quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Primeira incubadora de econegócios do país investe em novas cadeias produtivas

Extraído do site da Revista PEGN
Lixo é matéria-prima de diversas pequenas empresas instaladas em uma incubadora que funciona em aterro sainitário no município de Cariacica, Região Metropolitana de Vitória
Da Agêncioa Sebrae de Notícias


Não é sonho, é realidade. A economia verde e o planeta agradecem. Se todos os aterros sanitários fossem iguais à Marca Ambiental, na Grande Vitória (ES), a humanidade suspiraria aliviada e as futuras gerações certamente teriam menos problemas ambientais para enfrentar.
Além de ser um raro exemplo da iniciativa privada nesse segmento, geralmente identificado como missão do setor público, o aterro sanitário Marca Ambiental, instalado na periferia do município de Cariacica, integrante da região metropolitana da capital capixaba, está mudando definitivamente o significado da palavra lixo e das expressões resíduos sólidos e líquidos para matérias-primas, insumos ou recursos sólidos de novas e inovadoras cadeias produtivas. Essa solução é economicamente viável, gera lucro e empregos, inclusive.
A diretoria da Marca Ambiental sempre foi sensível à questão ambiental e buscou soluções sustentáveis para o tratamento dos resíduos coletados nas ruas e avenidas de Vitória. Atualmente sua clientela é formada pelas prefeituras da capital capixaba e de mais 60 cidades da região metropolitana e do interior, que são responsáveis pelo desembarque de mais de mil toneladas de resíduos por dia no aterro sanitário privado.
Participante do Programa Capixaba de Materiais Reaproveitáveis (PCMR), a empresa foi uma das primeiras a apoiar a iniciativa pioneira, fruto da parceria entre o governo estadual, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e do Instituto Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, com o Sebrae no Espírito Santo e o Instituto Idéias.
Em 2006, o Instituto Marca de Desenvolvimento Socioambiental (Imadesa) foi fundado para consolidar a atuação da empresa Marca Ambiental na área da responsabilidade social e objetivando se tornar referência no segmento ambiental. Nesse ano, o Imadesa abriu as portas do aterro sanitário para a instalação da primeira incubadora de econegócios ou negócios ambientais do País, denominada Incubalix. O instituto também se tornou um importante parceiro do PCMR.
Parceria e mercado
Parceria é a palavra-chave da iniciativa inédita e exemplar capixaba da empresa, instituto e incubadora de econegócios. A Incubalix foi viabilizada por meio da parceria entre o Imadesa e o Sebrae/ES, segundo seus dirigentes. A preocupação em atuar de acordo com o mercado e com o aval do setor acadêmico é prioridade absoluta da primeira incubadora de econegócios do País.
Desenvolver produtos e serviços correspondentes às necessidades de mercado e possuir viabilidade econômica são premissas condicionantes aos projetos que pretendem se tornar integrantes da Incubalix. O conselho deliberativo da incubadora, composto por representantes da empresa Marca Ambiental, Imadesa e Sebrae/ES, é responsável pela avaliação e aprovação dos projetos dos futuros econegócios e ecoindústrias.
“Para ser incubado aqui, o projeto deve ser inovador em termos de produto, processos e ou serviços. E também tem que ser aceito pelo mercado. Não adianta inventar propostas, que não serão aceitas pelo mercado”, explica Alessandra Schirmer, gestora da Incubalix.
A convocação de participantes se dá por meio de editais. As propostas devem ser oriundas de residentes na Grande Vitória e interior do Estado. Os autores podem ser pessoas físicas ou jurídicas que desejam obter apoio no desenvolvimento de produtos e serviços para a implementação de novas empresas ou já existentes, mas que querem elevar seu nível tecnológico e gerencial para se tornar mais modernas, eficazes e competitivas. Projetos de pesquisa científica e tecnológica também são bem-vindos nos editais da Incubalix.
Primeiro mundo
A curta trajetória da Incubalix, suas instalações e estrutura tecnológica, organizacional, logística e de gestão impressionam autoridades, estudantes, especialistas e visitantes em geral, que conhecem o aterro Marca Ambiental, onde está sediada a incubadora. As ecoindústrias lá incubadas contam com apoio de serviços de escritório, áreas e prédios para instalação, equipamentos e contratação de mão-de-obra local. Gerar emprego e postos de trabalho para as comunidades próximas ao aterro é objetivo importante da incubadora e do Imadesa.
É impossível deixar de relacionar o grande empreendimento sanitário e socioambiental capixaba com similares, implantados em países mais desenvolvidos. Os diversos materiais descartados pelos milhares de moradores de Vitória e municípios vizinhos, que são depositados diariamente no aterro Marca Ambiental, são cuidadosamente armazenados, separados e transportados até as pequenas ecoindústrias, em desenvolvimento e ou funcionamento em sua área.
A sede e instalações do aterro possuem estilo arquitetônico coeso com a proposta do empreendimento, ou seja, são construídos com tijolos e telhas ecológicos, produzidos no mesmo local, entre outros detalhes. Jardins, áreas reflorestadas e até criação de avestruzes e caprinos também fazem parte desse aterro totalmente diferenciado dos demais.
Outro detalhe importante: não se sente mau cheiro, nem se vê urubus sobrevoando as células, enormes e profundas valas devidamente isoladas do solo com material impermeabilizante, para evitar o vazamento e contaminação dos lençóis freáticos, onde são enterrados os resíduos não reaproveitáveis. Ao esgotar a capacidade da célula, sua superfície é reflorestada com mudas de eucalipto e pinus canadense, que darão corte, anos depois.
Incubadas e graduadas
No momento, quatro pequenas ecoindústrias incubadas, e uma quinta candidata, que pretende desenvolver fertilizante orgânico a partir dos resíduos também orgânicos, depositados diariamente em toneladas no aterro, integram a Incubalix. São elas: Biococo, Revertec, Biomarca e Fertsan.
A primeira é considerada o carro-chefe da Incubalix e produz mantas e artefatos feitos com fibras de coco. O produto serve para ser aplicado em áreas degradadas ou desmatadas, pois auxilia no processo de retenção de sementes e mudas jovens no solo, em áreas a serem reflorestadas, entre outras funções. A Revertec recicla e reaproveita materiais oriundos da desmontagem de equipamentos e aparelhos eletroeletrônicos para serem revendidos no mercado interno e externo.
A Biomarca é uma pequena fábrica de biocombustível, cuja matéria-prima são óleos descartados por bares, restaurantes, condomínios, entre outros. Na incubadora, a empresa desenvolve o projeto de uma pasta biopolidora de alumínio, já em fase de registro de patente, que é um subproduto encontrado na produção de biodiesel com aplicação no mercado varejista para limpeza. A Fertsan reaproveita os resíduos do setor sucroalcooleiro, alimentando uma pequena estação de energia termoelétrica no aterro.
Além dos empreendimentos incubados, o aterro Marca Ambiental sedia econegócios já graduados e em franca atividade no mercado capixaba: a ecofábrica de papel reciclado, à base de ervas e flores; a ecoindústria Marca de Vassouras PET para varreção de ruas; a ecoindústria de Marca de Tijolos Ecológicos; a ecoindústria Marca de Telhas Ecológicas; a ecoindústria Marca de Tinta Ecológica, a matéria-prima utilizada são os resíduos da exploração de rochas ornamentais no Estado capixaba; a ecoindústria Marca de Grãos de Plástico; e a ecoindústria Marca de Sacolas Recicladas, de plásticos descartados no aterro.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009 e Perspectivas para 2010

Extraído do site da Revista Inforochas

O que marcou 2009
JANEIRO
Presidente da Findes manifesta apoio ao setor de rochas
Em entrevista exclusiva para a Revista Inforochas, o presidente da Findes, Lucas Izoton manifestou seu apoio ao setor de rochas, além de apresentar os projetos da federação para a qualificação das indústrias capixabas e aumento do valor agregado dos produtos das empresas de rochas ornamentais.
FEVEREIRO
Vitória Stone Fair: injeção de ânimo para o setor
O clima de otimismo tomou conta da Vitória Stone Fair 2009, realizada entre os dias 10 e 13 de fevereiro. Mesmo com os reflexos da crise americana, a feira superou expectativas, recebendo um público ainda mais qualificado que as edições anteriores e trazendo vários lançamentos de rochas e equipamentos voltados, principalmente, para a otimização dos custos de produção.
Revista Inforochas completa cinco anos
Única revista capixaba mensal sobre o setor de rochas ornamentais, a Revista Inforochas começou a circular em fevereiro de 2004. Neste período, foram vários avanços, como a inserção de novas seções, inauguração do site da revista, em 2007, e aprofundamento em assuntos diferenciados, com a produção de pautas especiais.
MARÇO
Exportações de rochas voltam a crescer
Após alguns meses de quedas sucessivas nas exportações devido à crise, o setor de rochas começou a dar sinais de melhoras em março, com o aumento gradual das exportações a cada mês.
Participação recorde do setor na Revestir
Mais de 50 empresas do setor de rochas, sendo sete capixabas, expuseram seus produtos na “fashion week” da decoração, a Expo Revestir, buscando ampliar as atividades no mercado interno. O evento foi realizado de 24 a 27 de março, em São Paulo.
ABRIL
Dubai – um oásis para exportadores do setor de rochas
A revista apresentou as oportunidades de mercado para os empresários do setor em Dubai, nos Emirados Árabes. Em 2008, todas as 3.915 toneladas de rochas exportadas para os Emirados por empresas capixabas foram de produtos com maior valor agregado, ao contrário do que ocorre em mercados tradicionais, como China e Itália.
MAIO
Diminuem número e gravidade de acidentes no transporte de rochas
Dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal mostraram que as novas medidas de segurança adotadas pelo setor após a Resolução 264 surtiram em efeitos positivos. Em 2008, por exemplo, houve redução de 87,5% no número de mortos em acidentes envolvendo o transporte de granito nas estradas capixabas em comparação ao ano de 2007. Já o quantitativo de feridos também foi reduzido de 56 para 18, no mesmo período.
JUNHO
Compromisso com o meio ambiente
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, Sindirochas, Sicoob Credirochas e um grupo de empresas do setor firmaram convênio com a Pastoral da Ecologia da Diocese de Cachoeiro, para o desenvolvimento de projetos ambientais. Também foi realizado, no dia 23 do mesmo mês, mais uma edição do Seminário "Meio Ambiente e o Setor de Rochas", organizado pelo Sindirochas, para a apresentação de temas relevantes para o desenvolvimento sustentável da atividade.
JULHO
Nova Diretoria do Sindirochas
A partir do dia 1º de julho, o Sindirochas passou a contar com nova diretoria, eleita para o período 2009/2012. Assumiu o cargo de presidência o empresário Emic Costa, também dirigente do Cetemag. Já o ex-presidente Áureo Mameri foi eleito um dos vice-presidentes da Findes, sendo responsável pela coordenação Sul da entidade.
Maior prazo para mudanças
Após uma série de reuniões da Câmara Temática de Rochas Ornamentais, o setor conseguiu estender o prazo para se adequar à terceira fase da Resolução 264 (que prevê mudanças nas combinações de veículos para o transporte de rochas) para o dia 31 de dezembro de 2009.
AGOSTO
Feira marca retomada do setor
Completando 20 anos, a 28ª Feira Internacional do Mármore e Granito – Cachoeiro Stone Fair, realizada entre 25 e 28 de agosto, mostrou sua força. Participaram 180 expositores que divulgaram seus novos produtos e inovações tecnológicas, atraindo mais de 20 mil visitantes nacionais e internacionais de 24 países.
AAMOL inaugura CTR
Durante a Cachoeiro Stone Fair, a AAMOL inaugurou a primeira etapa de sua Central de Tratamento de Resíduos. Localizada na Fazenda Monte Líbano, em Cachoeiro, a CTR possui uma célula para deposição de resíduos, de 300 mil metros cúbicos, oriundos do beneficiamento de rochas ornamentais, e uma unidade administrativa. O local conta ainda com balança rodoviária de pesagem e sistema de caracterização de resíduos.
SETEMBRO
Saúde e segurança no trabalho
No dia 23 de setembro, o Sindirochas realizou, com sucesso, o "V Seminário Segurança no Trabalho e o Setor de Rochas Ornamentais", em Cachoeiro de Itapemirim. Entre os temas abordados, alternativas para reduzir o ruído nos ambientes de trabalho e o Nexo Técnico Epidemiológico Presumido (NTEP) e o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que começam a vigorar em janeiro de 2010.
Fim do corte a seco
Terminou, no dia 11 de setembro, o prazo para a adoção integral de ferramentas de corte e acabamento a úmido nas marmorarias, seguindo a Portaria nº 43 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O objetivo da portaria é acabar com a dispersão da poeira, tornando o ambiente de trabalho menos insalubre e evitando a propagação de doenças respiratórias, como a silicose.
OUTUBRO
Empresas de rochas e máquinas participam da Marmomacc
Mais de 20 empresas capixabas participaram da 44ª edição da Marmomacc, realizada de 30 de setembro a 3 de outubro, em Verona. Pela primeira vez, fabricantes capixabas de máquinas também apresentaram seus produtos no evento.
NOVEMBRO
Setor de rochas consegue alterar regras minerarias
O setor de rochas comemorou a desburocratização na concessão dos títulos minerários. Após vários encontros e persistência do Sindirochas e Centrorochas, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) decidiu alterar a Portaria 144/2007, que trata da liberação das guias de utilização.
Adamag inaugura central de recolhimento de resíduos
No dia 6 de novembro, foi realizada a inauguração oficial da Central de Recolhimento de Resíduos (CRR) da Adamag. Com a iniciativa, a associação, que já conta com 72 empresas associadas, tem agora um local adequado para a deposição dos resíduos gerados no beneficiamento de rochas ornamentais. A área da CRR possui 145 mil metros quadrados e tem capacidade de funcionamento estimada em 14 anos.


O que 2010 reserva para o setor de rochas?
Novo Código da Mineração, projetos logísticos, reaquecimento da economia mundial, incentivos cambiais... O próximo ano inspira boas expectativas para as empresas de mármore e granito.
O ano de 2009 foi marcado por um grande processo de retomada do setor econômico em todo o mundo. Após uma forte crise da economia mundial causada, sobretudo, pelo inchaço do mercado imobiliário norteamericano, a economia voltou a dar sinais de melhoras.
O setor de rochas ornamentais conheceu a crise antes mesmo de vários outros setores econômicos, precisando buscar novas alternativas para suprir a queda das exportações e, consequentemente, os impactos na economia brasileira. Entre as alternativas encontradas pelo setor estão a busca por novos mercados, investimento em novas tecnologias e maior produtividade, com redução dos custos operacionais.
Como resultado de todo esforço desenvolvido pelo setor nos últimos meses, o presidente do Sindirochas e do Cetemag, Emic Costa, lembra que os índices de exportação têm melhorado mês a mês. “É necessário, porém, que haja um controle e estabilização do valor do dólar em patamar que traga maiores condições e incentivos para que as empresas possam produzir e exportar suas rochas. Necessitamos de medidas governamentais urgentes nesse sentido”, frisa o presidente.
OPORTUNIDADES
Contudo, mesmo em meio a crises e queda do dólar, é possível destacar pontos positivos para o setor em 2009, como maior diálogo entre as empresas, melhoria na capacitação dos colaboradores e a luta pela autorregulamentação do transporte de rochas. Também é importante destacar a recente publicação da Portaria nº 415 do DNPM/MME que altera a portaria nº 144, com a simplificação da emissão de Guias de Utilização para lavras ainda em processo de análise, agilizando os processos minerários.
O ano de 2010, portanto, reserva um novo momento para o setor, reforçado pelo desenvolvimento de projetos que irão melhorar o escoamento das rochas capixabas, como a dragagem do Porto de Vitória e a construção da Ferrovia Litorânea Sul (foto), citando alguns exemplos.
Além disso, não se deve esquecer que, nos próximos seis anos, o Brasil irá sediar dois dos mais grandiosos eventos do planeta: a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas do Rio em 2016. Isto representa ótimas oportunidades com a construção de grandes empreendimentos nos quais a presença do mármore e granito brasileiro será fundamental.
Nesse sentido o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Lucas Izoton menciona que o setor de rochas deve aproveitar esse momento, que é de muitas oportunidades. “O setor deve exercitar a sua criatividade, buscar novos mercados, criar novos produtos e utilizar novas tecnologias. Apostar em tecnologia é um investimento a ser considerado, principalmente pela redução do custo do produto e aumento da sua qualidade, o que torna qualquer segmento que a adote, mais competitivo”, enfatiza.
MANUFATURADOS
Os produtos manufaturados continuam sendo a grande aposta do mercado de exportação de rochas ornamentais, pelo maior valor agregado que eles possuem.
Além disso, os exportadores de produtos manufaturados aguardam a liberação de R$ 35 bilhões por parte do governo federal para compensar as perdas das exportações ocasionadas pela crise econômica mundial e a forte queda da moeda norteamericana. A verba será dividida entre os diversos setores que exportam seus produtos, entre eles os exportadores de rochas ornamentais.
EXPORTAÇÕES
Segundo o presidente do Centrorochas, Adilson Vieira, em 2009, o setor manteve as exportações com um crescimento moderado, porém, consistente. “Não é fácil enfrentar uma crise que dura quase dois anos. Isso deixa sequelas em qualquer setor produtivo. No entanto, de uma forma geral, nossas empresas têm conseguido superar as adversidades com muita luta, sacrifício e criatividade” ressalta Vieira.
“Temos uma atividade forte, não somente na extração e no beneficiamento, mas também provemos o desenvolvimento do setor de máquinas, equipamentos e insumos para o setor, como também o setor de transporte e logística” acrescenta Vieira.
