quarta-feira, 18 de março de 2009

Crise financeira prejudica setor de rochas ornamentais do Espírito Santo

Extraído do site do Jornal Folha Vitória
Atualizado em 18/03/2009 às 09h22
A crise financeira assola o setor de rochas e granitos no Espírito Santo. Enquanto empresários percebem o recuo das vendas e a diminuição dos lucros, funcionários convivem com a possibilidade do desemprego. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), comparando janeiro a dezembro de 2007 com o mesmo período do ano passado, a área apresentou uma queda na exportação de 13,24%.
Um exemplo dos problemas enfrentados no setor é uma empresa em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. As máquinas não param, mas o faturamento não é mais o mesmo depois que a crise financeira mundial chegou ao Espírito Santo.
A empresa lucrava antes da crise pouco mais de R$ 1 milhão. Atualmente não passam dos R$ 600 mil. “Quando estourou a crise realmente, a crise mundial, nossa exportação abaixou cinqüenta por cento. Principalmente os últimos quatro meses foram muito difíceis, fez que a exportação caísse 60 %. De 20, 18 contêineres, vendemos cinco e seis nos últimos quatro meses”, informou a gerente de exportação Luciana Mameri.
“Nós temos dificuldades hoje. As empresas que são mais focadas em importação têm mais dificuldade que as de petróleo, que tem jogo de cintura, podem negociar com o mercado interno. Nós estamos atravessando no setor um momento muito delicado”, afirmou o presidente do Sindirochas, Áureo Mameri. Dados do sindicato revelam que de janeiro a dezembro de 2007, o Espírito Santo exportou pouco mais de US$ 726 milhões de dólares. No mesmo período de 2008, este número caiu para US$ 629.912.801.
Para a agente de exportação Silvana Tirelo a crise financeira veio como uma avalanche de prejuízos. A agência continua atendendo as empresas do exterior, mas os pedidos caíram significativamente. “Existe uma redução de quadro de funcionários e também uma redução de investimentos”, lamentou.
E se o negócio não está nada bom para os empresários, ruim também para os trabalhadores do setor de rochas ornamentais aqui do Estado. Muitos foram demitidos e os que conseguiram se manter no emprego tem medo de que a crise afete a estabilidade. O gerente de produção Emiliano Marconcini sente na pele o que é ter que lidar com os problemas da crise. “Hoje estamos aqui, juntos há seis, sete anos, já é uma família e de repente você tem que demitir a pessoa porque não tem serviço, não tem o que fazer com ele, não tem outra área pra colocar. É triste.”

terça-feira, 17 de março de 2009

Prefeitura garante apoio à feira do mármore na cidade

Extraído so site da Prefeitura de Cachoeiro

O prefeito Carlos Casteglione vai promover melhorias na infra-estrutura do parque de exposição

A edição deste ano da feira internacional do mármore e do granito em Cachoeiro de Itapemirim teve o apoio garantido, nesta terça-feira, pela prefeitura do município. A prefeitura vai ajudar principalmente a preparar a infra-estrutura do local onde a feira tradicionalmente acontece, que é o Parque de Exposição “Carlos Caiado Barbosa”, no bairro Aeroporto.

A feira, chamada “Cachoeiro Stone Fair”, está marcada para 25 a 29 de agosto de 2009. É um espaço privilegiado para a realização de negócios por todos os envolvidos no setor, que tem em Cachoeiro como um dos seus centros mundiais. Em Cachoeiro e municípios vizinhos está o maior pólo de produção e beneficiamento de rochas ornamentais da América Latina.

“Vamos promover a sinalização da cidade, para que os visitantes cheguem facilmente à feira. No parque, especificamente, vamos construir um restaurante, para atender esse evento. Também vamos nivelar as ruas internas e reformar os banheiros”, exemplificou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho.

A reunião para definir o apoio da prefeitura contou com a presença dos sócios da empresa realizadora do evento, Cecília Milanez e Ilson Milaneze, do prefeito municipal, Carlos Casteglione, do secretário Ricardo Coelho, e da diretora municipal de Turismo, Maria Elvira Tavares Costa. O encontro foi no gabinete do prefeito.

Artesanato com resíduos

A prefeitura também decidiu montar um espaço especial para apresentar aos visitantes o artesanato que pode ser feito com o resíduo do beneficiamento das rochas ornamentais. Outras iniciativas de aproveitamento desse resíduo, que causa forte impacto ambiental, também vão ser apresentados na feira.

Outra iniciativa da prefeitura é buscar a exposição, na feira, de um dos primeiros teares usados na Região Sul do Estado. O tear é a máquina que serra os blocos em chapas. O exemplar que deve ser exposto foi fabricado na década de 1950 e pertence a uma família do Distrito de Prosperidade, no município vizinho de Vargem Alta. Ele ajuda a contar a história do desenvolvimento desse setor que tem Cachoeiro como sede do maior pólo de beneficiamento dos produtos na América Latina.

“Estamos buscando parcerias para viabilizar a montagem desse equipamento na feira”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho.

O site da Cachoeiro Stone Fair é www.cachoeirostonefair.com.br .

quinta-feira, 12 de março de 2009

Mais prazo e juros menores

Extraído do site da Revista Inforochas

O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo está vivendo momentos de preocupação com a crise mundial de crédito instalada em todos os níveis da economia. Para discutir esta questão, o Sindirochas realizou nesta quinta-feira (12), um encontro de negócios com todas as instituições financeiras do Estado.
A reunião aconteceu no Plenarinho do Edifício Findes, em Vitória, contando com a presença do presidente do Sindirochas, Áureo Mameri, do superintendente, Romildo Tavares, do presidente do Centrorochas, Adilson Borges Vieira, do presidente da Findes, Lucas Izoton, e representantes do Banco do Brasil, Banestes, Itaú, Bradesco, Bandes, Sicoob e HSBC.
A principal temática da reunião foi a necessidade de aumento do prazo das linhas de financiamento oferecidas ao setor, além da diminuição dos juros. Conforme foi observado pelo superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares, no início do ano passado, as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras eram de 5 a 6% ao ano. “Contudo a partir de setembro, elas dobraram, passando de 11 a 12% ao ano e chegando ao pico de 15% anuais”, destacou.
Fato confirmado pelo presidente da entidade, Áureo Mameri, que também afirmou que é preciso que os bancos conheçam melhor o setor de rochas. “Se a situação continuar dessa maneira, é fato que as empresas não conseguirão fazer financiamentos, impedindo a recuperação do setor, que é tão importante para a economia do Estado”, ressaltou.
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Lucas Izoton, também intercedeu pelos empresários do setor de rochas, afirmando que, infelizmente, o Brasil é o pior país para se conseguir crédito entre os países em desenvolvimento.
“Na maior parte das vezes, quem consegue crédito são as grandes empresas, que usavam crédito de bancos de outros países e agora vem pegar no Brasi, sendo que as que mais precisam as micro e pequenas empresas”, afirmou, lembrando que no Brasil, apenas 0,3% das empresas brasileiras se enquadram na categoria de grande porte, enquanto as médias representam 0,5%, e as micro e pequenas fazem parte da esmagadora maioria: 99,2%.
“O setor de rochas é um exemplo de setor organizado, de grande importância no estado, e que já chegou a 11% da pauta de exportações capixabas, mas que em 2008, fechou o ano representando 5% das exportações, ou seja, foi ultrapassado pelo café. Ele precisa desse apoio”, disse.
Ao final da reunião, todas as instituições se comprometeram a continuar o diálogo com as empresas e entidades representativas do setor, além de fazer as análises de financiamento caso a caso.

Secretário leva a Brasília demandas do setor de rochas

Extraído do site da Prefeitura de Cachoeiro

Desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) das chapas e ladrilhos feitas de mármore e granito, além da redução da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Essas duas propostas foram apresentadas pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência & Tecnologia e Turismo de Cachoeiro de Itapemirim, Ricardo Coelho, na reunião realizada nesta terça-feira (10), em Brasília, no Ministério de Minas e Energia (MME).
O encontro foi convocado pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Cláudio Scliar, e envolveu representantes de segmentos empresariais, mas também de trabalhadores e do setor público. Os efeitos da crise econômica sobre o setor de geologia e mineração nos estados e municípios mineradores brasileiros foi o tema central da reunião.
O secretário Ricardo Coelho levou solicitações do setor de rochas ornamentais de Cachoeiro. Os empresários, por exemplo, defendem a desoneração do IPI sobre a produção de chapas polidas e ladrilhos. Hoje, são cobrados 5% para o IPI. “A redução dessa alíquota a zero tornaria esses produtos mais acessíveis ao mercado interno”, ressalta o secretário.
A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) é devida pelas mineradoras em decorrência da exploração de recursos minerais, para fins de aproveitamento econômico. Esse imposto tem a alíquota de 2% sobre o valor líquido do minério extraído, depois de deduzidos todos os custos da exploração. A proposta do setor de rochas é de reduzí-lo para 1,5%.
Qualificação profissional
Segundo o secretário Ricardo Coelho, também foi solicitado ao governo federal que repasse recursos do FAT (Fundo de Amaro ao Trabalhador) para a qualificação e recolocação de mão-de-obra nos segmentos da cadeia produtiva.
“Anteriormente, as empresas estavam voltadas para a exportação de chapas e ladrilhos. Hoje, as atenções estão voltadas para o mercado interno. No entanto, não há pessoal qualificado para as oportunidades de emprego que estão surgindo”, disse.
Em todo o Espírito Santo, houve uma redução de 20% no pessoal que trabalha direta ou indiretamente com rochas ornamentais. O estado responde por 66% da produção brasileira de rochas.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Benefícios fiscais para as empresas

Extraído do site da Revista Inforochas

Atualmente, 13 empresas do setor de rochas ornamentais estão inscritas no Contrato de Competitividade, um instrumento adotado pelo governo capixaba para a concessão de benefícios fiscais a arranjos produtivos locais e fruto de ampla discussão com os representantes dos segmentos.
Pelo contrato, os setores produtivos têm o compromisso de aumentar a competitividade das empresas estabelecidas no Estado, em relação às similares de outras regiões do País.
Em contrapartida, o setor pactuante se compromete a investir em ações que resultem em seu próprio desenvolvimento socioeconômico sustentável, garantindo a manutenção e criação de empregos, ocupação, renda e evolução na capacitação profissional da população local.
Os incentivos tributários são específicos para cada setor produtivo. No caso do setor de rochas, o Contrato de Competitividade estimula a renovação do parque fabril, já que não se paga ICMS na aquisição, pois o imposto só é recolhido no momento em que esse maquinário é revendido.
Outros pontos importantes têm relação com a redução da margem de imposto sobre os insumos e a compra de matéria-prima sem a tributação de impostos.
O Sindirochas, como uma das entidades que aderiram ao Contrato de Competitividade, tem procurado divulgar entre seus associados as vantagens desta ferramenta, passando todas as orientações sobre os procedimentos para as adesões individuais das empresas do setor.
“O sindicato está à disposição das empresas associadas, para auxiliá-las no processo de inscrição, junto ao governo do Estado, para aderir ao Contrato de Competitividade”, ressalta o superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares.

As empresas que aderirem ao Contrato de Competitividade se comprometem a atingir:
1. Promoção do desenvolvimento sustentável;
2. Crescimento médio anual no número de empregos ofertados no setor;
3. Integração com instituições de ensino do 3º grau;
4. Capacitação e qualificação de mão-de-obra;
5. Investimentos na competitividade setorial e empresarial;
6. Crescimento na arrecadação do ICMS gerado pelo setor;
7. Crescimento anual das exportações;
8. Ampliação da participação no mercado local.

As condições para as empresas terem acesso aos benefícios fiscais são:
• Requerer a inclusão no Cadastro de Beneficiários de Contrato de Competitividade;
• Preencher o Termo de Adesão ao contrato;
• Preencher a ficha de informações cadastrais e de Certidão Negativa de Débito junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

segunda-feira, 9 de março de 2009

Características históricas do mármore

Extraído do Portal Marble
Autor: Luiz Zampirolli - Data de publicação: 09.03.2009 12:09

