Reeleito para mais um mandato à frente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Lucas Izoton destacou as ações que serão implantadas em sua segunda gestão para incentivar o desenvolvimento do arranjo produtivo de rochas ornamentais no Estado.
Dentre as medidas estão a atração de recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e à Confederação Nacional da Indústria (CNI); investimentos em capacitação profissional e ações para minimizar os gargalos logísticos que dificultam o crescimento das indústrias.
Outro projeto é incentivar o comércio exterior, chegando a mil empresas exportadoras até 2011. Hoje, são cerca de 530 empresas.
O setor de rochas capixaba contará com investimentos de R$ 2 bilhões do BID para aplicar na sua cadeia produtiva. As negociações para o fechamento do contrato contaram com a participação da CNI e da Findes.
Segundo Izoton, os investimentos ajudarão a melhorar a competitividade do segmento, que tem forte participação na economia do Estado, além da sua posição de destaque no cenário nacional – em 2007, as empresas locais responderam por 66,8% das exportações brasileiras de produtos manufaturados do setor.
Interior
As empresas também serão beneficiadas com a ampliação e modernização da estrutura do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi).
A idéia, frisou Izoton, é interiorizar o desenvolvimento. Para isso, vão ser implantados Centros Integrados em Anchieta, Aracruz e São Mateus.
Esses municípios vão receber uma estrutura completa para a formação de mão-de-obra e vão funcionar em conjunto com o Sesi.
Também serão criados postos de serviço em Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia, além de unidades móveis para atender outros municípios do interior.
A meta é, até 2011, atender 98% da indústria capixaba no seu município de localização. Hoje, esse índice é de 92%.
“Queremos fazer um grande mutirão de capacitação profissional, qualificando tanto trabalhadores como dirigentes de empresas”, afirmou o presidente da Findes, entidade que completou 50 anos no último dia 29 de julho, quando também foi comemorado o Dia da Indústria Capixaba.
Izoton acrescentou que outro foco da nova diretoria será a ampliação do atendimento do Senai, que hoje realiza 30 mil cursos por ano, mas deve dobrar esse número, chegando a 60 mil até 2011.
Análise
“O setor de rochas passa por dificuldades, principalmente em função da desvalorização do dólar em relação ao real e à crise imobiliária nos Estados Unidos.
Acredito que o dólar vai continuar se mantendo em patamares baixos pelos próximos dois ou três anos, e que a economia dos EUA não se reaquecerá em curto prazo.
Por isso, as empresas precisam buscar novas alternativas para suprir a perda desse importante parceiro comercial. Os empresários devem ampliar a participação no mercado interno da construção civil, buscar novos mercados, agregar mais valor aos seus produtos.
A Findes está ciente das dificuldades enfrentadas pelo setor e tem efetivado ações para minimizar estes obstáculos.”
Lucas Izoton, presidente da Findes
Mapa Estratégico para enfrentar desafios
A Findes tem atuado junto aos governos federal, estadual e municipais na busca de alternativas para os gargalos logísticos do Estado.
O presidente da entidade, Lucas Izoton, destacou que o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba contempla várias ações que visam solucionar os entraves que impedem o desenvolvimento da economia local.
“As obras do aeroporto de Vitória estão paradas, nossa malha ferroviária é insuficiente, as rodovias estão precárias, a maioria dos nossos portos tem baixo calado. Tudo isso é um grave problema para as empresas e temos sido parceiros do governo para buscar soluções”, afirmou Izoton.
De acordo com ele, dentre as medidas previstas no Mapa Estratégico estão: apoiar a duplicação da BR-101 no Estado, entre seus limites com o Rio de Janeiro e com a Bahia, até 2015; a duplicação da BR-101 (Rodovia do Contorno de Vitória) até 2010; propor a adequação da BR-262 até 2010 e sua duplicação até 2015; estimular a construção da Rodovia Leste-Oeste – BR-477; articular a ampliação e a manutenção da malha viária (estradas vicinais), através da utilização de subprodutos industriais, entre outros.
Findes chega aos 50 anos em sua melhor fase
A Findes chegou aos 50 anos em grande forma. Fundada em 29 de julho de 1958, a entidade consolidou sua importância no crescimento da participação do setor industrial no PIB do Estado e no aumento da produção das indústrias locais.
De 2002 a 2008, o PIB estadual subiu em média 3,8% ao ano, sendo que a indústria representa hoje, de maneira direta, 34% desse PIB.