Ele observa que, para o ano que se aproxima, o setor busca consolidar novos mercados e obter avanços tecnológicos. “Ainda há o desafio de avançar na questão portuária capixaba, buscando melhorias para os portos de Vitória e Capuaba e nas estradas, além de avanços na definição do modal ferroviário e maior credibilidade na liberação de cargas de importação e exportação pelos órgãos federais. Se conseguirmos avançar nestes gargalos,chegaremos a melhores números em muito menos tempo do que esperamos”, conclui o presidente do Centrorochas.
O que dizem as autoridades:
“Como resultado de todo esse trabalho que está sendo desenvolvido, temos verificado que os índices de exportação têm melhorado mês a mês, desde o início do ano. É necessário, no entanto, que haja um controle e estabilização do valor do dólar em patamar que traga maiores condições e incentivos para que as empresas possam produzir e exportar suas rochas. Necessitamos de medidas governamentais urgentes nesse sentido”
Emic Costa, presidente do Sindirochas e do Cetemag

“Não é fácil enfrentar uma crise que dura quase dois anos. Isso deixa sequelas em qualquer setor produtivo. No entanto, de uma forma geral, nossas empresas têm conseguido superar as adversidades com muita luta, sacrifício e criatividade”
Adilson Vieira, presidente do Centrorochas

“Por ser responsável por quase 8% das exportações capixabas, o setor é um importante gerador de mão de obra local. Dessa forma, a economia é fortemente impulsionada pelo segmento de rochas ornamentais. A solidez do setor resulta na boa fase vivida pela economia capixaba.”
Severiano Imperial, presidente do Sindiex

Cetemag firma acordo de cooperação para fomento do setor

Extraído do site da Revista Inforochas

O Cetemag deu mais um grande passo para a consolidação de novas e importantes ações na área do fomento do setor de rochas. No final do mês de outubro, a entidade firmou parceria com a empresa italiana Bella Verona, que atua também no Brasil, oficializando acordos de cooperação e de intercâmbio institucionais com seis prefeituras do Sul do Estado e centros tecnológicos e culturais da região.
O deputado italiano Riccardo Ceni, presidente da Bella Verona, na Itália, veio para garantir este intercâmbio, organizando, a partir da última edição da Marmomacc, os contatos com instituições de ensino e centros tecnológicos italianos do setor de rochas ornamentais. Compareceram também, para oficializar o acordo, várias autoridades estaduais e municipais, o deputado federal Camilo Cola, além de empresários do setor e autoridades italianas.
Os acordos firmados visam a agregar valor à matéria bruta das rochas ornamentais. E nesse sentido, o pontapé inicial foi dado: um curso pioneiro de Design Aplicado às Rochas Ornamentais, que já foi executado no Cetemag, formando o primeiro núcleo de estudantes.
CURSO
Quem ministrou o curso, com duração de 40 horas, foi o designer e técnico em Rochas Ornamentais, Giuseppe Dalle Vedove. Em sua grade de ensino, aulas de Tecnologia da Produção Industrial, Desenho Geométrico e Arquitetônico e Criação e Armazenamento Eletrônico dos Desenhos com uso do Corel Draw. Para esta primeira turma, foram convidados os estudantes de Rochas Ornamentais do Ifes, grande parceiro do Cetemag.
O objetivo do Cetemag é agregar valor as rochas ornamentais através do design e a alta tecnologia de produção, para ganhar mercado tanto no Brasil como no exterior. A entidade está engajada nesta transformação global, na qual será promotora e realizadora das atividades, tornando-se o farol de desenvolvimento tecnológico e artístico do setor de rochas ornamentais no Brasil.
Concurso de escultura
O acordo de cooperação selado abriu a perspectiva de um novo evento: o Concurso Internacional de Escultura em Mármore, a ser realizado todo ano na sede do Cetemag, com a presença de artistas de vários países do mundo.
O evento estaria inserido no Projeto Valorização e Aproveitamento dos Mármores do Sul do Espírito Santo, que está em andamento, envolvendo também o projeto Indicação Geográfica, que consiste na criação de um selo de procedência e de uma marmoraria modelo, onde serão realizadas pesquisas,cursos e workshop.
O Centro de Pesquisa deverá funcionar na área do Cetemag e terá a função de procurar novas formas e conteúdos para as rochas ornamentais, estimulando a criação de empresas produtoras de manufaturados de maior valor agregado para suprir tanto o mercado interno como o internacional. Enfim, uma aliança entre tecnologia e arte, na qual o resultado será o avanço tecnológico do setor de rochas ornamentais.

