Extraído do site da Revista Inforochas
Mármore e granito do Estado ficam bem à frente de setores tradicionais como o café, que aparece em segundo lugar
O Banestes é um parceiro tradicional do setor de rochas ornamentais no Estado. O banco oferece como diferencial o fato de ser uma instituição local, com taxas de juros negociáveis. Essa fórmula tem atraído um grande número de empresas do setor, principalmente exportadoras, que buscam linhas de crédito para vendas externas.
O superintendente de Produtos do Banestes, Ivalino Andreão, explica que a concentração do setor de rochas como principal cliente de crédito para exportação não aumenta os riscos para o banco, o que forçaria as taxas de juros para cima.
“Temos uma grande representatividade do setor de mármore e granito capixaba na nossa carta de câmbio, mas temos também uma grande diversidade em número de empresas que são clientes”, afirma Andreão.
Só a linha de Adiantamento a Contrato de Câmbio tem no setor mais de 40% das liberações de crédito. “Há muitas empresas também que não utilizam linhas de crédito, mas fazem câmbio direto no banco”, acrescenta.
O Banestes se prepara para lançar suas ações no mercado e cumpre o chamado “período de silêncio”, em que não pode divulgar informações estratégicas, por conta do relacionamento com acionistas. Por esse motivo, o banco não divulgou valores.
Dica é diversificar os mercados
“Como banco, buscamos atuar como consultores dos nossos clientes”, avalia Ivalino Andreão, superintendente de Produtos do Banestes. “Temos orientado os empresários do setor de rochas a buscar direcionar suas estratégias para diversificação dos mercados”.
Andreão afirma que o banco divide com as empresas financiadas os riscos do negócio, por isso a instituição busca auxiliar o setor para que ele se blinde contra crises de origem cambial ou instabilidades externas, como a crise imobiliária norte-americana – fatores que se combinaram em 2007.
“As empresas capixabas de rochas precisam reforçar suas posições no mercado interno e buscar no mundo outras regiões para não concentrar seus negócios”, afirma.
Um dos riscos que o setor corre no sistema financeiro é a perda de credibilidade caso não cumpra os compromissos firmados com instituições financeiras. Um aumento na inadimplência pode levar os bancos a aumentar as taxas de juros e dificultar ainda mais a situação do setor em um momento delicado.
Flexibilidade atrai empresários
As duas principais linhas de crédito do Banestes para exportação não possuem taxas fixas. Os juros a serem pagos pelos Adiantamento a Contrato de Câmbio – Letras a Entregar (ACC-LA) e Adiantamento a Contrato de Câmbio – Letras Entregues (ACC-LE) são definidos diretamente entre o banco e os empresários.
“As taxas são negociadas sobre o perfil do cliente, levando em consideração as garantias oferecidas”, explica o gerente de Câmbio do Banestes, Hélio Batista de Abreu.
Saiba mais
Letras a Entregar (ACC-LA): Crédito antecipado antes mesmo de a mercadoria ter sido embarcada. O dinheiro é adiantado à empresa brasileira para a produção da mercadoria a ser vendida. O financiamento é liquidado quando o comprador estrangeiro paga o produto.
Letras Entregues (ACC-LE): O valor da exportação é adiantado depois que a mercadoria é embarcada, possibilitando a recuperação, de forma rápida, do capital de giro do cliente.
“A escolha da linha está diretamente relacionada ao estágio em que se encontra a negociação da empresa financiadora com seu cliente externo”, explica o gerente de Câmbio do Banestes, Hélio Batista de Abreu.
Com riscos menores, a ACC-LE tem também taxas menores, considerando ainda a negociação entre a empresa e o banco.
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