15/04/2008 18:37:42 - Redação Gazeta Rádios e Internet
DANIELLA ZANOTTI - dzanotti@redegazeta.com.br
O Espírito Santo é responsável por cerca de 80% da produção nacional de pedras ornamentais e, durante o processo de beneficiamento, são geradas grandes quantidades de resíduos que precisam ser reaproveitados, do contrário podem causar danos ao meio ambiente. Com base nessa lógica, a Faculdade do Centro-Leste(UCL), localizada na Serra, desenvolveu um projeto batizado de “Concretar”, voltado para a proteção ambiental. Em um universo de 300 projetos, o programa foi selecionado no Espírito Santo para receber recursos da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep).
A idéia consiste na transformação do resíduo do corte das pedras ornamentais em matéria-prima utilizada na criação de peças pré-moldadas a base de concreto. Nesse cenário, a construção civil desponta como um dos setores industriais com mais possibilidade de aproveitamento desse material, devido ao número de insumos e volume de matéria-prima que consome.
O projeto vai ser desenvolvido pela UCL em parceria com o Sebrae-ES e a TecVitória, entidade sem fins lucrativos voltada para o fomento da indústria local. Para o superintendente da TecVitória, Vinicius Chagas, todos ganham com o projeto.
“A indústria de pedras ornamentais se livra do resíduo de uma maneira limpa transformando ele em matéria-prima que vai ser bastante bem utilizada por comunidades que demandam esse tipo de artefato, por exemplo manilha para esgoto, postes de energia, blocos, uma série de artefatos de concreto”, explicou.
Durante o período de dois anos, a faculdade vai desenvolver e qualificar a tecnologia e fazer experiências em laboratórios para métodos de fabricação. O conhecimento vai ser aplicado por um grupo de micro e pequenas empresas, que também irão participar do projeto trazendo as tecnologias utilizadas por elas.
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