Portaria altera concessão das Guias de Utilização

Extraído do site da Revista Inforochas

O setor de rochas conquista mais uma mudança positiva na legislação, que traz benefícios aos mineradores. Com a publicação da Portaria 415, no Diário Oficial da União (DIO) de 16 de novembro de 2009, foram alterados alguns artigos e itens da Portaria 144/07, que trata da concessão das Guias de Utilização (GU), desburocratizando o processo de concessão das mesmas.
O geólogo do Sindirochas, Rubens Puppin, explicou que, anteriormente, depois de findo o prazo de validade do alvará de pesquisa, a primeira GU era emitida somente após o alvará ser prorrogado, ou após vistoria e aprovação do relatório final de pesquisa, se este tivesse sido apresentado.
“Isso demorava anos para acontecer e a fila de espera era enorme. Com a nova portaria, mesmo após o término do prazo do alvará de pesquisa, a primeira GU será emitida, sem necessidade de vistoria, desde que o titular da pesquisa tenha apresentado, no prazo próprio, pedido de prorrogação do alvará, acompanhado do relatório parcial dos trabalhos de pesquisa já efetuados”, explica.
Outra situação que atrasava o processo era quando havia pendência de análise no requerimento de prorrogação da autorização de pesquisa, no relatório final dos trabalhos de pesquisa ou no requerimento de concessão de lavra.
Nestes casos, o pedido de nova Guia de Utilização só era apreciado quando era analisado o evento pendente, podendo ser emitida a GU sem vistoria imediata da área, a critério do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Agora, com a Portaria 415/09, a Guia de Utilização é emitida com o mesmo prazo de validade da licença ambiental, enquanto o DNPM não se manifestar sobre pedido de prorrogação de alvará de pesquisa.
A GU poderá ser emitida pelo mesmo prazo de vigência da licença ambiental e sem vistoria imediata da área, nos espaços de tempo compreendidos entre a apresentação do relatório final de pesquisa e a outorga da concessão de lavra. A emissão da Guia dependerá da apresentação tempestiva do relatóriofinal de pesquisa e do requerimento de lavra, conforme o caso.
As novas regras estabelecidas pela portaria 415/09, aplicam-se também aos pedidos de GU anteriormente protocolados e/ou dependendo de análise no DNPM.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Internauta mostra carreta que promete mais segurança no transporte de blocos de granito

Extraído do site Gazeta Online
04/12/2009 - 11h12 (enviado por Danilo Amaral - eu aqui - gazeta online)
foto: enviado por Danilo Amaral - eu aqui

Carreta que promete mais segurança no transporte de blocos de granito

Com diversos tipos de acidentes com carretas de bloco como a desta semana, a Siepierski desenvolveu uma carreta especial para o transporte de bloco. Ela dá mais segurança ao motorista e maior aderência na estrada, já que a carreta é aproximadamente 35% mais baixa que as normais. Assim ela tem maior estabilidade nas curvas e faz com que o bloco não se desprenda da carreta.
Um pescoço acima da base da pedra evita uma futura colisão com a cabine dando maior proteção e segurança ao motorista e à. A carreta possui base especial em madeira que firma o bloco e possui equipamentos de segurança de forma que jamais o bloco se desprenderá da carreta. Pela altura baixa, a carreta também não tem possibilidade de tombar.

Grupo de empresários americanos conhece a fábrica Cimol

Extraído do Portal Moveleiro

Com uma patente para produzir madeira a partir da transformação de resíduos, um grupo de empresários americanos visitou a Cimol. Eles vieram conhecer o processo de fabricação de um móvel seriado e verificar a possibilidade do uso do produto fabricado pela Century-board na produção de móveis em série.
A visita aconteceu nesta segunda-feira, dia 30. Eles vieram acompanhados de sua equipe e apresentaram a tecnologia que eles desenvolveram para fabricar madeira com resíduos para vários empresários da indústria moveleira de Linhares.
A ideia dos empresários americanos é montar uma fábrica no Espírito Santo para produzir madeira a partir do resíduo gerado na produção de granito. Segundo eles, isto tornaria a principal matéria-prima da indústria moveleira, as placas de madeira muito mais baratas. O investimento está estimado em US$ 7 milhões e a patente do produto está orçada em US$ 2 milhões. Os empresários buscam parceiros para o empreendimento.

http://www.portalmoveleiro.com.br/noticia.php?cdNoticia=18595

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Brasil é um dos gigantes da indústria mundial de rochas ornamentais

Extraído do portal Portugal Digital

O Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de rochas ornamentais e vem se consolidando como exportador, sendo 80% de suas exportações em matéria-prima bruta.

