terça-feira, 13 de novembro de 2012

Novo Presidente do IEMA apresenta suas propostas para o Setor de Rochas Ornamentais

Extraído do site da Revista Inforochas



Claudio Denicoli assumiu a presidência do IEMA há 2 meses. Graduado em Engenharia Civil pela UFES possui especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental.
Estão sendo cogitadas alternativas para agilizar o licenciamento ambiental para extração e beneficiamento de rochas ornamentais e aterros industriais de resíduos?
Sim. Está previsto para a Gerência de Controle Ambiental um projeto do IEMA para otimização da fase de Análise Técnica, o qual envolverá praticamente todos os Analistas Ambientais. Especificamente sobre os setores produtivos citados, as normas técnicas estão sendo revisadas para tornar os procedimentos administrativos e critérios técnicos ainda mais transparentes e objetivos, de modo que os projetos a serem apresentados ao órgão sejam mais direcionados ao fim proposto, reduzindo os pedidos de complementações e, consequentemente, agilizando o processo de licenciamento.
Quais as ações do IEMA para descentralizar liberação e fiscalização do órgão a fim de tornar mais ágil os procedimentos para atividades de mineração e beneficiamento de rochas, juntamente aos municípios?
Foi implantado em caráter pioneiro um Acordo de Cooperação Técnica com o Município de Cachoeiro de Itapemirim, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e que visa o aprimoramento do trabalho em equipe dos órgãos frente à crescente complexidade das demandas do licenciamento, bem como da necessidade de melhor controle e fiscalização de empreendimentos de extração e beneficiamento mineral. Este acordo tem trazido bons resultados, tanto pela capacitação dos agentes municipais por um Analista Ambiental do IEMA quanto pela proximidade de representante do IEMA disponível para consulta pelos empresários da região, não se restringindo apenas ao município de Cachoeiro. Os bons resultados deste Acordo estimulam a expansão da parceria com outros municípios que sejam polos regionais.
A parceria do Sindirochas com o IEMA, especialmente na programação de seminários itinerantes, para divulgação dos procedimentos legais para fiscalização e licenciamento ambiental será incentivada?
Sim, tiveram ótima repercussão as palestras direcionadas aos empresários/empregados das indústrias de beneficiamento e marmorarias, que ocorreram em 2012. Está prevista para o 1º semestre de 2013 a realização de novas palestras voltadas aos empresários/empregados das áreas de extração (pedreiras), a ocorrer em municípios da região Sul e Noroeste do Estado. A agenda das palestras, assim que concluída, será devidamente divulgada pelo Sindirochas.
Quais os principais problemas entre a extração de rochas e o meio ambiente?
Do ponto de vista ambiental, os principais problemas são as áreas lavradas clandestinamente e abandonadas sem recuperação ambiental, cuja exigência demanda um longo processo administrativo e, por vezes até judicial, devido aos conflitos entre os reais responsáveis pela degradação e titulares oficiais das áreas.
No geral, qual a sua avaliação do setor de rochas capixabas?
Dinâmico, produtivo, grande gerador de empregos e com alta capacidade de buscar o desenvolvimento sustentável.
Mesmo sendo indispensável à humanidade, e que cumpra todos os requisitos previstos nas leis pertinentes, a mineração é considerada uma vilã por aqueles que a usufruem diariamente. Por que isso acontece?
O que assume grande vulto dentro da concepção de vilã, acredito que se refira ao grau de transformação da paisagem em algo de difícil concepção ou recuperação. Isso se dá porque é recente o controle ambiental da extração mineral no Estado e a imagem anterior era de degradação ambiental que causa considerável impacto visual. Mediante a efetiva presença do Poder Público junto às diversas modalidades de mineração, seja através do IEMA, Polícia Ambiental, ou demais órgãos fiscalizadores, os empresários e seus consultores tem procurado melhor mitigação do impacto ambiental, entendimento com as comunidades locais e compensação por danos não mitigáveis, propiciando melhoria da imagem da mineração junto à sociedade.
Qual a fórmula para equilibrar o crescimento do setor de rochas ornamentais e a preservação / conservação ambiental?
Uma das formulas de sucesso é o desenvolvimento da atividade de lavra concomitantemente à execução de medidas de recuperação, como por exemplo, manter sempre os taludes revegetados com gramíneas. Esta simples medida evita tanto o surgimento de processos erosivos e suas consequências, como também diminui consideravelmente o impacto visual.
O que o setor de rochas ornamentais pode esperar do IEMA em 2013?
Empenho de todas as equipes responsáveis pelos processos de licenciamento e fiscalização, visando regularização e adequação dos empreendimentos, agregação de qualidade ambiental às áreas licenciadas, com foco nas medidas de recuperação ambiental.

Nenhum comentário: