sexta-feira, 13 de março de 2015

Balanço das Exportações e Importações em Janeiro de 2015

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

No mês de janeiro de 2015, as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento somaram USD 66,57 milhões e 123.674,24 toneladas, com variação respectivamente positiva de 2,13% e negativa de 7,1% frente a janeiro de 2014. As rochas processadas (capítulo 68) compuseram 82,20% do faturamento e 59,33% do volume físico exportado, marcando um incremento de respectivamente 6,68% e 8,86% frente a janeiro de 2014.

As rochas silicáticas brutas (posição 2516) compuseram apenas 17% do faturamento e 39,64% do volume físico das exportações com variação negativa de respectivamente 17,49% e 24,22% frente a janeiro de 2014. As exportações de rochas carbonáticas brutas (posição 2515) somaram USD 533,58 mil e 1.280,52 toneladas, registrando variação positiva de respectivamente 213,04% em valor e 7,28% em peso frente a janeiro de 2014.

As exportações de rochas para os EUA somaram USD 42,94 milhões e 54.660,28 toneladas, com incremento de respectivamente 8,18% e 9,39% frente a janeiro de 2014. Os produtos exportados pela posição 6802, quase essencialmente representados por chapas polidas de granito, quartzito e mármore, compuseram 98,93% do faturamento e 98,43% do volume físico comercializado. 

As exportações de rochas para a China, seguindo a tendência já observada a partir do 2º semestre de 2014, registraram uma queda muito significativa de 43,70% no faturamento e 42,31% no volume físico, somando apenas USD 5,93 milhões e 31.373 toneladas no mês de janeiro de 2015. É importante registrar que as rochas brutas, representadas por blocos de granito e outros materiais naturais, compuseram 98,81% do faturamento e 99,41% do volume físico exportado para esse país.

Para efeito de comparação e planejamento, registra-se que as exportações para os EUA compuseram 64,5% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas, enquanto a China, segundo principal destino das nossas exportações, representou apenas 8,9% desse total. As exportações para a Itália, compostas por 88% de rochas brutas, somaram USD 4,22 milhões no mês de janeiro, ficando muito próximas às da China, mas com preço médio três vezes superior para os blocos.

Importações

As importações brasileiras de materiais rochosos naturais de revestimento somaram, no mês de janeiro de 2015, USD 5,72 milhões e 8.752,76 toneladas, com variação negativa de respectivamente 23,11% e 15,97% frente a janeiro de 2014. As importações de materiais rochosos artificiais somaram USD 5,34 milhões e 5.256,54 toneladas, com variação respectivamente positiva de 1,19% e negativa de 7,33% frente a janeiro de 2014. 

Como já se prenunciava desde 2013, as importações de materiais artificiais estão se igualando às de materiais naturais. A par do crescimento das importações de porcelanato, a tendência de expansão dos artificiais deve ser observada.

A queda do volume físico das importações, em janeiro, sinaliza o desaquecimento do mercado interno.

São Paulo: Termômetro para o Mercado Interno

Na cidade de São Paulo, que funciona como um termômetro para o mercado imobiliário brasileiro, o valor médio do metro quadrado de imóveis usados, vendidos em 2014, recuou 22,12% frente a 2013. Os índices de preços que abrangem imóveis novos e usados, apurados em 20 cidades brasileiras, sinalizam uma desaceleração acentuada no ritmo de alta de preço dos imóveis, com a menor variação anual da série histórica desse indicador imobiliário.

Reverte-se uma situação de mais de meia década de subida vertiginosa de preços. De janeiro de 2008 a janeiro de 2015, os imóveis acumularam alta de 218,2% na cidade de São Paulo. No Rio de Janeiro a alta foi ainda maior nesse período, alcançando 265,2%. Em 2015, prevê-se que os preços dos imóveis novos poderão apresentar perda de valor real.

Com a desaceleração da demanda no ano de 2014, os estoques de imóveis não comercializados em São Paulo atingiram 29 mil unidades no mês de dezembro, contra uma média de 17 mil nos últimos anos. Com estoques altos e demanda em baixa, o desconto se tornou uma espécie de moeda de liquidez, segundo analistas de mercado. As negociações de venda têm sido assim concluídas com descontos entre 5% e 10%.

Com inflação em alta, atividade econômica em baixa, perspectiva de piora no nível de emprego e temor com endividamentos, aponta-se que a demanda por imóveis tende a se retrair ainda mais em 2015, com diminuição do número de novos lançamentos. Além da deterioração das condições macroeconômicas, o mercado deverá enfrentar alta de juros dos financiamentos imobiliários, também segundo especialistas da área.

Cenário para 2015

Fatores conjunturais apontam algumas dificuldades para o setor de rochas ornamentais em 2015. No mercado interno configura-se um processo de desaquecimento da construção civil, atrelado ao aumento da taxa básica de juros, à retração do crédito imobiliário e a um quadro já preocupante da economia brasileira. Isto faz prever queda de atividade das marmorarias, tanto daquelas que atendem ao mercado de alto padrão, quanto, sobretudo, das empresas focadas nos consumidores de menor poder aquisitivo.

Para empresas também atuantes no mercado externo, o que inclui mineradoras e serrarias, e exclui a quase totalidade das marmorarias, os dois principais países de destino das exportações brasileiras de rochas, EUA e China, evidenciam um quadro econômico divergente: os EUA com aquecimento da economia e importações, e a China com ajustes estruturais em sua economia e retração de importações para insumos da construção civil imobiliária.

A expansão da economia e o aquecimento do mercado imobiliário dos EUA, todavia, não repercutirão com intensidade nas exportações brasileiras. Estas exportações estão muito concentradas na comercialização de chapas para o segmento residencial unifamiliar, já saturado pelo Brasil e por outros países fornecedores de rochas e produtos concorrentes (laminados, porcelanatos, engineered stones, etc.). Em 2014, as exportações brasileiras de rochas, puxadas justamente pelo fornecimento de chapas ao mercado dos EUA, tiveram incremento de apenas 3% frente a 2013, o que deverá se repetir em 2015.

Os ajustes da economia chinesa e do seu mercado imobiliário concorreram para uma queda de 200 mil toneladas nas exportações brasileiras de blocos de granito, destinadas a esse país, em 2014. Especula-se que a economia chinesa só deverá normalizar-se a partir do segundo semestre de 2016, assumindo-se que as exportações brasileiras de blocos continuarão, portanto, declinantes em 2015 e, provavelmente, em 2016. Pela retração do seu mercado interno, a China deverá competir mais intensamente no mercado internacional e particularmente nos EUA, principal destino das exportações brasileiras de rochas.

