domingo, 25 de outubro de 2009

Cachoeiro faz pacto inédito com pólo de rochas da Itália

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro

Publicada em 23/10/2009 às 19:25

Setenta por cento do beneficiamento de rochas ornamentais no ES é realizado em empresas cachoeirenses
A cidade que é o maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais da Itália assume um pacto de amizade com Cachoeiro de Itapemirim nesta segunda-feira (26). Trata-se de Saint'Ambrogio de Valpolicella, da região de Verona, cujo representante, o deputado parlamentar italiano Riccardo Ceni, assina o protocolo do pacto junto do prefeito Carlos Casteglione, às 10h, na sede do Cetemag .
O reconhecimento de Cachoeiro como amigo da cidade italiana vai facilitar a captação de recursos e projetos, além de tornar mais fáceis os intercâmbios tecnológicos e culturais entre as duas regiões.
“Com esse pacto, que vem em excelente hora, ganham os dois lados. Conseguimos uma distinção dentro do Brasil. E tanto a nossa região, quanto a deles, são de pequenas cidades com muitas similaridades”, destaca o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho.
Na região italiana, por exemplo, a cidade Ápio é tão focada na preservação histórica quanto a capixaba Muqui. “Isso sem falar no exemplo da nossa indústria metal mecânica, já que lá eles também produzem grande variedade de máquinas voltadas especificamente para o setor de rochas ornamentais”, explica o secretário.
De imediato, o pacto da amizade deve beneficiar diretamente 15 jovens da região sul do estado, que devem ser convidados para estudar no Instituto Del Marmo, centro técnico italiano especializado no beneficiamento de rochas ornamentais. Os alunos devem estudar gratuitamente e com todos os custos pagos.
Para a assinatura do convênio, estão sendo convidados todos os prefeitos das cidades do Sul do Estado que receberam imigrantes italianos, além do deputado federal Camilo Cola.
O maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais da América Latina é formado por Cachoeiro de Itapemirim e outros 14 municípios da região sul do estado. E dos 25 milhões de metros quadrados de rochas ornamentais que o estado processa por ano, 70% é beneficiado em empresas cachoeirenses.
Prestigie! Assinatura do Pacto de Amizade entre Saint’ Ambrogio de Valpolicella e Cachoeiro de Itapemirim Quando: nesta segunda-feira (26), às 10h.Onde: na sede do Cetemag, no bairro Aeroporto.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Resíduos de rochas ornamentais servem para produzir vidro ecológico

Extraído do site do Jornal Diário de Petrópolis

Eles são quase imperceptíveis aos olhos, mas altamente agressivos à natureza e à saúde. Os resíduos provenientes das serrarias de rochas ornamentais criam um problema ambiental no país, principalmente no estado do Espírito Santo, responsável pela metade da produção do setor. Pesquisadores estimam que três mil toneladas de efluentes sejam lançados diariamente no meio ambiente.

- Na quase totalidade dos casos, são lançados diretamente no solo, sem nenhum tratamento ou previsão de reutilização. Esses resíduos, no entanto, podem servir como matéria-prima – diz a física Michelle Babisk, do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Durante seu mestrado no Instituto Militar de Engenharia (IME), quando foi bolsista Nota 10, da FAPERJ, ela deu início ao projeto de transformar esses resíduos em vidros ecológicos. Trabalho a que tem dado continuidade até hoje.

- Uma propriedade interessante do vidro ecológico é a capacidade de bloquear a passagem da radiação infravermelha. Dessa forma, se usado como embalagem, oferece maior proteção aos alimentos. Usado em janelas, pode atuar no ambiente como reduto de calor. Tem as mesmas características do vidro comum – descreve a física.

Natural de Cachoeiro de Itapemirim/ES, Michelle Babisk viu de perto o problema.

- Vi a capacidade poluidora desses resíduos, que eram despejados num curso d´água próximo à chácara da minha família. Além de provocar a mortandade dos peixes, prejudicava a população ribeirinha, que depende exclusivamente dessa água para beber, cozinhar e tomar banho. Trata-se de um pó fino, capaz de desencadear doenças, como a silicose, em pessoas e animais – contou.