23/11/2009 - 14:00 - Da Redação, com ASN-Agência Sebrae de Notícias

Brasília - As atividades do setor produtivo de rochas ornamentais estão distribuídas por diversos Estados brasileiros, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

No Brasil, as atividades de exploração, beneficiamento e comercialização de rochas ornamentais tiveram início na década de 40 quando as importações, especialmente de mármores, foram suspensas por ocasião da Segunda Guerra Mundial, propiciando o surgimento e o desenvolvimento de pólos extrativistas e industriais pelo país.

Com participação de cerca de 5% da produção mundial de blocos de mármores e granitos e com aproximadamente 6% do volume total das exportações mundiais, o Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de rochas ornamentais e vem se consolidando como exportador, sendo 80% de suas exportações em matéria-prima bruta.

Da produção brasileira de rochas beneficiadas, estima-se que 81% seja utilizada em edificações, estando sua produção atrelada à industria da construção civil onde são utilizadas em pisos, revestimentos, decoração, móveis e outras aplicações.

Espírito Santo lidera exportações

O Porto de Vitória, no estado do Espírito Santo, ocupa o primeiro lugar no ranking de exportações participando com 58% do total exportado, seguido pelo porto do Rio de Janeiro com 18%.

As primeiras atividades da exploração e comercialização de rochas ornamentais no país se deveram a iniciativas de imigrantes italianos e portugueses com a descoberta de muitas variedades de mármores e granitos em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Com o aumento da demanda de granito a partir do final da década de 60, acentuando-se na década de 80, o Brasil passou a ser conhecido internacionalmente como produtor e exportador de granitos em estado bruto. Atraídas pela lucratividade e pela demanda crescente, empresas iniciaram a exploração nesse setor em diversos estados como Santa Catarina, Minas Gerias, Bahia, Ceará e Pará e Pernambuco. Atualmente, existe exploração de rochas ornamentais desde o Rio Grande do Sul até o Pará, com destaque para os estados da região sudeste, Ceará, Bahia, Pernambuco na região nordeste.

Setor movimenta US$2,1 bilhões por ano

Produzindo mais de 500 variedades comerciais de rochas, entre granitos, mármores, ardósias, quartzitos, travertinos, pedra sabão, basaltos, entre outras rochas, oriundas de 1.300 jazidas em atividade, movimenta-se US$2,1 bilhões por ano, incluindo-se a comercialização no mercado interno e externo, a compra de equipamentos e insumos e outros serviços.

O segmento possui registradas 300 empresas mineradoras e 25 empresas de beneficiamento de blocos de mármore e granito com quase 1.600 teares e, ainda, 6.500 marmorarias responsáveis pelo trabalho de acabamento final e aplicação. Além dessas, cerca de 508 empresas processam exportações. A mão de obra estimada é de 105.000 empregados diretos em aproximadamente 10.000 empresas.

O país conta com uma estrutura de desdobramento de rochas ornamentais equivalente a uma capacidade instalada da ordem de 2,3 milhões de toneladas por ano, sendo que a região sudeste detém cerca de 81% dessa capacidade.

http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=9197839&indice=0&canal=159

Ferrovia Litorânea Sul vai transformar a região em pólo

Extraído do site Gazeta Online

23/11/2009 - 10h36 (Elisangela Teixeira - Da Redação Multimídia)

A construção da Variante Litorânea Sul da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) é um dos investimentos mais esperados para o próximo ano na região Sul do Estado, em especial Cachoeiro de Itapemirim. A ferrovia interligará a Estrada de Ferro Vitória-Minas e a Região Metropolitana ao Porto de Ubu (Anchieta), chegando à Cachoeiro de Itapemirim, transformando a cidade em pólo de distribuição para o lestes mineiro e norte fluminense.

A linha férrea também passará por Piúma, Rio Novo do Sul e Itapemirim. Entre as cargas que serão transportadas, estão: calcário, granito, escória, madeira, celulose e produtos siderúrgicos.

A linha férrea vai passar por três cidades até chegar à Cachoeiro

Com uma capacidade de transporte de 13 milhões de toneladas de cargas por ano, a Variante Ferrovia Litorânea Sul terá 165 quilômetros de extensão e um investimento de R$770 milhões. O projeto de implantação é da Vale e do Governo do Estado. A construção da ferrovia está atrelada a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU) devido a questão da viabilidade econômica.

A previsão de início da obra depende do licenciamento ambiental para construção da CSU, o que deve ocorrer no fim de 2010 até o início de 2011, com previsão de entrega para 2014, segundo a expectativa da Vale. De acordo com o coordenador executivo do projeto de CSU, Marcos Chiorboli, a ferrovia litorânea já tem a liberação ambiental e tão logo a siderúrgica em Anchieta possa ser construída, a ferrovia também será.