A forte valorização do US dólar, apesar de atrelada a um cenário macroeconômico negativo, poderá compensar as empresas exportadoras de blocos e, sobretudo, de chapas, mesmo frente a alta de custos internos de energia, combustíveis e de outros fatores de produção. A análise dos segmentos de atividade e atuação do setor de rochas faz, a propósito, perceber que as empresas brasileiras já atingiram uma notável capacidade quantitativa e qualitativa de produção e comercialização de blocos e chapas, suficiente até para provocar excesso de oferta.

As atividades de lavra e beneficiamento primário têm, atualmente, demandas centradas em questões legais para obtenção de títulos minerários e licenciamento ambiental, bem como de regularização fiscal. A elaboração de produtos finais, tanto padronizados quanto cut-to-size, é convencionalmente remetida às marmorarias, que hoje constituem o segmento prioritário para qualificação tecnológica e gerencial no setor de rochas ornamentais e de revestimento.

Algumas ações da ABIROCHAS estão focadas na exportação de produtos acabados. O Estudo da Competitividade do Setor de Rochas Ornamentais no Brasil, ora em desenvolvimento, permitirá alinhar ações estratégicas inclusive centradas nas marmorarias. 

Este texto foi elaborado pelo geólogo Cid Chiodi Filho, para a ABIROCHAS – Associação Brasileira das Indústrias de Rochas Ornamentais, em 13 de janeiro de 2015, Belo Horizonte – MG. Os dados primários sobre exportações e importações foram obtidos a partir de consulta à Base ALICE do MDIC (www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br).

Balanço das Exportações e Importações de Rochas em 2014

Abaixo, matéria extraída do site da ABIROCHAS

Em 2014 as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento totalizaram USD 1.276.785.993,00 (USD 1,28 bilhão), correspondentes a um volume físico comercializado de 2.547.185,49 t. As rochas processadas, tanto simples (produtos de ardósia, quartzitos foliados, pedra morisca, etc.), quanto especiais (chapas de granito, mármore e pedra-sabão, lajotas serradas, etc.), relativas aos subcapítulos 6801, 6803 e 6802 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), compuseram 79,31% do faturamento e 51,16% do total do volume físico exportado. As rochas brutas (essencialmente blocos de granito, mármore, quartzito, etc.), integradas aos subcapítulos 2516, 2515, 2506 e 2526, representaram por sua vez 20,69% do faturamento e 48,84% do volume físico do total das exportações.

Em ordem decrescente de faturamento, os produtos mais exportados foram: as chapas de granito e rochas similares, incluindo quartzitos maciços e pedra-sabão (posições 6802.93.90, 6802.23.00 e 6802.29.00); os blocos de granito e rochas similares (2516.12.00 e 251611.00); os produtos de ardósia (6803.00.00 e 2514.00.00); as chapas de rochas carbonáticas, incluindo mármores, calcários e travertinos (6802.91.00, 6802.21.00 e 6802.92.00); os produtos das posições 6802.99.90 e 6802.10.00, que se supõe incluam produtos acabados cut-to-size e lajotas padronizadas, principalmente de granitos e rochas similares; os blocos de rochas quartzíticas (2506.20.00); os produtos de quartzito foliado, tipo pedra São Tomé (6801.00.00); e os blocos de rochas carbonáticas (2515.12.10, 2515.11.00 e 2515.20.00).

Pelas posições fiscais utilizadas, observando as rochas e produtos comerciais envolvidos, estima-se que foram exportadas cerca de 1,13 milhão t de chapas de granito lato sensu, quartzitos em geral e pedra-sabão; 21,48 mil t de chapas de mármore e, secundariamente, calcários e travertinos; 98,79 mil t de produtos de ardósia, envolvendo lajotas para piso, telhas, chapas etc.; 41,52 mil t de produtos de quartzito foliado, envolvendo lajotas serradas e de corte manual, cacos / cavacos, filetes e pavês; 1,19 milhão t de blocos de granito lato sensu; 26,29 mil t de blocos de rochas quartzíticas maciças; 28,76 mil t de blocos de mármores e rochas assemelhadas; e 12,21 mil t de produtos acabados especiais (lajotas e cut-to-size de rochas diversas).

Desempenhos Destacados

Os incrementos mais significativos em 2014, frente ao volume físico exportado em 2013, foram sem dúvida os das rochas carbonáticas, com +148,6% para blocos e +95,3% para chapas em geral. O recuo mais expressivo refere-se aos blocos de granito (-15%). Continuaram declinantes as exportações de ardósia, com ligeiro avanço das vendas de quartzitos foliados. As exportações de ardósia somaram pouco mais de USD 46 milhões e compuseram 3,7% do total do faturamento das exportações brasileiras de rochas.

Foi negativa a taxa de variação do preço médio de todos os principais produtos exportados pelo setor de rochas, mesmo com o preço médio geral crescendo 4,92% pela queda das rochas brutas. Apesar de pouco expressiva, foi positiva (+2,38%) a variação do volume exportado de chapas, estimando-se a comercialização de 21,5 milhões m2 equivalentes com 2 cm de espessura. As chapas em geral compuseram 72,45% do total do faturamento das exportações, enquanto as de granito especificamente compuseram 70% do total do faturamento, representando assim o nosso principal produto comercial no mercado internacional.

Exportações Mensais

As exportações mensais de 2014 tiveram seu pior desempenho em janeiro, com USD 65,2 milhões de faturamento e 133,3 mil t em volume físico comercializado. O melhor desempenho ocorreu no mês de julho, com USD 130,5 milhões e 258,9 mil t de produtos exportados.

Apenas nos meses de janeiro, outubro e novembro as exportações não ultrapassaram USD 100 milhões. No mesmo sentido, apenas em janeiro, setembro, outubro e novembro não se atingiu um volume físico de 200 mil t exportadas.

No período de maio a agosto costumam incidir os maiores valores e volumes de exportação de rochas. Pela primeira vez desde 2009, registrou-se taxa negativa de variação das exportações brasileiras de rochas ornamentais.

