Após uma série de resultados negativos devido à crise, o setor de rochas voltou a registrar saldo positivo nas exportações de blocos.Segundo o balanço elaborado pelo Centrorochas, as exportações brasileiras de blocos em agosto de 2009 alcançaram US$ 17,4 milhões, 48,8% a mais do que no mesmo mês em 2008. As vendas capixabas, por sua vez, cresceram 51,7% em relação ao mesmo período do ano anterior,chegando a US$ 7,8 milhões.
"Para chegar a esses índices, o setor de rochas fez mudanças em todos osníveis. As empresas revisaram seus custos, aplicando novas medidas de gestão e reduzindo despesas para se adequar à nova configuração da economia mundial. Além disso, a busca de mercados alternativos a o mercado americano foi feita com grande competência pelo setor", comenta a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello.
“O aumento nas exportações de blocos é significativo para o setor e é resultadode alguns fatores”, destaca. Um desses fatores é que a maior parte das exportações de blocos é feita com materiais de segunda e terceira linha, que possuem menor valor de mercado, enquanto os materiais de primeira linha, mais caros, são beneficiados, em sua maioria, aqui no Brasil.
“Outro fator que ref lete bem as exportações de blocos é que, neste caso, o modelo comercial dá maiores garantias de recebimento ao exportador, com vendas, na maioria das vezes, sendo feitas com preço à vista. Diferente do material beneficiado, que normalmente é vendido a prazo”, salienta Olívia.
Segundo a superintendente, rever a forma de dirigir um empreendimento representa sempre melhoria para todos. “A crise veio como um alerta de que não podemos confiar quando imaginamos que tudo está indo muito bem. Ficou provado com esta crise que a situação pode mudar rapidamente, e nem sempre para melhor. Ficar alerta a partir de agora é a meta”, orienta.
Segundo Olívia, a meta do setor, atualmente, é fechar o ano com, no mínimo, os mesmos números de 2008. “Estamos trabalhando para isso e temos a confiança de conseguir alcançar. Para 2010, dependendo da reação mundial, poderemos pensar em um pequeno crescimento, algo como 5% já seria muito bom”, afirma.
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