No IME, Michelle tomou conhecimento das pesquisas de aproveitamento de resíduos de rochas e se interessou. Foi assim que, junto a uma equipe do instituto, ela conseguiu desenvolver o vidro ecológico.

De acordo com a física, os resíduos são utilizados in natura e, em decorrência do processo produtivo, os vidros adquirem coloração verde. Isso acontece devido à oxidação do ferro presente na granalha, eliminada junto com a lama, utilizada para facilitar a serragem das rochas. Para o meio ambiente, a vantagem do vidro ecológico é que, diferente do vidro comum, sua produção exige menor volume de extração de areia, pois sua composição leva apenas até 30% deste material.

- A extração de areia pode causar mais de 35 formas de impacto negativo ao meio ambiente. O assoreamento dos rios é apenas um deles. Além disso, conseguimos dar uma destinação aos resíduos, minimizando o impacto ambiental – diz a física.

Segundo Michelle, já existem indústrias interessadas na fabricação do vidro ecológico.

- Acredito que ainda há alguns estudos e análises a serem realizadas antes da comercialização efetiva do produto – explica.

O vidro produzido até agora é do tipo sodo-cálcico, o que quer dizer que contém em sua composição óxidos de sódio e cálcio. Com orientação do engenheiro de Minas, Francisco Hollanda, Michelle agora vai testar o desenvolvimento desses vidros a partir de resíduos de outros tipos de rochas, como quartzito, que dispnesa a utilização de areia na fabricação, e basalto.

Ela também estuda a possibilidade de produzir vidro transparente, tanto pela questão estética quanto pela maior viabilidade de entrada do produto no mercado.

http://www.diariodepetropolis.com.br/2009/10/23/residuos-de-rochas-ornamentais-servem-para-produzir-vidro-ecologico/

Transporte de Rochas - Comissão realiza testes para transporte de enteras em caçambas

Extraído do site da Revista Inforochas.

A proposta ainda será encaminhada parra a Câmara Temática de Rochas Ornamentais para apreciação

Motivo de dúvidas entre os empresários do setor, o transporte dos blocos menores de rochas, as chamadas enteras, poderá passara ser feito em caminhões tipo caçamba. É o que defende a comissão técnica formada pelo Sindirochas, Centrorochas, Detran, empresas de transporte, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-ES), que irá encaminhar a proposta para apreciação da Câmara Temática de Rochas Ornamentais para a sua possível regulamentação pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

"Segundo a Resolução 264, o bloco de rocha ornamental é considerado carga indivisível e, por isso, seu transporte deve obedecer à proporção de uma unidade para cada carregamento. Essa decisão gerou muitos questionamentos quanto ao que fazer com as enteras que, por terem dimensões menores que as travas fi xas exigidas pela norma, não podem ser amarradas ao carro transportador", explica a superintendente do Centrorochas e membro da comissão, Olívia Tirello.

Além disso, elas podem ser transportadas em maior quantidade sem deixar de obedecer ao limite de peso estabelecido pelo Contran. “Analisando esses fatores, o grupo chegou à conclusão de que as enteras podem ser transportadas em caçambas de forma segura, sendo necessário fazer apenas o travamento dos blocos com madeira”, explica.

Para legitimar a proposta, a comissão realizou um teste no dia 2 de setembro, com o objetivo de confi rmar o comportamento das enteras quando transportadas em fundo de caçambas. Participaram, além da superintendente do Centrorochas, o presidente do Cetran/ES, Marcelo Ferraz Goggi, o engenheiro consultor do Sindirochas, Wilmar Barros Barbosa, e o assessor institucional do Sindirochas em Vitória, Gilson Tassinari.

Os resultados obtidos no teste foram bastante satisfatórios, com apenas um deslocamento das enteras para frente após uma freada brusca ocasionada por condições adversas no tráfego. Porém, foram mantidas as distâncias laterais e transversais, comprovando a segurança desta modalidade de transporte.