Exportações para os EUA

As exportações para os EUA somaram USD 789,65 milhões e 971.272,69 t em 2014, com variação positiva de respectivamente 2,45% e 3,19% frente a 2013. As rochas processadas representaram 99,94% do faturamento e 99,92% do volume físico exportado.

As exportações para os EUA compuseram assim 61,8% do total do faturamento e 38,1% do total do volume físico das exportações brasileiras do setor. As chapas exportadas aos EUA representaram quase 85% do total das exportações brasileiras de chapas, ou seja, 18,17 milhões m2 equivalentes, com 2 cm de espessura. O preço médio dos produtos exportados para os EUA, também em 2014, foi de USD 810/t, com recuo de apenas 0,72% frente a 2013.

Exportações para a China

As exportações para a China recuaram 21,75% em faturamento e 23,39% em volume físico frente a 2013, somando USD 144,46 milhões e 788.020,92 t. Este foi o primeiro recuo anual significativo desde o início da contabilização das exportações, há quase duas décadas, bem como a primeira vez em que o volume físico exportado para a China foi inferior ao dos EUA.

O preço médio dessas exportações foi de apenas USD 180/t, pois 97,5% do volume físico comercializado é de rochas brutas (blocos). Pode-se, portanto, observar que as exportações para os EUA, essencialmente de chapas, tiveram um preço médio 4,5 vezes maior que o da China.

Recuou assim, de 14,2% em 2013 para 11,1% em 2014, a participação chinesa no total do faturamento das exportações brasileiras de rochas. Mesmo sobre uma base relativamente baixa, é interessante observar que as exportações de rochas processadas (subcapítulo 6802), para a China, tiveram incremento de 70,6% em valor e de 125,64% em peso no ano de 2014, totalizando USD 5,8 milhões e 4.226,27 t.

Importações

Em 2014, as importações brasileiras de materiais rochosos naturais somaram USD 67,65 milhões e 98.917,30 t, o que representou variação negativa de respectivamente 2,86% e 9,43% frente a 2013. As rochas processadas compuseram 77,9% do valor e 72,7% do total do volume físico dessas importações. As chapas de rochas carbonáticas compuseram 62,75% do total do volume físico importado, com 24,17% correspondentes a material bruto (blocos) dessas mesmas rochas.

As importações de materiais rochosos artificiais (6810.19 e 6810.99) somaram, por sua vez, USD 55,1 milhões e 62.746,01 t com variação positiva de respectivamente 6,22% e 20,19% frente a 2013.

As importações de materiais rochosos naturais e artificiais somaram 161.663,71 t em 2014, contra 161.418,72 t em 2013. O volume físico das importações de materiais naturais recuou cerca de 10.000 t de 2013 para 2014, enquanto o dos materiais artificiais cresceu 10.000 t no período.

Produção e Consumo Interno Aparente

O setor de rochas ornamentais encerra 2014 com um desempenho aquém do vislumbrado há um ano, mas ainda bastante satisfatório frente a outros segmentos produtivos. A desaceleração das vendas no mercado interno já era, de certa forma, esperada para 2014. A estabilização das vendas para o mercado externo não foi projetada para 2014, pois se previa maior incremento dos embarques para os EUA e não se contava com o impacto da desaceleração do crescimento da economia chinesa.

De acordo com levantamentos efetuados pela ABIROCHAS, junto a empresas e entidades, bem como se levando em conta os indicadores de consumo interno, exportações e importações, avalia-se que tanto a produção de rochas voltada para o atendimento do mercado interno, quanto aquela voltada para o mercado externo, tenham recuado ligeiramente em 2014, fazendo com que a produção brasileira de lavra seja esse ano estimada em 10,13 milhões t, das quais 64% atribuídas à região Sudeste e 26% à região Nordeste. Os granitos e rochas similares contribuíram com 50% do total da produção, tendo-se 20% relativos a mármores, travertinos e calcários.

Considerando a produção estimada, bem como as exportações e importações de rochas brutas e processadas, estima-se que o consumo interno aparente tenha recuado de 78,0 milhões m2 equivalentes, no ano de 2013, para 75,7 milhões m2 equivalentes de chapas, com 2 cm de espessura em 2014. Os granitos representam 45% do consumo interno, com 25% atribuíveis a rochas carbonáticas. Em termos da distribuição desse consumo interno, e tomando-se a mesma base de cálculo do ano de 2013, estima-se que 45% do total sejam devidos ao estado de São Paulo, chegando a 67% para a soma dos estados da região Sudeste brasileira.

Produção de Chapas e Capacidade de Serragem

Dos 75,7 milhões m2 admitidos como consumo interno aparente em 2014, estima-se que 58,5 milhões m2representem chapas serradas em teares e que 17,2 milhões m2 equivalentes representem rochas de processamento simples (delaminação manual). Assumindo-se que 21,5 milhões m2 de chapas serradas em teares tenham sido exportadas, estima-se uma produção total de 80,0 milhões m2 dessas chapas em 2014.

Pelo crescimento do número de teares multifios, também em 2014, admite-se um aumento de cerca de 10% na capacidade instalada de serragem no Brasil, tendo-se passado de 85 milhões m2 em 2013 para 93 milhões m2 em 2014. A capacidade excedente de serragem teria sido assim de 13 milhões m2equivalentes em 2014, ou seja, 14% da capacidade instalada.

Participação das Exportações de Rochas no Total das Exportações Brasileiras

Pode-se referir que as exportações do setor de rochas (USD 1,28 bilhão) representaram 0,57% do total das exportações brasileiras (USD 225,1 bilhões) em 2014, o que configura o maior patamar registrado desde 2008. Também comparativamente, registra-se que o faturamento das exportações do setor de rochas recuou 1,94% em 2014, contra uma queda de 7,05% no total das exportações brasileiras. Além disso, o saldo da balança comercial do setor de rochas somou USD 1,21 bilhão, contra um saldo negativo bastante expressivo (-USD 3,96 bilhões) das exportações gerais brasileiras.

Notas 
Análise de Tendências 

De 2012 para 2013, as exportações brasileiras de rochas evoluíram 22,8% em faturamento. Nesse mesmo período as exportações brasileiras de rochas para os EUA e China evoluíram, respectivamente, 33,4% e 25,9%. De 2013 para 2014, as exportações gerais de rochas recuaram 1,94%, enquanto para os EUA evoluíram apenas 2,45% e para a China decresceram 21,75%.

