Publicado às 23:10 | Postado por Folha Vitória
Uma colônia criada em 1854 que possui construções centenárias e exibe como cartão postal a Pedra do Frade e da Freira, símbolo do Sul do Estado. O município de Rio Novo do Sul é abraçado pela BR 101 e se destaca pela extração de rochas e plantio de café.
O trabalho com a pedra exige mão de obra especializada. Depois de divididas, as chapas passam por uma máquina para serem polidas e receberem uma camada de resina. Como nem sempre a pedra sai perfeita da natureza, o talento profissional é essencial para atender às exigências do mercado consumidor. Com um olhar atento, os trabalhadores observam possíveis falhas nas chapas. As fendas são cobertas por um pó produzido pela própria rocha. Após o tratamento final, fica praticamente impossível perceber a mudança.
“O consumidor final que receber esse material lá nos Estados Unidos ou em outro país, vai estar satisfeito porque vai ter um material com durabilidade maior. Uma bancada dessas vai durar dez, quinze anos ou até a eternidade, de acordo com o gosto do consumidor”, esclareceu o vendedor Cezar Martins Fiorio.
E não são poucas as cores e os materiais. Em Rio Novo do Sul existem três empresas de beneficiamento e 80% da produção é exportada. Porém, como a cidade é rural, o café é a principal agrícola, cultivado em mais de 80% das propriedades rurais. A banana também é destaque no município. Só no ano passado foram colhidas 5,5 mil toneladas. Para agregar valor, famílias trabalham unidas.
“Começou com um pouquinho e foi aumentando. Até nós estamos consumindo a produção de banana da nossa propriedade”, comentou o produtor rural Melquisedeque Lequini Moro.
Com banana e açúcar, a mariola fica pronta no tacho em pouco mais de uma hora. Na mesa, é preciso usar um rolo gigante para espalhar a mistura, que descansa de um dia para o outro para adquirir o ponto de corte. “Ficamos ouvindo rádio e batendo papo durante o trabalho”, disse a empresária Lucinéia da Conceição Zucoloto.
Na hora de embalar, dedos rápidos. A empresária faz quase três mil mariolas por dia. Bem humorada, ela não reclama do trabalho. “O marido ajuda em casa também, nos trabalhos das crianças… Dividimos tudo e os lucros também”, acrescentou.
Em apenas uma propriedade do município existe uma plantação com cinco hectares com banana e três com café. Mesmo assim, o produtor estava enfrentando problemas com o café porque ele só pode ser colhido uma vez por ano e com a banana por conta do baixo preço. Enquanto na feira livre ela é comercializada por R$ 1 o quilo, o atravessador paga apenas R$ 4 por uma caixa com 22 quilos. A solução encontrada foi diversificar, aumentando o leque de produtos. Em uma horta, ele plantou alface, cebolinha, couve e jiló.
O espaço é bem cuidado e a comercialização semanal. O lucro garantido veio por meio de uma mudança de comportamento. “Estamos mudando um pouco para poder ajudar a complementar a renda em casa”, finalizou o agricultor Oséas Contaiffer.
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