da crise, 20% das pedras que beneficiava. Hoje, a empresa dele, que fica em Cachoeiro, exporta 10%, uma diferença considerada pequena e que, segundo ele, foi rapidamente resolvida.

"As perspectivas não são das melhores, não acho que tudo será um mar de rosas daqui em diante. A dica é trabalhar. Fomos buscar novos clientes no Brasil e estamos, pelo menos, conseguindo nos manter", explicou Gonçalves.

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