Já a produção, cujas taxas de crescimento já superam a média nacional, deve elevar esses índices dos atuais 6,6%, conforme a média dos últimos cinco anos, para 7% até 2010 e 8,5% até 2015.
Essa é a meta da nova diretoria da entidade, que será comandada por Lucas Izoton por mais três anos (2009-2011) – uma mudança no estatuto reduziu o tempo de mandato de quatro para três anos.
Izoton terá ao seu lado os vice-presidentes Sérgio Rogério de Castro, Ernesto Mosaner Júnior e Aristóteles Passos Costa Neto.
Os diretores tomaram posse na festa dos 50 anos da Findes, realizada na noite do dia 25 de julho, no Centro de Convenções de Vitória.
Outra meta da nova diretoria é investir R$ 100 milhões no Estado até 2011, incluindo os recursos já aplicados desde 2007.
O valor está sendo destinado a projetos como o de um centro cultural e um restaurante giratório, na sede da Findes, que devem ficar prontos até julho de 2009.
O investimento previsto para a modernização da sede, desde a parte física até o sistema interno de comunicação, fica em torno de R$ 6 milhões.
O centro cultural terá capacidade para exposições com até 250 pessoas, enquanto o restaurante panorâmico giratório será para 120 pessoas sentadas.
Segundo Izoton, essa obra vai atender às necessidades da entidade, que realiza, por dia, de 10 a 15 cursos, além de palestras, seminários e reuniões.
Crescimento
O presidente da Findes afirmou que a indústria capixaba tem muito o que comemorar.
“A indústria brasileira cresceu 6,2% nos cinco primeiros meses deste ano, se comparado ao mesmo período de 2007. Já a capixaba, em igual período, cresceu 17,1%, uma alta de dois dígitos”, destacou.
Conforme Izoton, hoje a indústria lidera o desenvolvimento do Espírito Santo, principalmente em virtude do comércio internacional, em que o setor de rochas tem grande representatividade, com crescimento médio de 20% a 30% ao ano; da produção de petróleo e gás; da expansão do mercado interno da construção civil e do setor metalmecânico. “O Espírito Santo continua sendo o Brasil que está dando certo. A previsão é de crescimento constante para os próximos 10 anos, especialmente com a expansão de novas plantas industriais nos setores de mineração, siderurgia, celulose e construção civil”, disse Izoton.
Dentre as medidas estão a atração de recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e à Confederação Nacional da Indústria (CNI); investimentos em capacitação profissional e ações para minimizar os gargalos logísticos que dificultam o crescimento das indústrias.
Outro projeto é incentivar o comércio exterior, chegando a mil empresas exportadoras até 2011. Hoje, são cerca de 530 empresas.
O setor de rochas capixaba contará com investimentos de R$ 2 bilhões do BID para aplicar na sua cadeia produtiva. As negociações para o fechamento do contrato contaram com a participação da CNI e da Findes.
Segundo Izoton, os investimentos ajudarão a melhorar a competitividade do segmento, que tem forte participação na economia do Estado, além da sua posição de destaque no cenário nacional – em 2007, as empresas locais responderam por 66,8% das exportações brasileiras de produtos manufaturados do setor.
Interior
As empresas também serão beneficiadas com a ampliação e modernização da estrutura do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi).
A idéia, frisou Izoton, é interiorizar o desenvolvimento. Para isso, vão ser implantados Centros Integrados em Anchieta, Aracruz e São Mateus.
Esses municípios vão receber uma estrutura completa para a formação de mão-de-obra e vão funcionar em conjunto com o Sesi.
Também serão criados postos de serviço em Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia, além de unidades móveis para atender outros municípios do interior.
A meta é, até 2011, atender 98% da indústria capixaba no seu município de localização. Hoje, esse índice é de 92%.
“Queremos fazer um grande mutirão de capacitação profissional, qualificando tanto trabalhadores como dirigentes de empresas”, afirmou o presidente da Findes, entidade que completou 50 anos no último dia 29 de julho, quando também foi comemorado o Dia da Indústria Capixaba.
Izoton acrescentou que outro foco da nova diretoria será a ampliação do atendimento do Senai, que hoje realiza 30 mil cursos por ano, mas deve dobrar esse número, chegando a 60 mil até 2011.
Análise
“O setor de rochas passa por dificuldades, principalmente em função da desvalorização do dólar em relação ao real e à crise imobiliária nos Estados Unidos.