A humanidade sempre se utilizou de diferentes materiais para construir suas habitações e com o intuito de fortalecer e perenizar cada vez mais o seu “habitat” o homem sempre procurou utilizar materiais perenes, resistentes, indestrutíveis e dentre esses materiais, destacamos as rochas, principalmente o mármore.
Ao recorrermos à história, vamos verificar que tanto os egípcios, os gregos depois os romanos, sempre utilizaram as rochas “marmíferas” em suas edificações, cuja riqueza era demonstrada não só na qualidade dos materiais, mas também na opulência de suas artes e arquiteturas, cujo legado histórico nos é transmitido até nossos dias e, muitas dessas obras são atualmente consideradas “Patrimônio da Humanidade”.
Todavia, foi no império romano que o mármore passou a ter seu destaque expansionista, cujo crescimento da produção foi ocorrendo sempre de forma proporcional às suas necessidades. Na realidade, as conquistas e o crescimento do império sempre ocorreram de forma planejada, de modo a atender o bem estar da população, dentro dos princípios e projetos dos imperadores, ou seja, uma urbanização com estradas, vias, praças, canalização de água, esgotos, fontes, etc. «Era a cidade planejada, (do latim - “urbis”) ».
No período imperial romano as jazidas da região italiana de «Massa, Carrara e Pietra Santa» já eram utilizadas para atender às obras públicas do governo e também às residências dos nobres da classe dominante. O mármore começou a se projetar tanto nas construções das grandes obras, como também parte integrante da arquitetura e das artes. E era matéria prima mais aplicada nas obras e construções, não só como material durável e resistente, mas também como escultura de peças ornamentais e obras de artes que muito enriqueciam e valorizavam as edificações, muitas delas ainda existentes em várias partes do mundo.
Grande parte das jazidas, principalmente as das montanhas de Carrara e proximidades estão sendo exploradas até os dias de hoje, entretanto, segundo recentes informações estatísticas, o volume de produção dos últimos 50 anos equivalem ou até superam a quantidade extraída durante todo o período de suas existências, ou seja, cerca de 2.500 anos.
No período atual, a grande maioria dos paises está vivenciando a passagem pela terceira onda, segundo «Alvin Toffler – em seus livros: “o Choque do Futuro” e “a Terceira Onda”». Graças a evolução da tecnologia de extração, do beneficiamento, da logística na distribuição e do “design”, o homem atual está em condição de usufruir das belezas de um produto natural, que está sendo mundialmente utilizado nas construções residenciais e comerciais como matéria prima de durabilidade praticamente eterna e, também de ter o direito de conviver com o requinte e a beleza dos mármores que a natureza nos disponibiliza.
Com o uso dessas tecnologias avançadas, tanto no setor de extração como no de beneficiamentos, estamos presenciando um crescimento mundial cada vez maior do uso do mármore nas construções, sejam elas residenciais ou comerciais.
Esse crescimento do setor, tanto na quantidade como na qualidade, está provocando em outros setores, várias tentativas de imitações com produtos artificiais que se assemelham aos mármores naturais.
Entretanto, o mármore é uma rocha natural, com suas características próprias, formadas por suas identidades geológicas exclusivas e originais. Por isso, quando o consumidor final adquire uma peça de mármore, ela é autêntica e única. A próxima aquisição não será a mesma, terá sempre uma pequena característica ou pigmentação diferentes.

Luiz Zampirolli – Administrador, Mestrado em Pedagogia pela «“Università di Torino”» - Trabalha na área de Exportação da Sulcamar - e-mail: irozampi@hotmail.com
Fontes de Pesquisas: «“Tecnologia della pietra” –“quarta edizione – Faenza Editrice”».

segunda-feira, 2 de março de 2009

Setor de rochas capixaba deixou de movimentar R$ 50 milhões em janeiro

Extraído do site Gazeta Online
02/03/2009 - 11h36 ( - Redação Gazeta Rádios e Internet)
O setor de rochas deixou de movimentar R$ 50 milhões de reais no mês de janeiro deste ano. O quadro negativo foi agravado pela grande redução nas importações dos Estados Unidos. Segundo o presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Adilson Borges Vieira, os EUA reduziram 60% das importações dos produtos manufaturados.
Enquanto que em janeiro de 2007 foram exportados US$ 40 milhões de dólares, no mesmo período deste ano a cifra caiu para US$ 20 milhões. Foi a pior retração do setor de rochas entre os índices históricos de exportação.
E as causas não estão relacionadas somente com a crise econômica mundial. "Foi reflexo da crise combinado com o mês chuvoso de novembro, que interferiu na produção das jazidas de blocos. As empresas exportadoras também deram férias coletivas em janeiro deste ano e tivemos uma retração de 60% no principal importador do produto, os EUA", conta.
Os empresários já pensam em correr atrás do prejuízo. Com a justificativa de que o setor de rochas responde por 7% do PIB capixaba, eles querem que o Governo Estadual facilite a devolução dos créditos do ICMS, acumulados pelas empresas exportadoras. Os empresários também prometem bater às portas do Governo Federal. "O primeiro apoio seria isentar a chapa polida de granito e o ladrilho do IPI, o Imposto sobre produto industrializado. Esses produtos pagam 5% de IPI e estamos solicitando que reduza essa alíquota de IPI a zero, para tornar esses produtos mais acessíveis para o mercado interno. A redução no preço para o consumidor seria, no mínimo de 5%" explica.
Os empresários também querem que o Governo Federal aumente os recursos para financiar a exportação. A tentativa é conseguir mais prazo para pagamento em negócios fechados com clientes do exterior. "Ele compraria mais ou até poderia incrementar o volume pedido", disse.
Segundo o presidente do Centrorochas, o setor sente retração do mercado norte-americano desde 2007. O ano de 2008 foi de ajustes e de demissões de trabalhadores para se adequar a redução da demanda. Não estão previstos cortes significativos para este início de ano.