Registrou-se na China, em 2014, um significativo desaquecimento da economia, admitindo-se um incremento de “apenas” 7% do PIB no período, o que explicaria a queda das importações chinesas de rochas. Nos EUA, a economia continuou acelerando em 2014, até com maior vigor que em 2013, indagando-se, portanto, qual a razão da desaceleração das exportações brasileiras de rochas para esse país. A resposta, conforme sugerido em outros informes da ABIROCHAS, pode estar relacionada à saturação do mercado residencial unifamiliar, para onde é canalizada a quase totalidade das chapas exportadas pelo Brasil aos EUA. Julga-se de extrema importância mirar, agora, o atendimento de grandes obras nos EUA, com lajotas recortadas para pisos e produtos cut-to-size. Atualmente, esse nicho de mercado das grandes obras é essencialmente atendido por empresas italianas e chinesas, inclusive com granitos brasileiros, representando cerca de 35% do total das importações de rochas dos EUA, isto é, algo próximo de USD 1 bilhão/ano.

Mesmo reconhecendo o enorme desafio do salto das exportações de chapas para produtos acabados, é preciso iniciar um esforço neste sentido, o que já foi percebido por algumas empresas brasileiras que estão se habilitando para esse propósito. Frente aos padronizados, parece estar havendo maior movimentação das serrarias de chapas, pela instalação de linhas automáticas de produção de ladrilhos. Frente aos produtos cut-to-size, o movimento será, mais provavelmente, articulado pelas marmorarias, já familiarizadas neste sentido pelo atendimento do mercado interno. Não se acredita que o atendimento de grandes obras no mercado dos EUA, com produtos acabados, afetará o atual modelo brasileiro de exportação de chapas para atendimento do mercado residencial unifamiliar desse país. 

Câmbio e Rentabilidade do Exportador 

A provável tendência de valorização do US dólar deverá elevar a rentabilidade das exportações em 2015, conforme estudo realizado pela FUNCEX – Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior. Segundo estimativas do mercado, divulgadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, projeta-se o US dólar a R$ 2,70 ao final do 1º semestre e R$ 2,80 no fim de 2015.

A FUNCEX apresenta que um dólar médio de R$ 2,60, no 1º semestre, elevaria em 3,1% a rentabilidade do exportador, frente ao mesmo período de 2014. Se a média da cotação do US dólar chegar a R$ 2,80, a rentabilidade subirá 11,3%, atingindo até 12,7% com o US dólar a R$ 2,90.

Essas estimativas consideraram que os preços de exportação devem continuar pressionados pela redução do valor das commodities; que o dólar mais forte pode propiciar a queda de preços dos manufaturados – o que normalmente ocorre com os produtos comerciais do setor de rochas e especialmente com as chapas; que o preço médio do total da exportação deverá ter queda de 4,2% no 1º semestre; e que a desaceleração do aumento dos custos de produção também contribuirá para uma melhor rentabilidade do exportador.

No 1º semestre de 2014, foi de 6,9% a elevação dos custos de produção estimados para as exportações. Para o 1º semestre de 2015, a FUNCEX projeta elevações menores desses custos: 5,5% para o USD a R$ 2,60; 5,7% para um dólar a R$ 2,80; e 6% para um dólar a R$ 2,90. Essas elevações serão provocadas pelo aumento dos custos dos insumos importados, cuja substituição por insumos nacionais nem sempre é possível.

Além do câmbio favorável, refere-se que o governo brasileiro precisa sinalizar um apoio amplo ao comércio exterior, incluindo regulamentação do REINTEGRA e uma maior articulação com os destinos externos mais importantes como EUA e União Europeia. Não se espera para breve uma recuperação do preço das commodities, pelo que a elevação dos embarques brasileiros dependerá dos produtos manufaturados. Mais pela diminuição das importações, do que pelo aumento efetivo das exportações, projeta-se superávit da balança comercial brasileira em 2015. 
Competitividade Brasileira 

De acordo com o estudo “Competitividade Brasil 2014”, realizado pela CNI e já em sua 4ª edição, o Brasil continua na penúltima posição em um grupo de 14 países avaliados (África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Chile, China, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia). Este estudo avalia oito fatores considerados “decisivos” para a conquista de mercados, incluindo: disponibilidade / custo de mão de obra, tecnologia / inovação, peso dos tributos, ambiente microeconômico, disponibilidade e custo de capital, taxa de juros básicos, ambiente macroeconômico e spreads bancários.

No topo da lista dos mais competitivos aparece o Canadá, seguido pela Creia do Sul e Austrália. Na última posição está a Argentina, em crise financeira e cambial. Segundo a CNI, “para ganhar competitividade, é preciso reduzir o custo Brasil”. Prevê-se um 2015 difícil, pois acabaram as desonerações tributárias e a taxa de juros deve continuar elevada. Acredita-se que avanços são possíveis na questão da desburocratização e da melhoria da infraestrutura, neste caso com parcerias público-privadas (PPPs).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Vitória Stone Fair 2015 quer superar os US$ 200 milhões em negócios

Abaixo, matéria extraída do site Folha do ES

Allana Santos - Atualizado em 15/01/2015 11h35



De 3 a 6 de fevereiro próximos, compradores de rochas ornamentais brutas e processadas de todo o mundo voarão para o Espírito Santo, no Sudeste do Brasil, para negociar produtos e serviços que serão apresentados em uma das três maiores feiras do mundo do setor de rochas - a Vitória Stone Fair – Marmomacc Latin America 2015 - que, em 2014, fechou mais de US$ 200 milhões de dólares em negócios. São 420 empresas expositoras, sendo 120 empresas estrangeiras de países como a Turquia, Itália, Índia, Portugal, China, Egito e Omã e cerca de 25 mil visitantes de 66 países.

A feira acontecerá em Vitória, capital do Espírito Santo, estado que possui uma das maiores reservas de mármore e granito do País, com uma grande variedade de cores e texturas. O estado sede da Vitória Stone Fair vem contribuindo significativamente para a balança comercial brasileira. A produção de rochas no estado representa cerca de 5 milhões de toneladas ano. As exportações somaram em 2014 1.080 bilhão de dólares representados por 1.850 milhão de toneladas.

O parque industrial do estado conta com mais de 1000 empresas que atuam desde a extração ate beneficiamento atendendo ao mercado interno e a exportação. Dos 1.500 teares instalados no Brasil cerca de 1.200 estão no Espirito Santo. São quase 1.000 pedreiras ativas e cerca de 800 tipos de rochas.