Acredito que o dólar vai continuar se mantendo em patamares baixos pelos próximos dois ou três anos, e que a economia dos EUA não se reaquecerá em curto prazo.
Por isso, as empresas precisam buscar novas alternativas para suprir a perda desse importante parceiro comercial. Os empresários devem ampliar a participação no mercado interno da construção civil, buscar novos mercados, agregar mais valor aos seus produtos.
A Findes está ciente das dificuldades enfrentadas pelo setor e tem efetivado ações para minimizar estes obstáculos.”
Lucas Izoton, presidente da Findes
Mapa Estratégico para enfrentar desafios
A Findes tem atuado junto aos governos federal, estadual e municipais na busca de alternativas para os gargalos logísticos do Estado.
O presidente da entidade, Lucas Izoton, destacou que o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba contempla várias ações que visam solucionar os entraves que impedem o desenvolvimento da economia local.
“As obras do aeroporto de Vitória estão paradas, nossa malha ferroviária é insuficiente, as rodovias estão precárias, a maioria dos nossos portos tem baixo calado. Tudo isso é um grave problema para as empresas e temos sido parceiros do governo para buscar soluções”, afirmou Izoton.
De acordo com ele, dentre as medidas previstas no Mapa Estratégico estão: apoiar a duplicação da BR-101 no Estado, entre seus limites com o Rio de Janeiro e com a Bahia, até 2015; a duplicação da BR-101 (Rodovia do Contorno de Vitória) até 2010; propor a adequação da BR-262 até 2010 e sua duplicação até 2015; estimular a construção da Rodovia Leste-Oeste – BR-477; articular a ampliação e a manutenção da malha viária (estradas vicinais), através da utilização de subprodutos industriais, entre outros.
Findes chega aos 50 anos em sua melhor fase
A Findes chegou aos 50 anos em grande forma. Fundada em 29 de julho de 1958, a entidade consolidou sua importância no crescimento da participação do setor industrial no PIB do Estado e no aumento da produção das indústrias locais.
De 2002 a 2008, o PIB estadual subiu em média 3,8% ao ano, sendo que a indústria representa hoje, de maneira direta, 34% desse PIB.
Já a produção, cujas taxas de crescimento já superam a média nacional, deve elevar esses índices dos atuais 6,6%, conforme a média dos últimos cinco anos, para 7% até 2010 e 8,5% até 2015.
Essa é a meta da nova diretoria da entidade, que será comandada por Lucas Izoton por mais três anos (2009-2011) – uma mudança no estatuto reduziu o tempo de mandato de quatro para três anos.
Izoton terá ao seu lado os vice-presidentes Sérgio Rogério de Castro, Ernesto Mosaner Júnior e Aristóteles Passos Costa Neto.
Os diretores tomaram posse na festa dos 50 anos da Findes, realizada na noite do dia 25 de julho, no Centro de Convenções de Vitória.
Outra meta da nova diretoria é investir R$ 100 milhões no Estado até 2011, incluindo os recursos já aplicados desde 2007.
O valor está sendo destinado a projetos como o de um centro cultural e um restaurante giratório, na sede da Findes, que devem ficar prontos até julho de 2009.
O investimento previsto para a modernização da sede, desde a parte física até o sistema interno de comunicação, fica em torno de R$ 6 milhões.
O centro cultural terá capacidade para exposições com até 250 pessoas, enquanto o restaurante panorâmico giratório será para 120 pessoas sentadas.
Segundo Izoton, essa obra vai atender às necessidades da entidade, que realiza, por dia, de 10 a 15 cursos, além de palestras, seminários e reuniões.
Crescimento
O presidente da Findes afirmou que a indústria capixaba tem muito o que comemorar.
“A indústria brasileira cresceu 6,2% nos cinco primeiros meses deste ano, se comparado ao mesmo período de 2007. Já a capixaba, em igual período, cresceu 17,1%, uma alta de dois dígitos”, destacou.
Conforme Izoton, hoje a indústria lidera o desenvolvimento do Espírito Santo, principalmente em virtude do comércio internacional, em que o setor de rochas tem grande representatividade, com crescimento médio de 20% a 30% ao ano; da produção de petróleo e gás; da expansão do mercado interno da construção civil e do setor metalmecânico. “O Espírito Santo continua sendo o Brasil que está dando certo. A previsão é de crescimento constante para os próximos 10 anos, especialmente com a expansão de novas plantas industriais nos setores de mineração, siderurgia, celulose e construção civil”, disse Izoton.
Nenhum comentário:
Postar um comentário