Vendas internas cresceram 10% no ano passado

Extraído do site Gazeta Mercantil
02/03 - 01:54

2 de Março de 2009 - O mercado interno, por enquanto, não registra queda, mas a perspectiva é que até o final do ano os negócios esfriem. A opinião é de Sérgio Azeredo, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas). "No ano passado houve 10% de aumento das vendas, mas desde o final de 2008 não houve nenhum novo lançamento de prédios", disse. "Como há uma defasagem de um ano até chegar nos acabamentos devemos sentir mais para frente, mas nossa expectativa é de que até lá as exportações comecem a reaquecer."
Mesmo com a previsão de desaquecimento para o mercado interno, a Mosarte, fabricante de mosaicos artesanais de mármore, produto de alto valor agregado, aposta em um crescimento de 21,3% no faturamento em 2009, para R$ 21 milhões.
Para isso, a empresa investe na infraestrutura de vendas, particularmente para ampliar o atendimento a escritórios de arquitetura e engenharia. A empresa iniciou mais fortemente a atuação na área há cerca de dois anos, e hoje as vendas para profissionais de desenvolvimento de projetos de construção já respondem por 15% do total. "Nossa meta é atingir 30% até 2010", afirmou o presidente da Mosarte, Marco Aurélio Sedrez.
Por ora a empresa atua diretamente no segmento em São Paulo e conta com sua rede de revendas, com 300 lojas, para atuar em outras regiões. "Vamos também ampliar as representações em locais com grande potencial de venda", disse Sedrez. Entre as áreas de interesse está o Nordeste, onde a empresa vai instalar um show room, em Natal.
A Mosarte também vende ao exterior seus mosaicos, feitos principalmente com mármores importados da Grécia, Itália e Turquia. No ano passado, a empresa obteve US$ 550 mil, 8% do faturamento.(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(L.C.)