Adamag inaugura central para tratamento de resíduos

Extraído do site da Revista Inforochas

O local, licenciado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), já está recebendo subprodutos do beneficiamento de mármore e granito

Resíduos resultantes da extração de mármore e granito já têm um espaço para correta destinação evitando danos ao meio ambiente. Desde agosto deste ano, está em operação, em Cachoeiro de Itapemirim, a Central de Tratamento de Resíduos da Associação de Desenvolvimento Ambiental do Mármore e Granito (Adamag).

Apesar da Central já estar em funcionamento, a inauguração oficial da sede da entidade está marcada para o dia 6 de novembro. O presidente da Adamag, Eduardo Petersen Guidi, explicou que, ao longo de três anos, a associação lutou pelo desenvolvimento sustentável do setor de rochas ornamentais, o que resultou na conclusão das obras da Central de Resíduos, exigências dos órgãos ambientais para Licença de Operação (LO) das indústrias.

“A Adamag está dando um passo muito grande, levando o empresariado a ter uma visão ambiental mais ampla; a de que é possível promover a sustentabilidade e se enquadrar às normas ambientais vigentes”, analisou Guidi.

Para Guidi, o funcionamento da Central de Tratamento de Resíduos resolve os problemas de muitas empresas da região, que se encontram com os parques industriais sobrecarregados de resíduos, também conhecidos como subprodutos.

“Não tiramos a responsabilidade das empresas, a Adamag simplesmente ajuda a gerenciar a parte ambiental dos associados". A entidade foi licenciada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para receber subprodutos de empresas beneficiadoras, em 28 de abril de 2009 e, desde então, iniciou os trabalhos de construção da Central de Resíduos.

REFLORESTAMENTO

Em parceria com a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, a Santa Casa de Misericórdia e produtores rurais da região, a Adamag conseguiu ainda o equivalente a 103 mil metros quadrados de terra para reflorestamento. A medida foi adotada para cumprir o compromisso firmado com o Ministério Público Estadual para “saldar” a dívida de décadas com o meio ambiente, tempo em que os resíduos não foram corretamente tratados. Segundo Guidi, 95% do Termo de Ajuste de Conduta, firmado em novembro de 2007, já foram cumpridos, finalizando sua totalidade até novembro deste ano.

Saiba mais

A lama abrasiva resultante do processo de industrialização do mármore e granito tem alta concentração de cal e ferro, que, em contato com o lençol freático, pode trazer danos à saúde da população. Na Central de Tratamento de Resíduos da Adamag, o material é acondicionado em locais especialmente preparados que impedem a infiltração das substâncias para o solo.

A Central atende a 72 empresas e tem capacidade de funcionamento estimada para 14 anos. Criada em Junho de 2006, com o intuito de conscientizar as empresas do setor de rochas ornamentais quanto às suas responsabilidades para com o Meio Ambiente, a Adamag tem como objetivo encontrar soluções coletivas para o tratamento dos resíduos e subprodutos gerados nos processos produtivos das respectivas empresas situadas em Soturno e Gironda, em Cachoeiro de Itapemirim.

Para isso, foi construída a Central de Tratamento de Resíduos, implantada numa área de 145 mil metros quadrados de terra na região da Fazenda Monte Líbano.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Rochativa amplia projetos sociais