"Não adianta ter a ferrovia se não tiver o produto a ser transportado", explica o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho. "Um dos maiores gargalos da região será corrigido. Temos uma logística muito deficiente para escoamento da produção, com a ferrovia teremos ligação direta com outros estados. O processo também será mais econômico e seguro. Nossa aposta nesta obra é muito positiva", completa.

Modernidade e eficiência

O investimento será realizado pela Vale, controladora da FCA, e pelo Governo do Estado do Espírito Santo. O novo traçado permitirá a substituição da linha existente entre Argolas, em Vila Velha, e Cachoeiro de Itapemirim.

De acordo com a Vale durante a construção serão gerados cerca de mil empregos. E que o novo trecho vai melhorar consideravelmente as condições de operação e a produtividade da ferrovia, uma vez que suas características técnicas serão compatíveis com as da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), uma das mais modernas e eficientes ferrovias do mundo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Central de Tratamento de Resíduos está funcionando em Cachoeiro

Extraído do site Gazeta Online

09/11/2009 - 16h59 (Gazeta Sul - Da Redação Multimídia)


A lama abrasiva é facilmente encontrada perto das fábricas da região sul e representa prejuízo ao meio ambiente. Na Central, o material fica armazenado de forma segura
Uma saída simples, que ajuda a reduzir os impactos causados pelo beneficiamento de mármore e granito na natureza. A Central de Tratamento de Resíduos foi inaugurada oficialmente na última sexta-feira (06), em Morro Grande, Cachoeiro.
A Central pertence à Associação de Desenvolvimento Ambiental do Mármore e Granito (ADAMAG). Ela foi construída em uma área de 145 mil metros e tem capacidade de funcionamento estimada para 14 anos. "Toda Central foi preparada com sistema de drenagem e atende às exigências do Iema", explica o engenheiro agrônomo Ângelo Antônio Campos. No total, 72 empresas de Soturno e Gironda já depositam a lama abrasiva no local.
O empresário Antônio Carlos Carvalho conta que antes de levar os resíduos para central, precisava mandá-lo para São Joaquim. Ele afirma que gastava mais com o transporte. "Em 90 dias, o tanque de 600 metros cúbicos enche. Nosso custo ficava caro", diz.
A lama abrasiva resulta do processo de industrialização das rochas. O material tem alta concentração de cal e ferro. Na Central, ele fica armazenado de forma segura. Mas de acordo com Ângelo Antônio Campos, os resíduos não devem ficar parados na Central. Existem estudos para transformá-los em novos produtos. "Pode ser usado em adubação, fabricação de tinda, como em alguns países da Europa. Certamente tem uma destinação", garante.
Tijolos
Fabricação de tijolos - uma das alternativas para o aproveitamento da lama abrasiva
Idéias como esta já existem em Cachoeiro. Tijolos de cimento e lama abrasiva são produzidos em uma olaria da cidade. O projeto do "Eco-tijolo" começou a ser desenvolvido há seis anos.
A unidade custa cerca R$ 0,60, preço mais alto que do tijolo comum. Os fabricantes garantem que a economia é no uso de ferragem e massa, já que os tijolos são encaixados. Empilhados, eles ainda podem ser usados em casas de até três andares. Outra aplicação é nos muros.
Contato
Para utilizar o serviço o empresário precisa fazer parte da Associação de Desenvolvimento Ambiental do Mármore e Granito. O telefone para os interessados é (28) 3524-1281.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Setor de rochas capixaba consegue alterar regras minerárias

Extraído do site da Revista Inforochas

O setor de rochas de todo o País comemora a conquista de uma reivindicação antiga do segmento: a desburocratização na concessão dos títulos minerários. Após vários encontros e persistência do Sindirochas e Centrorochas, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) decidiu alterar a Portaria 144/2007, que trata da liberação das guias de utilização.
A medida foi tomada no final da tarde dessa terça-feira, dia 3, durante encontro realizado entre o diretor geral do DNPM, Miguel Antônio Cedraz Nery, o vice-presidente do Sindirochas, Atílio Traváglia, a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello e o senador Renato Casagrande, que em muito contribuiu para esta conquista.
“Para nós esta alteração é uma vitória. A liberação de guia de utilização, até então, estava condicionada a análise, vistoria e aprovação do relatório final de pesquisa. No entanto, com a deficiência de pessoal, o DNPM tem demorado, cinco anos, sete anos, inviabilizando o trabalho do setor”, explica o vice-presidente do Sindirochas, Atílio Traváglia.
Para a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, o próprio DNPM entendeu que agora terá mais tempo para fazer análise dos processos. “Essa alteração com certeza vai permitir que os processos com pedidos de guia tenham sua tramitação simplificada. Agora, além de permitir a nossa atuação, o DNPM também vai ter condições melhores de analisar o relatório e vistoriar as áreas”, revela.
A expectativa do setor é a de que nova portaria seja publicada ainda esta semana.