Foto: Dayana Souza Mercado em expansão apesar da crise mundial e local

O Brasil é o terceiro maior exportador de granito do mundo. O Estado do Espírito Santo responde por 50% da produção nacional de rochas ornamentais e por mais de 70% das exportações brasileiras. O país é hoje o principal fornecedor de rochas para o mercado norte-americano, respondendo por 30% do volume importado pelos EUA. Em 2014, as exportações de rochas para o mercado americano somaram US$ 790 milhões. 

Agora o Brasil avança em estratégias focadas na venda de produtos acabados, cut-to-size e padronizados, cujo valor de comercialização é dez vezes maior que o das rochas brutas. A aposta está na retomada da economia norte-americana, que voltou a investir na indústria da construção, e no interesse dos chineses em aumentar suas compras no Brasil.

Cerca de 35% das importações de rochas pelos EUA são representados por produtos acabados. “Queremos conquistar uma boa parte desse mercado, uma vez que os maiores fornecedores atuais são China e Itália", comenta Reinaldo Dantas Sampaio, presidente da ABIROCHAS, destacando que também a América Latina é um foco importante na estratégia de crescimento das exportações brasileiras. 



Foto: Dayana Souza Histórico de crescimento

De 12° lugar no ranking de consumo em 2001, o Brasil passou a ocupar o 4° lugar (fonte XXIV Relatório Mármore e Pedras no Mundo) e já é visto como um dos maiores players do setor de rochas ornamentais e de revestimento do mundo, sendo precedido apenas pela China, Índia e Estados Unidos. A posição foi conquistada em apenas uma década, a partir da oferta de uma grande gama de rochas naturais extremamente diferenciadas e investimentos realizados nos parques industriais, com a aquisição de máquinas mais modernas para o processo de extração e de beneficiamento das rochas.

Segundo a ABIROCHAS, as exportações brasileiras de rochas ornamentais atingiram US$ 1,22 bilhão e 2,55 milhões de toneladas em 2014. Se considerarmos que este foi um ano difícil para a economia mundial e nacional, os números surpreendem e mostram a força do setor para a balança comercial brasileira.

Brasileiros estão ávidos por comprar novas tecnologias e aumentar cada vez mais a produtividade

O Brasil é o terceiro maior importador mundial de tecnologia do setor de rochas. As importações brasileiras de máquinas e equipamentos somaram US$ 148,1 milhões em 2013, dos quais US$ 93,2 (62,9%) provenientes da Itália. O Brasil figura como o principal cliente mundial da tecnologia italiana, sobretudo devido às aquisições de teares multi-fios diamantados.

Samuel Mendonça, presidente do Sindirochas, entidade promotora do evento, ressalta a força do setor no cenário econômico brasileiro, lembrando que o estado conta com aproximadamente 260 teares multi-fio, entre italianos e brasileiros, que foram instalados até setembro de 2014, e que o Brasil possui o maior e melhor parque mundial de serragem baseado nessa tecnologia.

eshoje.jor.br

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America 2015 apresenta grande diversidade de granitos exóticos

Abaixo, matéria extraída do site da Milanez & Milaneze

Principal evento do setor da América Latina, a feira reunirá em fevereiro 420 expositores, sendo 120 internacionais, no Espírito Santo
Espaço reconhecido internacionalmente para o lançamento de produtos e serviços para a indústria da pedra, a Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America 2015, considerada a principal feira do segmento da América Latina, irá reunir entre os dias 03 e 06 de fevereiro uma grande variedade em rochas ornamentais. Como destaque do evento, as tradicionais empresas brasileiras irão apresentar desde materiais clássicos, quartzitos até as mais cobiçadas rochas exóticas e translúcidas, atraindo visitantes interessados em conhecer as novidades do setor.
A diversidade e a beleza das rochas ornamentais do Brasil reforçam a importância da feira no calendário de eventos internacional e colocam o país numa posição de destaque no ranking dos principais exportadores de pedras do mundo, com mais de US$ 1 bilhão de vendas de janeiro a outubro deste ano. Com 420 expositores, sendo 120 internacionais, a Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America deverá atrair mais de 25 mil visitantes de 66 países (dados da última edição), que vão desde compradores, arquitetos até profissionais do setor.
As empresas costumam aguardar a semana da feira para apresentar ao mercado novos materiais, como os exóticos, que sempre chamam atenção dos visitantes. Consideradas obras primas da natureza, essas rochas possuem uma forte aceitação no mercado internacional, principalmente o norte-americano, o maior comprador dos produtos brasileiros. Os materiais exóticos são difíceis de serem encontrados, não têm similares e concentram mais tonalidades e movimentos, sendo muito usados em projetos mais requintados.
Além das novidades das empresas brasileiras, o evento contará com a presença de expositores da Turquia, Itália, Índia, Portugal, China, Egito, Omã, e outros. Essa internacionalização reforça a importância do Brasil no setor, consolidando a feira como referência em ditar tendências para o mercado da pedra, da construção civil, da arquitetura e design. Além da exposição das rochas ornamentais, os visitantes têm a oportunidade de conhecer novas formas de beneficiamento das pedras, insumos, maquinários e tecnologias.
A diretora da Milanez & Milaneze, Cecília Milanez, ressaltou que, para atrair um maior número de visitantes para a feira, foi realizada uma ampla divulgação em eventos e em publicações internacionais. “Intensificamos na América Latina, em mercados estratégicos para o setor e também fizemos um trabalho junto às câmaras de comércio para atrairmos a presença de compradores. Contamos ainda com o apoio da VeronaFiere na divulgação em mais de 50 países”, lembra.
No Brasil, o Espírito Santo, estado-sede da Vitória Stone Fair -Marmomacc Latin America 2015, é o principal exportador de rochas, somando US$ 866 milhões de janeiro a outubro deste ano, com uma participação de quase 90% das exportações brasileiras de produtos manufaturados. A isso se soma a presença de importantes parques industriais e pedreiras, que são chamarizes para a vinda de compradores de todos os lugares do mundo.
Responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual, o setor emprega hoje mais de 25 mil pessoas diretamente e 130 mil indiretamente e é considerado referência no processo de beneficiamento das rochas ornamentais. Dos 142 teares multi-fio instalados no Brasil, 90 estão no Espírito Santo. “As empresas se modernizaram, investiram pesado em equipamentos – como politriz e multi-fio – e estão competitivas. A feira é uma vitrine para o setor de rochas mundial e impulsiona os negócios”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado (Sindirochas), Samuel Mendonça.
Buyers club
Para ampliar a participação de um público internacional qualificado no evento e impulsionar as vendas do setor, a Milanez & Milaneze em parceria com as Câmaras de Comércio dos países consumidores de rochas ornamentais está organizando comitivas de compradores para a Vitória Stone Fair-Marmomacc Latin America 2015, no projeto denominado “buyers club”.
Após uma criteriosa identificação e seleção de potenciais compradores, eles são convidados a conhecer o evento e o parque industrial de mármore e granito no Espírito Santo. Os participantes vêm com uma agenda de visitas com os expositores previamente definida, com o intuito de promover networking e novos negócios.
O projeto tem o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas) e do Marble Institute of America (MIA), nos Estados Unidos.