Exportação de rochas tem queda recorde

Extraído do site Gazeta Mercantil
02/03 - 01:55

São Paulo, 2 de Março de 2009 - A crise no mercado imobiliário norte-americano fez as empresas do setor de rochas ornamentais buscarem novas alternativas, na Ásia, Oriente Médio, Leste Europeu e América Latina, além do mercado nacional. Mas esse movimento ainda não compensou a queda nas exportações para os Estados Unidos e o setor registrou em janeiro redução recorde de 48,63% no faturamento, para US$ 65,47 milhões, segundo dados do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas).
De acordo com o presidente da entidade, Adilson Borges Vieira, o primeiro mês do ano foi atípico, decorrência da baixa produção em dezembro, quando o excesso de chuvas prejudicou a exploração de rochas, e o baixo nível de encomendas levou as empresas a concederem férias coletivas entre o final de dezembro e o início de janeiro. O executivo avalia que haverá uma leve retomada das exportações, mas o desempenho ainda ficará abaixo do verificado em 2008. "Não dá para ser muito otimista. Trabalhamos com uma estimativa de queda de 10%", disse.
No ano passado, as vendas externas de rochas ornamentais caíram 13,17%, em faturamento, para US$ 954,54 milhões, com o embarque de 1,99 milhão de toneladas. Do volume total, 70% está relacionado a apenas três destinos - Estados Unidos, China e Itália -, sendo 53% concentrados nos EUA. Desde setembro de 2007 o setor tem registrado queda nas vendas externas. Na época, os Estados Unidos respondiam por 65% das exportações. No entanto, naquele ano, as vendas ainda foram 5% maiores, um percentual positivo, embora bastante abaixo do crescimento de 20% a 30% que registrava nos anos anteriores.
Desde então, explicou Vieira, o setor busca saídas para outros mercados. "A China passou a Itália e hoje representa o segundo maior mercado, e as vendas para esse país continuam aumentando", afirmou Sérgio Azeredo, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas). De acordo com ele, o pleito atual do setor é conquistar mais vendas de produto acabado. No ano passado a China adquiriu 50% de todo o bloco de granito exportado pelo Brasil. "A dificuldade é que há um imposto de 24% sobre o produto acabado, enquanto o produto bruto não paga imposto", disse, ressaltando que há dois anos o imposto era de 44%.
Além da China, a Abirochas busca intensificar exportações para
mercados do Oriente Médio, como Abu Dabi e Dubai, nos Emirados Árabes, e para o Leste Europeu. "Existem muitas obras em andamento e podemos oferecer material de alto valor agregado", afirmou Azeredo.
Uma das dificuldades de compensar a queda nas vendas para os EUA com maiores embarques para outros destinos é que o mercado norte-americano consumia produtos de alto valor agregado, como rochas exóticas, de coloração diferente. Já os mercados europeu, latino-americano e brasileiro consomem mais material de cor uniforme. Mas Azeredo afirmou que existe potencial para desenvolver vendas das rochas ornamentais. "O Brasil é conhecido pelo seu material exótico e de qualidade", disse.
A Gramasa Granitos e Mármores optou por intensificar as vendas para países da América Latina, mercado em que já era forte, atuação no México, Panamá, Equador, Bolívia e Nicarágua. Os EUA respondiam por apenas 18% do faturamento. "Temos a consciência de que precisamos aumentar nossa atuação em alguns mercados, mas sabemos também que não será uma tarefa simples, pois muitos países da América Latina tiveram suas moedas desvalorizadas e por outro lado, aumentou a concorrência", disse Vieira, que além de presidir o Centrorochas também está à frente da empresa.
A Gramasa fechou 2008 com faturamento de US$ 2 milhões, 6% inferior ao registrado um ano antes. O percentual ficou inferior à média de mercado, mas para 2009, por conta do acirramento da crise em seus principais mercados, a previsão é de nova queda de 10%, em linha com o que prevê a entidade.
Atualmente a empresa trabalha com 60% de sua capacidade, de 10 mil m por mês. "Em 2007, investimos US$ 300 mil para otimizar a produção e
reduzir custos, o que resultou em um aumento de 40% na capacidade", afirmou. "Decidimos manter o investimento porque quando a crise chegou as máquinas já estavam compradas e seria melhor instalar essas e desativar outras menos eficientes." Com isso, a Gramasa reduziu em 7% os custos de produção. Outros projetos, no entanto, foram paralisados, como o início da produção de sua primeira jazida. "Não tem havido restrição de mercado, ao contrário, temos sido procurados por pedreiras, que também viram seus negócios caírem.
Em todo o
Espirito Santo, onde também a Gramasa está instalada, houve uma redução de 20% no pessoal que trabalha direta ou indiretamente com rochas ornamentais, para 90 mil trabalhadores. O estado responde por 66% da produção brasileira de rochas.(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Luciana Collet)

Portugueses querem exportar mármore

Extraído do site Diário do Grande ABC
Terça-feira, 24 de fevereiro de 2009, 07:40 - Da Agência Brasil

Os produtores de mármore em Portugal devem apostar nos mercados do Brasil e de Angola como forma de aumentar as exportações e conter a crise que atinge o setor. A afirmação é do vice-presidente executivo da Assimagra (Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores), Miguel Goulão.
"Angola e Brasil são mercados a explorar. O Brasil todo é um recurso geológico, em termos de granito, mas não tem mármore, por isso temos que habituar os brasileiros a utilizá-lo, enquanto em Angola as obras não param", ressaltou Goulão.
Sob o ponto de vista do dirigente da Assimagra, na Europa, Portugal é o país que surge "em melhores condições" para negociar com os mercados angolano e brasileiro.
O governo português, de acordo com o dirigente, "tem obrigação, caso queira defender o setor dos mármores, de desenvolver parcerias que possam fomentar o aumento das exportações para os dois mercados", para que as empresas "possam ultrapassar a crise".
O vice-presidente da Assimagra explicou que está sendo feito "um estudo exaustivo relativo à realidade dos mercados do Brasil e Angola". "A crise é mundial e não se sabe até quando vai durar, por isso, o setor não pode passar à margem dela".
Ainda segundo Goulão, várias empresas do setor do mármore em Portugal estão interessadas em constituir um consórcio para criar uma central de compras e vendas, com a intenção de aumentar a competitividade e as exportações.
O projeto, segundo a associação dos industriais, prevê a constituição de um consórcio com possibilidade de avançar com um projeto para se candidatar a obter recursos do governo português.
Com a intenção de contribuir para desenvolver a internacionalização do setor, a Assimagra vai participar neste ano de várias feiras, entre as quais a Marmomacc, em Verona, Itália, a maior feira do mundo da área das rochas ornamentais, e da feira de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Estão programadas para este ano missões comerciais para a Rússia e Angola, mas para o Brasil não há previsão.