Extraído do site da Revista Inforochas

Os projetos realizados pela Rochativa – instituição social das entidades e empresas do setor de rochas ornamentais – vêm beneficiando cada vez mais crianças e adolescentes. No último dia 13 de setembro foi realizadoum torneio esportivo, reunindo mais de 300 estudantes do projeto “Cidadãos do Amanhã”, em Cachoeiro de Itapemirim.
As atividades aconteceram no Estádio de Futebol João Daróz, em Soturno, das 8 às 15 horas, onde foi realizado um torneio de futebol entre times de Soturno e Gilson Carone, além de provas de atletismo nas categorias “dentinho”, mirim e juvenil.
Além disso, as crianças assistiram a uma apresentação teatral do grupo de recreação do Sesi. “Este foi o primeiro evento envolvendo todo o projeto e estamos planejando fazer outros. Foi muito positivo. Nessas atividades, além da parte esportiva, trabalhamos com valores, competências e socialização dos participantes”, explicou Telma Azevedo, presidente da Rochativa.
Telma destacou que a ampliação dessas ações é possível devido ao envolvimento dos associados e às parcerias. “Começamos atendendo em torno de 150 crianças, em Gilson Carone e Soturno. Hoje, já são mais de 300 envolvidos nos projetos. Quanto mais empresas despertarem para a responsabilidade social e mais voluntários forem envolvidos, mais pessoas serão benefi ciadas”, destacou Telma.
CAPACITAÇÃO
Entre os novos projetos, estão cursos de capacitação profi ssional e inclusão social, oferecidos em parceria com o Sesi e Senai de Cachoeiro. Já estão sendo oferecidos cursos como Informática e Economia Doméstica.
Até o final do ano, também começam as aulas nos cursos profi ssionalizantes de Eletricista Predial e Soldador. Neste caso, será voltado para jovens de 17 e 18 anos que, ao concluírem o curso, poderão ser absorvidos pelas empresas do setor.
Seja sócio
Com apenas dois anos de fundação,a Rochativa já atende a mais de 300 crianças, em ações sociais, educacionais, profissionalizantes e esportivas.Hoje, a entidade conta com 37 empresas associadas e apoia projetos nas comunidades de Soturno, Gironda e Gilson Carone, entre eles o “Cidadãos do Amanhã” e “Villagindo”.
Além disso realiza, anualmente, o Gourmet Rochas, evento beneficente cuja arrecadação é destinadaaos projetos sociais. Sua empresa também pode participar deste grande projeto social, contribuindo com um valor a partir de R$ 50,00.
Para mais informações, entre em contato com a Rochativa, no telefone (28) 3521-8058 ou pelo e-mail secretaria@rochativa.org.br .

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Exportações de blocos registram saldo positivo

Extraído do site da Revista Inforochas

Após uma série de resultados negativos devido à crise, o setor de rochas voltou a registrar saldo positivo nas exportações de blocos.Segundo o balanço elaborado pelo Centrorochas, as exportações brasileiras de blocos em agosto de 2009 alcançaram US$ 17,4 milhões, 48,8% a mais do que no mesmo mês em 2008. As vendas capixabas, por sua vez, cresceram 51,7% em relação ao mesmo período do ano anterior,chegando a US$ 7,8 milhões.

"Para chegar a esses índices, o setor de rochas fez mudanças em todos osníveis. As empresas revisaram seus custos, aplicando novas medidas de gestão e reduzindo despesas para se adequar à nova configuração da economia mundial. Além disso, a busca de mercados alternativos a o mercado americano foi feita com grande competência pelo setor", comenta a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello.

“O aumento nas exportações de blocos é significativo para o setor e é resultadode alguns fatores”, destaca. Um desses fatores é que a maior parte das exportações de blocos é feita com materiais de segunda e terceira linha, que possuem menor valor de mercado, enquanto os materiais de primeira linha, mais caros, são beneficiados, em sua maioria, aqui no Brasil.

“Outro fator que ref lete bem as exportações de blocos é que, neste caso, o modelo comercial dá maiores garantias de recebimento ao exportador, com vendas, na maioria das vezes, sendo feitas com preço à vista. Diferente do material beneficiado, que normalmente é vendido a prazo”, salienta Olívia.

Segundo a superintendente, rever a forma de dirigir um empreendimento representa sempre melhoria para todos. “A crise veio como um alerta de que não podemos confiar quando imaginamos que tudo está indo muito bem. Ficou provado com esta crise que a situação pode mudar rapidamente, e nem sempre para melhor. Ficar alerta a partir de agora é a meta”, orienta.

Segundo Olívia, a meta do setor, atualmente, é fechar o ano com, no mínimo, os mesmos números de 2008. “Estamos trabalhando para isso e temos a confiança de conseguir alcançar. Para 2010, dependendo da reação mundial, poderemos pensar em um pequeno crescimento, algo como 5% já seria muito bom”, afirma.