A Vitória Stone Fair-Marmomacc Latin America 2015 é realizada pela Milanez & Milaneze em cooperação com VeronaFiere e promovida pelo Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado (Sindirochas) e Centro Tecnológico do Mármore e do Granito (Cetemag).

Setor de mármore e granito fecha 2014 em queda, no ES

Abaixo, matéria extraída do site G1 / ES

Sindirochas explicou que número foi abaixo do esperado para o ramo. Empresários estão otimistas e apostam em novos investimentos para 2015.
Atualizado em 13/01/2015 15h27 - Viviane Machado e Cláudia Bonutti - Do G1 ES e da TV Gazeta



O setor de mármore e granito do Espírito Santo fechou o ano de 2014 com queda nas exportações, de acordo com o Sindicato das Empresas de Rochas Ornamentais do estado (Sindirochas-ES). Embora o número não tenha agradado os empresários do ramo, cerca de 79,75% das exportações de rochas ornamentais do país saíram do Espírito Santo, que concentra o maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais da América Latina. Mesmo assim, os empresários estão otimistas e apostam em novos investimentos para 2015.

O presidente do Sindirochas-ES, Samuel Mendonça, explicou que o balanço não foi positivo no ano de 2014. As exportações brasileiras de rochas ornamentais caíram 1,98% em relação ao ano anterior, quando o setor fechou com alta de 27%. "Apesar do mercado americano ter crescido bem, mas o mercado mundial não foi assim. A China diminuiu as compras também e teve relação com as nossas importações, que desde que a China praticamente zerou as suas compras. Novembro e dezembro praticamente não comprou nada. Isso também fez com que as nossas exportações caíssem", disse.

Ainda segundo Mendonça, o resultado já era esperado para o setor. "A gente até contava que 2014 não seria com as mesmas condições que cresceu em 2013. Em 2013 foi até fora do padrão, mas que crescesse pelo menos metade, a gente já estava satisfeito", completou.

A maior parte das empresas capixabas fica na região Sul do Espírito Santo. A gerente de marketing Mariana Sandrini trabalha em uma empresa de Cachoeiro de Itapemirim, que está há 35 anos no mercado. Ela contou que sentiu a queda nas vendas. "Tivemos uma feira em Vitória no início do ano muito boa, porém com o decorrer do ano a gente viu que teve uma queda com relação a 2013 e fechamos 2014 com uma queda de 10% em relação a 2013, nas exportações", explicou.

Mariana disse ainda que, embora tenham sofrido com as quedas nas vendas, a meta é crescer em 2015. "A empresa investiu em maquinário, investiu em novas pedreiras, em lançamentos, produtos exclusivos, para atender a uma demanda maior, novos mercados. A empresa tende a crescer em torno dos investimentos tanto no mercado interno, quanto no mercado externo, 45% em 2015", disse.

Mercado de rochas ornamentais

De acordo com o Sindirochas-ES, o Brasil é o oitavo país do mundo em exportação de blocos e o quinto maior exportador de rochas ornamentais acabadas. São mais de 1,2 mil variedades de rochas encontradas em solo brasileiros e exploradas por mais de 12 mil empresas.

Setor de mármore e granito fecha 2014 em queda, no ES

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

SINDIROCHAS-ES Transfere sua sede para o Município da Serra

Abaixo, matéria extraída do site do SINDIROCHAS



O Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (SINDIROCHAS-ES), inaugurou, no último mês de novembro, sua nova sede no município da Serra- ES, situada na Rua Tiradentes, nº 27, Parque Residencial Laranjeiras; em uma estrutura muito bem montada com salas administrativas, auditório, salas de reunião, salas para associados e um ótimo espaço para seus colaboradores e associados.

Estiveram presentes na inauguração o Presidente do Sindirochas-ES, Samuel Mendonça; representando o Presidente do Sistema FINDES, Gibson Barcellos Reggiani; o Presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Regional do Sistema Findes (CONDER) e ex-presidente do Sindirochas, Áureo Vianna; os Diretores do Sindirochas, Valdecyr Viguini e Tales Pena Machado; a Secretária de Trabalho, Emprego e Renda da Serra, Fernanda Maria Souza; o Gerente de Arranjos Produtivos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Francisco Ramaldes, que representou o Secretário Nery de Rossi; o Vice-presidente do Centrorochas, José Machado; o Vice-presidente Comercial do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-ES), José Antonio Bof Buffon; a Secretária de Meio Ambiente da Serra, Andréia Carvalho; o Presidente do CTR ETÁPE, Wallace Chagas; e representando o SEBRAE-ES, Eduardo Simões. Compareceram, também, diretores do Sindirochas, Centrorochas e associados.

O município de Serra foi o escolhido por estar no centro do estado, ser o maior município exportador do Brasil em rochas ornamentais, possuir a maior concentração de indústrias da região central, e ter o melhor acesso aos modais de logística, facilitando o acesso aos órgãos vinculados ao setor, portos e aeroportos.

A nova sede tem como principal objetivo atender aos empresários e colaboradores das empresas de rochas ornamentais da região central do estado e, portanto, centralizar as informações de suas regionais instaladas em Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, Barra de são Francisco e Nova Venécia, nas quais são realizados trabalhos pontuais e particulares de cada região.

