sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Não existe crise no setor imobiliário do Espírito Santo

Extraído do site da Revista Pedras do Brasil

O Salão do Imóvel aberto nesta quarta-feira (5 de novembro) no Pavilhão de Carapina, na Grande Vitória recebe imobiliárias, construtoras, incorporadoras e instituições financeiras, presentes ao evento disponibilizam cerca de 12 mil imóveis em fase de acabamento e na planta.
Para atrair compradores, os expositores estão oferecendo de kit para churrasco a desconto de R$ 15 mil, atrações infantis, restaurantes e várias palestras. A previsão é que seja comercializados cerca de R$ 100 milhões, sendo R$ 55 milhões no Salão do Imóvel que vai até domingo, e mais de R$ 40 milhões nos próximos três meses. Em 2007, o evento obteve negócios na ordem de R$ 95 milhões.
Ao todo são 62 estandes que vão abrigar 92 expositores. Até sexta-feira haverá mesas redondas de negociações e, segundo previsões da Ademi-ES há previsão de investimentos em obras por todo o Estado até 2012, e as empresas já estão de olho no público jovem e recém casados. A região com maior investimentos imobiliários no Estado é a Serra, com 5.556 unidades em construção, um crescimento de 793,2% em relação a 2005. Em seguida vem os bairros de Itapoã e Praia da Costa, em Vila Velha, com 4.751 unidades em execução. Jardim Camburi e Itaparica somam 3.376 e 2.819 unidades, respectivamente.
Setor de mármore e granito precisa mudar seu foco.
O Salão do Imóvel não atraiu o setor de mármore e granito do Espírito Santo. As empresas do segmento no Espírito Santo dão pouca atenção ao mercado imobiliário do Estado e acabam perdendo uma grande parcela das obras para os ceramistas. Quartzitos, ardósias, silestones e outras pedras naturais são comuns nos empreendimentos da Grande Vitória.
O setor de mármore e granito que sempre priorizou as exportações, sobretudo para os Estados Unidos, começa agora a enxergar o mercado brasileiro, mas estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais são vistos como mais vantajosos. Com isso, outros produtos de acabamento vão ganhando espaço na terra do mármore e granito. O mercado imobiliário capixaba é o que mais cresce no Brasil. Por semestre ele movimenta cerca de R$ 1 bilhão, quase todos os investimentos na Grande Vitória.
As empresas insistem em investir apenas nas feiras próprias do setor, quando deveriam também fazer-se presentes em eventos da construção, feiras de acabamento e de arquitetura; mostrar-se para o público consumidor e especificador. Em 2007 e 2008, já contabilizando as participações na Construir-Rio a ser realizada em novembro, menos de 20 empresas mostraram seus produtos em eventos imobiliários em todo o Brasil.
Apesar da crise econômica, da diminuição das vendas, dos altos custos de exportação, das dificuldades de recebimento, o número de empresas expositoras de mármore e granito, em feiras no exterior é dez (10) vezes maior em relação a participação no Brasil. Em 2007, as exportações brasileiras de granito e mármore e outras pedras, representaram pouco mais de US$ 1,1 bilhão, enquanto o mercado imobiliário brasileiro teve negócios na ordem de mais de R$ 20 bilhões, e para este ano deve ocorrer um aumento de pelo menos 10%. Por outro lado, deve ocorrer uma diminuição acentuada nas exportações de pedras ornamentais. O mercado brasileiro é uma grande aposta.
Confira os números
Levando em consideração as 12 mil ofertas do Salão do Imóvel do Espírito Santo:
* 12 mil bancadas – Uma bancada por apartamento;
* 60 mil soleiras – Se levarmos em conta que um apartamento tem no mínimo cinco portas;
* 60 mil peitoris – Se levarmos em conta que cada apartamento tem no mínimo cinco janelas;
OBS.: Estes materiais são recortes, sobras.
* Temos ainda os rodapés, cerca de 100 metros quadrados, em média, por apartamento, pisos de cozinhas, de banheiros, de salas, escadarias, áreas de serviços e corredores.
• Quanto o setor deixa de faturar por ano no Espírito Santo?
• Vários matérias importados estão sendo utilizados nas obras, principalmente as de três e quatro quartos que têm cômodos inteiros, e em alguns casos todo o apartamento é revestido de pedra natural ou industrializada.

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