domingo, 25 de outubro de 2009

Cachoeiro faz pacto inédito com pólo de rochas da Itália

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro

Publicada em 23/10/2009 às 19:25

Setenta por cento do beneficiamento de rochas ornamentais no ES é realizado em empresas cachoeirenses
A cidade que é o maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais da Itália assume um pacto de amizade com Cachoeiro de Itapemirim nesta segunda-feira (26). Trata-se de Saint'Ambrogio de Valpolicella, da região de Verona, cujo representante, o deputado parlamentar italiano Riccardo Ceni, assina o protocolo do pacto junto do prefeito Carlos Casteglione, às 10h, na sede do Cetemag .
O reconhecimento de Cachoeiro como amigo da cidade italiana vai facilitar a captação de recursos e projetos, além de tornar mais fáceis os intercâmbios tecnológicos e culturais entre as duas regiões.
“Com esse pacto, que vem em excelente hora, ganham os dois lados. Conseguimos uma distinção dentro do Brasil. E tanto a nossa região, quanto a deles, são de pequenas cidades com muitas similaridades”, destaca o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho.
Na região italiana, por exemplo, a cidade Ápio é tão focada na preservação histórica quanto a capixaba Muqui. “Isso sem falar no exemplo da nossa indústria metal mecânica, já que lá eles também produzem grande variedade de máquinas voltadas especificamente para o setor de rochas ornamentais”, explica o secretário.
De imediato, o pacto da amizade deve beneficiar diretamente 15 jovens da região sul do estado, que devem ser convidados para estudar no Instituto Del Marmo, centro técnico italiano especializado no beneficiamento de rochas ornamentais. Os alunos devem estudar gratuitamente e com todos os custos pagos.
Para a assinatura do convênio, estão sendo convidados todos os prefeitos das cidades do Sul do Estado que receberam imigrantes italianos, além do deputado federal Camilo Cola.
O maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais da América Latina é formado por Cachoeiro de Itapemirim e outros 14 municípios da região sul do estado. E dos 25 milhões de metros quadrados de rochas ornamentais que o estado processa por ano, 70% é beneficiado em empresas cachoeirenses.
Prestigie! Assinatura do Pacto de Amizade entre Saint’ Ambrogio de Valpolicella e Cachoeiro de Itapemirim Quando: nesta segunda-feira (26), às 10h.Onde: na sede do Cetemag, no bairro Aeroporto.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Resíduos de rochas ornamentais servem para produzir vidro ecológico

Extraído do site do Jornal Diário de Petrópolis

Eles são quase imperceptíveis aos olhos, mas altamente agressivos à natureza e à saúde. Os resíduos provenientes das serrarias de rochas ornamentais criam um problema ambiental no país, principalmente no estado do Espírito Santo, responsável pela metade da produção do setor. Pesquisadores estimam que três mil toneladas de efluentes sejam lançados diariamente no meio ambiente.

- Na quase totalidade dos casos, são lançados diretamente no solo, sem nenhum tratamento ou previsão de reutilização. Esses resíduos, no entanto, podem servir como matéria-prima – diz a física Michelle Babisk, do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Durante seu mestrado no Instituto Militar de Engenharia (IME), quando foi bolsista Nota 10, da FAPERJ, ela deu início ao projeto de transformar esses resíduos em vidros ecológicos. Trabalho a que tem dado continuidade até hoje.

- Uma propriedade interessante do vidro ecológico é a capacidade de bloquear a passagem da radiação infravermelha. Dessa forma, se usado como embalagem, oferece maior proteção aos alimentos. Usado em janelas, pode atuar no ambiente como reduto de calor. Tem as mesmas características do vidro comum – descreve a física.

Natural de Cachoeiro de Itapemirim/ES, Michelle Babisk viu de perto o problema.

- Vi a capacidade poluidora desses resíduos, que eram despejados num curso d´água próximo à chácara da minha família. Além de provocar a mortandade dos peixes, prejudicava a população ribeirinha, que depende exclusivamente dessa água para beber, cozinhar e tomar banho. Trata-se de um pó fino, capaz de desencadear doenças, como a silicose, em pessoas e animais – contou.

No IME, Michelle tomou conhecimento das pesquisas de aproveitamento de resíduos de rochas e se interessou. Foi assim que, junto a uma equipe do instituto, ela conseguiu desenvolver o vidro ecológico.

De acordo com a física, os resíduos são utilizados in natura e, em decorrência do processo produtivo, os vidros adquirem coloração verde. Isso acontece devido à oxidação do ferro presente na granalha, eliminada junto com a lama, utilizada para facilitar a serragem das rochas. Para o meio ambiente, a vantagem do vidro ecológico é que, diferente do vidro comum, sua produção exige menor volume de extração de areia, pois sua composição leva apenas até 30% deste material.

- A extração de areia pode causar mais de 35 formas de impacto negativo ao meio ambiente. O assoreamento dos rios é apenas um deles. Além disso, conseguimos dar uma destinação aos resíduos, minimizando o impacto ambiental – diz a física.

Segundo Michelle, já existem indústrias interessadas na fabricação do vidro ecológico.

- Acredito que ainda há alguns estudos e análises a serem realizadas antes da comercialização efetiva do produto – explica.

O vidro produzido até agora é do tipo sodo-cálcico, o que quer dizer que contém em sua composição óxidos de sódio e cálcio. Com orientação do engenheiro de Minas, Francisco Hollanda, Michelle agora vai testar o desenvolvimento desses vidros a partir de resíduos de outros tipos de rochas, como quartzito, que dispnesa a utilização de areia na fabricação, e basalto.

Ela também estuda a possibilidade de produzir vidro transparente, tanto pela questão estética quanto pela maior viabilidade de entrada do produto no mercado.

http://www.diariodepetropolis.com.br/2009/10/23/residuos-de-rochas-ornamentais-servem-para-produzir-vidro-ecologico/