Em seu pronunciamento, Samuel Mendonça agradeceu a presença de todos e enfatizou que a mudança da sede do SINDIROCHAS-ES para a região central do estado, foi mais um passo de evolução do setor, o qual antes se concentrava somente no sul do estado, depois no norte e mais recentemente no centro. Desta forma, a mudança veio para manter o objetivo principal do sindicato, que sempre foi atender e dar acesso com igualdade às empresas independentes da região que estejam instaladas no estado. O Presidente do SINDIROCHAS enfatizou com muita clareza que a sede deve ser de todos e de todas as entidades parceiras do sindicato, colocando as estruturas sempre à disposição.

Já Gibson Barcellos Reggiani, representando o Presidente em exercício do Sistema FINDES, comemorou o acontecimento e deixou muito claro que o setor de rochas ornamentais merece uma atenção proporcional à sua importância por ser a maior bandeira produtora e exportadora de produtos de origens capixabas.

Em sua fala, o Vice-presidente do Centrorochas, José Machado, também demonstrou a satisfação dos empresários de ter uma unidade mais centralizada e de maior acesso em âmbito estadual e nacional, a qual terá uma melhor logística e resultados.

A equipe de profissionais que atenderão a todos é composta por Rubens Puppin, Geólogo, Rosana Símer, Atendente Administrativa e Gilson Tassinari, Assessor.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Vitrine para quem expõe


Abaixo, matéria extraída do site da Milanez & Milaneze

Com uma participação aproximada de 80% das exportações brasileiras de rochas e mais de 90% do parque industrial de beneficiamento do setor, o Espírito Santo é o estado-sede da Vitória Stone Fair / Marmomacc Latin America 2015. 

A Feira é uma verdadeira vitrine da indústria brasileira e mundial de rochas ornamentais. Agrega uma grande diversidade de granitos, quartzitos, mármores e ardósias, sendo que a cada ano uma grande variedade de novos materiais são colocados à disposição do mercado mundial. Dentre os produtos e serviços integrantes da cadeia produtiva, destaque para a tecnologia, logística e comércio exterior.






Natureza in foco: Vamos Preservar a Nossa Água?

Abaixo, matéria extraída do site do Jornal Folha do ES

Elton Roza - Atualizado em 21/10/2014 10h29

Rio Itapemirim, em Cachoeiro.

Com a mudança do clima onde a tendência é enfrentarmos períodos de seca, intercalados por algumas trombas água, fica um alerta para que possamos preservar o nosso meio ambiente, especialmente as nossas águas, que são fontes de vida.

Os rios estão secando, é possível ver peixes lutando pela vida e o que podemos fazer diante deste cenário que chega aos nossos olhos? Uma das medidas é economizar nos pequenos detalhes e nos principais momentos do dia a dia.

Confiram dez dicas para você fazer a sua parte e economizar água:

1. Banho rápido
Se você demora no banho, você gasta de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos rápidos (de no máximo 15 minutos) economizam água e energia.

2. Escovando os dentes e fazendo a barba
Se a torneira ficar aberta enquanto você escova os dentes e faz a barba, você gasta você gasta até 25 litros de água. Então, o melhor é primeiro escovar e depois abrir a torneira.

3. Torneira fechada
Torneira aberta é igual a desperdício. Com a torneira aberta, você gasta de 12 a 20 litros de água por minuto. Se deixar pingando, são desperdiçados 46 litros por dia.

4. Descarga
Uma descarga chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto! Então, aperte a descarga apenas o tempo necessário.

5. Lavando louça
Ao lavar louças, não deixe a torneira aberta o tempo todo (assim você desperdiça até 105 litros). Primeiro passe a esponja e ensaboe e depois enxágüe tudo de uma só vez.

6. Lavando o carro
Lavar o carro com uma mangueira gasta até 560 litros de água em 30 minutos. Quando precisar lavar o carro, use um balde!

7. Mangueira, vassoura e balde
Ao lavar a calçada não utilize a mangueira como se fosse vassoura. Utilize uma vassoura de verdade e depois jogue um balde d’água (assim você economiza até 250 litros de água).

8. Jardim
Regando plantas você gasta cerca de 186 litros de água limpa em 30 minutos. Para economizar, guarde a água da chuva e regue sempre de manhã cedo, evitando que a água evapore com o calor do dia.

9. Aquário
Quando for limpar o aquário, aproveite a água para regar as plantas. Esta água está enriquecida com nitrogênio e fósforo, o que faz muito bem para as plantas.

10. Pressão política
Não adianta só economizar: é preciso brigar por políticas que cuidem dos rios e lagos e garantam água potável para todos.

Mimoso In Foco / Renata Mofatti

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Cartilha oferece modelo de conduta para o setor de rochas ornamentais do Espírito Santo


Abaixo, matéria extraída do site do Ministério Público do ES



Com o objetivo de oferecer um modelo de conduta para os empresários do setor de rochas ornamentais e para os agentes públicos envolvidos, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) lançou na sexta-feira (10/10) a cartilha “Sustentabilidade no setor de rochas: rumo à certificação ambiental”. A publicação reúne as experiências dos diversos órgãos responsáveis pela fiscalização desse segmento e destaca exigências normativas a serem observadas na atividade de mineração.


Nos discursos, durante a solenidade, as autoridades salientaram que a cartilha também é fruto do bom diálogo e parceria entre as diversas instituições públicas e os representantes dos empresários da extração de rochas. A solenidade foi realizada no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em Vitória.

O evento foi aberto pela dirigente do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), promotora de Justiça Sabrina Coelho Machado Fajardo. Ela salientou que coube ao Ceaf elaborar a cartilha, criada em razão da necessidade de regularização, extração, transporte e comercialização das rochas ornamentais. “A cartilha apresenta diversos pontos de enfrentamento, como segurança e saúde do trabalhador, licenciamento ambiental, comércio de rochas, ajuste fiscal e também apresenta os problemas mais comuns, no sentido de dar uma noção geral dessa atividade”, salientou.

Operação

Também responsável pela elaboração da cartilha, o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPES Lidson Fausto da Silva relatou que a ideia da publicação surgiu após a “Operação Gênova”, deflagrada pelo MPES em 2010 e 2011, com o objetivo de investigar fraudes fiscais no setor de rochas ornamentais. “Daí surgiu a necessidade e a ideia de convocarmos as instituições fiscalizadoras e a cadeia produtiva e buscarmos uma aproximação com os sindicatos e os empresários, visando ao ajuste de conduta, à orientação e à atuação preventiva”, relatou o promotor de Justiça, que é dirigente da Coordenação da Ordem Tributária, Econômica e Lavagem de Dinheiro do Gaeco.

