segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Meio ambiente é preocupação em Cachoeiro

Extraído do site Gazeta Online
24/08/2009 - 10h35 (Pammela Volpato - Da Redação Multimídia)
foto: Pammela Volpato
Futura sede da Associação Ambiental Monte Líbano, AAMOL, em Cachoeiro

Uma mudança de comportamento no que diz respeito ao meio ambiente: essa é a proposta da Associação Ambiental Monte Líbano, AAMOL. Hoje, 80 empresas se associaram e tem como único objetivo encontrar soluções sustentáveis para destinação final dos subprodutos do processo de extração e beneficiamento de rochas.
A expectativa é que a preocupação com o meio ambiente gere mais empregos e ações de responsabilidade social. O primeiro passo foi a criação da Central de Tratamento de Resíduos- CTR. O local está sendo preparado para receber os rejeitos do processo de beneficiamento, principalmente a lama abrasiva, resíduos ferrosos, oleosos, plásticos e papelões.
Tudo será armazenado de forma adequada e com segurança. Para o diretor executivo da AAMOL, Neusimar Bastos Gonçalo, a idéia é criar condições para que tudo seja reaproveitado.
"O centro será inaugurado no dia 25 deste mês e será possível solucionar um problema crônico do setor, além de atrair novos investimentos através de uma incubadora de empresas. Já foram feitos estudos para reutilização dos resíduos e agora com a inauguração da sede o trabalho começará a mil. Já temos condições de reaproveitar os rejeitos que serão mandados para CTR pelos associados", afirma o diretor.
foto: Pammela Volpato
Futura sede da AAMOL: preocupação com o meio ambiente pode gerar mais empregos e ações de responsabilidade social
O desafio para a associação é conscientizar os empresários da importância de se trabalhar com responsabilidade ambiental. Muitos ainda têm pendências ambientais com o município. Com a associação a expectativa é reverter esses impasses, uma vez que as empresas irão funcionar de forma sustentável e respeitando a natureza.
"Em 2007 foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta, exigido pelo Ministério Público, para que as empresas pudessem continuar a funcionar. A associação contribui nesse aspecto, é mais fácil para o empresário provar que tem consciência ambiental e regularizar a licença de funcionamento", afirma Neusimar.
No caminho do meio ambiente
Na CTR os resíduos serão tratados em locais específicos, podendo tornar esses subprodutos em matérias-primas para outros segmentos do mercado, o que trará benefícios para a sociedade como, geração de emprego e renda, incentivo a pesquisa e reutilização dos resíduos em artesanato. Fabrício de Athayde Rocha é gerente financeiro de uma empresa associada à AAMOL. Ele conta que essa é uma oportunidade de dar visibilidade à empresa, além do apelo sócio ambiental e o desenvolvimento de ações voltadas para o meio ambiente.
foto: Pammela Volpato
Venda de produtos reaproveitados, como blocos, será revertidas para a central de tratamento de resíduos do mármore (CTR)
"Atualmente, mandamos os rejeitos para um aterro licenciado. Com a CTR temos a oportunidade de gerar empregos e renda. Esse é nosso primeiro projeto ambiental com ações concretas. A venda dos produtos reaproveitados, como blocos, serão revertidas para subsidiar o custo operacional da central. Futuramente quem sabe pode vir a gerar renda para as empresas associadas", diz Fabrício.
Ele ainda destaca o cunho social da AAMOL. "Inicialmente a CTR vai empregar 10 pessoas e depois, quando estiver funcionando com toda capacidade, esse número pode chegar a 30. Vamos fazer contato com os diretores do Monte Líbano para que eles selecionem alguns detentos aptos a trabalhar. Eles serão remunerados, poderão ter a pena reduzida e terão uma capacitação profissional". O diretor da AAMOL informa que a CTR tem como meta funcionar de maneira ecologicamente correta, utilizando o mínimo de água e energia.
Incubadora de empresas
Atrair novos investimentos que estão dispostos a não agredir mais o meio ambiente. Essa é uma das propostas da associação que pretende levar tecnologia de ponta para que todos os subprodutos das rochas sejam reutilizados. Por meio de uma 'incubadora', será oferecido espaço e condições de funcionamento para pessoas que queiram abrir uma empresa, que utilizem os subprodutos devidamente tratados em outros processos produtivos.
De acordo com diretor da AAMOL, Neusimar Bastos, será oferecido estrutura para esses novos empresários. "Vamos criar condições para novos investidores. Quem tiver bons projetos de reaproveitamento dos rejeitos pode nos procurar, em um único local será possível ficar encubado até que se tenha condições de caminhar sozinho".
Já existem projetos de reaproveitamento dos resíduos. Com a lama abrasiva, por exemplo, é possível fazer virar blocos, que podem ser utilizados para construção civil, paralelepípedo, ladrilhos, vasos de jardinagem e pó seco, que pode ser ensacado e comercializado. As empresas que adotarem essas práticas têm a chance de comercializar esses produtos e aumentar a renda.

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