No entanto, ele lembrou que o lançamento da cartilha também serve de alerta para aqueles que continuam cometendo ilícitos no setor. “As instituições estão próximas, trocam informações e continuarão a adotar ações de caráter coercitivo para aqueles que insistirem em agir de forma indevida”, afirmou.

Sustentabilidade

A dirigente do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoa), promotora de Justiça Isabela de Deus Cordeiro, salientou o diálogo entre as instituições e empresariado que resultou na cartilha, de modo a conciliar a atividade econômica livre, a sustentabilidade e o bem-estar social. “O objetivo dessa cartilha é separar o joio do trigo, separar aqueles que desejam caminhar na construção de uma sociedade livre, justa e solidária e, ao mesmo tempo, identificar aqueles que insistem em andar na clandestinidade, exigindo que tomemos medidas mais enérgicas”, observou a dirigente do Caoa.

O subprocurador-geral de Justiça Judicial, Josemar Moreira, representando o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, encerrou o evento. Ao lançar oficialmente a cartilha, o procurador de Justiça ressaltou o caráter preventivo e pedagógico que a publicação representa, bem como o objetivo de ajustar a conduta de empresas do setor, para que, futuramente, recebam o certificado ambiental necessário para a comercialização. “Questões ambientais impõem ações imediatas, que devem ser fundamentadas nas melhores práticas de sustentabilidade, a fim de, efetivamente, promovermos a prevenção e a correção de impactos ambientais”, discursou.

Além de membros e servidores do MPES, o evento teve a participação e a presença de representantes de associações de empresários do setor de rochas ornamentais e mineração e de diversas instituições que participaram da elaboração da cartilha, como o Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES), Receita Estadual, Receita Federal e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). 

https://www.mpes.mp.br/Arquivos/Modelos/Paginas/NoticiaComFoto.aspx?pagina=423 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Cartilha lista boas práticas para mineração

Abaixo, matéria extraída do site do Jornal Espírito Santo de Fato

SEG, 13 DE OUTUBRO DE 2014 14:15 DIRETOR

Sustentabilidade e certificação ambiental no setor de rochas é tema de publicação do Ministério Público

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) lançou, em Vitória, a cartilha “Sustentabilidade no setor de rochas: rumo à certificação ambiental”. O objetivo é contribuir para o atendimento de normas legais relacionadas à cadeia produtiva de rochas ornamentais, garantindo a sustentabilidade.

O trabalho reúne as experiências dos diversos setores responsáveis pela fiscalização do mercado de rochas e destaca algumas exigências normativas a serem observadas na atividade de mineração. A intenção é permitir o ajuste de práticas contrárias à legislação vigente, para que a cadeia produtiva seja ambientalmente sustentável e laboralmente segura.

A cartilha constitui um primeiro passo para se alcançar a certificação necessária para a comercialização das rochas ornamentais, a exemplo do que acontece com a importação e exportação de diamantes brutos. Este setor atende às especificações do Processo Kimberley, que tem o objetivo de certificar a origem dos diamantes, para evitar a compra de pedras originárias de áreas de conflito.

AGENDA

O MPES, em parceria com os demais órgãos envolvidos na extração de rochas ornamentais, pretende implementar uma agenda positiva para efetivar o atendimento às normas legais e regulamentares para que, em última análise, se alcance o almejado desenvolvimento sustentável. “Nessa perspectiva, é preciso destacar alguns pontos positivos e negativos”.

O Brasil é o oitavo país em exportação de blocos e o quinto maior em rochas ornamentais acabadas, movimentando em torno de U$ 2,1 bilhões, incluindo o mercado interno e externo e as transações com máquinas e equipamentos. Mais de 90% dos investimentos do setor estão no Espírito Santo.

O Estado capixaba tornou-se referência mundial em mármore e granito e líder absoluto na produção nacional de rochas, com um potencial geológico imensurável e com a utilização de tecnologias de ponta com investimentos em pesquisas, tecnologia de extração e beneficiamento. O Espírito Santo hoje é responsável por 50% de toda a produção nacional e por 65% das exportações brasileiras.

Além de ser maior produtor, é também o maior processador e exportador, com cerca de 1,5 milhão de toneladas de blocos e chapas exportados. Também possui a maior reserva de mármore do país, com 800 mil metros cúbicos de rochas extraídas anualmente. O setor é responsável por 130 mil empregos diretos e indiretos.

Atividade econômica

A exploração de rochas ornamentais é o terceiro maior gerador de receita para o Estado, responde por 7% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba. Das 26 maiores empresas exportadoras do setor, com faturamento superior a US$ 10 milhões, 21 encontram-se instaladas no Espírito Santo.

“No entanto, esse importante segmento econômico capixaba ainda sofre com mazelas impostas por práticas ilegais e ações de empresários negligentes”. Até setembro deste ano, foram computadas 11 mortes de trabalhadores do setor. Uma das causas apontadas é a falta de investimentos em segurança por parte das 3,5 mil empresas que trabalham legalmente no Estado, segundo o Ministério Público. “Isso sem contar um sem número de acidentes no transporte de pedras pelas estradas capixabas, causando danos também a terceiros”.

Outro viés contrário, frisa o Ministério Público, é o dano ambiental intrínseco causado pela atividade exploratória. “Os depósitos de lama abrasiva e o próprio corte com utilização de explosivos trazem uma carga poluidora imensa e ampliam o grau de risco da atividade”.

Ainda com esse perfil negativo, apesar de o setor ter uma oferta de crédito advinda de bancos de desenvolvimento e linhas estaduais e federais, observa o MPES, “o índice de sonegação é bastante alto, principalmente por parte de empresas informais e oportunistas. Em outra ponta, os valores apresentados para recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), uma espécie de royalty das pedras, nem sempre são repassados da forma devida pelas empresas, uma conta que não fecha”.

A cartilha "Sustentabilidade no Setor de Rochas: Rumo à Certificação Ambiental", apresentada pelo MPES, em parceria com os diversos órgãos interessados, “traz a lógica da construção de uma cadeia produtiva em um ambiente sustentável e laboralmente seguro, garantindo a legalidade do produto e fomentando, em um futuro próximo, a certificação ambiental”.